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2
 
1
 
ALEF ALMEIDA, BENJAMIN ANTHONY, CAROLINA PRESTES, INGRID ELOAR, ISLLA SQUETINE E LUCIANE MICHELE PIMENTEL
RECURSOS EM ESPÉCIE NO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Porto Velho/RO
2018 
ALEF ALMEIDA, BENJAMIN ANTHONY, CAROLINA PRESTES, INGRID ELOAR, ISLLA SQUETINE E LUCIANE MICHELE PIMENTEL
 
 
RECURSOS EM ESPÉCIE NO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
 
 
 
 
 
Artigo destinado a disciplina de Processo do Trabalho, no Curso de Direito, para obtenção de nota na avaliação parcial da disciplina.
Porto Velho/RO
2018
INTRODUÇÃO
A palavra recurso vem do latim recursus, que em sentido estrito, segundo Sérgio Pinto Martins significa "a possibilidade de provocar o reexame de determinada decisão, pela autoridade hierarquicamente superior visando à obtenção de sua reforma ou modificação". O recurso visa garantir o duplo grau de jurisdição assegurado pela CF/1988. Os recursos no processo do trabalho são regulados pela CLT e subsidiariamente pelo CPC.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Conceito
O recuso de Embargos de Declaração está previsto no art 897- A CLT e art. 1022 CPC. Trata da necessidade de esclarecimento de decisão judicial eivada de obscuridade, omissão e contradição, em regra se encaixa também contra das sentenças proferidas pelas varas do trabalho ou juiz de direito do exercício da jurisdição trabalhista, e ainda tem função prequestionadora conforme nº 297 do TST, em instancias seguintes.
No processo civil o embargo declaratório tem como fundamento legal o art. 535, vejamos:
Art. 1022- Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - Esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - Suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - Deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
II - Incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.
No processo trabalhista a fundamentação legal está prevista no art. 897-A da CLT, que assim se pronuncia:
Art. 897- A Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso.
§ único. Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das partes. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000).
No processo do trabalho, os embargos de declaração também são cabíveis para corrigir erro material e equívoco na análise dos pressupostos extrínsecos (gerais e específicos) do recurso. Dessa forma, cabe o recurso de ofício ou a requerimento da parte para fins de esclarecimentos do julgado.
Do Cabimento
De acordo com o art. 897- A, os embargos devem ser opostos no prazo de cinco dias de cinco dias, contados da intimação da decisão, vale ressaltar que, na contagem dos prazos, devem ser observados os critérios elencados nos arts. (774 e 775 da CLT), em petição dirigida ou relator ou juiz da decisão, sendo taxativamente indicados os pontos omissos, obscuros ou contraditórios.
Os embargos não estão sujeitos ao pagamento de custas processuais e depósito recursal.
Competência para o julgamento dos Embargos
Nas varas do trabalho, o juiz que proferiu a sentença embargada é o responsável por julgar os embargos de declaração. De acordo com o art. 1024 § 1º do CPC, o juiz deve julgar os embargos no prazo de 5 (cinco) dias e, nos tribunais, o relator ao receber o recurso o apresentará em mesa em sessão posterior a sua interposição.
Efeitos dos Embargos de Declaração
Modificativo
Dispõe a súmula 278 do TST que: “a natureza da omissão suprida pelo julgamento de embargos declaratórios pode ocasionar efeito modificativo no julgado.”
Também dispõe o art. 897-A da CLT, que é admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso.”
Interruptivo
O art.1026 do CPC faz menção as possibilidades do embargos quanto a esse efeito:
Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso.
§ 1º A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
§ 2º Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa.
§ 3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor
Atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final.
§ 4º Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios.
Uma vez interposto os embargados declaratórios, interrompe-se o prazo para a interposição de recursos, voltando a fluir na sua totalidade após o julgamento dos embargos.
RECURSO ORDINÁRIO
3.1 Conceito
O recurso ordinário constitui um meio hábil a assegurar a parte vencida, a facultatividade de postular aos órgãos jurisdicionados um novo pronunciamento acerca da questão decidida. Ou seja, é um instrumento para impugnar as decisões de primeiro grau, sejam elas definitivas (mérito) ou terminativas (quando não apreciam o mérito), segundo a doutrina majoritária.
O recurso ordinário segundo Cairo Junior (2012, p. 644):
“é aquele destinado a impugnar as sentenças eivadas de error in iudicando ou error in procedendo, desde que proferidas pelos juízes ou Tribunais do Trabalho no exercício de sua competência originária em processos de conhecimento, com ou sem a resolução do mérito da causa”.
Destarte que, o recurso ordinário tem grande semelhança com a apelação utilizada no juízo civil, sendo sem sombra de dúvida, o mais amplo dos recursos do processo trabalhista. Além disso, o recurso ordinário é um recurso voluntário, podendo a parte utilizar desse remédio ou não.
3.2	Cabimento
O recurso ordinário está regulado no artigo 895 da Consolidação das Leis do Trabalho. Por seu turno as decisões definitivas são aquelas decisões onde o juiz acolhe ou recusa o pedido do autor pondo um fim no processo dentro da vara. São as decisões que podem decidir ou não o mérito da causa, como por exemplo, a decisão de indeferimento da petição inicial (CPC, art.485, I). As decisões terminativas são aquelas decisões que põem fim ao processo, sem julgar o mérito da causa, como por exemplo, da exceção de incompetência relativa em razão do local.
Outrossim, das decisões de mérito da Vara, caberá recurso ordinário: a) quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção (art. 487, I, do CPC); b) quando o juiz decidir de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição (art. 487, II); c) quando o juiz homologar: 1) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção; 2) a transação; 3) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção(art. 487, III, do CPC).
Muito que bem, da decisão que homologa o acordo entres as partes, não caberá recurso ordinário, pois tal decisão é irrecorrível, conforme reza o artigo 831, parágrafo único da Consolidação das leis do Trabalho.
Vale lembrar que, também caberá recurso ordinário, das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho, conforme aduz o artigo 895, II da CLT, em ações de sua competência originária quais sejam: a) ação rescisória; b) dissídios coletivos; c) mandado de segurança; d) habeas corpus; e) habeas data; f) das decisões que aplicam penalidades aos servidores da justiça do trabalho.
3.3	Forma de Interposição
Em relação à forma de interposição, temos que em regra os recursos trabalhistas serão interpostos por intermédio de uma simples petição com consequente efeito devolutivo, salvo as exceções previstas, já que rege a celeridade no processo, permitindo a execução provisória até a penhora, conforme assevera o art. 899 da CLT.
Sendo assim, é possível haver a interposição do recurso ordinário por simples petição sem fundamentação, apenas com o pedido de reforma do julgado. Vale ponderar que, o recurso pode até mesmo ser interposto oralmente, sendo imprescindível a posterior redução a termo.
3.4	Procedimento
De acordo com o artigo 852 da CLT “Da decisão serão os litigantes notificados, pessoalmente, ou por seu representante na própria audiência. No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma estabelecida no § 1º do artigo 841”. Sendo assim, pode se dizer que o início da contagem do prazo para utilizar o recurso ordinário, é a partir da publicação da sentença no Diário Oficial ou da prolação da mesma em audiência.
Importante mencionar, o disposto na Súmula nº. 30 do Tribunal Superior do Trabalho “Quando não juntada à ata ao processo em 48 (quarenta e oito) horas, contadas da audiência de julgamento (art. 851, §2º, da CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a parte receber a intimação da sentença”. Outrossim, “O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da sentença conta-se de sua publicação”. (Súmula nº. 197, do TST).
Insta salientar que “Se, durante o prazo para interposição do recurso, sobrevier o falecimento da parte ou de seu advogado, ou ocorrer motivo de força maior, que suspenda o curso do processo, será tal prazo restituído em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor, contra quem começará a correr novamente depois da intimação”. (CPC, art. 1004).
 	Uma vez recebido o recurso, este ficará a cargo do juiz verificar a presença ou não dos requisitos de admissibilidade. Sendo preenchidos todos os requisitos de admissibilidade, será aberta, vista a parte contrária para querendo contra arrazoar o recurso interposto pela outra parte, no mesmo prazo do recurso alusivo. 
Com efeito, o juiz, logo após a sua interposição intimará o recorrido no prazo de 15 dias para apresentar as contrarrazões, conforme dispõe o artigo 1.010, § 1º do CPC. Oportuno lembrar que após as formalidades para a interposição do recurso, os autos serão remetidos ao Tribunal Regional do Trabalho pelo juiz singular, independentemente de Juízo de admissibilidade à luz do artigo 1.010 § 3º do mesmo diploma.
Adentrando a instância superior, o processo será registrado e distribuído, haverá sorteio do relator e do revisor do recurso, que integrem uma mesma Turma Julgadora.
Destarte que, “O relator negará o provimento a recurso que for contrário a súmula do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior ou do próprio tribunal; quando contrário a acórdão do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior em julgamento de recursos repetitivos; e ainda quando contrário a entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência” (CPC, art. 932, IV, a, b e c). O relator ainda não conhecerá do recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha especificamente impugnado os fundamentos da decisão recorrida conforme art. 932, III do mesmo diploma. Se por acaso, a decisão estiver em manifesto confronto com súmula ou com jurisprudência preponderante do STF ou Tribunal Superior, o relator não dará provimento ao recurso interposto.
Importante se faz salientar que, com a interposição do Recurso Ordinário, não haverá a realização de nova audiência, uma vez que, toda a prova essencial para a formação do convencimento do Órgão ad quem já se encontra nos autos. A exceção à regra fica por conta da produção da prova de fato, que não fora realizada no juízo a quo, juízo de origem, quando for proveniente de força maior (CPC, art. 1.014), podendo ser designada uma nova audiência de instrução.
Vejamos artigo 1.014 do Código de Processo Civil, “as questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior”. No mesmo sentido a Súmula nº. 08 do Tribunal Superior do Trabalho, “Juntada de documento. Em se tratando da fase recursal, a juntada de documentos só se justificará quando provado o justo impedimento para a não apresentação oportuna ou se referir a fato à sentença”.
Deste modo, havendo motivo de força maior provada nos autos, as questões de fato poderão ser suscitadas no recurso ordinário, bem como o justo impedimento para a oportuna apresentação de documentos na fase recursal, possibilitará a juntada destes posteriormente.
RECURSO DE REVISTA
A primeira informação indispensável sobre o recurso de revista relaciona-se à sua natureza extraordinária, que o equipara nesse aspecto aos recursos especial (STJ) e extraordinário (STF). Ser classificado como extraordinário significa dizer que não se presta à rediscussão de fatos e provas, como ocorre no recurso ordinário, e sim, apenas ao direito, isto é, à análise sobre violação à norma jurídica. A restrição é imposta pela Súmula nº 126 do TST.
A segunda informação a ser destacada é a finalidade do recurso. A espécie recursal possui por finalidade essencial corrigir decisão do TRT, ocorrida em julgamento de recurso ordinário em dissídios individuais, quando essa violar lei federal ou CRFB/88, bem como uniformizar a jurisprudência entre os Tribunais Regionais do Trabalho.
A divergência apta a ensejar o cabimento de recurso de revista é aquela que ocorre entre Tribunais Regionais do Trabalho e não aquela evidenciada dentro do mesmo TRT, entre os seus órgãos julgadores, conforme Súmula nº 13 do STJ, aplicável ao processo do trabalho.
4.1	Cabimento
Passa-se agora à análise do cabimento recursal, previsto no art. 896 da CLT, indispensável à realização de qualquer prova de direito processual do trabalho, por mostrar-se complexo, a saber:
1ª HIPÓTESE; o RR será interposto de acórdão proferido no julgamento de RO em dissídios individuais: A interposição de recurso de revista dependa da prévia interposição de recurso ordinário em face de sentença (ou decisão terminativa do feito) proferida em dissídio individual.
Destaque para importante regra do direito processual do trabalho: apesar de alguns procedimentos serem considerados individuais, tais como um mandado de segurança impetrado em face de decisão interlocutória, ou uma ação rescisória, não são passiveis de impugnação por recurso de revista, por serem de competência originário do TRT. O dissídio individual passível de ser impugnado por
RR deve iniciar-se na Vara do Trabalho, passando pelo TRT pela interposição de RO para, ao final, chegar ao TST por meio de RR. Os dissídios coletivos, por iniciarem-se no TRT ou TST, não são passíveis de impugnação por recurso de revista. No caso de dissídio coletivo que inicia no TRT, a sentença normativa será objeto de Recurso Ordinário. Quando a demanda iniciar no TST, poderá ser impugnada por embargos ou recurso extraordinário.
Uma situação bastante peculiar encontra-se prevista na OJ nº 334 da SBDI-1 do TST, relacionada à remessa necessária. Segundo o entendimento do TST, não cabe recurso de revista quando os autos sobem ao TRT pormeio de remessa necessária, isto é, quando não há interposição de recurso voluntário pela Fazenda Pública.
Segundo o TST, se a Fazenda Pública não interpor RO e a situação foi mantida pelo TRT, não haveria interesse recursal daquele ente para o RR, salvo se houver piora na situação jurídica da Fazenda, o que ocorreria se o recurso da parte contrária for provido para elevar a condenação imposta ao ente público. Se não houve interposição de recurso pela parte contrária, não pode haver majoração da condenação, pois na remessa necessária a condenação é mantida ou os pedidos são julgados improcedentes, isentando a Fazenda Pública da condenação anteriormente exposta, uma vez que o instituo é considerado uma prerrogativa dos entes públicos e a Súmula nº 45 do STJ proíbe qualquer majoração da condenação em sede de remessa necessária.
Importante consignar a Súmula nº 218 do TST que afirma não caber recurso de revista em face de acórdão de TRT proferido no julgamento de agravo de instrumento.
Acerca dessa hipótese (acórdão do TRT em Recurso Ordinário), três são os fundamentos que podem ser expostos pelo recorrente, conforme alíneas do art. 896 da CLT, a saber:
Alínea a– Divergência na interpretação de lei federal entre Tribunais Regionais do Trabalho: nessa primeira alínea, fica clara a função do TST de tribunal uniformizador da jurisprudência trabalhista, haja vista que será cabível recurso de revista quando a mesma norma de lei federal for interpretada de maneira diversa por mais de um TRT. Assim, se a determinada norma sobre jornada extraordinária for aceita por um TRT e rejeitada por outro, poderá o prejudicado com a decisão interpor o recurso em estudo para que o TST interprete a divergência e indique a solução a ser dada ao caso concreto. Alguns pontos merecem destaque acerca da questão:
1) Somente é possível a interposição de recurso de revista nessa hipótese quando houver julgado divergente de outro Tribunal Regional do Trabalho, sendo inviável a utilização do apelo para demonstrar divergência do mesmo TRT. Assim, a divergência dentro do mesmo tribunal não cabe ao TST dirimir, e sim, ao próprio tribunal, por meio de incidente de uniformização de jurisprudência, que deve ser previsto e regulado pelo regimento interno do tribunal. Aplica-se de maneira subsidiária a Súmula nº 13 do STJ ao caso.
2) O recurso de revista será inadmitido caso interposto na alínea em exame, caso a divergência não abranja todos fundamentos da decisão, uma vez que o TST, ao comparar os julgados, deve verificar que as decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho são totalmente incompatíveis. Se algum fundamento utilizado por um TRT não foi objeto de análise do outro tribunal, não há como comparar os acórdãos.
3) A divergência deve ser demonstrada conforme as regras impostas pela Súmula nº 337 do TST, não bastando a simples juntada do acórdão paradigma. Assim, o recorrente deve juntar aos autos o acórdão paradigma ou citar a fonte, que pode ser da internet, além de transcrever nas razões do recurso as razões dos recursos, demonstrando o conflito de teses, de forma a admitir o apelo diante da divergência. Alínea b Divergência na interpretação de lei estadual, acordo coletivo ou convenção coletiva, regulamento de empresa ou sentença normativa de aplicação em área superior à abrangência de um Tribunal Regional do Trabalho: apesar de não ser uma hipótese comum, deve ser lembrada, sobretudo, para os concursos públicos. Pode ocorrer que uma mesma norma, apesar de não ser oriunda de lei federal, seja analisada por mais de um Tribunal Regional do Trabalho, como pode ocorrer com as espécies descritas acima. Imaginemos que uma convenção coletiva venha a atingir trabalhadores nos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, sendo analisada pelos Tribunais Regionais do Trabalho daqueles estados. Pode ocorrer que alguma cláusula seja analisada de maneira diversa pelos tribunais, cabendo nessa hipótese a interposição de recurso de revista. A demonstração da divergência também deve se dar conforme a Súmula nº 337 do TST.
Alínea c: Decisão do TRT que afronta lei federal ou norma da CRFB/88: o primeiro destaque necessário está relacionado ao conceito de dispositivo de lei, de forma a verificarmos a extensão do cabimento do recurso em estudo.
Será lei federal apenas legislação ordinária? Doutrina majoritária assegura a interpretação ampliativa do termo, abarcando além de leis ordinária e complementar, também o decreto-lei, decreto, medida provisória e outros. Sobre esse assunto, destaque para as seguintes informações: o Sabe-se que impera no processo do trabalho a máxima iura novit curia, ou seja, que o Juiz conhece o direito, o que representa dizer não haver necessidade de fazer menção à dispositivos de lei. Ocorre que no recurso de revista, por tratar-se de apelo extraordinário, o TST exige a indicação do preceito legal como requisito de admissibilidade, conforme descreve a Súmula nº 221 daquele tribunal; na alínea c o recorrente deve demonstrar que a decisão proferida pelo TRT viola de maneira frontal dispositivo de lei, ou seja, que a decisão está totalmente errada por violar legislação federal ou norma da CRFB/88, o que não ocorre quando o TRT decide adotando um posicionamento que não é o melhor, mas é aceito pela doutrina e jurisprudência, conforme Súmula nº 221, II do TST. 
Nessa hipótese, não se pode falar que a decisão está errada, já que o posicionamento é aceito, mesmo que não seja o melhor. 2ª HIPÓTESE prevista no §2º do art. 896 da CLT, está relacionado ao julgamento pelo TRT de agravo de petição, recurso previsto no art. 897, a da CLT para impugnação das decisões proferidas em execução trabalhista. Assim, das decisões proferidas em execução de sentença, assim como nos processos atinentes àquele processo (embargos à execução, embargos de terceiro, etc), será interposto o recurso de agravo de petição, no prazo de 8 (oito) dias, a ser julgado pelo TRT. Do acórdão do Tribunal Regional que julgar o aludido recurso, caberá recurso de revista, conforme previsão do art. 896, §2º da CLT. Ocorre que o cabimento do RR nessa hipótese é mais restrita se comparada com a 1ª hipótese estudada, já que a fundamentação estará vinculada unicamente à demonstração de violação direta e literal a norma da CRFB/88.
Sobre o tema, importante destacar a Súmula nº 266 do TST, que reafirma a hipótese de cabimento descrita na CLT, a saber: “A admissibilidade do recurso de revista interposto de acórdão proferido em agravo de petição, na liquidação de sentença ou em processo incidente na execução, inclusive os embargos de terceiro, depende de demonstração inequívoca de violência direta à Constituição Federal Prequestionamento; Ao se interpor o recurso de revista violação à lei federal ou norma constitucional, o recorrente deve estar atento ao prequestionamento, que significa dizer que a matéria a ser discutida no recurso foi julgada pelo Tribunal Regional do Trabalho, ou seja, que aquele tribunal decidiu sobre a questão que será analisada pelo TST no recurso de revista. A necessidade da matéria estar decidida (prequestionada) encontra-se na Súmula nº 297 do TST, que será analisada inciso por inciso a partir de agora: Inciso I: a primeira informação contida na súmula em destaque é sobre a espécie de prequestionamento que é exigido pelo TST, a saber, o implícito. Não é necessário o prequestionamento explicito, no qual há necessidade de se fazer menção ao dispositivo legal, necessitando apenas análise da matéria. Tal idéia é reforçada pela OJ nº 118 da SBDI-1 do TST.
Inciso II: o inciso II narra a necessidade do recorrente opor embargos de declaração caso a matéria não tenha sido analisada pelo TRT, sob pena de preclusão haja vista a não realização do prequestionamento.
Inciso III: por fim, o inciso III trata do prequestionamento ficto, que é aquele que surge quando a parte opõe os embargos de declaração e, mesmo com o pedido de análise de determinada matéria, o tribunal continua omisso. A omissão daquele órgão não deve prejudicar a parte,já que essa “fez a sua parte”, que era opor os embargos de declaração, conforme dispõe a Súmula nº 184 do TST. O nome sugere o que realmente ocorre: a matéria não está decidida, prequestionada, mas por ficção jurídica, afirma que o prequestionamento está realizado. Percebe-se facilmente que o TST somente analisará os fundamentos do recorrente se eles tiverem sido decididos pelo tribunal a quo. Mas será que há necessidade de prequestionamento até para as matérias de ordem pública, que podem ser conhecidas de ofício pelo julgador? A OJ nº 62 da SBDI-1 do TST responde positivamente. O prequestionamento também é necessário nessas hipóteses. Pouco importa se o vício se constitui ou não em norma de ordem publica, deverá o tribunal manifestar-se sobre o mesmo para que o TST possa analisá-lo. Situação peculiar, que dispensa a realização do prequestionamento, é aquela descrita na OJ nº 119 da SBDI-1 do TST, que narra a violação à dispositivo de lei na própria decisão recorrida. Nessa hipótese, inviável a realização do prequestionamento, já que o tribunal não estará julgando uma violação à lei perpetrada pela instância inferior, e sim, nascida em seu próprio julgado.
Recurso de revista no Rito Sumaríssimo
Como já era de se esperar, o legislador restringiu o cabimento do recurso de revista nos processos que tramitam perante o rito sumaríssimo, de forma a imprimir maior celeridade àqueles. Nessas demandas, o recurso somente será cabível nas hipóteses do art. 896, §6º da CLT, assim redigido: Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho e violação direta da Constituição da República.
Em suma, não é possível discutir-se divergência jurisprudencial, seja em virtude de lei federal ou qualquer outra norma. Claro que o recurso pode ser interposto no processo de conhecimento e de execução, conforme já estudado acima. Contudo, nessas hipóteses, a fundamentação do recorrente deverá mencionar apenas a existência de contrariedade as Súmulas do TST e norma da CRFB/88, desde que a violação à ultima seja direta.
Dúvida que surgiu na doutrina e jurisprudência diz respeito à interpretação que deveria ser dada ao termo súmula constante do art. 896, §6º da CLT, se ampliativa ou restritiva, de forma a abarcar as orientações jurisprudenciais, na primeira hipótese. O TST, por meio da OJ nº 352 da SBDI-1, demonstrou que a interpretação deve ser restritiva, não alcançando as Orientações Jurisprudenciais, conforme transcrição a seguir: “Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, não se admite recurso de re-vista por contrariedade à Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho (Livro II, Título II, Capítulo III, do RITST), por ausência de previsão no art. 896, § 6º, da CLT.
Efeitos: dois aspectos sobre os efeitos do recurso de revista devem ser levados em consideração nesse estudo:
Efeito suspensivo: primeira informação que deve ser lembrada consta no art. 899 da CLT, que afirma que os recursos trabalhistas serão recebidos apenas no efeito devolutivo, podendo-se iniciar a liquidação/execução provisória. Essa regra é aplicada ao recurso de revista, com maior razões em comparação ao recurso ordinário, pois se a sentença foi confirmada pelo TRT e desse acórdão foi interposto recurso de revista, tem-se uma maior certeza de que a decisão está correta, autorizando-se a liquidação/execução provisória. Assim, caso o recorrente queira evitar a produção de efeitos pelo acórdão recorrido, deve valer-se da ação cautelar, conforme disposição contida na Súmula nº 414 do TST, também aplicável ao recurso ordinário. Somente dessa forma o recorrente obstará a produção de efeitos, devendo-se, nessa hipótese, diante da urgência, requerer liminar na cautelar ajuizada, demonstrando a presença do fumus boni iuris e do periculumin mora.
Não é possível a concessão de efeito suspensivo mediante medido na própria pela do recurso, sendo necessário o ajuizamento de ação cautelar. A competência para a ação cautelar seguirá as regras impostas pelas Súmula nº 634 e 635 do STF.
Efeito translativo: também conhecido como efeito devolutivo em profundidade, o efeito translativo permite ao tribunal conhecer das matérias de ordem pública mesma sem pedido do recorrente. Exemplificando, mesmo que o recorrente não alegue em seu recurso ordinário a existência de incompetência absoluta, poderá o TRT reconhecê-la, conforme preconiza o art. 113 do CPC, anulando a sentença e remetendo os autos para o juízo competente. Ocorre que tal regra não se aplica ao recurso de revista, por tratar-se de recurso extraordinário, que depende da apreciação da matéria pelo órgão a quo para manifestar-se sobre a mesma (prequestionamento). Mesmo em se tratando de matéria de ordem pública pode o TST conhecer daquela sem alegação e decisão anterior, conforme OJ nº 62 da SBDI-1 do TST.
4.2	Procedimento
O recurso de revista será interposto perante a Presidência do TRT, que é o órgão incumbido de realizar o primeiro juízo de admissibilidade. Se positivo aquele juízo, será o recorrido intimado para apresentar contrarrazões, subindo os autos ao TST. Se positivo, porém, parcial, o recurso seguirá o mesmo destino, não havendo possibilidade de interposição de recurso, consonante Súmula nº 285 do TST. Se negativo, caberá agravo de instrumento para o TST, de forma a destrancar o recurso denegado.
Se a decisão contiver alguma omissão, obscuridade, contradição ou contiver algum quívoco manifesto na análise dos pressupostos de admissibilidade, que recurso utilizar? A primeira vista, parece ser cabível o recurso de embargos de declaração, já estudados e com previsão expressa no art. 897-A da CLT para as hipóteses versadas. Mas cuidado A OJ nº 377 da SBDI-1 do TST afirma não ser cabível, o que importa dizer que não sendo cabível, o prazo não será interrompido, o que provavelmente acarretará a perda do prazo para o próximo recurso, no caso, o agravo de instrumento. Ainda sobre o juízo de admissibilidade, se o feito foi inadmitido pelo Ministro Relator do TST, caberá agravo regimental, a ser processado e julgado conforme o regimento interno daquele tribunal.
Salienta-se que o recurso de revista somente será admitido se houver fundamentação jurídica, ou seja, indicação do erro em que incorreu o TRT ao proferir o acórdão, haja vista a disposição contida na Súmula nº 422 do TST.
O Ministro Relator no TST, quando da realização do segundo juízo de admissibilidade, poderá negar seguimento ao recurso nas hipóteses do §5º do art. 896 da CLT, cabendo agravo regimento, a saber: Decisão do TRT estiver em consonância com Súmula do TST.
AGRAVO DE INSTRUMENTO
O recurso está previsto no art. 897, b da CLT, sendo utilizado para destrancar outros recursos, isto é, para impugnar decisão de inadmissão de outros recursos, quando proferida pelo juízo a quo. Explica-se: ao se interpor, por exemplo, um recurso ordinário, este será submetido à análise, num primeiro momento, acerca da presença dos pressupostos de admissibilidade recursal (tempestividade, preparo, legitimidade, regularidade forma, etc), sendo que aquele pode ser positivo ou negativo, caso estejam presentes todos os requisitos ou esteja ausente algum, respectivamente.
Sendo negativo o juízo de admissibilidade, isto é, declarando o juízo inferior a ausência de qualquer daqueles requisitos, restará trancado naquela instância o recurso, cabendo a rediscussão daquela decisão por meio do recurso de agravo de instrumento.
O recurso de agravo de instrumento será formado com uma série de documentos, que estão relacionados no art. 897, §5º da CLT, que permitirão o julgamento do próprio agravo de instrumento, bem como, na mesma ocasião, do recurso denegado, demonstrando que a formalidade imposta na formação do recurso possui finalidade a celeridade processual, haja vista a desnecessidade de remessa dos autos originais do recurso inadmitido
Ao receber o agravo de instrumento, poderá o juiz exercer a retratação,isto é, revogar a decisão anteriormente proferida, caso entenda que o agravante está com a razão. Tal possibilidade decorre do denominado efeito regressivo do recurso em estudo. Havendo retratação, será o recorrido intimado para apresentar contrarrazões ao recurso originalmente inadmitido, subindo os autos para julgamento. Caso não haja retratação, será o recorrido intimado para apresentar contrarrazões, mas com uma especificidade: o §6º do art. 897 da CLT afirma que serão apresentadas duas contrarrazões no prazo de 8 (oito) dias, a saber: ao agravo de instrumento e ao recurso inadmitido, de forma que o Tribunal ad quem, ao dar provimento ao agravo de instrumento, já possa desde já julgar mérito do recurso inadmitido, tratando-se claramente de medida de celeridade processual.
5.1	Cabimento
Art. 897,b da CLT, que dispõe acerca da utilização do agravo de instrumento em face das decisões que inadmissão de outros recursos, pelo órgão a quo.
5.2	Tempestividade
8 (oito) dias, salvo para Fazenda Pública e MPT, que possuem prazos em dobro.
5.3 Interposição
Será interposto perante o órgão que proferiu a decisão recorrida, isto é, aquele que inadmitiu o recurso originário, denominado de a quo.
5.4	Preparo
Será realizado em conformidade com a Lei nº 12.275/2013, que prevê o depósito de 50% do valor depositado no recurso inadmitido, observando-se como limite máximo a condenação imposta.
5.5	Procedimento
Interposto perante o órgão a quo, este poderá retratar-se da decisão proferida, intimando-se o recorrido para apresentação de contrarrazões e remetendo os autos para julgamento pelo órgão hierarquicamente superior. Caso não haja retratação, intimará o recorrido para apresentar contrarrazões conforme o §6º do art. 897 da CLT, remetendo-se os autos para julgamento pelo órgão superior, conforme disposições contidas no Regimento Interno daquele.
AGRAVO DE PETIÇÃO
6.1	Conceito
Os Agravos foram inseridos na legislação pátria após a proclamação da Independência, em decorrência do advento da lei de 20 de outubro de 1823, a qual declarava em vigor a legislação que regeu o Brasil até 25.04.1821, sendo que, neste curso, foram modificadas e alteradas por diversas vezes, com o escopo de garantir a celeridade do processo. O Código de Processo Civil de 1939, consagrou o Agravo de Petição com especificidades, e o distingui em relação às demais formas de agravo.
 Atualmente, o Agravo de Petição é uma das opções de recurso nos trâmites processuais trabalhistas, que tem como finalidade impugnar as decisões definitivas de execução - diferentemente do Agravo de Instrumento, que é o recurso cabível da decisão do juiz que negou recursos interpostos pela parte. O Agravo de Petição visa rediscutir a penhora e os cálculos da liquidação, e deverá ser efetuado no prazo especifico do artigo 897, alínea “a” da CLT : “ Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: 
a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções”. Ainda, deve ser necessário que se delimite, justificadamente, os valores e a matéria objetos do recurso, fazendo uma minuciosa e detalhada explicação do seu inconformismo. Para que surta seus efeitos, deverão ser observados os pressupostos processuais e os requisitos de admissibilidade quanto à matéria, valores e os fundamentos da decisão, os quais serão analisados pelo juiz, abrindo-se vista à parte contrária para contrapor.
 Nos termos da lei, tem efeito suspensivo porque, ao ser interposto, já existe penhora e ainda que ao apelo seja atribuído efeito apenas devolutivo, a execução será provisória e, assim, não poderá ir além da penhora. O julgamento do Agravo de Petição se dá como o do Recurso Ordinário, sendo facultado aos advogados das partes a sustentação oral. Em especial, este recurso tem como quesito a impugnação e demonstrar que trará prejuízo à parte, e que, o quanto antes for sanada a divergência, evitará maiores desgastes aos envolvidos. Pode, ainda, favorecer na celeridade processual e encerramento da demanda.
6.2	Cabimento
Art. 897, a da CLT- será interposto em face das decisões proferidas em execução trabalhista, bem como na liquidação – Sumula nº 266 TST.
Tempestividade
8 (oito) dias, salvo para Fazenda Pública e MPT, que possuem prazos em dobro.
Interposição
Interposto perante o juizo a quo, que poderá exercer o juízo de retratação (reforma da decisão impugnada), diante do efeito regressivo do recurso.
6.3	Preparo
Seguirá as normas do inciso II da Súmula nº 128 do TST, sendo necessário apensas se a execução não estiver integralmente garantida.
Procedimento
Interposto perante o juizo a quo, que poderá reformar sua decisão. Não havendo reforma e sendo admitido o apelo, será o recorrido intimado para apresentar contrarrazões, em 8 dias, sendo o feito remetido ao tribunal para julgamento conforme dispõe o regimento interno.
AGRAVO INTERNO OU REGIMENTAL
É também chamado de agravinho e é uma espécie de recurso disciplinado no próprio regimento do tribunal que o adota, daí a denominação. 
Serve para destrancar recurso ao qual foi denegado seguimento.
O AG tem aplicação restrita, e, se fosse possível estabelecer uma semelhança com outro recurso, seria com o AI. Ambos têm uma função básica comum: movimentar um recurso obstado no juízo de admissibilidade.
7.1	Hipóteses de cabimento
Em geral, costuma caber AG para o Pleno ou para a Turma – de acordo com o regimento interno de cada Corte –, das decisões dos respectivos presidentes que negam seguimento a algum recurso ou causam algum gravame às partes e da decisão do corregedor em correição parcial. Cabe AG pela Lei 7.701/88 e pelo Regimento do TST – art. 338 – ou da corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho – art. 22 –, para a sua Seção de Dissídios Individuais, em única instância, quando interpostos em dissídios individuais;em última instância, de despacho denegatório dos presidentes das Turmas, em matéria de embargos.
Costuma-se admitir o agravo regimental nos TRT’s contra os seguintes casos:
as decisões proferidas pelo presidente da Corte – exercendo função de corregedor;
as decisões do presidente do Tribunal, do vice-presidente, do corregedor ou do vice-corregedor, dos presidentes dos Grupos de Turmas, dos presidentes de Turmas ou relatores – desde que haja prejuízo às partes em relação à decisão praticada;
O despacho do relator que conceder ou denegar o pedido de medida liminar.
Já no TST o AG é usado contra:
o despacho do presidente de Tribunal ou de Turma que denegar seguimento a recurso de embargos;
despacho do presidente do Tribunal que suspende execução de liminares ou de decisão concessiva de mandado de segurança;
despacho do presidente de Tribunal que concede ou nega suspensão da execução de liminar ou da sentença em cautelar;
decisões do corregedor-geral;
despacho do relator que negar prosseguimento a recurso;
despacho do relator que indeferir inicial de ação de competência originária do Tribunal, como mandado de segurança e ação rescisória;
despacho ou decisão do presidente do Tribunal, do presidente de Turma, do corregedor-geral ou relator que causar prejuízo ao direito da parte, saldo aqueles elencados no RITST, art. 338.
7.2	Requisito necessário
Para interpor agravo regimental, é preciso, inicialmente, elaborar uma petição endereçada ao ministro presidente da Turma que indeferiu o processamento dos embargos para o Tribunal Pleno, e depois anexar a esta peça as razões do agravo.
7.3	Prazo 
No âmbito do STF, caberá agravo regimental de decisão do presidente do Tribunal, de presidente e Turma ou do relator, que causar prejuízo ao direito da parte. O prazo de interposição é de 5 (cinco) dias, devendo a petição dar entrada na secretaria do Tribunal até o último dia do prazo, não sendo suficiente a postagem anterior.
5 (cinco) dias mas depende da sua previsão nos RIT’s para interposição em cada TRT;·  8 ( oito )  dias para interposição para o TST.
Das normas
CLT, art. 709, § 1.º;
Lei 5.584/70, art. 9.º;
RITST, art. 338;
SDI-2 n.º 69 – sobrea fungibilidade dos recursos;
Comandos jurídicos
TST – Enunciado n.º 195.
Não cabem embargos para o Pleno de decisão de Turma do Tribunal Superior do Trabalho, prolatada em agravo regimental.
TST – Enunciado n.º 353 – Embargos. Agravo de instrumento. Agravo regimental. Cabimento. Revisão dos Enunciados nºs 195 e 335.
"Não cabem embargos para a Seção de Dissídios Individuais contra decisão de Turma proferida em agravo de instrumento e em agravo regimental, salvo para reexame dos pressupostos extrínsecos dos agravos ou da revista respectiva".(Res. 70/1997  DJ 30.05.1997).
STJ – Súmula n.º 116.
A Fazenda Pública e o Ministério Público têm prazo em dobro para interpor agravo regimental no Superior Tribunal de Justiça.
TST – ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL – SDI-2 n.º 69.
Recurso Ordinário interposto contra despacho monocrático que indefere a petição inicial de Ação Rescisória ou de Mandato de Segurança pode, pelo princípio de fungibilidade recursal, ser recebido como Agravo Regimental. Hipótese de não conhecimento do recurso pelo TST e devolução dos autos ao TRT, para que aprecie o apelo como Agravo Regimental (2000). 
Recurso Extraordinário
8.1	Conceito 
O Recurso Extraordinário é um mecanismo processual pelo qual as questões de natureza constitucional são levadas para serem apreciadas pelo Supremo Tribunal Federal.
Este recurso tem exclusivamente o escopo de tratar dos pontos controvertidos diante da divergência de interpretação das normas constitucionais.
Antes que seja recebido pelo STF é necessário que tenha passado por todas as instâncias, afinal o recurso precisa subir para que seja apreciado por instância superior, assim como preencher os requisitos essenciais para seu recebimento. Aplicabilidade no Processo do Trabalho:
Como em praticamente todo o ordenamento jurídico brasileiro, a Consolidação das Leis trabalhistas, possui lacunas, sendo elencados vários direitos em nossa Carta Magna, a Constituição Federal de 1988. O art. 7° da CF, elenca várias espécies de direitos em seus incisos.
“Art. 7°, CF. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condução social: II- seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário”.
8.2	Cabimento
Somente é cabível nas hipóteses do art. 102, III, a, b, c e d da CF/88:
“Art. 102, CF- Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, recebendo-lhe:
III- julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida ou ato de governo local contestado em face desta Constituição;
d) julgar válida lei local contestada em lei federal”.
8.3	A Repercussão Geral
É a matéria ou matérias, que ultrapassam os direitos individuais (subjetivos) dos litigantes. Sempre terão grande relevância do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico. Inteligência do art. 543 – A § 1°, do CPC.
O parágrafo 3°do art. 102 da CF/88, traz em seu bojo, um requisito para que o recurso seja interposto.
O recorrente deve demonstrar preliminarmente que existe repercussão geral do que está sendo discutido, para apreciação exclusiva do STF, podendo ser recusando somente diante da manifestação de dois terços dos membros (Art. 102 § 3° da CF).
Pressupostos
a) O julgamento da causa deve ocorrer em última ou única instância.
Decisões proferidas pela seção de Dissídios Individuais ou Coletivos e pelo pleno do TST;
Nas causas de alçada, poderá a parte interpor recurso extraordinário contra sentença de primeiro grau.
b) Seja a matéria tratada uma questão constitucional controvertida.
A matéria deve ser estritamente de direito e não de fato;
A questão deve ser discutida e apreciada no processo de origem;
Quando a discussão originária for omissa, deve ser interposto Embargos de declaração, afim de pré - questionar a matéria.
c) A repercussão geral deve ser demonstrada pelo recorrente, sob pena de o recurso não ser conhecido.
É irrecorrível;
Se negada a repercussão geral, a decisão valerá para todos os recursos que versarem sobre a mesma matéria.
	Art. 543- A (...)
§ 5° Negada a existência da repercussão geral, a decisão valerá para todos os recursos sobre matéria idêntica, que serão indeferidos liminarmente,
salvo revisão da tese, tudo nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal”.
O art. 543- A § 3° indica ainda onde mais a repercussão geral se fará presente.
-Recurso impugnar decisão contrária a súmula ou jurisprudência dominante do Tribunal.
O relator poderá ou não aceitar que terceiros se manifestem durante a análise da repercussão, mediante procurador habilitado, como indica o Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal (Art. 543- A § 6° do CPC).
Se for comprovada a existência da repercussão por no mínimo 4 (quatro) votos, ficará dispensada a remessa de recursos ao plenário.
Quando houverem múltiplos recursos idênticos, o STF por meio de Regimento Interno, facultativamente, como discipliná-los (Art. 543- B do CPC).
O tribunal de origem, poderá a seu critério, selecionar um ou mais recursos para encaminhar ao STF, suspendendo os que restaram até a decisão final (Art. 543- B § 1° do CPC). Tratando- se de decisão desfavorável, os recursos que não subiram ao STF, são automaticamente rejeitados (art. 543-B § 2° do CPC). Estes recursos deverão ser analisados pelos tribunais locais (Art. 543- B § 3° e 4° do CPC).
Efeitos
O recurso extraordinário será recebido somente no efeito devolutivo.
8.4	Prazo
O recurso extraordinário não obedecerá ao prazo de 08 (oito) dias que indica o processo do trabalho para os recursos da esfera trabalhista. O prazo será de 15 (quinze) dias, bem como para as contrarrazões.
Endereçamento
Será interposto perante o presidente ou vice-presidente do tribunal que proferiu a decisão recorrida (Art. 5
41 do CPC).
8.5	Juízo de Admissibilidade
A admissibilidade do recurso se dá somente após a apresentação das contrarrazões, para que então sejam os autos remetidos ao STF. O recurso sendo rejeitado, poderá ser interposto agravo no prazo de 10 (dez) dias.
9. Embargos ao TST
É um recurso de competência exclusiva do Tribunal Superior do Trabalho, artigo 894 da CLT c/c Lei nº 7.701/88, artigo 2º, II, c, e artigo 3º, III, b), sendo este recurso, seguinte à análise do recurso de revista ou nas ações de competência originária dos Tribunais Regionais, depois do recurso ordinário.
9.1 Cabimento
É cabível nas seguintes hipóteses:
Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias:
I - de decisão não unânime de julgamento que:
a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei;
II - das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, salvo se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal.
9.2 Prazo
8 dias a contar da publicação do venerando acórdão (artigo 894, caput, da CLT).
9.3 Preparo
Exige depósito recursal mais custas processuais quando empregador.
9.4 Competência na Interposição
É interposto perante a turma ou SDC DO TST.
9.5 Competência para a apreciação
A competência para processar e julgar os embargos de divergência no TST caberá à SDI e dos embargos por infringência à SDC.
9.6 Processamento
O recurso é interposto no TST, perante a turma julgadora ou a SDC, se no caso de dissídio coletivo, com a indicação do nome do ministro relator, que deve verificar os pressupostos de admissibilidade do recurso e abrir vista à parte contrária para contra-razões no prazo de 8 dias, encaminhando, a seguir, para aseção julgadora.
10. CONCLUSÃO
	O objetivo deste artigo foi analisar os aspectos acerca dos recursos em espécie no âmbito do direito processual do trabalho. Podemos entender os conceitos, cabimentos, prazos, efeitos, peculiaridades e reflexões sobre o tema proposto.
	Podemos observar que o recurso das mais variadas formas no processo do trabalho tem por finalidade dar norte ao processo por meio de uma reanalise da decisão proferida, sendo ela de caráter protelatório, esclarecedor ou impulsionador.
	Dessa forma fica evidente que os recursos são de fundamental importância para o regime jurídico trabalhista vigente.

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