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Aula 09 Bioq I 2013-02 - Lipídios I

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UENF, CBB, LQFPP
Prof. Gustavo Rezende
Bioquímica I 
9ª aula: Lipídios I
Lipídios simples e complexos, lipídios de membrana
Definição de lipídeos:
Biomoléculas hidrofóbicas, solúveis em solventes orgânicos.
São um grupo heterogêneo de biomoléculas, cuja característica 
comum é ser insolúvel ou pouco solúvel em água e solúvel em 
solventes orgânicos, apresentando, portanto, escassa 
polaridade.
Seis tipos principais de lipídeos, definidos por suas estruturas químicas:
1) ácidos graxos
2) triacilgliceróis
3) ceras
4) glicerofosfolipídios
5) esfingolipídios
6) esteróis
1) ácidos graxos
2) triacilgliceróis
3) ceras
4) glicerofosfolipídios
5) esfingolipídios
6) esteróis
possuem ácidos 
graxos
Seis tipos principais de lipídeos, definidos por suas estruturas químicas:
lipídios de 
estoque
1) ácidos graxos
2) triacilgliceróis
3) ceras
4) glicerofosfolipídios
5) esfingolipídios
6) esteróis
possuem ácidos 
graxos
lipídios de 
membrana
Seis tipos principais de lipídeos:
1) ácidos graxos
2) triacilgliceróis
3) ceras
4) glicerofosfolipídios
5) esfingolipídios
6) esteróis
possuem ácidos 
graxos
lipídios de 
estoque
1) Ácidos graxos:
São derivados de hidrocarbonetos. Hidrocarbonetos são compostos 
apenas de carbono e hidrogênio.
Octano (C8H18) é um 
hidrocarboneto.
1) Ácidos graxos:
São derivados de hidrocarbonetos. Hidrocarbonetos são compostos 
apenas de carbono e hidrogênio.
Octano (C8H18) é um 
hidrocarboneto.
Não confundir hidrocarbonetos com carboidratos!
1) Ácidos graxos:
São derivados de hidrocarbonetos. Hidrocarbonetos são compostos 
apenas de carbono e hidrogênio.
Octano (C8H18) é um 
hidrocarboneto.
Ácidos graxos e hidrocarbonetos são semelhantes em composição aos 
combustíveis fósseis (i.e. derivados do petróleo). A oxidação celular de derivados 
de ácidos graxos produz energia, assim como a queima dos combustíveis fósseis!
1) Ácidos graxos:
São ácidos carboxílicos. Ácidos carboxílicos são definidos como 
ácidos orgânicos contendo pelo menos um grupo carboxila.
1) Ácidos graxos:
Ácidos graxos contém cadeias de comprimento entre 4 e 36 
carbonos (C4 a C36).
Geralmente possuem número par de carbonos na cadeia.
Ácido butírico
(ou butanóico), 
C4 
1) Ácidos graxos:
Ácidos graxos contém cadeias de comprimento entre 4 e 36 
carbonos (C4 a C36).
Geralmente possuem número par de carbonos na cadeia.
Ácido octodecanóico (ou esteárico), C18
1) Ácidos graxos:
São derivados de hidrocarbonetos. 
São ácidos carboxílicos com cadeias de comprimento entre 4 e 36 
carbonos (C4 a C36).
Geralmente possuem número par de carbonos na cadeia.
1) Ácidos graxos: possuem uma região polar (pequena) e outra apolar (grande).
Grupo Carboxila
( Região Polar)
Cadeia 
hidrocarbonada
(Região Apolar)
Saturado Insaturado
Cadeia 
hidrocarbonada
(Região Apolar)
Grupo Carboxila
(Região Polar)
COOH-CH2-CH2...CH2-CH2-CH2 –CH3
ionizado em pH neutro
Grupo Carboxila
( Região Polar)
Cadeia 
hidrocarbonada
(Região Apolar)
Saturado Insaturado
Cadeia 
hidrocarbonada
(Região Apolar)
Grupo Carboxila
(Região Polar)
Número de Carbonos
S
o
l
u
b
i
l
i
d
a
d
e
 
e
m
 
á
g
u
a
1) Ácidos graxos: possuem uma região polar (pequena) e outra apolar (grande).
Solubilidade em água diminui com o aumento relativo da região apolar.
Grupo Carboxila
( Região Polar)
Cadeia 
hidrocarbonada
(Região Apolar)
Saturado Insaturado
Cadeia 
hidrocarbonada
(Região Apolar)
Grupo Carboxila
(Região Polar)
COOH-CH2-CH2...CH2-CH2-CH2 –CH3
1) Ácidos graxos: Podem ser saturados ou insaturados, em relação à quantidade
de hidrogênios na molécula.
Existem dois tipos de insaturação: cis e trans
Ácidos graxos na natureza são insaturados na posição cis.
Isômero do tipo cis Isômero do tipo trans
cis vem do latim e significa “mesmo lado” e trans significa “lado oposto” ou “através”
Grupo Carboxila
( Região Polar)
Cadeia 
hidrocarbonada
(Região Apolar)
Saturado Insaturado
Cadeia 
hidrocarbonada
(Região Apolar)
Grupo Carboxila
(Região Polar)
...-CH2-CH=CH-CH2 -...
Inclinação rígida de 30º, 
quando a dupla ligação está
na configuração cis
Insaturação do tipo cis
Estrutura de saturados e insaturados:
Ácido Esteárico
Ácido Oléico (cis)
Ácido Elaídico (trans)
Compõem 55-80% do 
azeite
Presente na gordura 
vegetal hidrogenada 
(presente em margarina, 
biscoitos, etc)
Estrutura de saturados e insaturados:
Ácido EsteáricoÁcido Oléico (cis)Ácido Elaídico (trans)
Ácido Oléico
Compõem 55-80% 
do azeite
Gordura trans aumenta LDL e e diminui 
HDL: ruim para o ”colesterol“ (próxima aula) 
Ácido Elaídico (trans)
Estrutura de saturados e insaturados:
Presente na gordura 
vegetal hidrogenada 
(presente em margarina, 
biscoitos, etc)
força de van 
der Waals
Maior interação 
entre as moléculas
Menor interação entre as moléculas
Ponto de fusão é influenciado pelo tamanho da cadeia e insaturações
Forças de van der Waals mantém as moléculas interagindo. Moléculas maiores e 
saturadas ficam mais fortemente associadas.
Nome Nº de Carbonos Ponto de Fusão
(°C)
Láurico 12 43,9
Mirístico 14 54,1
Palmítico 16 62,7
Esteárico 18 69,9
Araquídico 20 75,4
Pontos de Fusão de Ácidos Graxos
Nome Nº de Carbonos Ponto de Fusão
(°C)
Láurico 12 43,9
Mirístico 14 54,1
Palmítico 16 62,7
Esteárico 18 69,9
Araquídico 20 75,4
N om e N º d e
C a rb on o s
N º d e L ig a s
D up la s
P on to d e
F u sã o (°C )
P a lm ito lé ico 1 6 1 0 ,5
O lé ico 1 8 1 1 3 ,4
L in o lé ico 1 8 2 -5 ,0
L in o lên ico 1 8 3 -1 0 ,0
A raqu id ôn ico 2 0 4 -4 9 ,5
Pontos de Fusão de Ácidos Graxos
Tipos de ácidos graxos, quanto à saturação:
Saturados:
Monoinsaturados:
Poliinsaturados:
O-
C 
O
O-
C 
O
O-
C 
O
116
16
16
9
910
10
1213
Tipos de ácidos graxos, quanto ao tamanho da cadeia:
de cadeia longa (até 16 C):
O-
C 
O
116
de cadeia muito longa (≥ C18):
O-
C 
O
122
Ácidos graxos de cadeia muito longa (VLCFAs, do inglêsvery long chain
fatty acids), são sintetizados de maneira distinta.
Alguns ácidos graxos de ocorrência natural Solubilidade a 30ºC (mg/g solvente)
Solubilidade da glicose em água (C6): 1.100 mg/g
Solubilidade do Ácido Hexanóico em água (C6): 10,82 mg/g
Alguns ácidos graxos de ocorrência natural Solubilidade a 30ºC (mg/g solvente)
Alguns ácidos graxos de ocorrência natural Solubilidade a 30ºC (mg/g solvente)
Mais 
comuns
Com ácidos graxos se formam:
1) ácidos graxos
2) triacilgliceróis
3) ceras
4) glicerofosfolipídios
5) esfingolipídios
2) Triacilgliceróis, estrutura:
Também chamados triglicerídios, gorduras neutras ou gorduras. 
São compostos de três ácidos graxos associados a um glicerol, onde 
esses ácidos graxos podem ser iguais ou diferentes entre si:
glicerol
ácido graxo
ácido graxo
ácido graxo
2) Triacilgliceróis, estrutura:
Também chamados triglicerídios, gorduras neutras ou gorduras. 
São compostos de três ácidos graxos associados a um glicerol, onde 
esses ácidos graxos podem ser iguais ou diferentes entre si:
São ésteres de ácidos graxos do glicerol.
glicerol
ácido graxo
ácido graxo
ácido graxo
Éster
2) Triacilgliceróis, estrutura:
Também chamados triglicerídios, gorduras neutras ou gorduras. 
São compostos de três ácidos graxos associados a um glicerol, onde 
esses ácidos graxos podem ser iguais ou diferentes entre si:
glicerol
ácido graxo
ácido graxoácido graxo
Éster
Ácido graxo Glicerol
Os ácidos graxos se ligam ao glicerol na reação entre um álcool e um 
ácido, formando três ligações éster. 
2) Triacilgliceróis, estrutura:
glicerol
Os ácidos graxos se ligam ao glicerol na reação entre um álcool e um 
ácido, formando três ligações éster. 
2) Triacilgliceróis, estrutura:
glicerol
triacilglicerol
Os ácidos graxos se ligam ao glicerol na reação entre um álcool e um 
ácido, formando três ligações éster. 
2) Triacilgliceróis, estrutura:
triacilglicerol
2) Triacilgliceróis, estrutura:
São não-polares, muito hidrofóbicos, insolúveis em água.
Lipídios são menos densos que a água. Por isso óleo e água não se 
misturam, e por isso o óleo flutua sobre a água.
2) Triacilgliceróis, estrutura:
Funcionam como reserva energética e isolantes térmicos.
Em células eucarióticas são armazenados como gotas de óleo 
dentro do citoplasma aquoso. 
2) Triacilgliceróis, função:
2) Triacilgliceróis, função:
Animal
Vegetal
É melhor estocar energia na forma de triacilglicerol do que na 
forma de carboidratos! Porque?
1. Átomos de carbono dos ácidos graxos contém menos oxigênio (sendo também 
mais reduzidos) do que os carbonos dos açúcares: a oxidação de triacilgliceróis 
rende duas vezes mais energia que a mesma massa de açúcar.
2. Triacilgliceróis são hidrofóbicos, não-hidratados, portanto não utilizam água de 
hidratação, como é o caso nos açúcares. O tecido adiposo possuem 15% de água, 
músculo possui 80% de água.
3. São relativamente inertes do ponto de vista químico. Podem ser estocados em 
grandes quantidades sem o risco de reações químicas indesejáveis com outros 
componentes celulares.
1. Átomos de carbono dos ácidos graxos contém menos oxigênio (sendo também 
mais reduzidos) do que os carbonos dos açúcares: a oxidação de triacilgliceróis 
rende duas vezes mais energia que a mesma massa de açúcar.
2. Triacilgliceróis são hidrofóbicos, não-hidratados, portanto não utilizam água de 
hidratação, como é o caso nos açúcares. O tecido adiposo possuem 15% de água, 
músculo possui 80% de água.
3. São relativamente inertes do ponto de vista químico. Podem ser estocados em 
grandes quantidades sem o risco de reações químicas indesejáveis com outros 
componentes celulares.
Cerca de 40% da energia consumida diariamente por humanos é suprida por 
triacilgliceróis da dieta!
É melhor estocar energia na forma de triacilglicerol do que na 
forma de carboidratos! Porque?
24.0006.000MúsculoProteína
135.00015.000AdiposoGordura
8020Fluídos 
corporais
Glicose
480120MúsculoGlicogênio
28070FígadoGlicogênio
kcalgramas
Reserva de energia
TecidoEnergia estocada
A reserva de energia em humanosa:
aDados de uma pessoa saudável pesando 70 kg. Carboidratos fornecem 4 kcal/g, 
proteínas 4 kcal/g e gorduras 9 kcal/g.
24.0006.000MúsculoProteína
135.00015.000AdiposoGordura
8020Fluídos 
corporais
Glicose
480120MúsculoGlicogênio
28070FígadoGlicogênio
kcalgramas
Reserva de energia
TecidoEnergia estocada
A reserva de energia em humanosa:
aDados de uma pessoa saudável pesando 70 kg. Carboidratos fornecem 4 kcal/g, 
proteínas 4 kcal/g e gorduras 9 kcal/g.
21% do peso 
corporal total
135.000 kcal dos ácidos graxos significa 85% das calorias no nosso corpo (em 
21% do nosso peso corporal)! 
24.0006.000MúsculoProteína
135.00015.000AdiposoGordura
8020Fluídos 
corporais
Glicose
480120MúsculoGlicogênio
28070FígadoGlicogênio
kcalgramas
Reserva de energia
TecidoEnergia estocada
A reserva de energia em humanosa:
aDados de uma pessoa saudável pesando 70 kg. Carboidratos fornecem 4 kcal/g, 
proteínas 4 kcal/g e gorduras 9 kcal/g.
135.000 kcal dos ácidos graxos significa 85% das calorias no nosso corpo (em 
21% do nosso peso corporal)! 
Para estocar 135.000 kcal em glicogênio, seria preciso 34 kg de glicogênio + 4 
vezes seu peso em água de hidratação (136 kg de água): 170 kg!
21% do peso 
corporal total
E porque então se estoca energia também na forma de carboidratos?
Porque os carboidratos podem ser rapidamente mobilizados em energia, onde um dos 
motivos para isso é a pronta solubilidade deles em água. 
Lipídios fornecem mais energia, mas ela é disponibilizada de forma mais lenta.
E porque então se estoca energia também na forma de carboidratos?
Triacilgliceróis: Isolante térmico para animais polares e que 
hibernam.
Além disso, triacilgliceróis armazenados são praticamente a única fonte de 
energia em animais que hibernam e aves migratórias.
Muitos alimentos contém triacilgliceróis
Composição de ácidos 
graxos dos triacilgliceróis
de diferentes alimentos.
3) Ceras:
São ésteres de cadeias longas de ácidos graxos (C14 a C36) 
saturados ou não ligados a cadeias longas de álcoois (C16 a C30).
3) Ceras:
São ésteres de cadeias longas de ácidos graxos (C14 a C36) 
saturados ou não ligados a cadeias longas de álcoois (C16 a C30).
Alcoóis: OH 
ácido graxo álcool
Éster
Ácido graxo Álcool
3) Ceras:
São ésteres de cadeias longas de ácidos graxos (C14 a C36) 
saturados ou não ligados a cadeias longas de álcoois (C16 a C30).
Alcoóis: OH 
ácido graxo álcool
Possuem ponto de fusão mais elevados que os triacilgliceróis, entre 
60 e 100 oC.
3) Ceras:
Servem para armazenar energia no plâncton e como repelentes 
de água (impedindo a entrada ou saída de água) em:
Pele e cabelo de vertebrados,
Penas de aves
Folhas e frutos de plantas
Tegumento de insetos
3) Ceras:
3) Ceras:
função éster
Lipídios de membrana:
Peroxissomo
Compartimentos ou estruturas celulares que possuem membrana:
Núcleo
MicrofilamentosMicrovilosidades
Ribossomos
Membrana 
plasmática
LisossomoCompelxo de Golgi
Ret
endoplsam
rugoso
Ret
endoplsam
liso
Mitocôndria
Funções das Membranas:
Define os limites da célula ou organela celular,
Separa o conteúdo intracelular do meio extracelular ou do lúmen da organela,
Permeabilidade seletiva que seleciona as moléculas polares que possam entrar na célula 
ou organela,
Flexibilidade, que permite a modificação da forma e do tamanho da célula ou organela,
Sequências complexas de reações são realizadas em membranas.
Lipídios de membrana celular:
A membrana celular separa o meio intracelular do meio extracelular. 
Qual característica deve ter seus lipídios constituintes?
lipídio proteína
bicamada 
lipídica
Lipídios de membrana celular:
Devem ser moléculas anfipáticas (possuir uma região hidrofílica e 
outra hidrofóbica)!
lipídio proteína
bicamada 
lipídica
Lipídios de membrana celular:
Devem ser moléculas anfipáticas (possuir uma região hidrofílica e 
outra hidrofóbica)!
g
l
i
c
e
r
o
l
ácido graxo
ácido graxo
ácido graxo
não-polar
Lipídios de membrana celular:
Devem ser moléculas anfipáticas (possuir uma região hidrofílica e 
outra hidrofóbica)!
g
l
i
c
e
r
o
l
ácido graxo
ácido graxo
ácido graxo
não-polar
g
l
i
c
e
r
o
l
ácido graxo
ácido graxo
ácido graxo
anfipático
X
4) Glicerofosfolipídios:
Também chamados fosfoglicerídios, são derivados do ácido fosfatídico.
São lipídios de membrana com dois ácidos graxos ligados ao carbono 1 e 2 
do glicerol por ligação éster, e um grupo polar carregado ligado ao 
terceiro carbono por uma ligação fosfodiéster.
g
l
i
c
e
r
o
l
ácido graxo
ácido graxo
PO4-X
4) Glicerofosfolipídios:
fosfoéster:
P
glicerol 3-fosfato:
É a molécula-base para a formação dos 
glicerofosfolipídios
Também chamados fosfoglicerídios, são derivados do ácido fosfatídico.
São lipídios de membrana comdois ácidos graxos ligados ao carbono 1 e 2 
do glicerol por ligação éster, e um grupo polar carregado ligado ao 
terceiro carbono por uma ligação fosfodiéster.
4) Glicerofosfolipídios:
O-
Também chamados fosfoglicerídios, são derivados do ácido fosfatídico.
São lipídios de membrana com dois ácidos graxos ligados ao carbono 1 e 2 
do glicerol por ligação éster, e um grupo polar carregado ligado ao 
terceiro carbono por uma ligação fosfodiéster.
4) Glicerofosfolipídios:
fosfodiéster O-
Também chamados fosfoglicerídios, são derivados do ácido fosfatídico.
São lipídios de membrana com dois ácidos graxos ligados ao carbono 1 e 2 
do glicerol por ligação éster, e um grupo polar carregado ligado ao 
terceiro carbono por uma ligação fosfodiéster.
Grupo x: Nome do glicerofosfolipídeos:
Hidrogênio Ácido fosfatídico
Colina Fosfatidilcolina
Serina Fosfatidilserina
Glicerol Fosfatidilglicerol
Inositol Fosfatidilinositol
Etanolamina Fosfatidiletanolamina
O-
Glicerofosfolipídeos podem ter carga líquida 
negativa ou neutra (o fosfato tem uma carga 
local de – 1).
O nome do fosfolipídio é determinado pelo grupo-cabeça, independente dos ácidos 
graxos constituintes!
Assim, fosfatidilcolina, por exemplo, consiste de uma variedade de espécies 
moleculares, cada uma com os seus ácidos graxos característicos.
O-
Alguns organismos celulares e tecidos de animais possuem um dos ácidos graxos 
ligados ao glicerol não por ligação éster, mas sim por ligação éter...
Alguns fosfolipídios possuem ácidos graxos unidos por ligações éter:
Alguns fosfolipídios possuem ácidos graxos unidos por ligações éter:
No coração, por exemplo, metade dos fosfolipídios de suas células são o plasmalogênio.
O significado funcional dos éteres de lipídios é desconhecido, mas pode estar 
relacionado com resistência à degradação por fosfolipases.
Alguns fosfolipídios possuem ácidos graxos unidos por ligações éter:
O fator ativador de plaquetas (PAF) é um poderoso sinalizador fisiológico. É liberado 
por algumas células do sistema imune e induz a agregação plaquetária além de atuar 
nas respostas inflamatória e alérgica, ativando-as.
5) Esfingolipídios:
Segunda maior classe de lipídios de membrana.
Também possuem uma cabeça polar e duas caudas não-polares.
Diferente dos glicerofosfolipídios, não possuem glicerol.
São constituídos de uma esfingosina, um ácido graxo e um grupo 
polar na cabeça:
5) Esfingolipídios:
ácido graxo
e
s
f
i
n
g
o
s
i
n
a
X
Segunda maior classe de lipídios de membrana.
Também possuem uma cabeça polar e duas caudas não-polares.
Diferente dos glicerofosfolipídios, não possuem glicerol.
São constituídos de uma esfingosina, um ácido graxo e um grupo 
polar na cabeça:
ligação amida
Grupo X: Nome do esfingolipídeo:
Hidrogênio Ceramida
Fosfocolina Esfingomielina
Glicose Glicosilcerebrosídeo
Oligossacarídeo -
O nome do grupo X também definirá o nome do esfingolipídio:
ligação amida
Três subclasses de esfingolipídios:
1) Esfingomielinas: contém fosfocolina ou fosfoetanolamina como grupo-cabeça 
polar. Juntos com os glicerofosfolipídios são classificados como fosfolipídios.
De fato alguns glicerofosfolipídios se parecem com esfingomielinas, como a 
fosfatidilcolina e a esfingomielina que contém fosfocolina:
Alguns glicerolipídios e esfingomielinas são similares:
Fosfatidilcolina
Esfingomielina
A esfingomielina forma a baínha de 
mielina, que circunda os axônios nas 
células nervosas. Na Esclerose 
Múltipla a perda da baínha de 
mielina leva à lentidão ou à
interrupção da transmissão nervosa
Esfingomielina está muito presente na bainha de mielina.
A esfingomielina forma a baínha de 
mielina, que circunda os axônios nas 
células nervosas. Na Esclerose 
Múltipla a perda da baínha de 
mielina leva à lentidão ou à
interrupção da transmissão nervosa
Esfingomielina está muito presente na bainha de mielina.
Curiosidade: filme Óleo de Lorenzo 
de 1992, com Nick Nolte e Susan 
Saradon.
Três subclasses de esfingolipídios:
2) Glicoesfingolipídios: São neutros e não carregados. Não contem fosfato, mas sim 
um ou mais açúcares no C1 da esfingosina. Cerebrosídeos possuem apenas um açúcar 
ligado (glicose ou galactose) enquanto Globosídeos possuem dois ou mais açúcares 
ligados.
Cerebrosídeos e Globosídeos são as vezes chamados de glicolipídios neutros, uma 
vez que eles não possuem carga em pH 7,0.
Três subclasses de esfingolipídios:
3) Gangliosídeos: São os esfingolipídios mais complexos, possuindo oligossacarídeos 
como grupos polares e um ou mais resíduos de ácido N-acetilneuramínico (Neu5Ac), 
também chamado ácido siálico.
Três subclasses de esfingolipídios:
3) Gangliosídeos: São os esfingolipídios mais complexos, possuindo oligossacarídeos 
como grupos polares e um ou mais resíduos de ácido N-acetilneuramínico (Neu5Ac), 
também chamado ácido siálico.
Neu5Ac tem uma carga negativa. 
Assim, gangliosídeos são carregados 
negativamente em pH 7,0, diferente 
dos cerebrosídeos e globosídeos.
Resumo parcial:
Esfingolipídios na superfície celular estão relacionados com 
reconhecimento entre células
O padrão de açúcares de alguns esfingolipídios presentes na membrana de hemácias 
está relacionado com os diferentes tipos de sangue em humanos...
Esses três mesmos tipos de 
oligossacarídeos que definem 
tipos sanguíneos são encontrados 
associados em proteínas de 
membrana de hemácias.
6) Esteróis:
Lipídios estruturais presentes na membrana da maioria das células 
eucarióticas.
São definidos pelo seu núcleo esteróide contendo quatro anéis 
fundidos, três com 6 carbonos e um com 5 carbonos:
Ciclopentanoperidrofenantreno
O núcleo esteróide é quase planar e relativamente rígido.
Compostos derivados do ciclopentanoperidrofenantreno:
Colesterol, Cortisol, Testosterona, Vitamina D
Colesterol é o principal esterol de tecidos animais. Praticamente ausente em
plantas.
É anfipático, com uma cabeça polar e o 
resto do corpo apolar.
Outros organismos produzem outros tipos de esteróis: plantas sintetizam stigmasterol e 
fungos sintetizam ergosterol. Bactérias não sintetizam esteróis, apesar de poderem 
incorporar esteróis exógenos em suas membranas.
Colesterol estabiliza o arranjo linear dos ácidos graxos saturados das 
membranas, por interações de van der Waals
Sob a influência do calor a membrana torna-se mais desordenada. 
Lipídios:
triacilgliceróis
Em resumo:
Dois tipos de lipídios não-polares, de estoque 
ceras
g
l
i
c
e
r
o
l
ácido graxo
ácido graxo
ácido graxo
ácido graxo álcool
Em resumo:
Três tipos de lipídios anfipáticos, de membrana 
glicerofosfolipídeos
esfingolipídeos
g
l
i
c
e
r
o
l
ácido graxo
ácido graxo
PO4R
ácido graxo
e
s
f
i
n
g
o
s
i
n
a
R
esteróis
Composição lipídica 
de diversas 
membranas 
celulares
GFLp GFLp
GFLp
Lipídios:
GFLp: glicerofosfolipídios
Percentual de lipídios de membrana
T
i
p
o
s
 
d
e
 
m
e
m
b
r
a
n
a
 
d
e
 
h
e
p
a
t
ó
c
i
t
o
d
e
 
r
a
t
o
RE rugoso
RE liso
mitocondrial 
interna
mitocondrial 
externa
Lisossomo

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