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1 - O que são as forças intramoleculares e intermoleculares? Explique a origem destas forças, sua natureza de atuação, e alcance em sistemas atômicos e moleculares. Seção 18.4c, d, e, f As forças intra e intermoleculares são interações atrativas e repulsivas entre moléculas de camadas fechadas. Existem cinco tipos principais de interações intermoleculares: Alcance Energia Típica Natureza Íon-Íon 1 𝑟 250kJ/mol Ocorre apenas entre íons (normalmente em sólidos). Íon-Dipolo 1 𝑟2 15kJ/mol Ocorre entre um íon e uma molécula polar, normalmente em soluções aquosas. Dipolo-Dipolo 1 𝑟3 2kJ/mol Ocorre entre moléculas polares estacionárias (solidos) 1 𝑟6 0.6kJ/mol Ocorre entre moléculas polares rotacionando (gás e liq) London (dispersão) 1 𝑟6 2kJ/mol Ocorre entre todos os tipos de moléculas Ligação de Hidrogênio No contato 20kJ/mol Ocorre com O, N e F ligados a um H 2 - Explique e discuta as forças intramoleculares e intermoleculares em gases, líquidos e sólidos. Seção 18.4h, f A energia potencial das interações dipolo-dipolo são uma função da orientação relativa entre as moléculas. Quando os dipolos são paralelos e possuem orientações fixas (em sólidos), a energia é dada por: 𝑉 = 𝜇1𝜇2𝑓(𝜃) 4𝜋𝜀0𝑟3 𝑓(𝜃) = 1 − 3 cos2 𝜃 No entanto, quando as moléculas podem girar livremente, as orientações de menor energia são ligeiramente favorecidas. Por isso, a energia potencial diminui mais rapidamente com a distância, e ela é da ordem de: 〈𝑉〉 = − 𝐶 𝑟6 𝐶 = 2𝜇1 2𝜇2 2 3(4𝜋𝜀0)2𝑘𝑇 É importante observar que normalmente a interação média é atrativa e é inversamente proporcional à temperatura. Nas interações dipolo-dipolo induzido, uma molécula com momento de dipolo 𝜇1 pode induzir um dipolo 𝜇2 ∗ em uma molécula polarizável vizinha, de modo que os dipolos se interagem e se atraem. A energia média da ligação interação é dada por: 𝑉 = − 𝐶 𝑟6 𝐶 = 𝜇1 2𝛼2 ′ 4𝜋𝜀0 Onde 𝛼2 ′ é a polarizabilidade da molécula 2. A interação dipolo-dipolo induzido não depende da temperatura. Nas interações dipolo induzido-dipolo induzido (também chamado de dispersão de London) ocorre a indução de um dipolo devido às flutuações das posições instantâneas dos elétrons, que induzem dipolos nas moléculas mais próximas e segue-se essa cadeia. É a única interação possível em moléculas apolares, e também ocorre em moléculas polares. A intensidade da interação depende das polarizabilidades das moléculas envolvidas da seguinte forma: 𝑉 = − 𝐶 𝑟6 𝐶 = 3 2 𝛼1 ′ 𝛼2 ′ ( 𝐼1𝐼2 𝐼1 + 𝐼2 ) Onde 𝐼 representa a energia de ionização da molécula. Em geral, a dispersão de London domina todas as outras interações intermoleculares, exceto a de hidrogênio. Esses 3 tipos de interações estão presentes em todos, sólidos, líquidos e gases. A diferença é a distância de atuação. Normalmente, em gases as distâncias e velocidades moleculares, devidas à energia cinética das moléculas, não permitem que essas interações sejam tão fortes. Nos líquidos, a energia cinética é menor, permitindo que a intensidade dessas interações sejam mais fortes. Nos sólidos, as intensidade das interações é máxima, chegando num ponto que em se formam ligações, normalmente do tipo iônica, metálica ou covalente. 3 - O que são as forças de Van der Waals? Quais os tipos e quais as características destas forças. Seção 18.4 atkins As forças de Van der Waals são as interações entre moléculas que possuem uma dependência em 𝑟−6 na distância entre as moléculas. As interações dipolo-dipolo, dipolo-dipolo induzido e dispersão de London são do tipo Van der Waals. (Características no exercício 2). 4 – a) Discuta as propriedades elétricas de moléculas. b) O que são: dipolos elétricos, polaridade molecular, polarização. Qual a relação entre o índice de refração e polarização. Seção 18.1 e 18.2 & Seção 18.2b Dipolos - Um dipolo elétrico é constituído por duas cargas elétricas puntiformes +𝑞 e −𝑞 separados por uma distância 𝑅. Essa configuração é representada pelo vetor momento dipolo elétrico, dado por |𝜇| = 𝑞𝑅. O vetor aponta do – para o +. Polaridade molecular: Uma molécula polar possui momento dipolo elétrico permanente proveniente das cargas parciais dos átomos nas moléculas. As moléculas apolares adquirem um momento de dipolo induzido por conta das deformações que esse campo causa na posição dos elétrons e dos núcleos. Esse momento induzido é temporário e desaparece com a supressão do campo indutor. Todas as moléculas diatômicas heteronucleares são polares. A simetria molecular é fundamental para determinar a polaridade de uma molécula Polarização – A polarização 𝑃 de uma amostra é a densidade de momento de dipolo elétrico, ou seja, o produto de 〈𝜇〉 pelo número de moléculas por volume: 𝑃 = 〈𝜇〉𝒩 = 〈𝜇〉𝑁 𝑉 Relação entre polarização e refração – A constante dielétrica de uma substância será grande se suas moléculas forem polares muito polarizáveis. A relação é dada pela equação de Debye: 𝜀𝑟 − 1 𝜀𝑟 + 2 = 𝜌𝑃𝑚 𝑀 𝑃𝑚 = 𝑁𝐴 3𝜀0 (𝛼 + 𝜇2 3𝑘𝑇 ) Onde 𝜌 é a densidade da amostra, 𝑀 a massa molar das moléculas e 𝑃𝑚 é a polarização molar. Do eletromagnetismo, a relação entre o índice de refração e a constante dielétrica do meio é dada por: 𝑛𝑟 = √𝜀𝑟 Assim, é possível determinar a polarização molar e a polarizabilidade de uma substância simplesmente medindo o índice de refração de uma amostra. (Fazemos isso no exercício 12) 5 - Descreva procedimentos experimentais para determinação do momento de dipolo elétrico de uma molécula. Pergunta 18.3 Cap 18 Atkins Os momentos de dipolo não são medidos diretamente, são calculados a partir da medição da permissividade relativa 𝜀𝑟 do meio: A equação: 𝑃𝑚 = 𝑁𝐴 3𝜀0 (𝛼 + 𝜇2 3𝑘𝑇 ) Junto com a equação de Debye implicam que o momento de dipolo pode ser determinado a partir da permissividade relativa, medida em função da temperatura. Outro método é medir a permissividade relativa em função da concentração, aplicando depois novamente a equação de Debye. O terceiro método é baseado na relação entre a permissividade relativa e o índice de refração, discutido no exercício anterior. 6 - O que são os n-polos elétricos? Quais são os tipos? Esboce arranjos de cargas elétricas que correspondem a um monopolo, dipolo, quadrupolo, octopolo, e discuta as razões para as diferentes dependências dos campos elétricos com as distancias entre as cargas. Seção 18.4a do Atkins Na interação de um 𝑛-polo com um 𝑚-polo, a energia potencial varia com a distância conforme: 𝑉 = 1 𝑟𝑛+𝑚−1 A razão de a diminuição com a distância ser cada vez mais acentuada à medida que as ordens se elevam é devido ao fato de que o conjunto de cargas se cancela (se blindam) em função do afastamento mais rapidamente quando o numero de cargas que contribuem para o multipolo é maior. Obs. na imagem: monopolo (n=1), dipolo (n=2), quadrupolo (n=3), octupolo (n=4) 7 - Explique as propriedades microscópicas em líquidos. O que é uma função de distribuição radial e para que serve na descrição de sistemas condensados? Seção 17.6 A função de distribuição radial 𝑔(𝑟) é uma função que descreve as posições relativas médias das particular num líquido de forma que 𝑔(𝑟)𝑟²𝑑𝑟 dá a probabilidade de se encontrar uma molécula na faixa entre 𝑟 e 𝑟 + 𝑑𝑟 de outra molécula. Sua importância na descrição de sistemas condensados é que uma vez calculada 𝑔(𝑟), é possível determinar propriedades termodinâmicas dos líquidos como a energia interna: 𝑈 =2𝜋𝑁2 𝑉 ∫ 𝑔(𝑟)𝑉2𝑟 2𝑑𝑟 ∞ 0 A pressão do fluído também pode ser expressa em função de 𝑔(𝑟): 𝑝 = 𝑛𝑅𝑇 𝑉 − 2𝜋𝑁2 𝑉2 ∫ 𝑔(𝑟)𝑣2𝑟 2𝑑𝑟 ∞ 0 𝑣2 = 𝑟 𝑑𝑉2 𝑑𝑟 Onde a grandeza 𝑣2 é chamada de virial. O segundo termo da equação da pressão é chamado de pressão interna e representa a contribuição das interações intermoleculares. 8 - Descreva as teorias que tratam os movimentos moleculares em líquidos. Seção 21.5 Atkins Para que uma molécula se desloque num líquido, ela deve adquirir pelo menos uma certa energia mínima para escapar das moléculas vizinhas. A probabilidade de uma molécula ter uma energia pelo menos igual a 𝐸𝑎 é proporcional a 𝑒− 𝐸𝑎 𝑅𝑇, de modo que a mobilidade das moléculas no líquido deve obedecer ao mesmo tipo de dependência em relação à temperatura. Como a viscosidade 𝜂 é inversamente proporcional à mobilidade das partículas, temos: 𝜂 ∝ 𝑒 𝐸𝑎 𝑅𝑇 Essa expressão mostra que a viscosidade deve diminuir acentuadamente com a elevação da temperatura. A energia de ativação típica da viscosidade é comparável à energia potencial média das interações moleculares. 9 - Classifique as moléculas (ClF3, O3, H2O2, SO3, XeF4, SF4) quanto à polaridade. Justifique as respostas. Estrutura de Lewis \o/ 10 - Calcule a resultante de dois momentos de dipolo, com módulos de 1,5D e 0,8D, que fazem entre si um ângulo de 109,50. Pergunta 18.2b Cap 18 Atkins Lei dos Cossenos: 𝜇2 = 𝜇1 2 + 𝜇2 2 + 2𝜇1𝜇2 cos 𝜃 𝜇² = (1.5)2 + (0.8)2 + 2(1.5)(0.8) cos(109.50º) 𝜇2 = 2.089 𝜇 = 1.445 𝐷 11 - A polarizabilidade volumar de H2O é 1,48x10 -24 cm3. Calcule o momento de dipolo da molécula (além do momento de dipolo permanente) induzido por um campo elétrico externo de intensidade 1000V/cm. Pergunta 18.6ª Cap 18 Atkins O momento de dipolo induzido é dado por: 𝜇∗ = 𝛼𝐸 Onde 𝛼 é a polarizabilidade e 𝐸 a intensidade do campo elétrico. A polarizabilidade volumar, no entanto, é dada por: 𝛼′ = 𝛼 4𝜋𝜀0 Logo: 𝜇∗ = 4𝜋𝜀0 𝛼 ′𝐸 Como 𝜀0 = 8.854 × 10 −12J−1C2m−1 Como a polarizabilidade volumar foi dada em 𝑐𝑚3, temos que transformar em 𝑚³: 1,48 ∗ 10−24 cm3 × ( 1m 100cm ) 3 = 1.48 ∗ 10−24 106 m3 = 1.48 ∗ 10−30m³ O campo elétrico foi dado em V/cm, também temos que transformar: 1000 V cm × ( 100cm 1m ) = 105V/m Segue então: 𝜇∗ = 4𝜋 ∗ 8.854 × 10−12 ∗ 1.48 ∗ 10−30 ∗ 105 𝜇∗ = 1.65 ∗ 10−35C. m Brinde: analise dimensional: 𝜇∗ = 4𝜋𝜀0 𝛼 ′𝐸 [𝜇∗] = J−1. C2 . m−1 × m3 × V. m−1 = J−1. C2. m−1 × m3 × J. C−1. m−1 = C. m Obs: V = J/C 12 - O índice de refração do CH2I2 é 1,732 para luz de 656nm. A sua massa específica a 20ºC é 3,32g/cm 3. Calcule a polarizabilidade da molécula neste comprimento de onda de 656nm. Pergunta 18.7a Cap 18 Atkins A partir das informações do exercício 4, temos essas 3 relações: 𝜀𝑟 − 1 𝜀𝑟 + 2 = 𝜌𝑃𝑚 𝑀 𝑃𝑚 = 𝑁𝐴 3𝜀0 (𝛼 + 𝜇2 3𝑘𝑇 ) 𝑛𝑟 = √𝜀𝑟 Supondo 𝜇 = 0 e combinando as relações (fazendo aparecer o índice de refração, densidade e polarização), temos: 𝑛𝑟 2 − 1 𝑛𝑟 2 + 2 = 𝜌𝑁𝐴𝛼 3𝜀0𝑀 ⟹ 𝛼 = 3𝜀0𝑀 𝜌𝑁𝐴 ( 𝑛𝑟 2 − 1 𝑛𝑟 2 + 2 ) Convertendo a massa específica para 𝑔/𝑚³: 3,32 𝑔 𝑐𝑚3 × ( 100𝑐𝑚 1𝑚 ) 3 = 3,32 ∗ 106𝑔/𝑚³ Sendo 𝑀𝐶𝐻2𝐼2 = 267,8355𝑔/𝑚𝑜𝑙 e 𝑁𝐴 = 6.022 ∗ 10 23, temos: 𝛼 = 3 ∗ 8.854 × 10−12 ∗ 267,8355 3,32 ∗ 106 ∗ 6.022 ∗ 1023 ∗ ( (1.732)2 − 1 (1.732)2 + 2 ) 𝛼 = 1.423 ∗ 10−39 C2m2J−1 Bonus: analise dimensional: 𝛼 = 3𝜀0𝑀 𝜌𝑁𝐴 ( 𝑛𝑟 2 − 1 𝑛𝑟 2 + 2 ) [𝛼] = J−1. C2 . m−1. g. mol−1 g. m−3. mol−1 = C2m2J−1 13 - Discuta as relações entre as propriedades termodinâmicas nos líquidos. ?? Seção 18.4g Msm coisa que o exercício 7? 14 - Discuta as diferenças e semelhanças em termos das ligações e estrutura em: a) líquidos b) sólidos metálicos 3) cristais iônicos. Ligações Estrutura Líquidos Em geral, ligações covalentes com interações intermoleculares mediadas por dipolos permanentes e induzidos. Desordenada devido à mobilidade das moléculas, aleatoriamente orientada pelas interações intermoleculares. Sólidos Metálicos Ligação metálica (explicada pela teoria de bandas) Estruturas de cátions idênticos e elétrons deslocalizados Cristais Iônicos Ligação iônica Estruturas com cátions rodeados por ânions e vice versa. 15 - Cristais iônicos são normalmente bem rígidos, porem frágeis quando atacados. Explique isto considerando as forças eletrostáticas geradas quando 2 camadas no cristal são movidas. Normalmente os cristais estão rigidamente ligados através das ligações iônicas. No entanto, quando atacados, uma camada de íons se movimenta fazendo com que se alinhem cátions com cátions e ânions com ânions, forçando que haja uma forte repulsão entre diferentes camadas do sólido, colapsando a estrutura do mesmo. 16 - Diamante é um dos materiais mais duros conhecido. Explique isto em termos de sua estrutura. Seção 20.7 No diamante, cada átomo de carbono possui hibridização sp3 e se liga a quatro dos seus vizinhos, formando um tetraedro. A repetição dessa unidade através de fortes ligações C-C resulta na estrutura mais dura que existe, pois todos os carbonos da estrutura estão ligados entre si por ligação covalente. 17 - Que tipo de radiação é mais adequado para o estudo de sólidos e cristais e por quê? Seção 20.3a Os raios X, pois os comprimentos de onda desse tipo de radiação são comparáveis às separações entre os planos da rede cristalina dos sólidos, permitindo que análises de difração sejam feitas. 18 – Explique por que o saldo de forças atrativas entre moléculas polares diminuem quando a temperatura aumenta. Compare isto com a dependência da temperatura da polarização molar de substancias polares sob a ação de um campo externo. Seção 18.2b Quando o campo aplicado às moléculas se altera lentamente, o momento de dipolo permanente tem tempo para se orientar e a molécula gira acompanhando a modificação do campo. Quando, porém, a frequência do campo é muito elevada, a molécula não consegue alterar sua posição com rapidez suficiente para acompanhar a modificação da orientação do campo. A origem dessa frequência de vibração pode ser tanto térmica quanto elétrica. Esse efeito concorda com o que ocorre para a polarização molar, conforme a equação 𝑃𝑚 = 𝑁𝐴 3𝜀0 (𝛼 + 𝜇2 3𝑘𝑇 ) Vemos que quando 𝑇 aumenta, para um mesmo momento de dipolo médio, 𝑃𝑚 diminui. 19 - O que é, e por que a energia de Madelung (UM) : a) é negativa? b) é proporcional ao número de pares de íons? Seção 20.6b A energia é negativa, pois corresponde a uma atração líquida que ocorre entre os pares de íons num cristal iônico. É proporcional ao número de pares de íons pois cada átomo sofre repulsão e atração de todos os outros átomos que constituem a estrutura cristalina, portanto o número de pares de íons contribui diretamente na energia. 20 - Discuta os princípios da teoria de bandas. A teoria de bandas considera um sólido unidimensional constituído por uma sequência infinita de átomos alinhados sobre uma reta: Supõe-se que cada átomo possui um orbital 𝑠 disponível para formar orbitais moleculares: o primeiro átomo contribui com um orbital 𝑠 de certa energia, ao acrescentar o segundo, forma-se um orbital ligante e um antiligante, ao adicionar o terceiro átomo, forma-se um orbital antiligante, um ligante e um neutro ao adicionar o quarto átomo, forma-se dois orbitais ligantes e dois antiligantes. Conforme infinitos átomos são sendo colocados, forma-seuma banda de orbitais onde a distância entre dois vizinhos é extremamente pequena, mas a distância entre o nível mais baixo e o mais alto é constante. Quando bandas de diferentes energias se superpõem, significa que os elétrons do metal podem se movimentar entre diferentes orbitais se for fornecido uma pequena quantidade de calor, ganhando grande mobilidade, daí vem a condutividade. Se, por outro lado, houver uma lacuna entre diferentes bandas, os elétrons já não são tão móveis, e é necessário uma temperatura bem maior para fazê-los ganhar mobilidade. É possível também dopar um material com átomos de outro elemento, fazendo uma ponte entre duas bandas de energias diferentes. Esse efeito cria semicondutores tipo n e tipo p: um dopante com menos elétrons que o material original forma uma banda estreita que aceita elétrons da banda de valência. Os buracos nessa banda são móveis e a substância é um semicondutor tipo p. um dopante com mais elétrons que o material original forma uma banda estreita que fornece elétrons à banda de condução. Os elétrons supridos são móveis e a substância é um semicondutor tipo n. 21 - Como o caráter iônico de um sólido iônico é refletido no sistema de bandas? Tipler (Condutores, Isolantes e Semicondutores) – Normalmente, como íons são átomos ou complexos atômicos com camada de valência preenchida, ocorre que esses íons acabam possuindo uma casca fechada (blindada), de modo que o vão entre a banda de valência e a banda de condução seja suficientemente grande para os sólidos iônicos serem isolantes. Normalmente, para torna-los condutores, é necessário fundir os sólidos iônicos. 22 - O que são sólidos isolantes, condutores e semicondutores. Quais as características destes materiais em termos da estrutura eletrônica? Tipler (Condutores, Isolantes e Semicondutores) – Com base na teoria de bandas: Sólidos condutores são aqueles cuja banda de valência está apenas parcialmente preenchida ou que possui banda de valência preenchida, mas sua banda de condução se sobrepõe à banda de valência. Esses dois fatos permitem uma maior mobilidade aos elétrons, permitindo que o sólido seja condutor. Sólidos isolantes são aqueles em que a banda de valência está completamente preenchida e existe um grande vão entre a banda de valência e a banda de condução. Seria necessário muita energia para que os elétrons na banda de valência passem a preencher a banda de condução. Sólidos semicondutores são aqueles em que a banda de valência está preenchida e há um vão entre a banda de valência e de condução, mas esse vão não é tão grande, podendo ser superado através de fornecimento de calor ou energia elétrica. Obs: Em azul são as bandas de condução, em cinza as de valência. 23 - Mostre que o potencial de Lennard-Jones pode ser escrito como: 𝑢(𝑟) = 𝜀 ( 𝑟∗ 𝑟 ) 12 − 2𝜀 ( 𝑟∗ 𝑟 ) 6 onde 𝑟∗ é o valor no qual 𝑉(𝑟) tem um mínimo. Determine também a força devido ao potencial. Seção 18.5 O potencial de Lennard-Jones é dado, originalmente, por: 𝑉(𝑟) = 4𝜀 [( 𝑟0 𝑟 ) 12 − ( 𝑟0 𝑟 ) 6 ] Essa função terá um mínimo 𝑟∗ quando tivermos: 𝑑 𝑑𝑟 𝑉(𝑟) = 0 Calculando, temos que: 𝑑 𝑑𝑟 (4𝜀[𝑟0 12𝑟−12 − 𝑟0 6𝑟−6]) = 0 4𝜀𝑟0 6(−12𝑟0 6𝑟−13 − (−6)𝑟−7) = 0 6𝑟−7 − 12𝑟0 6𝑟−13 = 0 1 𝑟7 − 2𝑟0 6 𝑟13 = 0 1 𝑟7 (1 − 2𝑟0 6 𝑟6 ) = 0 1 = 2𝑟0 6 𝑟6 𝑟6 = 2𝑟0 6 𝑟0 6 = 𝑟∗6 2 Substituindo este 𝑟0 6 na equação original, chegamos a: 𝑉(𝑟) = 4𝜀 [( 𝑟0 𝑟 ) 12 − ( 𝑟0 𝑟 ) 6 ] ⟹ 𝑉(𝑟) = 4𝜀 [ 1 4 ( 𝑟∗ 𝑟 ) 12 − 1 2 ( 𝑟0 𝑟 ) 6 ] 𝑉(𝑟) = 𝜀 ( 𝑟∗ 𝑟 ) 12 − 2𝜀 ( 𝑟∗ 𝑟 ) 6 Agora, a força. Da física, sabemos (ou deveríamos saber) que: 𝐹𝑥 = − 𝑑𝑉 𝑑𝑥 Segue então que: 𝐹(𝑟) = − 𝑑 𝑑𝑟 𝑉(𝑟) = − 𝑑 𝑑𝑟 (𝜀 𝑟∗12𝑟−12 − 2𝜀𝑟∗6𝑟−6) 𝐹(𝑟) = − (− 12𝜀𝑟∗12 𝑟13 + 2𝜀𝑟∗6 𝑟7 ) 𝐹(𝑟) = 2𝜀 𝑟∗ [6 ( 𝑟∗ 𝑟 ) 13 + ( 𝑟∗ 𝑟 ) 7 ] 24 - (a) Explique o que são semicondutores tipo-p e tipo-n, (b) que tipo de semicondutor é obtido quando o silício é dopado com alumínio? (c) que tipo de semicondutor é obtido quando o silício é dopado com fósforo? Justifique a sua resposta base nas configurações eletrônicas dos elementos envolvidos Seção 20.9c (a) Tipo p – São semicondutores em que o dopante tem menos elétrons de valência do que o material original. Tipo n – São semicondutores em que o dopante tem mais elétrons de valência que o material original (b) Silício (14) tem quatro elétrons de valência e alumínio (13) tem 3: Silício: 1s22s22p63s23p2 Alumínio: 1s22s22p63s23p1 Dessa forma, por definição, a liga Si-Al forma um semicondutor tipo p. (c) O fósforo (15), por outro lado, tem 5 elétrons de valência: Fósforo: 1s22s22p63s23p3 Logo, por definição, a liga Si-P forma um semicondutor tipo n. Extra1 – (Da lista 4) Descreva a formação de uma ligação de hidrogênio em termos de: (a) interações eletrostáticas e (b) orbitais moleculares Seção 18.4f (a) A formação da ligação de hidrogênio pode ser encarada como uma aproximação de duas cargas parciais, uma positiva no hidrogênio e uma negativa no átomo B, extremamente eletronegativo e que possui um par de elétrons isolado(como N, O, F) 𝐀 − 𝐇⏞ 𝜹+ ⋯ ∶ 𝐁⏞ 𝜹− (b) A formação da ligação de hidrogênio também pode ser encarada como uma formação de um orbital molecular deslocalizado. Neste caso, A, H e B fornecem cada qual um orbital atômico, que contribui para a construção de três orbitais moleculares: 𝜓 = 𝑐1𝜓𝐴 + 𝑐2𝜓𝐻 + 𝑐3𝜓𝐵 Dos três orbitais moleculares, um será ligante, um será não ligante e o último será antiligante. Temos quatro elétrons para ocupar: dois da ligação 𝐀 − 𝐇 e dois do par isolado de B. Dois vão entrar no orbital ligante e dois no não ligante. Como o orbital antiligante fica vazio, o efeito líquido é de uma diminuição de energia, portanto ocorre a ligação de hidrogênio. Extra2 – (Da lista 4) O que são moléculas covalentes apolares, covalentes polares e iônicas. Primeiro, o conceito de ligação: Uma ligação covalente se dá pelo compartilhamento de elétrons entre dois átomos. Uma ligação iônica se dá pela doação de um elétron do átomo menos eletronegativo para o mais eletronegativo. Agora, os tipos de moléculas: Uma molécula covalente apolar é uma molécula que possui ligações covalentes e cujo momento de dipolo é nulo, seja por que seus átomos constituintes são iguais ou pela simetria molecular. Uma molécula covalente polar é uma molécula que possui ligações covalentes e cujo momento de dipolo é não nulo. Uma molécula iônica é constituída de ligações iônicas. Antes que me julguem: Tabela de Certezas e Incertezas sobre as respostas Prob Ctz? Prob Ctz? Prob Ctz? Prob Ctz? Prob Ctz? 1 Sim 6 Sim 11 Sim 16 Sim 21 Sim 2 Sim 7 Sim 12 Sim 17 Sim 22 Sim 3 Sim 8 +- 13 Não 18 +- 23 Sim 4 Sim 9 Sim 14 70% 19 +- 24 Sim 5 Sim 10 Sim 15 Sim 20 Sim Extra Sim
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