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DESENVOLVIMENTO DO OLHO Seu desenvolvimento tem inicio na 4ª semana e ao redor do 5º mês está praticamente formado. Pós-natal: mielinização do nervo óptico, canalização e secreção lacrimal. Tecidos para formação do olho: os tecidos que vão ser utilizados para a formação do olho são quatro: ectoderme epidermal, células da crista neural, neuroectoderme do prosencéfalo e o tecido de mesoderme ( na 4ª semana esse tecido é indiferenciado, nesse período ele fica com mesenquima na região cefálica, ou seja está frouxamente arranjado, não forma somitos). Vesícula óptica: indica o inicio da formação do olho, que forma a partir da projeção do tecido do prosencéfalo. Fatores ligados ao desenvolvimento: Os quatro tecidos iniciam o processo de desenvolvimento do olho que vai ser coordenado por uma cascata de gene em especial o Pax6. Outro fator que auxilia nesse processo é o FGF (fator de crescimento dos fibroblastos), permitindo que esses tecidos formem os olhos. O momento inicial do desenvolvimento se dá no fechamento do tubo neural, com a placa neural aberta, em que surge duas fendas antes de se fechar, ou seja surge dois sucos nessa região das pregas, chamados sulcos ópticos. Formação da vesícula óptica: A vesícula se forma na evaginação da projeção lateral desses dois sulcos ópticos, ou seja, da evaginação do prosencéfalo. Conforme a vesícula óptica vai crescendo ela induz o ectoderme epidermal se espessa formando uma placa de tecido, chamado placa do cristalino. A placa do cristalino vai induzir a vesícula e vice e versa para que ocorra a invaginação de ambos, até que se forme a vesícula do cristalino pelo processo de invaginação da placa do cristalino. Já a vesícula óptica com a invaginação da origem ao cálice óptico. Sulco ópticoVesícula óptica Cálice óptico Retina Ectoderme epidermal Placa do cristalinoVesícula do cristalino Evaginação, Invaginação, Espessamento, Invaginação. A vesícula do cristalino será responsável por formar o cristalino, e o Calice óptico formará o O cálice tem duas camadas, que são separadas por um espaço chamado espaço intrarretiliano. Esseespaço com passar do tempo tende a se unir, sendo responsável por juntar as duas camadas, caso não ocorra essa união leva o descolamento congenito da retina. Aste opitica ligação do cálice com a região do encéfalo. Depois da formação do cálice ele se transforma em retina. Cada camada do cálice será responsável parar formar uma das camadas da retina, a externa vai da origem ao epitélio pigmentar da retina, e o interno vai formar a retina neural. A externa vai continuar fina, já interna terá que se espessar para verdadeiramente formar a retina neural. O cristalino que está em desenvolvimento está bem perto da camada interno, que induz a proliferação dessa camada, formando varias camadas, que se diferencia em quatro tipos de células: células fotorreceptoras(cones e bastonetes) e os neurônios (células do tipo ganglionar e células bipolares). Os prolongamentos das células ganglionares confluem para a região da haste óptica, a qual dará origem ao nervo óptico. O cálice não da origem apenas a retina(4/5), mas também ao corpo ciliar e a Iris (1/5). FORMAÇÃO DA IRIS: As bordas anteriores do cálice óptico forma o epitélio da íris, enquanto a neuroectoderme forma os músculos da íris e células de crista neural formam o tecido conjuntivo, ou seja, o estroma. A coloração do olho é oriunda da camada pigmentada. Anomalia: Ausência da formação da íris relacionada a um problema do gene Pax6. CRISTALINO As células posteriores da vesicula do cristalinocomeçam a se prolongar e alongar, perdendo seus núcleos, ficando translucidas, dando origemas fibras do cristalinos, preenchendo a parte oca da vesícula. CORPO VÍTRO O espaço entre a retina e o cristalino vai ser preenchido por uma substancia amorfa gelatinosa, um gel, rico em glicoaminoglicanas, colágenos e vai formar o humor vítreo que forma o corpo vítreo. Esse gel é produzido em grande parte por células da Crista neural que migram ali no local. Sua função é de aporte nutricional, lubrificação e auxilia para disposição espacial das outras estruturas. TUNICA CONJUNTICAS Em todo o processo de formação, tinha mesenquima em volto das estruturas. O mesênquima ao redor do cálice irá se diferenciar em duas camadas envolvendo a retina, a camada mais externa é fibrosa e pouco vascularizada, é rígida e tem função de proteção, ela é denominada esclera. Enquanto a camada interna é bem vascularizada chamada coróide. Essas camadas também podem ser chamadas de túnicas. CORNEA A córnea tem origem tripla: mesênquima e células da crista neural, ectoderme epidermal. O cristalino induz o mesênquima e o ectoderme epidermal adjacente a formam a córnea e as células da crista neural migram para essa região para formar o epitélio da córnea. PÁLPEBRA: Dobramento da ectoderme epidermal e do mesênquima. Entre a pálpebra e a córnea há o espaço conjuntival. Conforme todas as estruturas são formadas é possível delimitar câmaras aquosas preenchidas por humor aquoso. Há a câmara anterior entre a córnea e o cristalino e a câmara posterior entre a íris e o cristalino. OUTRAS ANOMALIAS: Anoftalmia: ausência da formação dos olhos, normalmente está relacionada a falta da formação das vesículas ópticas. Pode ser uni ou bilateral. Microftalmia: Estrutura subdesenvolvida, o sistema ocular se desenvolve pouco. Pode ser uni ou bilateral. Catarata congênita: o cristalino fica opaco, relacionada normalmente a toxoplasmose. Glaucoma congênito: alteração das estruturas encarregadas por drenagem dos líquidos intraoculares. Há acúmulo de líquido e perda do controle pressórico do olho. Ptose congênita: corresponde à queda das pálpebras superiores, falha no desenvolvimento do músculo elevador da pálpebra superior
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