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Bíblia estudo Genebra 27. Apocalipse (+ auxílios e mapas)

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APOCALIPSE 
de João 
Autor O autor se identifica como João (1.1.4.9; 
22.8). Era bem conhecido entre as igrejas da Ásia 
Menor (1.9; "Data e Ocasião", abaixo). Já no século li 
d.C., Justino Mártir, lrineu e outros identificaram o 
autor como sendo o apóstolo João. No entanto, no século Ili, Dioní-
sio, bispo de Alexandria, comparou o estilo e os temas de Apoca-
lipse com o evangelho de João e concluiu que os dois devem ter 
tido autores diferentes. Apesar desta opinião, é provável que o 
apóstolo João seja o autor. Apocalipse enfatiza que a sua mensa-
gem e conteúdo são derivados, em última análise, de Jesus Cristo 
e de Deus Pai (1.1. 10-11; 22.16,20). O livro possui plena autoridade 
divina (22.18-19). 
Data e Ocasião Apocalipse foi escrito du-
rante uma época de perseguição, provavelmente 
perto do final do reino do imperador romano Nero 
(54-68 d.C.) ou durante o reino de Domiciano (81-96 
d.C.). A maior parte dos estudiosos concorda com uma data em 
torno de 95 d.C. 
O livro é dirigido a sete igrejas da Ásia Menor (1.4,11). uma área 
que, atualmente, é parte da Turquia ocidental. Cada igreja recebe re-
preensões e encorajamentos de acordo com a sua condição 
(2.1-3.22). Houve muita perseguição sobre alguns cristãos (1.9; 
2.9, 13) e haveria mais pela frente (2.10; 13.7-10). Oficiais romanos 
tentariam forçar os cristãos a adorar ao imperador. Ensinamentos he-
réticos e fervor decrescente tentar"1am os cristãos para que se envol-
vessem com a sociedade pagã (2.2.4.14-15,20-24; 3.1-2, 15, 17). O 
livro assegura aos cristãos que Cristo conhece as suas condições e 
que ele os chama para permanecerem firmes contra todas as tenta-
ções. A vitória dos cristãos já foi assegurada pelo sangue do Cordeiro 
(5.9-1 O; 12.11 ). Cristo virá em breve para derrotar Satanás e todos 
os seus agentes ( 19 .11-20 .10). e o povo de Cristo desfrutará da 
paz eterna em sua presença (7.15-17; 21.3-4). 
Dificuldades de Interpretação 
1. Abordagens ao livro. Os intérpretes dis-
cordam com relação ao período de tempo e à maneira 
em que as visões de 6.1-18.24 são cumpridas. Os 
"preteristas" pensam que o cumprimento ocorreu na queda de Je-
rusalém (isto se Apocalipse foi escrito em 67-68 d.C.). na queda do 
Império Romano, ou em ambos. Os "futuristas" acham que o 
cumprimento ocorrerá num período de crise final, pouco antes da 
segunda vinda. Os "historicistas" pensam que o trecho de 
6.1-18.24 oferece um esboço cronológico básico do curso da 
história eclesiástica do século 1 (6.1) até a segunda vinda (19.11). 
Os "idealistas" acham que as cenas do Apocalipse não descrevem 
eventos específicos, mas princípios de guerra espiritual. Estes prin-
cípios estão em operação no transcurso da era eclesiástica e po-
dem ser alvo de repetições análogas. 
A verdadeira interpretação se encontra, provavelmente, em 
uma combinação destes pontos de vista. As imagens de Apocalipse 
são multiformes e são, em princípio, capazes de variadas interpreta-
ções. Os idealistas mantêm que no livro temos a expressão de cer-
tos princípios gerais. Se isto for verdade. aqueles princípios tiveram 
uma relevância específica para as sete igrejas e às suas tribulações 
durante o século 1 (1.4, "Data e Ocasião" acima), mas os mesmos 
princípios também chegarão à sua expressão climática na crise final 
da segunda vinda (22.20. cf. 2Ts 2.1-12). Os cristãos, ao longo da 
história, estão envolvidos na mesma guerra espiritual e, conseqüen-
temente, devem aplicar os princípios a si mesmos e ao seu próprio 
tempo (1.3, nota). Sendo assim, muitas passagens teriam, pelo me-
nos, três aplicações principais: ao século 1. à crise final e a qualquer 
época vivida por cristãos. 
Por outro lado, suponhamos que os preteristas estejam basi-
camente corretos em pensar que o Apocalipse se refere, em sua 
maior parte, a eventos do período da igreja primitiva. Eles podem 
facilmente reconhecer que os princípios básicos de conflito têm 
uma aplicação mais ampla. Sendo assim, os resultados práticos 
serão semelhantes à abordagem idealista. Paciência e humildade 
são necessárias quando lidamos com diferenças de opinião sobre 
estas questões. Nesse meio tempo, o Apocalipse oferece variadas 
lições das quais podemos nos beneficiar. 
2. O milênio. O período de mil anos do reinado de Cristo des-
crito em 20.1-1 O, normalmente chamado de "milênio", é entendido 
de várias maneiras pelos intérpretes. Os "pré-milenistas" acredi-
tam que os mil anos vêm depois da segunda vinda descrita em 
19.11-21. Depois da segunda vinda. Satanás está preso e Cristo 
traz um longo período de paz e prosperidade na terra. Alguns pen-
sam nisso como sendo um período literal de mil anos e outros 
acham que o número significa um longo período de tempo. Os cris-
tãos recebem corpos ressurretos no começo do milênio, mas o jul-
gamento final para todos acontece no final, depois de uma rebelião 
liderada por Satanás. No século li. Justino Mártir e Papias estavam 
entre aqueles que tinham uma visão pré-milenista. 
Os "amilenistas" entendem o milênio como sendo uma figura 
do reino presente de Cristo e dos santos no céu (análogo a 6.9-10). 
A "primeira ressurreição" (20.5) se refere à vida de cristãos que 
morreram e que estão com Cristo no céu ou à vida em Cristo que 
começa com o novo nascimento espiritual (Rm 6.8-11; Ef 2.6; CI 
3 .1-4). Satanás foi preso através do triunfo de Cristo na sua crucifi-
cação e ressurreição (Jo 12.31; CI 2.15). 
Os "pós-milenistas" crêem que o reino de Cristo e da igreja irá 
experimentar uma expansão muito maior na terra antes da segunda 
vinda. Os mil anos são tidos como sendo um período final de triunfo 
cristão na terra, vindo depois da propagação do evangelho (19.11-21, 
nota). Outros concordam com os amilenistas e identificam 20 .1-6 
com o período inteiro que começa com a ressurreição de Cristo. 
A discussão, em parte, tem a ver com a relação cronológica 
entre 20.1-1Oe19.11-21. Pré-milenistas acreditam que os eventos 
1525 APOCALIPSE 
descritos em 20.1-1 O simplesmente seguem a segunda vinda, que 
é descrita em 19.11-21. Mas 20.1-15 pode também representar 
um sétimo ciclo de julgamento que leva à segunda vinda (ver "Ca-
racterísticas e Temas: Forma Literária"). A batalha final em 20. 7-10 
parece ser a mesma batalha final de 16.14.16; 17.14; 19.11-21. 
Uma linguagem semelhante à de Ez 38-39 é usada nas várias 
descrições. O julgamento de Satanás em 20.1 O é paralelo aos jul-
gamentos contra a Babilônia (caps. 17-18) e contra a besta e o 
falso profeta (19.11-21 ). Estes inimigos de Deus são destinados ao 
castigo eterno. e as visões que descrevem o seu julgamento po-
dem ser descrições paralelas. e não eventos diferentes em se-
qüência. Certas características em 20.11-15 correspondem a 
descrições anteriores da segunda vinda (6.14; 11.18). O mais im-
portante é que todos os inimigos de Cristo já foram julgados em 
19.11-21. Se 20.1-6 representa eventos que vêm depois. não have-
ria sobrado ninguém para que Satanás pudesse enganar em 20.3. 
É preciso cuidado porque as diferentes posições milenaristas 
dependem da interpretação dos textos proféticos do Antigo Testa-
mento. assim como destes versículos de Apocalipse. Além disso. 
como a maior parte de Apocalipse. 20.1-1 O usa uma linguagem 
que. em princípio. pode ser legitimamente passível de múltiplos 
cumprimentos. Estes fatos tornam difícil a interpretação precisa (é 
a prerrogativa de Deus revelar somente o quanto for bom para nós 
sabermos sobre a ordem dos eventos futuros -At 1.7). O ponto 
principal é que Satanás será finalmente derrotado. e que. mesmo 
antes disso. Deus já toma conta dos seus santos e os abençoa 
através do seu reinado triunfante. Esta certeza deve confortar os 
cristãos. qualquer que seja a sua posição milenarista. 
1 1 1. Conteúdo. Na visão de abertura. Cristo apa-
~.-·· 1 Características e Temas 
1 1 rece como o Rei e Juiz majestoso
do universo e o So-
- - - J berano das igrejas (1.12-20). Em 2.1-3.22. Cristo 
trata de necessidades específicas de cada igreja. As suas promes-
sas poderosas também lembram às igrejas da extensão e profundi-
dade de seu chamado (2.7.10-11.17,26-28; 3.5.12,21 ). A escolha 
de exatamente sete igrejas sugere a relevância maior da mensa-
gem (1.4. nota). 
Em 4.1-22.5. as repreensões e os encorajamentos de Cristo 
tomam uma nova forma. Através de Cristo e dos seus anjos 
(22 8-9.16). João recebe uma série de visões cuja intenção é abrir 
os olhos dos cristãos para a realeza e majestade de Deus. a nature-
za da batalha espiritual, os julgamentos de Deus sobre o mal e ore-
sultado do conflito final. Deus e o seu exército devem ganhar a 
batalha (17.14; 19.1-2). mas as suas forças recebem oposição da 
parte de Satanás. o "grande dragão", (12.3). que conduz o mundo 
inteiro para a perdição (12.9). Satanás tem dois agentes. a "besta" 
e o "falso profeta." que juntos com ele formam uma trindade falsa 
(cap. 13; 16.13; ver "Características e Temas: Outros Aspectos", 
abaixo). Em oposição a estas ameaças. os santos devem manter 
um testemunho verdadeiro e fiel. até o martírio (12.11 ). e devem 
manter a pureza espiritual verdadeira (14.4; 19.8). No novo céu e 
na nova terra. o seu testemunho encontra o cumprimento na luz fi-
nal da verdade de Deus (21.22-27). e a sua pureza se torna perfeita 
na noiva imaculada do Cordeiro (21.9). 
O tema principal de Apocalipse é o reinado de Deus sobre a his-
tória. Ele a trará a um clímax triunfante em Cristo. No centro estão as 
visões de Cristo (1.12-16) e de Deus (4.1-5.14). Deus demonstra a 
sua majestade, autoridade e justiça como o Soberano e Juiz do uni-
verso (1.12-20, nota). Estas visões centrais já prevêem a consuma-
ção da história. quando a glória de Deus encherá todas as coisas 
(21.22-23; 22.5; 4.1-5.14. nota). Elementos detalhados nas visões 
expandem estas verdades e devem ser vistas como parte de uma vi-
são mais ampla. Apocalipse é. assim, um livro de imagens. uma 
apresentação dramática para equipar os cristãos para que tenham 
uma visão da história centralizada em Deus. Não é um livro de 
quebra-cabeças para servir de fonte para cálculos misteriosos. 
2. Forma literária. O título grego do livro é Apokalypsis. 
que significa "revelação" ou "desvelamento". Sendo assim. o livro é 
uma revelação que diz respeito ao objetivo final da história. Apoca-
lipse faz parte do que é conhecido como "literatura apocalíptica"; 
assim como porções de Ezequiel. Daniel e Zacarias. contém visões 
com muitos elementos simbólicos. Usando imagens visuais. além 
de promessas e advertências verbais. entrelaça em uma tapeçaria 
poética temas de toda a Escritura. A sua profundidade é demons-
trada em todas as suas múltiplas alusões. Ainda assim. como reve-
lação ou desvelamento, ele se destina a nutrir a todos os que são 
servos de Cristo ( 1 .1 ) . 
O prólogo de Apocalipse (1.1-3) explica o seu propósito bási-
co. Ap 1.4-22.21 é uma carta com uma saudação (1.4-5). corpo 
(1.5-22.20) e despedida (22.21 ). Os elementos formais desta es-
trutura genérica também se encontram nas cartas de Paulo. 
A porção principal do livro (4.1-22.5) consiste em sete ciclos 
de julgamento, cada um contendo, como desfecho. uma descrição 
da segunda vinda (4.1-8.1; 8.2-11.9; 12.1-14.20; 
15.1-16.21; 17.1-19.10; 19.11-21; 20.1-15). A oitava porção. a 
porção final. apresenta a visão suprema da Nova Jerusalém 
(21.1-22 5). Cada ciclo pode ser melhor entendido como uma des-
crição da mesma batalha espiritual. mas de um ponto de vista dife-
rente. Os ciclos que vêm posteriormente concentram-se cada vez 
mais nas fases mais intensas do conflito e na segunda vinda em si. 
Personagens simbólicos são introduzidos no drama um a um. e 
os seus destinos são revelados na ordem inversa. como segue: 
A. O povo de Deus apresentado figuradamente como a imagem 
da luz e da criação (12.1-2) 
B. O dragão Satanás (12.3-6) 
C. A besta e o falso profeta (13.1-18) 
D. A noiva: o povo de Deus como imagem de pureza 
sexual (14.1-5) 
E. Babilônia, a prostituta (17.1-6) 
E. Babilônia destruída (17.15-18.24) 
D. A noiva é abençoada com o casamento (19.1-1 O) 
C. A besta e o falso profeta são destruídos (19.11-21) 
B. O dragão é destruído (20.1-10) 
A. O povo de Deus como figura da luz e da criação (21.1-22.5) 
3. Outros aspectos. Muitos aspectos temáticos unificam 
o livro. O uso repetido do número sete significa plenitude. O plano e 
o poder de Deus determinam os resultados. A adoração a Deus 
vem dos anjos e santos (1.6. nota). As tribulações atuais da igreja 
(2.1-3.22) contrastam com o seu descanso final. A igreja deve 
manter o seu testemunho e a sua pureza. Tudo se move em direção 
à vitória de Cristo. na sua vinda. 
APOCALIPSE 1526 
Um dos aspectos mais proeminentes do livro é a apresentação 
das farsas satânicas que se opõem a Deus numa guerra espiritual de 
proporções cósmicas. A besta, introduzida em 13.1-1 O, é uma falsifi-
cação de Cristo. Observe os seguintes paralelos: (a) A besta é uma 
imagem de Satanás, que Satanás trouxe à luz (13.1). assim como 
Cristo é a imagem exata de Deus, gerado pelo Pai (SI 2. 7; CI 1.15; Hb 
1.3); (b) a besta tem dez coroas e nomes blasfemos (13.1). enquan-
to Cristo tem muitas coroas e nome dignos (19.12); (c) o dragão deu 
à besta o seu poder, um trono e grande autoridade (13.2). assim 
como Cristo tem o poder (5.12-13). o trono (3.21). e a autoridade 
(12.10) do Pai (Jo 5.21-23); (d) a besta tem uma ferida aparente-
mente fatal da qual se recuperou (13.3). numa tentativa de imitar a 
ressurreição de Cristo, e a recuperação da besta é um dos fatores 
principais que atraem os seguidores (13.4). assim como a ressurrei-
ção de Cristo é um dos pontos principais da proclamação evangelísti-
ca; (e) a adoração é dirigida tanto ao dragão como à besta (13.4). 
assim como os cristãos adoram tanto o Pai como o Filho (Jo 5.23); (fl 
a besta atrai a adoração do mundo inteiro (13.7). assim como Cristo 
será adorado universalmente; (g) a besta fala blasfêmias (13.5). en-
quanto Cristo proclama seu louvor a Deus (Hb 2.12); (h) a besta 
guerreia contra os santos (13.7). enquanto Cristo faz guerra contra a 
besta (19.11-21 ). A canção de adoração à besta, em 13.4, falsifica a 
canção a Deus de Êx 15.11. A surpreendente justaposição entre 
Cristo e a besta, em 19.11-21. mostra que estes são os dois guerrei-
ros principais na batalha: Cristo é o guerreiro divino, preenchendo as 
imagens de Êx 15.3; Is 59.16-18; 63.1-6; Hc 3.3-15; Zc 9.13-15; 
14.1-5; e a besta é o guerreiro pagão, cheio de falsidade, preenchen-
do a imagem de Dn 7.1-8. 
Esboço de Apocalipse 
1. Introdução (cap. 1 ) 
A. Prólogo (1.1-3) 
B. Sàudações e louvor (1.4-8) 
C; Visão de Cristo como Juiz (1.9-20) 
li. Exortações às sete igrejas (caps. 2-3) 
A. Éfeso (2.1-7) 
8. Esmirna (2.8-11) 
C. Pérgamo (2.12-17) 
D. Tiatira (2.18-29) 
E. Sardes (3.1-6} 
F. Filadélfia (3.7-13) 
G. laodicéia (3.14-22) 
Ili. Visões celestiais (4.1-22.5) 
A. Primeiro ciclo: o pergaminho e os seus sete selos 
(4.1-8.1) 
1. Deus, o Rei, e Cristo, o Digno (caps. 4-5) 
2. Abrindo os seis selos (cap. 6) 
3. Cuidado pelos santos (cap. 7) 
4. Abrindo o sétimo selo (8.1) 
B. Segundo ciclo: sete anjos com sete trombetas 
(8.2-11.19) 
1. Sete anjos perante Deus (8.2-6) 
2. Seis anjos sopram as suas trombetas (8.7-9.21) 
3. Cuidado por João e pelas duas testemunhas 
(10.1-11.14) 
4. O sétimo anjo sopra à sua trombeta ( 11.15-19) 
O próprio Satanás tenta falsificar Deus Pai. Envolve-se numa 
falsa criação, em que ele traz à tona a sua imagem, do caos das 
águas ( 13.1; paralelo a Gn 1.2). Semelhantemente, o falso profe-
ta, ou a besta da terra (13.11-18), falsifica a obra do Espírito San-
to. Deseja que o povo adore não a ele, mas à besta, da mesma 
maneira que o Espírito Santo glorifica
a Cristo (Jo 16.14). Opera 
falsos sinais milagrosos (13.13-14). falsificando os milagres do 
Espírito Santo. Força a sua marca sobre os seus súditos (13.16). 
da mesma forma que os cristãos são selados pelo Espírito Santo 
(Ef 1.13). 
Juntos, Satanás, a besta e o falso profeta formam um trio de 
impiedade ( 16.13). falsificando a trindade divina. Satanás, como 
enganador, está sempre tentando fazer os seus caminhos parece-
rem atraentes (2Co 11.14-15). Quando a revelação divina abre os 
nossos olhos, há um mundo de diferença entre os seus horrores e 
as maravilhas de Deus. Satanás é um imitador, e não um criador, e 
as suas produções são sempre bestiais e degeneradas, como ele 
próprio o é. As bestas devem se retirar diante da presença de Cris-
to, o Rei (19.11-21). 
Resta ainda uma farsante, que é a Babilônia, a prostituta, a fal-
sificação da noiva de Cristo (17 .1-19.10). A sua corrupção é con-
trastada com a pureza da noiva do Cordeiro (19.7-9). A Babilônia 
resume em si toda a adoração do mundo pagão. Em contraste, a 
noiva - a igreja - representa os adoradores do Deus verdadeiro. 
Satanás ataca os santos de duas maneiras principais: a besta ata-
ca com poder e perseguição, procurando destruir o testemunho 
dos santos e forçando-os a adorar à besta. Babilônia ataca com se-
dução, buscando destruir a pureza dos santos. 
C. Terceiro ciclo: sete histórias simbólicas 
(caps. 12-14) 
1. Personagens principais: o povo de Deus contra 
Satanás (12.1-6) 
2. Seis histórias simbólicas são expostas 
(12.7-14.11) 
a. A história do dragão (12.7-12) 
b. A história da mulher (12.13-17) 
e. A história da besta do mar ( 13.1-10) 
d. A história da besta da terra - o falso profeta 
(13.11-18) 
e. Os 144.000 (14.1-5) 
f. Os três mensageiros angélicos ( 14.6-11) 
3. Cuidados pelos santos (14.12-13) 
4. A sétima história simbólica (um, como o Filho do 
Homem) se desenvolve (14J4-20t 
D. Quarto ciclo: sete taças da ira de Deus advindas .do 
templo (caps. 15-16) 
E. Quinto ciclo: julgamento sobre a Babllanía e~. 
viódlcação da igreja ( 17 .1-19.10) · 
F. Sexto ciclo: a batalha final (19.11-21) 
G. Sétimo ciclo: O reino dos santos e o julgamento final 
(20.1-21.8) 
H. A nova Jerusalém (21.9-22.5) 
N. Exortações finais (22.6-201 
V. Bênção de encerramento (22.21) 
1527 APOCALIPSE 1 
O título, o autor e o assunto do lNro 
1 Revelação de Jesus Cristo, ªque Deus lhe deu para mos-trar aos seus servos as coisas que 1 em breve devem acon-
tecer e que bele, enviando por intermédio do seu anjo, 
notificou ao seu servo João, 2 co qual atestou a palavra de 
Deus e o testemunho de Jesus Cristo, quanto a tudo do que 
viu. 3 e Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ou-
vem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, 
pois J o tempo está próximo. 
Dedicatória às sete igrejas da Ásia 
4 João, às sete igrejas que se encontram na Ásia, graça e 
paz a vós outros, da parte daquele gque é, hque era e que há 
de vir, ; da parte dos sete Espíritos que se acham diante do seu 
trono se da parte de Jesus Cristo, ia Fiel 'Testemunha, o 
mprimogênito dos mortos e no Soberano dos reis da terra . 
Àquele ºque 2nos ama, e, Ppelo seu sangue, nos libertou 
dos nossos pecados, 6 e nos qconstituiu 3reino, sacerdotes 
para o seu Deus e Pai, r a ele a glória e o domínio pelos séculos 
dos séculos. Amém! 
7 Eis que vem com as 5 nuvens, e todo olho o verá, até 
1 quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamenta-
rão sobre ele. Certamente. Amém! 
8 ªEu sou o Alfa e Ómega, 4diz o Senhor 5Deus, vaquele 
que é, que era e que há de vir, o xrodo-Poderoso. 
A llisão de Jesus glorificado 
9 Eu, João, 6irmão vosso e zcompanheiro na tribulação, no 
ªreino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chama-
da Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de 
Jesus. to b Achei-me em espírito, no e dia do Senhor, e ouvi, por 
detrás de mim, dgrande voz, como de trombeta, 11 dizendo: 
• CAPÍTUL01 1 ªJo3.32 bAp226 lrapidamenteoubrevemente 2 C1Co16 d1Jo1.1 3 elc11.28/Tg58 4gÊx3.14hJo1.1 i[ls 11.2] 5 iJo 8.14 /is 55.4 m [CI 1.18] n Ap 17.14 oJo 13.34 PHb 9.14 2NU nos ama e libertou; M nos ama e lavou 6q1Pe 2.5,9 rnm 6.16 3 Cf. Cf. NU e M; TR reis 7 5 Mt 24.30 tzc 12.10-14 8 ªIs 41.4 v Ap 4.8; 11.17 x1s 9.6 4 Cf. NU e M; TR acrescenta o Princípio e o 
Fim, NU e M omitem 5 Cf. NU e M; TR omite Deus 9 ZFp 1.7 a [2T m 2 12] 6 Cf. NU e M; TR acrescenta igualmente; NU e M omitem 1 O b At 
10.10 e At 20.7 dAp 4.1 
•1.1-3 A maior parte do Apocalipse (1.4-22.21) apresenta-se na forma de uma 
carta, com saudações, desenvolvimento e despedida. Este prólogo ajuda a, orien-
tar os leitores quanto ao conteúdo que eles esperam encontrar no livro. E dada 
ênfase à autoridade divina da mensagem (de Deus e Jesus Cristo), sua infalibili-
dade (observe a palavra "devem" no v. 1) e sua relevância crucial (v. 3) Deus in-
veste profundamente no processo de comunicação: a mensagem tem origem em 
Deus o Pai. é entregue a Jesus Cristo e revelada a João através de um anjo (v. 1). 
João testemunha escrevendo a mensagem (v. 2), e todos são encorajados a ler e 
a ouvir (v 3). 
Apocalipse enfatiza que a mensagem é inteligível, apesar de vir em forma sim-
bólica. É "revelação", desvendar e não ocultar a verdade (v. 1 ). Destina-se aos 
"seus servos", não a uma elite especial (v. 1 ). Deus espera que os cristãos guar-
dem "as coisas nela escritas" para proveito espiritual (v. 3). Uma bênção encoraja 
as pessoas a ler e a ouvir (v. 3). 
•1.1 em breve. Ver nota textual e 22.6-7, 1O,12,20. A batalha espiritual aconte-
ce ao longo de toda a era da igreja. Sete igrejas experimentarão em breve todas 
as dimensões do conflito. Além disso, os "últimos dias" de que fala a profecia do 
Antigo Testamento foram inaugurados pela ressurreição de Cristo (At 2.16-17). O 
tempo de espera acabou, e Deus está executando a fase final de sua batalha vito-
riosa contra o mal. Reconhecido isso, hoje é "a última hora" (1Jo 218). 
•1.2 testemunho de Jesus Cristo. Por causa da iminente perseguição que 
ameaça sufocar o testemunho cristão 117.6), o Apocalipse está repleto do tema 
testemunho. Jesus Cristo é a testemunha principal lv. 5; 3.14; 19.11 ). Seguir o 
\'.l'.ll l'.Y-1'.mp\o pode rnsultar em martírio (12.11 ). O próprio Apocalipse é um teste-
munho que tem por finalidade fortalecer o testemunho dos seus leitores. Sua 
mensagem é repleta de autoridade e autenticidade divinas (19.10; 22.6, 16,20). 
•1.3 Bem-aventurados. Apocalipse pronuncia não só juízo sobre os incrédulos, 
mas também bênção sobre os crentes 114.13; 16.15; 19.9; 20.6; 22.7, 14). 
profecia. Ver 22.7-10,18-19. Semelhante à profecia do Antigo Testamento, o 
Apocalipse combina visões do futuro dadas por Deus com exortações à fidelida-
de. Essa profecia é uma forma característica e inspirada do testemunho que to-
dos os cristãos devem dar (v. 2, nota). 
guardam as coisas. O Apocalipse não se destina a alimentar nossa fantasia, 
mas a fortalecer nosso coração (Introdução: Características e Temas: Conteúdo). 
•1.4 às sete igrejas. Ver v. 11; 2.1-3.22. O Apocalipse é organizado em setes, 
o número bíblico símbolo da totalidade (Gn 2.2-3). A escolha de sete igrejas ex-
pressa esse tema e aponta para a relevância maior que a mensagem possui para 
toda a Igreja (vs 1,3; 2 7, 11, 17,29; 3.6, 13,22; 22.7, 11-14, 16, 18-21 ). 
Ásia. A província romana da Ásia situa-se no Oeste da Turquia atual. 
daquele que é, que era e que há de vir. Semelhante ao nome divino de Êx 
3.14-15. Ver nota no v. 8. 
sete Espíritos. O Espírito Santo é descrito em plenitude sétupla 14.5; Zc 4.2,6). 
Observe a origem da graça e paz da Trindade: Deus o Pai ("daquele que é"), o Fi-
lho (1.5) e o Espírito (cf. 2Co 13.14; 1 Pe 1.1-2). 
•1.5-8 João louva a Deus de um modo semelhante ao início da maioria das car-
tas paulinas. Os temas da soberania de Deus, redenção e segunda
vinda de Cristo 
aparecem ao longo do Apocalipse. 
•1.5 A função principal de Jesus Cristo em todo o Apocalipse é antecipada nessa 
descrição. 
Fiel Testemunha. Ver nota no v. 2. 
o Primogênito. Ver nota no v. 18. 
Soberano. Ver nota nos caps. 4-5. 
nos libertou. Ver nota no cap. 5. 
•1.6. O tema da adoração e do louvor a Deus se estende ao longo do Apocalipse. 
Observe os louvores em 4.8,11; 5.9,13; 7.12; 11.15; 12.10-12; 15.3-4; 19.1-8. 
Expressões de louvor são uma parte integrante da batalha espiritual. 
reino, sacerdotes. Os santos desfrutam do governo de Deus e. como sacerdo-
tes, possuem íntimo acesso a ele (Hb 1 O 19-22; 1 Pe 2.5-9). No futuro, eles reina-
rão com ele 12.26-27; 3.21; 5.10; 20.4,6). Agora, todas as nações compartilham 
dos privilégios sacerdotais conferidos a Israel em Êx 19.tl. Os propósitos de re-
denção presentes no êxodo do Egito e os propósitos do domínio dado à humani-
dade na criação são ambos cumpridos por meio de Cristo (5.9-10). O tema da 
adoração sacerdotal e do acesso a Deus é complementar ao tema do templo no 
Apocalipse (caps. 4-5, nota). 
•1.8 o Alfa e Ômega. A primeira e a última letra do alfabeto grego. Deus é Alfa 
(Criador) e Ômega (aquele que introduz no novo céu e na nova terra). Ele é Senhor 
de todos - no passado, presente e futuro-, como sugerido pelo "que é ... que 
há de vir" (caps. 4-5, nota). Sua soberania na criação garante o cumprimento 
dos seus propósitos na restauração da criação (Rm 8.18-25). 
que há de vir. No futuro, Deus virá para cumprir todos os seus propósitos 
121.1-22.5). 
•1.9-11 Uma identificação de João e de sua situação (na qual ele representa 
toda a Igreja) prepara o caminho para a primeira visão principal em 1.12-3.22. 
•1.9 perseverança. A exortação de persistir e permanecer fiel se estende ao 
longo do Apocalipse (2.2-3,13,19; 3.10; 6.11; 13.10; 14.12; 16.15; 18.4; 20.4; 
22.7, 11, 14). Aqui aparece uma exortação prática em meio à perseguição e à ten-
tação (Introdução: Data e Ocasião). 
Patmos. Uma pequena ilha na costa oeste da Ásia Menor. Patmos possuía uma 
colônia penal romana destinada a pessoas consideradas perigosas à boa ordem. 
•1.1 O em espírito. Uma referência ao Espírito Santo, provendo João com visões 
especiais e o transportando a lugares privilegiados para vê-las (4.2; 17.3; 21.10). 
Ou então, uma referência ao teor das visões recebidas pelo apóstolo, em um tran-
se espiritual. 
APOCALIPSE 1, 2 1528 
70 que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: 8Éfeso, 
Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. 
12 Voltei· me para ver quem falava comigo e, voltado, evi sete 
candeeiros de ouro 13/e, no meio dos candeeiros, gum seme· 
lhante a filho de homem, hcom vestes talares e ;cingido, à al-
tura do peito, com uma cinta de ouro. 14 A sua cabeça e 
icabelos eram brancos como alva lã, como neve; os 1olhos, 
como chama de fogo; 15 mos pés, semelhantes ao bronze poli-
do, como que refinado numa fornalha; "a voz, como voz de 
muitas águas. 16 ºTinha na mão direita sete estrelas, Pe da 
boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes. qo seu rosto 
brilhava como o sol na sua força. 
17 rQuando o vi, caí a seus pés como morto. Porém 5 ele 
pôs sobre mim a mão direita, dizendo: 9Não temas; 'eu sou o 
primeiro e o último 18 ue aquele que vive; estive morto, mas 
eis que vestou vivo pelos séculos dos séculos e xtenho as cha-
ves da morte e do / inferno. 19 Escreve, 2pois, as coisas que 
zviste, ªe as que são, be as que hão de acontecer depois des-
tas. 20Quanto ao 3mistério das sete estrelas que viste na mi-
nha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas 
são e os 4 anjos das sete igrejas, e d os sete candeeiros 5 são as 
sete igrejas. 
Carta à igreja em Éfeso 
2 Ao / anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas coisas diz aquele ªque conserva na mão direita as 
sete estrelas e bque anda no meio dos sete candeeiros de 
ouro: 2 e conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua 
2 perseverança, e que não podes 3suportar homens maus, e 
que dpuseste à prova os e que a si mesmos se declaram após· 
tolos e não são, e os achaste mentirosos; 3 e tens perseveran-
ça, e suportaste provas por causa do meu nome, e !não te 
deixaste esmorecer. 4 Tenho, porém, contra ti que abando-
naste o teu primeiro amor. s Lembra-te, pois, de onde caíste, 
arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; g e, se não, 
venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te 
·-~~ 1; N~ ;M,~;~r:c~~;;u:~~ ~lfa e o Ôme;;, o~nmeiro e o Últi;o, e, NU e M omitem 8 Cf. NU e M; TR acrescenta que estão n_a ___ -
As1a; NU e M omitem 12 e Ex 25.37 131 Ap 2.1 g Ez 1 26 h Dn 10.5 t Ap 15.6 141 Dn 7.9 l Dn 10.6 15 m Ez 1.7 n Ez 1.24; 43.2 
16 o Ap 1.20; 2 1, 3.1 Pls 49.2qMt17.2 17 TEz 1.28 sDn 8.18; 10.10, 12 lls 41.4; 44.6; 48.12 9Cf. NU e M; TR acrescenta a mim; NU e M 
omitem 18 u Rm 6.9 v Ap 4.9 x SI 68.20 l Lit invisível, o reino invisível 19 z Ap 1.9-18 a Ap 2.1 b Ap 4.1 2 Cf. NU e M; TR omite pois 
20 e Ap 2.1 dzc 4.2 3verdade oculta 4 Ou mensageiros 5Cf. NU e M; TR acrescenta que viste; NU e M omitem 
CAPÍTUL02 1 ªAp1.16bAp113 IOumensageiro 2cs11.6d1Jo4.1 e2Co11.132paciência3talerar 3/Gl6.9 sgMt21.41 
dia do Senhor. Domingo, o dia cristão de culto quando a ressurreição de Cristo é 
celebrada. A celebração dominical antecipa a celebração da vitória final de Deus 
(191-10) 
grande voz. A voz de Cristo. Sons e vozes fortes indicam o poder e a relevância 
universal das mensagens e eventos (115; 4.1,5; 5.2,12; 6.1; 7.2,10; 8.5,13; 
10.3; 11.12,15,19; 12.10; 14.7,9,15,18; 19.1,3,6,17) 
•1, 11 sete igrejas. Ver nota no v. 4. 
•1.12-20 Cristo aparece em extraordinária glória (cf. 2122-24) "Semelhante a 
filho de homem" reporta-se a Dn 7.13. As figuras dos vs. 12-16 lembram Dn 
7.9-10; 10.5-6eEz1.25-28, mas incluem também semelhanças mais remotas de 
muitas aparições de Deus no Antigo Testamento. A visão mostra Cristo como juiz 
e governante- não só sobre as igrejas (1.20-3.22) mas também sobre todo o 
Universo (2.27; 3.21). Sua divindade, autoridade e triunfo sobre a morte garan-
tem a vitória final (vs 17-18; 17.14; 19.11-16) Essa visão da soberania de Deus 
exercida através de Cristo é o ponto fundamental da mensagem do Apocalipse 
(Introdução: Dificuldades de Interpretação). A aparição de Cristo como alguém 
em batalha (v 16) antecipa sua função na batalha final (19.11-21) e aponta, re-
trospectivamente, para as batalhas de Deus no Antigo Testamento (Êx 15.3; Dt 
32.41-42; Is 59.17-18; Zc 14.3). Cristo apresenta o modelo no qual o destino de 
todo o Universo é resumido (Ef 1.1 O; CI 1.16-17). Pelo fato de todas as coisas se 
manterem unidas em Cristo (CI 1.17), a imagem trina dos vs. 12-20 e caps. 4-5 
forma o alicerce para todo o Apocalipse. Por ser a Trindade intensamente miste-
riosa, as imagens do Apocalipse contêm profundidade inesgotável. 
•1.12 sete candeeiros de ouro. Os candeeiros simbolizam as igrejas na sua 
função de trazer luz e testemunho (1.20; Mt 5.14-16). Cristo anda entre as igrejas 
como Senhor e Pastor (v. 13) exatamente como a nuvem da glória de Deus descia 
para habitar no tabernáculo e no templo, que tinham seus candeeiros (Êx 
25.31-40; 1Rs 7.49). O caráter de Deus como luz (1Jo1.5) é supremamente ma-
nifestado em Cristo (Jo 1.4-5; 8.12; 9.5; At 26.13), mas também é refletido de vá-
rias maneiras na sua criação: em anjos abrasadores ( 10.1; Ez 1.13), em luz natural 
(21.23; Gn 1.3), em candeeiros do templo, em igrejas e em cada pessoa individu-
almente IMt 5.14-16) 
•1.15 voz de muitas águas, Ver nota no v. 10. 
•1.16 espada, Ver 19.15; Is 114; Hb 4.12. 
o sol, Ver 21.22-25; Is 60.1-3, 19-20. 
•1.17 o primeiro e o último. Essencialmente o mesmo que o Alfa e o Ômega (v. 
8, nota; 2.8; 22.13; Is 41.4; 44.6; 48 12) 
•1.18 aquele que vive, A ressurreição e a nova vida de Cristo suprem as neces-
sidades da nova vida do seu povo (2.8; 5.9-10; 20.4-5) e da renovação do
próprio 
mundo (22.1 ). 
chaves da morte. Esta frase antecipa 20.14. 
•1.19 Este versículo sugere, provavelmente, uma tríplice divisão do Apocalipse 
em passado (vs. 12-16), presente (caps. 2-3) e futuro (4.1-225) Mas a divi-
são não é perfeita pois cada parte contém referências a cada um dos três perío-
dos. 
•1.20 os anjos, A palavra grega significa "mensageiros" Pode se referir a men-
sageiros humanos, especificamente a pastores das igrejas ou a anjos. A impor-
tância dos anjos no Apocalipse sustenta essa última interpretação (22.6; Dn 
1010-21) 
•2.1-3,22 Ver a nota teológica "A Igreja Local". Cristo demonstra cuidado pelas 
igrejas ao dirigir-se a cada uma de acordo com as suas necessidades, com encora-
jamento, repreensão, exortação e promessa. Ele mostra conhecimento detalhado 
das mesmas ("conheço"). Em todas as cartas há referências a circunstâncias ou 
a tradições da própria cidade, provavelmente incluindo algumas que nem são 
mais reconhecidas. Ao mesmo tempo, todas as igrejas são incluídas num chama-
do universal à fidelidade e perseverança até que as promessas alcancem seu 
cumprimento na Jerusalém celestial. Suas lutas contrastam com a paz e satisfa-
ção retratadas em 21.1-22.5. As exortações são reforçadas por uma alusão in-
trodutória a alguns elementos da majestosa visão de 1.12-20 e, portanto, contêm 
significado universal (1.4, nota). 
Cada mensagem apresenta a mesma forma básica: 
1. Destinatário: "Ao anjo da igreja ... escreve". 
2. Identificação de Cristo, com alusão a sua majestade demonstrada 
em 1.12-20: "Estas coisas diz aquele". 
3. Afirmação de conhecimento: "Conheço". 
4. Avaliação: repreensões ou elogios. 
5. Promessa ou ameaça: geralmente na forma verbal do futuro. 
6. Promessa ao "vencedor". 
7. Exortação para ouvir: "Quem tem ouvidos". 
Observe que os pontos 6 e 7 podem ocorrer em ordem inversa e 5 pode ser in-
cluído em 4. 
•2.5 moverei.,. o teu candeeiro. A cidade de Éfeso foi deslocada por causa 
da progressiva obstrução do rio Caister, ela foi "movida" de lugares antigos. De 
maneira analógica, Cristo ameaça remover a igreja caso o seu povo não se arre-
penda. 
1529 APOCALIPSE 2 
arrependas. 6 Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras 
dos nicolaítas, as quais eu também odeio. 7 hQuem tem ouvi-
dos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-
lhe-ei que se ;alimente ida árvore da vida que se encontra no 
paraíso de Deus. 
te, e dar-te-ei 'a coroa da vida. 11 5Quem tem ouvidos, ouça o 
que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo so-
frerá dano da tsegunda morte. 
Carta à igreja em Pérgamo 
12 Ao 6anjo da igreja em Pérgamo escreve: 
Carta à igreja em Esmirna Estas coisas diz u aquele que tem a espada afiada de dois gu-
8 Ao 4 anjo da igreja em Esmirna escreve: mes: 13 Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de 
Estas coisas diz 1o primeiro e o último, que esteve morto e Satanás, e que conservas o meu nome e não negaste a minha 
tornou a viver: 9 Conheço a tua tribulação, a tua pobreza fé, ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o 
(mas tu és mrico) e a blasfêmia ndos que a si mesmos se decla- qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. 14 Tenho, toda-
ram judeus e não são, ºsendo, antes, 5sinagoga de Satanás. via, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que susten-
to PNão temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo tam a doutrina de vBalaão, o qual ensinava a Balaque a armar 
está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes pos- ciladas diante dos filhos de Israel xpara comerem coisas sacri-
tos à prova, e tereis tribulação de dez dias. qSê fiel até à mor- ficadas aos ídolos ze praticarem a prostituição. 15 Outrossim, 
• 7hMt11.15 i[Ap22.2,14] i[Gn 2.9; 3.22] 8iAp1.8,17-18 4Qumensageiro 9 mLc 12.21 nRm 2.17 ºAp3.9 Scongregação 10 PMt 
10.22 qMt24.13 'lg1.12 li 5 Ap13.9 f[Ap20.6,14;21.8] 12 uAp1.16;2.16 óOumensageiro 14 VNm31.16XAt15.29Z1Co6.13 
•2.6 nicolaítas. Um grupo herético. provavelmente sustentando pontos de vista 
semelhantes ao ensino de Balaão e Jezabel (vs. 14,20, notas). 
•2.1 O Sê fiel. A cidade de Esmirna gabava-se de fidelidade a Roma. 
coroa da vida. A deusa Cibele de Esmirna é retratada em moedas com urna co-
roa, seguindo o modelo das muralhas da cidade. Dizia-se que as construções no 
Monte Pagos de Esmirna se pareciam com uma coroa. Em oposição a estes con-
ceitos, Jesus promete dar a coroa verdadeira. 
•2. 7 Ao vencedor. Neste e nos versículos paralelos referentes às outras igrejas 
a participação em todos os aspectos da Nova Jerusalém é prometida aos santos 
fiéis 12.11,17,26; 3.5,12,21; 211-22.5). 
árvore da vida. Ver nota em 22.2. 
•2.13 onde está o trono de Satanás. Pérgamo possuía o mais antigo templo 
na Ásia Menor dedicado à adoração do imperador. 
•2.9 sinagoga de Satanás. A sinagoga judaica de Esmirna era composta por 
judeus que haviam rejeitado a mensagem referente à vinda do Messias. Embora 
confessassem adorar a Deus. sua oposição aos cristãos mostrava que, na verda-
de, estavam sob o poder das trevas satânicas (2Co 4.4). 
•2.14 Balaão. Balaão (Nm 22.5) deu conselho a Balaque, levando Israel à "pros-
tituição" em Moabe (Nm 25.1-4). Outros cristãos professos das sete igrejas, ao 
exemplo de Jezabel (v. 20). entregaram-se aos prazeres propostos por seu ambi-
ente pagão (17.1-19.10, nota). 
As sete igrejas do Apocalipse (1.20-3.22) 
Elogio Critica Instrução Promessa 
Éfeso Rejeita o mal, O amor por Cristo Faça as obras A árvore da vida. 
(2.1-7) persevera, é paciente. não é mais que tez no 
fervoroso. início. 
Esmirna Suporta o sofrimento Nenhuma. Seja fiel até a A coroa da vida. 
(2.8-11) graciosamente. morte. 
Pérgamo Mantém a fé em Tolera a Arrependam-se. O maná escondido 
(2.12-17) Cristo. imoralidade, a e uma pedra com 
idolatria e heresias. um novo nome. 
Tiatira O amor, o serviço, a Toleram o culto O julgamento Governarão nações 
(2.18-29) fé e a paciência são idólatra e a está vindo; e receberão a 
melhores do que imoralidade. sejam fiéis. estrela da manhã, 
eram no início. 
Sárdis Alguns têm sido fiéis. Uma igreja morta. Arrependam- Os fiéis serão 
(3.1-6) se; fortaleçam o honrados e 
que ainda resta. vestidos de branco. 
Filadélfia Persevera na fé, Nenhuma Sejam fiéis. Um lugar na 
(3.7-13) obedecem a Cristo, presença de Deus, 
honram o seu nome. um novo nome e a 
Nova Jerusalém. 
Laodicéia Nenhum. Indiferente. Sejam zelosos e Compartilharão do 
(3.14-22) arrependam-se. trono de Cristo. 
APOCALIPSE 2, 3 1530 
A IGREJA LOCAL 
Ap2.1 
Cada igreja local é uma manifestação da única Igreja universal e deverá incorporar a natureza dessa Igreja, corno a família 
regenerada do Pai, o corpo ministerial de Cristo e a comunhão sustentada pelo Espírito Santo. No processo de separar-se da 
Igreja Católica Romana, os Reformadores precisavam estar certos a respeito de quais seriam as marcas da Igreja verdadeira. 
Nas Escrituras, eles acharam a resposta em termos de dois critérios. 
1. A fiel pregação da Palavra de Deus. Isso significa que a Igreja ensina o evangelho cristão de acordo com as Escrituras. 
Qualquer grupo que nega a Trindade, a divindade de Cristo, a expiação pelos pecados ou a justificação pela fé somente se 
comporta como os separatistas dos tempos primitivos da Igreja, cuja negação da Encarnação ( 1 Jo 4.1-3) levou João a dizer: 
unão eram dos nossos" (1Jo 2.19). 
2. O correto uso dos sacramentos. Esse critério significa que o Batismo e a Ceia do Senhor são usados e explicados como 
exposições do evangelho da fé em Cristo. Transformar esses Sacramentos em superstições que anulam a suficiência da fé 
em Cristo é solapar a identidade da Igreja, como qualquer outra coisa que obstrua a fé em Cristo. Um propósito do Batismo é 
identificar aqueles que são recebidos na Igreja visível. A Ceia do Senhor confirma, para os fiéis, sua condição de membros da 
Igreja e
sua comunhão uns com os outros e com Cristo. 
Os cristãos têm encontrado outras marcas de identidade além dessas duas. Lutero especificou as chaves da disciplina (Mt 
16.19), um ministério autorizado (At 14.23; 20.28), o culto público (Hb 10.25) e o "sofrimento sob a cruz" (At 14.22; 20.29). As 
igrejas Reformadas especificaram o funcionamento de um sistema de disciplina, freqüentemente chamando a disciplina 
como a terceira marca da Igreja visível (Tt 1.13; 2.15; 3.1 O). Os carismáticos indicam o ministério ativo de cada crente como 
uma marca da verdadeira Igreja (Ef 4.7-16). 
Essas marcas adicionais, contudo, não são essenciais da mesma maneira que as duas primeiras. Uma igreja à qual faltam 
essas marcas adicionais é seriamente deficiente, porém não seria verdadeiro dizer que ela não é igreja de Cristo. 
também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina 
dos nicolaítas.7 16 Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a 
ti sem demora e contra eles ªpelejarei com a espada da minha 
boca. 17 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igre· 
jas: Ao vencedor, dar-lhe-ei do bmaná escondido, bem como 
lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito 
cum nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele 
que o recebe. 
Carta à igreja em Tiatira 
18 Ao 8 anjo da igreja em Tia tira escreve: 
Estas coisas diz o Filho de Deus, dque tem os olhos como 
chama de fogo e os pés semelhantes ao bronze polido: 
19 e conheço as tuas obras, o teu amor, a tua 9fé, o teu serviço, 
a tua / perseverança e as tuas últimas obras, mais numerosas 
do que as primeiras. 20 Tenho, porém, 2 contra ti o tolerares 
prostro de cama, bem como em grande tribulação os que com 
ela adulteram, caso não se arrependam das 6 obras que ela in-
cita. 23 Matarei os seus filhos, e todas as igrejas conhecerão 
que eu sou aquele que isonda7 mentes e corações, e vos darei 
a cada um segundo as vossas obras. 24 Digo, todavia, a vós ou-
tros, 8os demais de Tiatira, a tantos quantos não têm essa 
doutrina e que não conheceram, como eles dizem, as icoisas 
profundas de Satanás: 'Outra carga não 9jogarei sobre vós; 
25 tão-somente conservai mo que tendes, até que eu venha. 
26 Ao vencedor, que guardar até ao fim as nminhas obras, ºeu 
lhe darei autoridade sobre as nações, 27 Pe com cetro de ferro 
as regerá e as reduzirá a pedaços como se fossem objetos de 
barro; 28 assim como também eu recebi de meu Pai, dar-
lhe-ei ainda q a estrela da manhã. 29 Quem tem ouvidos, ouça 
o que o Espírito diz às igrejas. 
que 3 essa mulher, !Jezabel, que a si mesma se declara profeti- Carta à igreja em Sardes 
sa, 4 não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos ga 3 Ao / anjo da igreja em Sardes escreve: 
praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos Estas coisas diz aquele que ªtem os sete Espíritos de Deus 
ídolos. 21 Dei-lhe tempo hpara5 que se arrependesse; ela, to- e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de 
davia, não quer arrepender-se da sua prostituição. 22 Eis que a que vives e estás morto. 2 Sê vigilante e c:om>olida o resto que 
·-15 ;Cf N~-eM:-TR acrescenta o que eu aborreço. NU e M omitem 16 ª2Ts ~·8 17 b~x 16.33-34 e Ap 3.12 18 dAp 1.14-15 Bou 
mensageiro 19 e Ap 2.2 9Cf. NU e M; TRserviço .. .fé 1 paciência 20f1Rs 16.31; 21.25 gEx 34.15 2Cf. NU e M; TA algumas coisas contra 
ti, porque tu permites 3M tua esposaJezabel 4Cf. NU e M; TA ensinar e seduzir 21 hAp 9.20; 16.9, 11 5Cf. NU e M; TA para se arrepender 
de sua imoralidade sexual, e ela não quer se arrepender 22 ô Cf. NU e M; TA [obra] deles 23 i Jr 11.20; 17.1 O 7 examina 24 i 2T m 
3.1-9 1 At 15.28 8 Cf. NU e M; TA acrescenta e aos; NU e M omitem 9 NU e M jogo 25 m Ap 3.11 26 n [Jo 6.29] o [Mt 19.28] 27 PSI 
2.8-9 28 q 2Pe 1.19 
CAPÍTULO 3 1 a Ap 1.4.16 / Ou mensageiro 
•2.15 nicolaítas. Ver nota no v. 6. 
•2.17 maná escondido. Talvez uma alusão ao maná conservado no Santo dos 
Santos do tabernáculo (Êx 16.33-35; Hb 9.4). Cristo promete nutrir o fiel com su-
primento celestial infalível, alimento espiritual (Jo 6.32-58) 
•2.18 bronze polido. Ou "metal". Tiatira possuía uma famosa associação de 
trabalhadores do bronze. 
•2.20Jezabel. Ver 1Rs 16.31; 19.1-2; 21.5-26; 2Rs 9.30-37. A mulher de Tiatira 
é chamada Jezabel porque. do mesmo modo da personagem do Antigo Testa-
mento, seduziu pe~soas à imoralidade sexual e à idolatria, duas principais formas 
de indulgência na Asia Menor pagã. Ver notas em 14.8 e 17.1-19.10. 
1531 APOCALIPSE 3 
estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas 
o'Dtas na -presença do 2meu Deus. J bLembra-te, pois, do que 
tens recebido e ouvido, guarda-o e carrepende-te. dPorquan-
to, se não vigiares, virei ecomo ladrão, e não conhecerás de 
modo algum em que hora virei contra ti. 4 Tens, 3contudo, 
4em Sardes, fumas poucas pessoas que não gcontaminaram 
as suas vestiduras e andarão hde branco junto comigo, pois 
são dignas. s O vencedor iserá assim vestido de vestiduras 
brancas, e de modo nenhum /apagarei o seu nome do 1Livro 
da Vida; pelo contrário, mconfessarei o seu nome diante de 
meu Pai e diante dos seus anjos. 6 nouem tem ouvidos, ouça 
o que o Espírito diz às igrejas. 
e não negaste o meu nome. 9 Eis farei que valguns dos que são 
da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram ju-
deus e não são, mas mentem, eis que os xfarei vir e prostrar-se 
aos teus pés e conhecer que eu te amei. to Porque guardaste a 
palavra da minha perseverança, também zeu te guardarei da 
hora da provação que há de vir sobre ªo mundo inteiro, para 
experimentar os que habitam bsobre a terra. 11 cvenho7 sem 
demora. d Conserva o que tens, para que ninguém tome a etua 
coroa. 12 Ao vencedor, fá-lo-ei /coluna no santuário do meu 
Deus, e daí jamais gsairá; hgravarei também sobre ele o nome 
do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a inova Jerusa-
lém que /desce do céu, vinda da parte do meu Deus, 1e o meu 
novo nome. 13 mouem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz 
Carta à igreja em Filadélfia às igrejas. 
7 Ao 5 anjo da igreja em Filadélfia escreve: 
Estas coisas diz ºo santo, Po verdadeiro, 0aquele que tem a Carta à igreja em Laodicéia 
chave de Davi, 'que abre, e ninguém fechará, e sque fecha, e 14 Ao 8anjo da igreja 9em Laodicéia escreve: 
ninguém abrirá: 8 1 Conheço as tuas obras - eis que tenho pos- n Estas coisas diz o Amém, 0 a testemunha fiel e verdadeira, 
to diante de ti uumaporta aberta, 6a qual ninguém pode fechar Po princípio da criação de Deus: ts °Conheço as tuas obras, 
- que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! 
• 2 2Cf. NU e M; TR omite meu 3b1Tm 6.20 e Ap 3.19 dMt 24.42-43 e[Ap 16.15] 4~At 1.15 g(Jd 23] hAp 4.4; 6.11 3Cf. NU e M; TR 
omite contudo 4 CI. NU e M; TR acrescenta igualmente; NU e M omitem 5 i[Ap 19.8] /Ex 32.32 1 Fp 4.3 m Lc 12.8 6 n Ap 2.7 7 o At 
3.14P1Jo 5.20 Qls 9.7; 22.22 '[Mt 16.19] SJó 12.14 5Qu mensageiro 8 t Ap 3.1 u 1Co16.9 ôCf. NU e M; TR omite a qual ninguém pode 
fechar 9 v Ap 2.9 x Is 45.14; 49.23; 60.14 1Oz2Pe 2 9 a Lc 2.1 b Is 24.17 11 CFp 4.5 d Ap 2.25 e [Ap 2.1 O] 7 Cf. NU e M; TR 
acrescenta Eis que; NU e M omitem 1211 Rs 7.21 gSI 23.6 h [Ap 14.1; 22.4] i[Hb 12.22] I Ap 21.2 l[Ap 2.17; 22.4] 13 m Ap 2.7 
14 n 2Co 1.20 o Ap 1.5; 3.7; 19.11 P [CI 1.15] BQu mensageiro 9Cf. NU e M; TR dos laodicenses 15 q Ap 3.1 
•3.3 virei como ladrão. A aparentemente inatingível fortaleza de Sardes foi 
capturada de surpresa duas vezes em tempo de guerra, provavelmente à noite. 
Cristo adverte que uma experiência semelhante atingirá a igreja a menos que seu 
povo desperte. 
•3.5 Livro da Vida. O rol celeste dos que receberão a nova vida 113.8, nota) 
•3.9 sinagoga de Satanás. Ver nota em 2.9. 
As Sete Igrejas 
do Apocalipse 
As igrejas de sete cida-
des foram as destinatárias 
de uma carta apocalíptica do 
Senhor escrita por intermédio
de João. Através de elogios, 
repreensões e advertências, 
o povo de Deus foi exortado 
a permanecer fiel nas adver-
sidades. Estas igrejas desem-
penharam papel importante 
na prática cristã da Ásia Me-
nor por causa de sua localiza-
ção em uma rede de trans-
porte, ligando diferentes par-
tes da região. 
Mar Mediterrâneo 
•3.12 coluna no santuário. Filadélfia tinha sido atingida por terremotos. Isso 
tornava a promessa de segurança e estabilidade especialmente apropriada. 
•3.15 nem és frio nem quente. O suprimento de água de Laodicéia vinha de 
uma fonte distante através de tubos. Em conseqüência, quando a água chega-
va à cidade era morna e pouco potável. Contrastantemente, a cidade vizinha de 
Hierápolis possuía fontes térmicas medicinais, e a vizinha Colossos era abaste-
cida por uma fonte de água fria vinda da montanha. Cristo pede que a igreja seja 
Mar Negro 
APOCALIPSE 3, 4 1532 
16 Assim, porque és morno e nem és / quente nem frio, estou 
a ponto de vomitar-te da minha boca; 17 pois dizes: rEstou 
rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes 
que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. 18 Aconse-
lho-te que de mim scompres ouro refinado pelo fogo para te 
enriqueceres, 1vestiduras brancas para te vestires, a fim de 
que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio 
para ungires os olhos, a fim de que vejas. 19 "Eu repreendo e 
2 disciplino va quantos amo. Sê, pois, 3ze1oso e arrepende-te. 
20 Eis que xestou à porta e bato; zse alguém ouvir a minha 
voz e abrir a porta, ªentrarei em sua casa e cearei com ele, e 
ele, comigo. 21 Ao vencedor, bdar-lhe-ei sentar·se comigo no 
meu trono, assim como também eu venci e me sentei com 
meu Pai no seu trono. 22 couem tem ouvidos, ouça o que o 
Espírito diz às igrejas. 
A visão do trono de Deus 
4 Depois destas coisas, olhei, e eis não somente uma porta ªaberta no céu, como também a primeira voz que ouvi, 
como de btrombeta ao falar comigo, dizendo: Sobe para aqui, 
e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas. 
2 Imediatamente, ceu me achei em espírito, e eis armado no 
céu dum trono, e, no trono, alguém sentado; 3 / e esse que se 
acha assentado é e semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe e 
de sardônio, e, !ao redor do trono, há um arco-íris semelhan-
te, no aspecto, a esmeralda. 4 g Ao redor do trono, há também 
vinte e quatro tronos, e assentados neles, vinte e quatro an-
ciãos hvestidos de 2branco, em cujas cabeças estão coroas de 
ouro. s Do trono saem 1relâmpagos, 3 vozes e trovões, e, dian-
te do trono, ardem isete tochas de fogo, que são 1os4 sete 
Espíritos de Deus. 6 Há diante do trono 5 um como que mmar 
de vidro, semelhante ao cristal, ne também, no meio do trono 
e à volta do trono, quatro seres viventes cheios de olhos por 
diante e por detrás. 7 °0 primeiro ser vivente é semelhante a 
leão, o segundo, semelhante a novilho, o terceiro tem o rosto 
como de homem, e o quarto ser vivente é semelhante à águia 
quando está voando. BE os quatro seres viventes, tendo cada 
um deles, respectivamente, Pseis asas, estão cheios de olhos, 
ao redor e por dentro; não têm descanso, nem de dia nem de 
noite, proclamando: 
qSanto, 6 Santo, Santo 
é o rsenhor Deus, o Todo-Poderoso, 
saqueie que era, que é e que há de vir. 
9 Quando esses seres viventes derem glória, honra e ações 
de graças ao que se encontra sentado no trono, ao 1que vive pe-
los séculos dos séculos, 10 u os vinte e quatro anciãos prostrar-
19 UHb 12.6 V Já 5.17 2castigo 3difigente 20 xct 5.2 Zlc -~~;;;;;U ;M; TR frio nem quente 17 ;Os 12.8 18 s1s 55.1 12co 5.3 
12.36-37 a [Jo 14.23] 21 b Mt 19.28 22 e Ap 2.7 
CAPÍTULO 4 1 ªEz 1.1 bAp 1.1 O 2 CAp 1.1Odls6.1 3 e Ap 21.11/Ez1.28 IM omite e esse que se acha a~sentado é, fazendo em se-
guida uma descrição do trono 4 8Ap 11.16 hAp 3.4-5 2NU e M manto, com coroas S 'Ap 8.5; 11.19; 16.18 /Ex 37 23 l[Ap 1.4] 3Cf. NU 
e M; TR relâmpagos, trovões e vozes 4 M omite os 6 m Ap 15.2 n Ez 1.5 5 Cf. NU e M; TR omite um como 7 o Ez 1.1 O; 10.14 8 P Is 
6.2 q Is 6.3 r Ap 1.8 s Ap 1 A 6 M traz Santo nove vezes 9 t Ap 1.18 1 O u Ap 5.8, 14; 7.11; 11.16; 19.4 
refrescante !fria) ou medicinalmente curativa !quente) e não como o abasteci-
mento de água de Laodicéia. 
•4.1-5.14 Deus aparece numa bela cena de adoração como o Rei do céu e da 
terra. Está rodeado por coortes angelicais 11Rs 22.19; Já 1.6; 2.1; SI 89.6-7; Ez 1, 
Dn 7.9-1 O). Seu governo foi estabelecido na criação 14.11 ). é exercido no panora-
ma da história 16.1-22 5). é conduzido à plenitude através do Cordeiro lcap. 5; 
22.1) e é celebrado com cânticos de louvor 11 6. nota). O Apocalipse é basica-
mente um livro sobre Deus e sua grandeza. Os segredos da história e da batalha 
espiritual centram-se no próprio Deus. Todo o Universo destina-se a ser preenchi-
do com a glória 121 22-23). a bondade (22.1-5) e o louvor de Deus 15.13). Portan-
to, a forma do desfecho da história é revelada aqui resumidamente IMt 6.1 O) 
Quando o povo de Deus sofre por causa de tentação ou perseguição, uma re-
velação do caráter e da glória de Deus é o melhor remédio. Seu poder garante a 
vitória final. sua justiça garante a defesa do direito, sua bondade e magnificência 
garantem bênção e conforto. O sangue do Cordeiro demonstra que a redenção já 
foi efetivamente realizada. 
•4.1 Sobe para aqui. Moisés subiu ao monte Sinai IÊx 19.3,20) e Paulo foi ele-
vado ao céu (2Co 12.21 para receber revelações especiais. 
que deve acontecer depois destas coisas. Ver nota em 1 .1 9 
•4.2 em espírito. Ver nota em 1.1 O. 
no céu um trono. O governo real de Deus é um tema fundamental do livro. No 
Antigo Testamento. o tabernáculo IÊx 25-40) e o templo (1 Rs 5--7; 2Cr 2--4) 
eram como um pálido reflexo !sombras) do local do trono de Deus no céu (Êx 
25.40; Hb 8.5-6; 9.1-14). João vê o original celeste e não uma cópia terrena. O 
Apocalipse contém, apropriadamente. muitas alusões ao templo (3.12; 7.15; 
11.19; 14.15, 17; 15.5-16.1, 16 17; 21 22) e aos elementos dentro dele. Por 
exemplo, há lâmpadas 11.12; 4.5). seres viventes como querubins 14.6-9). incen-
so e oração 15.8). cânticos de louvor corno aqueles oferecidos pelos cantores le-
vitas no Antigo Testamento (4.8,11; 5.9-13; 1 Cr 16). um sacrifício (5.6,9). a arca 
da Aliança (1119). o altar (11.1) e a corte externa (11.2). 
no trono, alguém sentado. Os detalhes da aparição de Deus não são descritos, 
lembrando-nos que sua grandeza e glória sempre excedem a compreensão hu-
mana. Ver nota em 1.12-20. 
•4.4 vinte e quatro anciãos. Esses ministros angelicais 17 13) são chamados 
aqui "anciãos" !grego presbyteros) por causa de sua sabedoria. Como oficiais do 
gabinete de Deus, eles devem refletir a sabedoria divina que é simbolizada pela 
idade IDn 7 9). O termo "ancião" ou "presbítero" também sugere uma analogia 
corn os anciãos da Igreja que servem na terra; por isso, alguns sugeriram que os 
anciãos aqui são simplesmente uma representação da Igreja. 
•4.5 relâmpagos. Deus exibe seu poder de maneira semelhante à sua auto-reve-
lação no monte Sinai IÊx 19.16-19) e a outras aparições divinas 18.5; 11.19; 16.18; 
SI 18.11-15; Ez 1.4). Ele lembra a Igreja do poder de sua voz l110,15enotas) e do 
abalo final na criação que ainda acontecerá (11.19; 21.1; Hb 12.25-27). 
sete tochas de fogo. Ver nota em 1.12; cf. Zc 4.2,6. A luz sétupla do Espírito 
Santo é a luz original. da qual o candelabro sétuplo de Êx 25.31-40 era urna figura. 
As semelhanças com 1.12 sugerem que as sete igrejas. como um verdadeiro 
templo de Deus. devem emitir luz, refletindo a própria presença de Deus através 
do seu Espírito. 
sete Espíritos de Deus. O Espírito Santo 11.4, nota). 
•4.6 mar de vidro. Ver 15.2; Êx 24.10. Esse quadro pode sugerir uma variedade 
de associações. O versículo paralelo de 15.2 lembra as águas do mar Vermelho. A 
derrota do Faraó e o retorno das águas ao seu lugar prefiguraram a vitória final
de 
Deus sobre o mal (Is 51.9-11 ). Sendo assim, o mar de vidro retrata as águas sujei-
tas ao poder de Deus. Além disso. a extensão e a beleza do mar semelhante ao 
cristal e as pedras preciosas do v. 3; 21.18-21 sugerem a magnificência e precio-
sidade do trono de Deus. Os outros numerosos paralelos com o templo (4.2, nota) 
podem sugerir que este mar é o correlativo celeste ao mar do templo de Salomão 
(1As7.23-25). Por último, o quadro da água celeste pode sugerir que Deus forne-
ce fielmente água do céu IDt 11 .11). É coerente corno estilo do Apocalipse de in-
terligar uma série de imagens do Antigo Testamento. 
quatro seres viventes. Esses ministros angelicais de Deus lembram os seres vi-
ventes ou querubins de Ez 1; 10 e os serafins de Is 6. Eles são os guardiões e carre-
gadores do trono de Deus. como em Gn 3.24; Êx 25.17-22; SI 18.1 O; 1Cr28.18. 
1533 APOCALIPSE 4-6 
se-ão diante daquele que se encontra sentado no trono, adora-
rão o que vive pelos séculos dos séculos e depositarão as suas 
coroas diante do trono, proclamando: 
11 vTu és digno, Senhor 7 e Deus nosso, 
de receber a glória, a honra e o poder, 
xporque todas as coisas tu criaste, 
sim, por causa da ztua vontade 
8vieram a existir e foram criadas. 
A visão do lil'ro selado com sete selos 
e a do Cordeiro 
5 Vi, na mão direita daquele que estava sentado no trono, ªum livro escrito por dentro e por fora, de todo bselado 
com sete selos. 2 Vi, também, um anjo forte, que proclamava 
em grande voz: couem é digno de abrir o livro e de lhe desa-
tar os selos? 3 Ora, nem no céu, nem sobre a terra, nem debai-
xo da terra, ninguém podia abrir o livro, nem mesmo olhar 
para ele; 4 e eu chorava muito, porque ninguém foi achado 
digno de abrir / o livro, nem mesmo de olhar para ele. s Toda-
via, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que do Leão da 
tribo de eJudá, la Raiz de Davi, gvenceu para abrir o livro he 
2 os seus sete selos. 
6 Então, 3vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes 
e entre os anciãos, de pé, ium Cordeiro como tendo sido mor-
to. Ele tinha sete chifres, bem como /sete olhos, que são 1os 
sete Espíritos de Deus enviados por toda a terra. 7Veio, pois, 
e tomou o livro da mão direita mdaquele que estava sentado 
no trono; 8 e, quando tomou o livro, nos quatro seres viventes 
e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, 
tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de in-
censo, que são as ºorações dos santos, 9 e Pentoavam novo 
cântico, dizendo: 
qDigno és de tomar o livro 
e de abrir-lhe os selos, 
porque foste morto e rcom o teu sangue 
5compraste para Deus 
os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação 
10 e para o nosso Deus 4os constituíste 
1reino5 e "sacerdotes; 
e 6 reinarão sobre a terra. 
11 Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, 
dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões 
de milhões e milhares de milhares, 12 proclamando em gran-
de voz: 
Digno é o Cordeiro que foi morto 
de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, 
e honra, e glória, e louvor. 
13 Então, ouvi que vtoda criatura que há no céu e sobre a 
terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, 
estava dizendo: 
Àquele xque está sentado no trono e ao Cordeiro, 
zseja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio 
pelos séculos dos séculos.7 
14 E os quatro seres viventes respondiam: Amém! Também 
os B anciãos prostraram-se e adoraram. 9 
O Cordeiro abre os selos. O primeiro selo 
6 ªVi quando o Cordeiro abriu um dos / sete selos e ouvi bum dos quatro seres viventes dizendo, como se fosse voz 
de trovão: Vem! 2Vi, então, e eis cum cavalo branco e do seu 
~~~~~~~~~~~~ ~ 11 VAp 1.6; 5.12 xGn 1.1zc11.16 7Cf. NU e M; TR omite e Deus nosso Bcf. NU e M; TR existem 
CAPÍTULO 5 1 a Ez 2.9 b Is 29.11 2 e Ap 4.11; 5.9 4 1 Cf. NU e M; TR acrescenta e ler; NU e M omitem 5 dGn 49.9 e Hb 7.14 /is 
11.1,10; Rm 15.12; Ap 22.16 gAp 3.21 hAp 6.1 2Cf. NU e M; TR acrescenta para desatar; NU e M omitem 6 ils 53.7; [Jo 1.29; 1Pe 1.19] jzc 
3.9; 4.10 1Ap1.4; 3.1; 4.5 3 Cf. NU e M; TR vi, e eis no meio ... de pé, um Cordeiro 7 m Ap 4.2 8 n Ap 4.8-10; 19.4 o SI 141.2; Ap 8.3 
9 PAp 14.3 q Ap 4.11 r[Hb 9.12; 1Pe1.18-19] sJo 1.29 10 IÊx 19.6 u1s 61.6 4Cf. NU e M; TR nos 5Cf. NU; TR e M reis óCf. NU e M; TR 
reinaremos 13 Vfp 2.1 O; Ap 5.3 xAp 4.2-3; 6.16; 20.11 Z1Cr 29.11; Rm 9.5; 1Tm 6.16; 1Pe4.11 7M acrescenta Amém 14 BCf. NU e M; 
TR acrescenta vinte e quatro; NU e M omitem 9 Cf. NU e M; TR acrescenta ao que vive pelos séculos dos séculos; NU e M omitem 
CAPÍTULO 6 1 a [Ap 5.5-7, 12; 13.8] b Ap 4.7 1 Cf. NU e M; TR omite sete 2 e Zc 1.8; 6.3 d SI 45.4-5 
•4. 11 Os servos de Deus apresentam, como resposta apropriada, cânticos de 
louvor à glória e aos feitos divinos (1.6, nota; Êx 15.11; Is 6.3). 
tu criaste. O louvor e as imagens do cap. 4 centram-se na criação, afirmando a 
s<lb<:m11\\a<ica Ocaus sobre o Universo (1.8, nota). 
•5.1-14 João relata nos caps. 4-5 (ver caps. 4-5, nota) duas partes de uma 
única e magnífica visão da glória de Deus. Um segundo ato dramático da visão é 
introduzido em 5.1. A ação transfere o foco da criação em 4.11 para a redenção e 
a restauração. Os propósitos da redenção e do governo de Deus somente podem 
ser realizados através daquele que é incomparavelmente digno - Jesus Cristo. 
Ele é, simultaneamente, o Leão feroz da tribo de Judá, lutando contra os inimigos 
de Deus (17.14; 19.11-21), e o manso Cordeiro que foi morto, aquele que com-
prou seu povo com o sangue de seu sacriffcio de expiação (vs. 9-10). Somente 
Deus, na plenitude da sua trindade, pode cumprir esses grandes propósitos. 
Observe a presença do Pai ("daquele que estava sentado no trono", vs. 1, 7), do Fi-
lho ("Cordeiro", vs. 6-7) e do Espírito de Deus (v. 6; 1.4, nota), o qual é os chifres e 
os olhos do Cordeiro. 
Esse capítulo constitui a cena introdutória do primeiro ciclo de juízos que con-
duzem à segunda vinda de Cristo (Introdução: Esboço). O Cordeiro e o livro selado 
são apresentados. A abertura dos selos em 6.1-8.1 aciona uma série de juízos 
que se originam no trono e no propósito de Deus e terminam com a sua manifes-
tação final como Juiz. Ver notas em 6.12-17 e 8.1. 
•5. 1 livro. O livro pode representar várias coisas: a aliança de Deus, sua lei, suas 
promessas, seus planos ou talvez uma vontade legal. D estreito paralelismo com 
Dn 12.4 torna possível que o livro seja celeste, contendo o plano de Deus e odes-
tino do mundo. A abertura do livro significa a realização das coisas pertencentes 
aos propósitos de Deus. João chora (v. 4) porque anseia pela realização dos pro-
pósitos de Deus (Mt 6.10) e porque percebe a dificuldade de como eles se reali-
zarão. No entanto, através do sacrifício decisivo de Cristo, uma multidão é 
redimida (v. 91 e os propósitos do êxodo e do domínio original do homem final-
mente são cumpridos (v. 101. 
•5.6 como tendo sido morto. "Como" é usado porque o Cordeiro foi morto, 
mas agora está vivo "pelos séculos dos séculos" (1.18). Os propósitos de Deus 
para a história podem se concretizar somente com base na morte e na ressurrei-
ção de Cristo. 
seta chifras. Chifres freqüentemente representam poder (SI 89.17; 92.1 O; Dn 
7.8; 8.3). Neste caso, representam o poder do Espírito de Cristo pleno da vida 
eterna (Jo 3.34; Rm 8.11; 1Co 15.451. 
seta Espíritos da Deus. Ver nota em 1.4. 
•5.9 toda tribo, língua. povo a nação. Na batalha espiritual, tanto Deus como 
Satanás reivindicam fidelidade em escala universal (7.9; 10.11; 11.9; 12.5; 13.7; 
14.6,8; 15.4; 17.15; 18.3; 19.15; 20.3). Através do mérito e do poder do sacriffcio 
de Cristo os propósitos de Deus serão realizados, cumprindo a promessa feita a 
Abraão de abençoar todas as nações (7.9-17; 21.24-27; Gn 12.3; 22.18; Is 60.1-5). 
•5.10 reino a sacerdotes. Ver nota em 1.6. 
•5.11-14 Louvores que começaram nos círculos internos
de adoração ao redor 
do trono agora se expandem até encherem o Universo. 
r 
APOCALIPSE 6, 7 1534 
cavaleiro com um arco; ee foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu 
!vencendo e para vencer. 
O segundo selo 
3 Quando abriu o segundo selo, g ouvi o segundo ser vi-
vente dizendo: Vem! 2 4 E saiu houtro cavalo, vermelho; e ao 
seu cavaleiro, foi-lhe dado itirar a paz da terra para que os ho-
mens se matassem uns aos outros; também lhe foi dada uma 
grande espada. 
O terceiro selo 
s Quando abriu o terceiro selo, i ouvi o terceiro ser vivente 
dizendo: Vem! Então, vi, e eis 1um cavalo preto e o seu cava-
leiro com muma3 balança na mão. 6 E ouvi uma como que 
voz no meio dos quatro seres viventes dizendo: Uma 4medi-
da de trigo por um 5 denário; três medidas de cevada por um 
denário; e nnão danifiques o azeite e o vinho. 
O quarto selo 
7 Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ºouvi a voz do 
quarto ser vivente dizendo: Vem! 8 PE olhei, e eis um cavalo 
amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o 
Inferno o estava seguindo, e foi-lhes dada 6autoridade sobre a 
quarta parte da terra qpara matar à espada, pela fome, com a 
mortandade e rpor meio das feras da terra. 
O quinto selo 
9Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo sdo altar, 1as 
almas daqueles que tinham sido mortos "por causa da palavra 
de Deus e por causa vdo testemunho que sustentavam. to Cla-
maram em grande voz, dizendo: x Até quando, ó Soberano Se-
nhor, zsanto e verdadeiro, ªnão julgas, nem vingas o nosso 
sangue dos que habitam sobre a terra? 11 Então, a cada um 
deles foi dada uma bvestidura branca, e lhes disseram e que 
repousassem ainda por pouco tempo, até que também se com-
pletasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam 
ser mortos como igualmente eles foram. 
O sexto selo 
12Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, de 7sobreveio 
grande terremoto. •o sol se tomou negro como saco de crina, 
a lua 8 toda, como sangue, 13/as estrelas do céu caíram pela 
terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa 
cair os seus figos verdes, 14ge o céu 9recolheu-se como um 
pergaminho quando se emola. Então, htodos os montes e ilhas 
foram movidos do seu lugar. IS iQs reis da terra, 1 os grandes, 
os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo li-
vre se i esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes 
16 1 e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e es-
condei-nos da face daquele que se massenta no trono e da ira 
do Cordeiro, 17porque chegou o grande Dia da ira deles; "e 
quem é que pode suster-se? 
Os cento e quarenta e quatro mil selados de Israel 
7 Depois disto, vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, ªconservando seguros os quatro ventos da terra, 
-~~~~~~~~~~~~ 
e Zc 6.11/Mt24.5 3 g Ap 4.7 2Cf. NU e M; TR acrescenta e vê; NU e M omitem 4hZc1.8; 6.2 iMt 24.6-7 5 i Ap 4. 7 IZc 6.2,6 m Mt 
24.7 3um par de escalas 6 nAp 7.3; 9.4 4Gr. choinix, cerca de um quarto 5Equivalente ao salário de um dia de um trabalhador 7 o Ap 4.7 
8 PZc 6.3 Hz 5.12, 17; 14.21; 29.5 rLv 26.22 ó poder 9 s Ap 8.3 t[Ap 20.4] u Ap 1.2,9 V2Tm 1.8 10 xzc 1.12 z Ap 3.7 ªAp 11.18 
11 bAp 3.4-5; 7.9 CHb 11.40 12 dMt 24.7 e JI 2.10,31; 3.15 7Cf. NU e M; TR acrescenta eis que; NU e M omitem 8Cf. NU e M; TR omite 
toda 131 Ap 8.10; 9.1 14 g SI 102.26; Is 34.4; [2Pe 3.1 O]; Ap 20.11; 21.1 h Jr 3.23; Ap 16.20 9 Ou partiu-se 15 i SI 2.2-4 i Is 
2.10,19,21; 24.21; Ap 19.18 1 Cf. NU e M; TR os ricos, os comandantes 16 IOs 10.8; Lc 23.29-30; Ap 9.6 mAp 20.11 17 n1s 63.4; Jr 
30.7;,JI 1.15; 2.1, 11,31; Sf 1.14; Ap 16.14 
CAPITULO 7 1 ª Jr 49.36; Dn 7.2; Zc 6.5; Mt 24.31 
•6, 1-8.1 Juízos de Deus se desdobram na medida que um por um dos sete se-
los é aberto. A participação do Cordeiro nos lembra que tais juízos são baseados 
nas suas incomparáveis qualificações e realizações lcap. 5). Em uma estrutura 
formal, 5.1-8.1 corre paralelamente a 8.2-11.19. Cada um possui uma cena 
de abertura que introduz a origem dos juízos lcap. 5; 8.2-6). Seguem seis juízos 
lcap. 6; 8. 7-9.21 ). Um dramático interlúdio promete cuidado ao povo de Deus 
lcap. 7; 10.1-11.14). O sétimo e culminante juízo segue ao interlúdio 18.1; 
11.15-19; Introdução: Esboço). Os sete juízos avançam em direção à segunda 
vinda, que acontece em 6.12-17; 11.15-19. Dos sete juízos, os primeiros quatro 
contêm uma unidade interna. Os quatro seres viventes de 4.6 e os quatro cavalei-
ros de Zc 1.8 são refletidos em 6.1-8. As quatro partes principais do mundo !terra 
seca, mar, água doce e céu) são abordadas em 8. 7-12. 
•6,1-8. Os quatro cavaleiros representam conquista, guerra, fome e morte. 
Essas calamidades caracterizam um período indefinido antes da segunda vinda 
!Me 13.6-8). Tais coisas aconteceram nos tumultos do Império Romano e podem 
ser esperadas agora e antes da segunda vinda. As imagens dão margem a múlti-
plas aplicações no decorrer da história da Igreja !Introdução: Dificuldades de 
Interpretação). As sete igrejas foram exortadas a colocar sua confiança não na 
paz e na prosperidade supostamente alcançadas pelo Governo romano, mas em 
Deus e nas suas promessas de um mundo novo 12.17; 3.12; 21.4). Quando acon-
teceram tumultos, elas foram certificadas de que o Cordeiro ainda estava no con-
trnle - na verdade, os tumultos provinham da sua dignidade de quebrar os selos 
e da voz das criaturas viventes. Tais juízos representavam a mão disciplinadora de 
Deus sobre urn mundo rebelde 19.20-21 ). Os santos serão guardados em meio a 
essas tribulações lcap. 7). Eles foram selados como uma marca de propriedade e 
proteção 17.1-1 O; 9.4) e lhes será dado descanso perfeito no final 17.15-17). Tais 
promessas se aplicam tanto aos santos no decurso do tempo da Igreja quanto às 
sete igrejas. 
•6,2 cavalo branco, Baseados nas semelhanças com 19.11, alguns pensam 
que aqui aparece Cristo conquistando através do evangelho. É rnais provável que 
o cavalo branco simbolize a conquista em forma de calamidade terrena. Assim a 
calamidade dos vs. 1-2 é paralela às calamidades dos vs. 3-816.1-8.1, nota). 
•6,6 Uma medida de trigo. Haverá fome tão severa que o salário de um traba-
lhador se destinará somente à alimentação. Famílias terão que comprar cevada, 
cereal de qualidade inferior. Azeite e vinho serão poupados, talvez uma il\\licação 
de que os ricos ainda serão capazes de usufrui-los. 
•6,9-11 Santos martirizados clamam por justiça, não por causa de desejos egoís-
tas, mas em harmonia corn a justiça do trono de Deus lv. 10). Eles desejam ver a 
justiça de Deus plenamente manifesta. 
•6.1 O dos que habitam sobre a terra. O Apocalipse mostra que a humanidade 
se constitui de dois grupos: o povo de Deus, cuja cidadania está no céu (Fp 3.20\, 
e, em oposição a estes, os habitantes rebeldes da terra lv. 15; 8.13; 11.1 O; 
13.3,8,12,14; 17.2,8). 
•6,12-17 Todos os habitantes da terra e o próprio universo criado experimenta-
rão o juízo de Deus. Esses versículos apresentam a primeira das sete descrições 
do Apocalipse sobre eventos associados à segunda vinda !Introdução: Caracte-
rísticas e Temas: Forma Literária). Em Lc 21.25-27 e Me 13.24-26, a vinda do Filho 
do Homem acontece imediatamente depois de fenômenos incomuns envolvendo 
sol, lua e estrelas. A menção de sete tipos de pessoas (v. 15) sugere juízo total e 
faz também a caracterização do "Grande Dia da ira" lvs. 16-17). Visto que este 
e a honra, e o poder, e a força 
sejam ao nosso Deus, 
pelos séculos dos séculos. Amém! 
APOCALIPSE 7, 8 1535 
bpara que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o 
mar, nem sobre árvore alguma. 2 Vi outro anjo que subia do 
nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em 
grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer 
dano à terra e ao mar, 3 dizendo: cNão danifiqueis nem a ter· 
13 Um dos anciãos tomou a palavra, dizendo: Estes, que se 
vestem de qvestiduras brancas,
quem são e donde vieram? 
14 Respondi-lhe: 2 meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, medis-
se: rsão estes OS que Vêm da grande tribulação, 5 laVafam SUaS 
vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro, 15 razão por 
que se acham diante do trono de Deus e o servem de dia e de 
noite no seu santuário; e aquele que se assenta no trono 1es-
tenderá sobre eles o seu tabernáculo. 16 uJamais terão fome, 
nunca mais terão sede, vnão cairá sobre eles o sol, nem ardor 
algum, 17 pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono 
xos apascentará e os guiará para as 3 fontes da água da vida. 2 E 
Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima. 
ra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos dna fronte os ser-
vos do nosso Deus. 4 e Então, ouvi o número dos que foram 
selados, que era/cento e quarenta e quatro mil, gde todas as 
tribos dos filhos de Israel: 5 da tribo de Judá foram selados doze 
mil; da tribo de Rúben, doze mil; / da tribo de Gade, doze mil; 
6 da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Naftali, doze mil; da 
tribo de Manassés, doze mil; 7 da tribo de Simeão, doze mil; 
da tribo de Levi, doze mil; da tribo de lssacar, doze mil; 8da 
tribo de Zebulom, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tri-
bo de Benjamim foram selados doze mil. 
A l/isão dos glorificados O sétimo selo. Os sete anjos com as suas trombetas 
9 Depois destas coisas, vi, e eis hgrande multidão que nin- 8 ªQuando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio 
guém podia enumerar, ide todas as nações, tribos, povos e lín- no céu cerca de meia hora. 2 bEntão, vi os sete anjos que 
guas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, !vestidos se acham em pé diante de Deus, ce lhes foram dadas sete 
de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; 10 e clamavam trombetas. 
em grande voz, dizendo: 3 Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incen-
Ao nosso Deus, 1que se assenta no trono, sário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com 
e ao Cordeiro, d as orações de todos os santos sobre o e altar de ouro que se 
mpertence a salvação. acha diante do trono; 4e da mão do anjo subiu à presença de 
11 "Todos os anjos estavam de pé rodeando o trono, os an- Deus la fumaça do incenso, com as orações dos santos. 5 E o 
ciãos e os quatro seres viventes, e ante o trono se prostraram anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à 
sobre o seu rosto, e ºadoraram a Deus, 12 Pdizendo: terra. E ghouve trovões, vozes, hrelâmpagos ie terremoto. 
Amém! O louvor, e a glória, 6 Então, os sete anjos que tirtham as sete trombetas prepara-
e a sabedoria, e as ações de graças, ram·se para tocar . 
• b Ap 7.3; 8.7; 9.4 3 e Ap 6.6 dEz 9.4,6; Ap 22.4 --4 e Ap 9 16/ Ap 14 1,3 gGn 49.1-27 S 1 Cf. NU e M; TR acrescenta selados nos vs. 
5b-8b; NU e M omitem 9 h Is 60.1-5; Rm 11.25 IAp 5.9 /Ap 3.5, 18; 4.4; 6.11 10 1 Ap 5.13 m SI 3.8; Is 4311; Jr 3.23; Os 13.4; Ap 19.1 
11 nAp 4.6 ºAp4.11; 5.9,12,14; 11.16 12 PAp 5.13-14 13 qAp 7.9 14 rAp 6.9 s1s 1.18; Zc3.3-5; [Hb 914] 2Cf. NU e M; TR omite 
meu 15 lis 4.5-6 16 UJs 49.10 vs1121.6 17 xsJ 23.1 z Ap 21.4 3Cf. NU e M; TR fontes de águas vivas 
CAPÍTULOS 1 ªAp6.1 zb[Mt18.10] C2Cr29.25-28 3dAp5.8eÊx30.1 4/SJ141.2 sgAp11.19;16.18hAp4.5i2Sm22.8 
mundo será profundamente abalado, os santos devem depositar sua esperança 
em Deus (Lc 1232-34; 1Co 729-31; Hb 12.25-29). 
•7.1-17 O anúncio do sétimo selo é dramaticamente adiado enquanto os santos 
recebem a certeza de que Deus os conhece e protege em meio às calamidades 
retratadas no cap. 6. 
•7.3 selarmos. Os fiéis são selados como sinal de proteção e propriedade 19.4; 
14.1; Ez 9.4). 
•7.4-8 A equilibrada numeração sugere que "doze" seja o número simbólico da 
totalidade do povo de Deus. A antiga associação da tribo de Dã com a idolatria (Jz 
18) pode explicar sua omissão dessa lista (21.8; 22.15). Alguns acreditam que 
estes 144.000 incluem somente crentes judeus. Mas nos "servos do nosso 
Deus" do v. 3 devem estar igualmente inclusos os santos gentios. O status de 
igualdade entre gentios e judeus nas sete igrejas (Ef 2.11-22) e as promessas as-
sociadas aos 144.000 (9.4; 14.1-5) confirmam isso. De acordo com os vs. 1-8, os 
santos são individualmente conhecidos por Deus e nenhum deles escapa do seu 
cuidado (Mt 10.30); de acordo com os vs. 9-17, nenhum ser humano pode calcu-
lar a totalidade deles. 
• 7 .14 grande tribulação. Muitos vêem a "grande tribulação" como um período 
final de perseguição, pouco antes da segunda vinda. Mas tribulações acontecem 
para cristãos em toda a era da Igreja, de modo que todo o tempo também pode 
ser caracterizado como um tempo de tribulação (2Ts 1.5-6; 2T m 3.1, 12). A pas-
sagem pretende confortar os cristãos do século 1 e também aqueles que enfren-
tarão a crise final. Ver nota em 11.2. 
•8.1 silêncio no céu. O próximo evento após 6.12-17 parece, muito natural-
mente, ser o aparecimento do próprio Cristo como o último guerreiro e juiz (Me 
13.24-26). O silêncio pode indicar que o céu está em reverência perante sua pre-
sença (Hc 2.20; Zc 1.7). Nesse momento, João não recebe uma imagem mais 
plena que desvende os eventos do juízo final e da restauração. Essa reserva man-
tém o interesse do leitor para os ciclos de juízo posteriores. 
•8.2-11.19 Sete anjos tocam sete trombetas. As trombetas acionam sete juí-
zos que precedem a segunda vinda. As trombetas formam o segundo de vários 
ciclos que retratam de vários ângulos o governo de Deus sobre a história. Quanto 
à estrutura desses juízos, ver nota de 6.1-8.1. Semelhantes às trombetas usa-
das na batalha de Jericó (Js 6), essas trombetas conduzem a cidade mundana à 
queda (11.8, nota; 11.13). Com a sétima trombeta chega a vitória total de Deus. 
As pragas da trombeta lembram as pragas do Egito, significando os juízos de 
Deus sobre os poderes idólatras. 
Os sete selos começam com anúncios de cavaleiros encarregados de trazer 
calamidades (6.1-8, nota). Em contraste, as sete trombetas contêm descrições 
das calamidades em si. A intensidade do juízo cresceu. Porém, ainda outras coi-
sas estão guardadas: a maioria das pragas das trombetas cai sobre um terço do 
povo ou da terra e não sobre todos; a praga dos gafanhotos de 9.1-12 termina de-
pois de cinco meses; algumas pessoas sobrevivem ao colapso da cidade em 
11.13. Contrastantemente, os últimos juízos com as taças (15.1-16.21) são 
profundamente devastadores. 
•8.2-6 Os juízos das trombetas provêm dos anjos de Deus que estão perante o 
seu trono (v. 2). A visão dos caps. 4-5 persiste como ponto de apoio para esse 
novo ciclo de visões. Semelhantes aos juízos dos selos de 6.1---B.1, esses juízos 
são executados de acordo com o plano de Deus e suas ordens. As orações dos 
santos desempenham parte importante na origem dos juízos (vs. 3-4). 
APOCALIPSE 8, 9 1536 
A primeira trombeta 
7 O primeiro anjo tocou a trombeta, ie houve saraiva e 
fogo de mistura com sangue, e foram atirados 1à terra. Ifoi, 
então, queimada a terça parte da terra, e mdas árvores, e tam-
bém toda erva verde. 
A segunda trombeta 
8 O segundo anjo tocou a trombeta, e numa como que 
grande montanha ardendo em chamas foi atirada ao mar, 
ºcuja terça parte se Ptornou em sangue, 9 qe morreu a terça 
parte da criação que tinha vida, existente no mar, e foi destruí· 
da a terça parte das embarcações. 
A terceira trombeta 
10 O terceiro anjo tocou a trombeta, recaiu do céu sobre a 
terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas suma grande 
estrela, ardendo como tocha. 11 ro nome da estrela é Absin-
to; "e a terça parte das águas se tornou em absinto, e muitos 
dos homens morreram por causa dessas águas, porque se tor· 
naram amargosas. 
A quarta trombeta 
12 vo quarto anjo tocou a trombeta, e foi ferida a terça par-
te do sol, da lua e das estrelas, para que a terça parte deleses-
curecesse e, na sua terça parte, 2 não brilhasse, tanto o dia 
como também a noite. 13 Então, vi xe ouvi 3uma águia que,

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