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questionário - direito de familia

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FRANK – FMU – 8º SEM – DIREITO - 2014
DIREITO DE FAMILIA – FMU
Explique o princípio da igualdade na chefia familiar.
Especificamente, prevê o art. 1.511 do Código Civil de 2002 que o casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges. Por óbvio, essa igualdade deve estar presente na união estável, também reconhecida como entidade familiar pelo art. 226, § 3º, da Constituição Federal, e pelos arts. 1.723 a 1.727 do atual Código Civil. [18]
Diante do reconhecimento dessa igualdade, como exemplo prático, o marido/companheiro pode pleitear alimentos da mulher/companheira ou vice-versa. Além disso, um pode utilizar o nome do outro livremente, conforme convenção das partes (art. 1.565, § 1º, do CC). Vale lembrar que o nome é reconhecido, pelo atual Código Civil, como um direito da personalidade (arts. 16 a 19).
Qual a diferença entre vinculo de sangue e vinculo de afeto?
Tal diferença consiste basicamente na origem dos filhos, sendo o vinculo de sangue por descendentes diretos, concebidos pelo casal (homem e mulher), e no caso de vinculo de afeto, aquele filho que não foi concebido pelo casal, sem uma ligação de sangue, genética, no entanto, havendo vinculo de parentesco pelo afeto, carinho, amor, premissas do conceito atual de família.
Atualmente há a igualdade jurídica entre todos os filhos. Discorra sobre a evolução histórica desse tema.
Segundo a CF 1916, regulada com base no direito romano, fazia discriminação entre os filhos, classificando-os como legítimos, ilegítimos ou adotivos.
Os legítimos eram aqueles concebidos na constância do matrimonio, podendo ainda haver a legitimação de filhos concebidos antes do matrimônio, apenas beneficiando os filhos ilegítimos naturais.
Os ilegítimos eram os filhos concebidos fora do casamento, subdividindo-se em naturais e espúrios: naturais: a filiação ilegítima natural ocorria quando os pais podiam casar-se mas não o faziam, e filiação espúria, tanto adulterina quanto incestuosa era discriminada, e os filhos nesta categoria, não tinham os mesmos direitos que os filhos legítimos. 
Já a adoção tanto no ordenamento jurídico anterior quanto no atual, é uma forma de igualar a filiação natural, embora não havendo uma relação biológica, mas de exteriorização de vontade.
O direito de filiação foi positivado no art. 227, § 6º da Lei Maior, que consagra a igualdade jurídica entre os filhos, segundo destaca-se: 
CF - Art. 227, § 6º - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
A regra de que o casamento pode ser celebrado a partir da idade núbia de 16 anos sofre algum tipo de mitigação?
Se ainda não completaram dezoito anos de idade, devem apresentar a autorização, por escrito, dos pais ou tutores, ou prova do ato judicial que a supra ou da emancipação. É mister o consentimento de ambos os pais (CC, art. 1.517).
O que é o casamento avuncular?
Casamento avuncular é o nome que se dá ao casamento entre tios e sobrinhos, ou seja, entre parentes colaterais em terceiro grau.
Tios e sobrinhos são colaterais de terceiro grau, impedidos de casar. O Decreto-Lei n.3.200/41 permite, entretanto, tal casamento, desde que se submetam ao exame pré-nupcial (cuja realização, por dois médicos nomeados pelo juiz, deve ser requerida no processo de habilitação) e o resultado seja-lhes favorável. Primos podem casar-se, porque são colaterais de quarto grau. 
Já no casamento homo afetivo avuncular, considerando ser impossível que o casamento gere problemas à prole, esta espécie de casamento pode ser admitida sem a necessidade de qualquer autorização judicial ou exame médico.
Diferencie os impedimentos absolutos dos impedimentos relativos.
Os impedimentos são classificados da seguinte forma:
a) Impedimentos dirimentes públicos (ou absolutos) – São examinados nos incisos I a VII do art. 1521. Considerando o interesse público neles estampados podem ser argüídos por qualquer interessado e pelo Ministério Público. Estes impedimentos dividem-se em três categoriais: impedimentos resultantes do parentesco (art. 1521, I a V); impedimentos resultante de vínculo (art. 1521, VI); e impedimentos resultante de crime (art. 1521, VII). Acarretam como efeito a nulidade do casamento.
b) Impedimentos Dirimentes Relativos - Passaram a ser as causas de anulabilidade do casamento (art. 1.550). Podem demandar a anulação o cônjuge prejudicado, representantes legais ou ascendentes. Mas se os cônjuges (ou interessados na anulabilidade) silenciarem, o casamento convalida do vício originário.
c) Impedimentos impedientes (ou proibitivos) - No atual CC passam a ser, agora, causas suspensivas (art. 1523, I a IV) a infração destas causas não gera nem nulidade, nem anulação, mas tão somente uma sanção (imposição do regime obrigatório da separação de bens). As disposições constantes nos incisos I a IV do art. 1523 têm por escopo, a proteção da prole anterior, evitar a confusão de consanguinidade (turbatio sanguinis), a confusão de patrimônios e a proteção do nubente por influência dos representantes legais. Acarretam como efeito uma mera sanção.
Cite e explique os deveres e os direitos do casamento.
ART. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges:
I - fidelidade recíproca;
II - vida em comum, no domicílio conjugal;
III - mútua assistência;
IV - sustento, guarda e educação dos filhos;
V - respeito e consideração mútuos.
Código Civil de 2002
Art. 1.568. Os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens e dos rendimentos do trabalho, para o sustento da família e a educação dos filhos, qualquer que seja o regime patrimonial.
Art. 1.570. Se qualquer dos cônjuges estiver em lugar remoto ou não sabido, encarcerado por mais de 180 (cento e oitenta dias), interditado judicialmente ou privado, episodicamente, de consciência, em virtude de enfermidade ou acidente, o outro exercerá com exclusividade a direção da família, cabendo-lhe a administração dos bens.
O casamento é também uma forma de sociedade, dirigida pelo marido e pela mulher, sempre no interesse do casal e dos filhos. Assim, o casal é obrigado, cada um na proporção de seus bens e da sua renda, a sustentar a família e a educar os filhos, qualquer que seja o regime de bens do casamento. Havendo divergência, qualquer dos cônjuges poderá recorrer ao juiz, que decidirá considerando esses interesses.
Explique o que é um casamento consular.
O casamento consular "pode ser realizado no consulado ou fora dele, segundo as normas e solenidades do país estrangeiro, mas os efeitos do ato obedecem à lei brasileira".
Quando realizado o casamento consular, este terá que ser registrado em 180 (cento e oitenta) dias, contados da data em que um ou ambos os cônjuges voltarem ao Brasil.
Diferencie bens particulares de aquestos, e indique em quais regimes há distinção de tais bens e em qual não há.
Prevê o artigo 1.672 do Código Civil que "no regime de participação final nos aquestos, cada cônjuge possui patrimônio próprio, consoante disposto no artigo seguinte, e lhe cabe, à época da dissolução da sociedade conjugal, direito à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, na constância do casamento". Sendo assim, conforme define Carlos Roberto Gonçalves, este regime "é misto: durante o casamento aplicam-se todas as regras da separação total e, após sua dissolução, as da comunhão parcial. Nasce da convenção, dependendo, pois, de pacto antenupcial".
Diferencie o regime da separação de bens legal do convencional.
A separação legal ou obrigatória independe do pacto antenupcial, posto que este regime é determinado por lei.
Na separação convencional, cada cônjuge continua proprietário exclusivo de seus próprios bens, assim como mantém-se na integral administração destes, podendo aliená-los e gravá-los de ônus real livremente, independente de ser o bem móvel ou imóvel.
Explique o que pode e o que não pode ser ajustado no pactoantenupcial.
Pacto antenupcial é um contrato solene e condicional, por meio do qual os nubentes dispõem sobre o regime de bens que vigorará entre ambos, após o casamento.
Não pode haver ajuste de cláusula penal / indenizatória pelo fim do casamento – impossível por violar o princípio da autonomia privada ao dispor de cláusula nula – poderá haver aproveitamento parcial do pacto (artigo 184, CC – redução parcial do negócio jurídico).
Indique as solenidades que devem ser observadas para a celebração do casamento.
Art. 1.534. A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com toda publicidade, a portas abertas, presentes pelo menos duas testemunhas, parentes ou não dos contraentes, ou, querendo as partes e consentindo a autoridade celebrante, noutro edifício público ou particular.
§ 1º Quando o casamento for em edifício particular, ficará este de portas abertas durante o ato.
§ 2º Serão quatro as testemunhas na hipótese do parágrafo anterior e se algum dos contraentes não souber ou não puder escrever.
Art. 1.535. Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamente com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a afirmação de que pretendem casar por livre e espontânea vontade, declarará efetuado o casamento, nestes termos:"De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados."
O que é um casamento inexistente? Dê um exemplo.
O casamento celebrado sem as solenidades previstas na lei e entre pessoas do mesmo sexo é inexistente, bem como o é aquele em que os nubentes não manifestam o consentimento.
Discorra sobre a evolução legislativa da união estável.
As entidades familiares não originárias do casamento durante muito tempo permaneceram à margem do direito formal, situação que encontrava eco na sociedade então existente, que também condenava e marginalizava os relacionamentos amorosos fora dos limites estreitos do casamento. 
Entretanto, a partir sobretudo das últimas décadas do século XX, a sociedade brasileira passou por uma profunda revolução de costumes, com cada vez mais pessoas optando por manter relacionamentos livres e formando famílias independentemente da instituição casamento. 
Com o tempo tais uniões deixaram de gerar o repúdio das pessoas, passando a obter a aceitação e o devido reconhecimento social. Diante desse quadro, o Direito não poderia continuar ignorando tal realidade, cabendo ao mesmo assimilar e legitimar referido comportamento social. 
O papel de tutelar as unidades familiares independentes do casamento coube, em um primeiro momento, à jurisprudência, que, guiada pelos princípios da isonomia e da dignidade da pessoa humana, paulatinamente passou a reconhecer direitos e deveres aos participantes de tais uniões informais, bem como aos filhos havidos das mesmas. 
Para tanto, e com base em conceitos inerentes ao direito das obrigações, foi elaborada a tese da existência de uma verdadeira sociedade de fato entre os companheiros, sendo reconhecido aos mesmos o direito à partilha do patrimônio comum, o direito a alimentos recíprocos e à sucessão mútua, bem como o acesso a benefícios previdenciários. 
A evolução jurisprudencial também caminhou no sentido de eliminar as diferenças até então existentes entre os filhos havidos do casamento, denominados de legítimos, e os havidos de outros relacionamentos, denominados de ilegítimos. 
O marco histórico fundamental do processo de evolução do Direito foi o advento da Constituição Federal de 1988, que reconheceu expressamente a união estável como entidade familiar merecedora da proteção estatal, estabelecendo, assim, o pluralismo no direito de família, reconhecendo como entidade familiar, além daquela formada pelo casamento, a formada pela união estável e até mesmo a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendestes (família monoparental). 
A Constituição Federal determinou expressamente, também, a igualdade de direitos entre todos os filhos, havidos ou não do casamento, proibindo inclusive designações discriminatórias relativas à filiação, tais como filhos ilegítimos, adulterinos ou espúrios. 
Diante da nova sistemática inaugurada pela Constituição Federal, foram editadas, com vistas à regulamentação infraconstitucional da união estável, a Lei nº 8.971, de 29 de dezembro de 1994, prevendo o direito dos companheiros a alimentos e à sucessão, e a Lei nº 9.278, de 10 de maio de 1996, com a finalidade de regular o § 3º do artigo 226 da
Constituição Federal, constituindo um verdadeiro estatuto da união estável.
Em 2002, o novo Código Civil dedicou, além de disposições esparsas, todo o título III do seu Livro IV (Do Direito de Família) ao instituto da união estável (artigos 1.723 a 1.727), estabelecendo o conceito e as principais características do instituto, aplicáveis atualmente.
Diferencie união estável de fato de união estável juridicamente estabelecida.
Na primeira, existe a convivência do casal sob a ótica prevista como união estável, pelos simples fato de assumirem entre si o compromisso do convívio como entidade familiar, e na segunda, é a simples manifestação jurídica de tal convívio, sendo realizado em cartório ato que declare o estado de união estável entre os conviventes.
Quais as formas de extinção do casamento?
As causas terminativas da sociedade conjugal estão especificadas no art. 1.571 do CC: morte de um dos cônjuges, nulidade ou anulação do casamento, separação judicial e divórcio. A morte que a extingue é a real. O CC/2002, porém, incluiu entre as causas de dissolução a morte presumida do ausente (§ 1º), que se configura “nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva” (art. 6º). Passou a admitir ainda a declaração de morte presumida, sem decretação de ausência, para todos os efeitos, nos casos do art. 7º, I e II.
Quais os assuntos que devem ser tratados em um divórcio? É obrigatório discutir tudo em uma mesma ação?
A Emenda Constitucional n. 66/2010, no nosso entender, aboliu o divórcio-conversão ou indireto, remanescendo apenas o divórcio direto, sem o requisito temporal e que pode ser denominado simplesmente divórcio. Tal modalidade pode tresdobrar-se em: a) divórcio judicial litigioso; b) divórcio judicial consensual; e c) divórcio extrajudicial consensual. 
Em todos eles exige-se apenas a exibição da certidão de casamento. Deixando de existir o divórcio por conversão, o pedido de divórcio (ou o divórcio consensual extrajudicial) deverá reproduzir todas as condições estipuladas ou decididas na separação judicial, como se ela não tivesse existido, se assim desejarem os cônjuges separados, ou alterá-las livremente.
As questões correlatas, como a guarda e proteção dos filhos, alimentos, partilha dos bens e sobrenome a ser utilizado podem ser objeto de discussão e contestação, para os fins próprios, sem prejudicar a decretação do divórcio. A partilha dos bens, segundo expressamente dispõe o art. 1.581 do Código Civil, pode ser discutida em outra ocasião. Nessas questões, não se discutirá a causa ou a culpa pelo fim do casamento. No tocante à guarda dos filhos, discutir-se-á apenas o melhor interesse destes, buscando apurar qual dos genitores desfruta de melhores condições para exercê-la. No que tange aos alimentos, importará saber apenas da necessidade de quem os pede e da possibilidade do outro cônjuge. Não se poderá decretar a perda do direito do uso do sobrenome do outro consorte, com base no reconhecimento da culpa, como já dito.
Distinga guarda unilateral de guarda compartilhada.
A Lei n. 11.698, de 13 de junho de 2008, trouxe profundas alterações na redação dos citados arts. 1.583 e 1.584 do Código Civil, regulamentando a guarda unilateral e a guarda compartilhada. Dispõe o § 1º do art. 1.583 do Código Civil, introduzido pela mencionada lei, que se compreende por guarda unilateral “a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua”.
O art. 1.583, § 1º, incorporado pela Lei n. 11.698/2008,conceitua a guarda compartilhada como “a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns”.
É obrigatório que a guarda do menor fique com a genitora? Fundamente.
Art. 1.589. Se houver sido homologada somente a separação de corpos, o juiz, atendendo ás circunstâncias relevantes da vida dos cônjuges e de suas famílias, definirá a guarda dos filhos preferencialmente á mãe. 
O art. 1.583, § 1º, incorporado pela Lei n. 11.698/2008, conceitua a guarda compartilhada como “a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns”.
Sempre será considerado o melhor para a criança, decidindo o juiz com qual ela ficará, e prioritariamente, opnando por guarda compartilhada.
Diferencie parentesco consanguíneo de parentesco por afinidade e parentesco ficto juris.
a) natural: resulta da consanguinidade;
b) civil: resulta de outra origem, como, p. ex., a adoção ou
inseminação artificial heteróloga (CC, art. 1.593);
c) por afinidade: origina-se do casamento e da união estável
(CC, art. 1.595).
Explique qual a importância de se estabelecer o grau de parentesco entre as pessoas.
Preceitua o art. 1.593 do Código Civil que o parentesco “é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou outra origem”. Esta pode ser, exemplificativamente, a adoção ou inseminação artificial heteróloga. Sob o prisma legal, não pode haver diferença entre parentesco natural e civil, especialmente quanto à igualdade de direitos e proibição de discriminação. Devem todos ser chamados apenas de parentes.
Trate sobre a obrigação alimentar entre os ascendentes e descendentes.
A obrigação alimentar também decorre da lei, mas é fundada no parentesco (art. 1.694), ficando circunscrita aos ascendentes, descendentes e colaterais até o segundo grau, com reciprocidade. É transmissível e divisível.
Trate sobre a obrigação alimentar entre os colaterais.
Na linha colateral, o parentesco está limitado ao quarto grau (CC 1.592) tanto para efeitos alimentícios como para efeitos sucessórios (CC 1.829, IV). A obrigação alimentar entre os parentes é de natureza sucessiva e subsidiária. Assim, quando inexistirem descendentes, ascendentes ou cônjuge têm obrigação alimentar – e também fazem jus à herança – os parentes até o quarto grau: irmãos, tios, sobrinhos e primos.
Diferencie alimentos naturais de alimentos civis.
O § 2º do art. 1.694 do Código Civil de 2002, que nesse ponto inova, trazendo para o texto legal a distinção feita pela doutrina entre alimentos naturais (ou necessários, indispensáveis à subsistência e destinados à alimentação, vestuário, saúde, habitação etc.) e alimentos civis (ou côngruos, destinados a manter a condição social, o status da família).
Diferencie alimentos provisionais de provisórios e definitivos. 
Definitivos são os de caráter permanente, estabelecidos pelo juiz na sentença ou em acordo das partes devidamente homologado, malgrado possam ser revistos (CC, art.
1.699). Provisórios são os fixados liminarmente no despacho inicial proferido na ação de alimentos, de rito especial estabelecido pela Lei de Alimentos (Lei n. 5.478/68). Provisionais (ou ad litem) são os determinados em medida cautelar, preparatória ou incidental, de ação de separação judicial, de divórcio, de nulidade ou anulação de casamento ou de alimentos. Destinam-se a manter o suplicante (geralmente a mulher)
e a prole, durante a tramitação da lide principal, e ao pagamento das despesas judiciais, inclusive honorários advocatícios (CPC, art. 852).
Qual a finalidade da ação revisional e da ação de exoneração de alimentos?
Quando constatado que os alimentos anteriormente fixados se mostram excessivamente irrisórios ou quando forem excessivamente oneroso ao obrigado. § 1º do art. 1.694 do Código Civil. 
Segundo requisito da proporcionalidade, o quantum fixado não é imutável, pois, se houver modificação na situação econômica das partes, poderá qualquer delas ajuizar ação revisional de alimentos, com fundamento no art. 1.699 do Código Civil, para pleitear a exoneração, redução ou majoração do encargo.
Constatou-se, por fim, que a maioridade civil, o alcance de 24 anos e a conclusão em curso de nível superior, bem como qualquer critério que possa ser utilizado genericamente pelos magistrados em suas decisões, não podem ser razões únicas da exoneração de alimentos, uma vez que, em razão da reciprocidade na prestação dos alimentos, existente na relação de parentesco, que envolve a relação entre pais e filhos civilmente capazes, os alimentos devem continuar sendo prestados enquanto houver a necessidade do alimentando e a possibilidade do alimentante, pressupostos que somente podem ser verificados com a cuidadosa apreciação das peculiaridades de cada caso concreto.
Desse modo, entende-se, em consonância com o disposto na Súmula 358 do Superior Tribunal de Justiça, que independentemente do alcance da maioridade pelo filho, a exoneração de alimentos só poderá ocorrer se houver a ausência dos pressupostos da necessidade e da possibilidade, o que se verificará no contraditório exercido pelo alimentando.
O que são alimentos gravídicos? O que eles englobam?
O citado civilista menciona, no entanto, vários autores que admitem a propositura de ação de alimentos pelo nascituro, como Pontes de Miranda, Oliveira e Cruz, Moura Bittencourt e Silmara Chinelato e Almeida. Sustenta a última, em trabalho específico (RDCiv, 54:57), que “ao nascituro são devidos alimentos em sentido lato — ali mentos civis — para que possa nutrir-se e desenvolver-se com normalidade, objetivando o nascimento com vida”. Esta última parece ser a melhor posição, considerando que os alimentos garantem
A subsistência do alimentando e, portanto, têm afinidade com o direito à vida, que é direito da personalidade a todos assegurado pela Constituição Federal (art. 5º).
A Lei n. 11.804, de 5 de novembro de 2008, veio regular os alimentos gravídicos, conferindo legitimidade ativa à própria gestante para pleiteá-los. A legitimidade passiva é exclusiva do suposto pai, não se estendendo aos avós paternos ou outros parentes do nascituro. Convencido da existência de indícios da paternidade, o juiz fixará os alimentos gravídicos, que perdurarão até o nascimento da criança, sopesando as necessidades da parte autora e as possibilidades da parte ré (art. 6o). 
É possível a mantença do valor dos alimentos gravídicos após o nascimento com vida?
Após o nascimento com vida, ficam eles convertidos em pensão alimentícia em favor do menor até que uma das partes solicite a sua revisão (parágrafo único). Extinguem-se, porém, se nascer morto. (Lei 11.804/08)
Se constatado que o recém-nascido não era filho do alimentante, quais as consequências?
Se após prestar alimentos gravídicos, o suposto pai confirmar negativa de paternidade, poderá este, utilizar-se do pleito indenizatório por dano material, demonstrando culpa ou dolo com que tenha agido a gestante, podendo cumular com o pedido de danos morais.
Embora o referido artigo da Lei tenha sido revogado, ainda existe a possibilidade de ação de regresso contra os danos gerados por este tipo de ação, pois a responsabilidade civil supera o veto existente na lei, aplicando-se a qualquer relação regida pelo Direito Civil, não deixando margens descobertas para danos, concluindo-se então, que a ação de reparação de danos fica então não albergada na lei específica, mas no âmbito geral de aspectos civis.

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