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DIREITO DO TRABALHO I CONCEITO É o ramo do Direito que estuda as relações entre empregados e empregadores. Conjunto de normas, princípios e instituições que possuem como principal característica a proteção do trabalhador. DIVISÃO 1. Direito individual do trabalho: relações entre empregado e empregador; e 2. Direito coletivo do trabalho: relações de uma categoria ou classe representada pelos sindicatos. FONTES FORMAIS 1. Normas juridicamente positivadas: Constituição, emenda à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, medidas provisórias, lei delegada, decreto; 2. Sentenças normativas; 3. Convenções e acordos coletivos; 4. Tratados e convenções internacionais (quando ratificadas pelo Brasil); 5. Usos e costumes; 6. Regulamento empresarial; e 7. Jurisprudência. INTERPRETAÇÃO As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, do Direito, principalmente do Direito do Trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o Direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público (art. 8º, CLT). APLICAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO 1. No tempo: aplica-se a lei nova de forma imediata, mas não atinge os direitos adquiridos, a coisa julgada e o ato jurídico perfeito; 2. No espaço: é assegurada ao trabalhador brasileiro na aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho, se mais benéfica, do que a lei do local da prestação de serviços (lei estrangeira), conforme o artigo 3º da Lei nº 7.064/82; e 3. Marítimo: aplica-se a lei do país da bandeira da embarcação. PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO 1. Da proteção: aplica-se ao trabalhador a norma e a condição mais favorável: a) na dúvida, aplica-se a norma mais favorável ao empregado (in dubio pro operário); b) as condições mais benéficas deverão prevalecer diante de normas menos favoráveis; e c) aplica-se a norma mais favorável, na hipótese de duas ou mais normas sobre uma mesma situação. 2. Da primazia da realidade (supremacia dos fatos): o operador do Direito deve preferir a realidade à forma; 3. Da irrenunciabilidade de direitos: a renúncia a direitos não é admitida no Direito individual do trabalho; 4. Da continuidade: presume-se que o contrato de trabalho possui prazo indeterminado; a determinação de prazo (contrato por prazo determinado) é uma exceção; e 5. Da dignidade da pessoa humana: trata-se do mais importante princípio constitucional que tem ampla repercussão nas relações trabalhistas, já que o respeito ao ser humano deve sempre prevalecer, principalmente no âmbito do trabalho.
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