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* * Direito das Obrigações Obrigações Naturais e Obrigações Reais * * Obrigação Natural A obrigação já traz em si a possibilidade de o credor, coercitivamente, usar dos meios necessários para que seja cumprida por meio dos instrumentos postos a sua disposição pelo Estado. Se a obrigação for cumprida espontaneamente, ela funciona apenas espiritualmente, como pressão psíquica sobre o devedor. As obrigações naturais são obrigações incompletas, por não serem judicialmente exigíveis. * * Obrigação Natural A obrigação natural encontra-se a meio caminho entre o direito e a moral. A situação mostra-se bastante clara nas dívidas de jogo ou aposta. Arts 814 à 817, CC. Embora desprovida de poder coativo, se o devedor espontaneamente a cumpre, o pagamento considera-se legal. * * Obrigação Natural Estamos a meio caminho de uma obrigação jurídica e uma obrigação moral. Antes do cumprimento, a obrigação natural encontra-se dormente, como mero dever moral. No momento de ápice, que é o cumprimento, é que se ressalta a face jurídica da obrigação. É no momento da extinção da obrigação que desponta seu caráter jurídico. * * Obrigação Natural Para Antunes Varela, as obrigações naturais são deveres morais ou sociais juridicamente relevantes. O devedor natural não pode ser compelido a executar a obrigação, mas, se a realiza espontaneamente, seu ato é irretratável e opera pagamento válido. Por outro lado, não existe ação para compelir o devedor a efetuar o cumprimento. * * Obrigações Reais ou Propter Rem Há situações em que o proprietário é por vezes sujeito de obrigações apenas porque é proprietário e qualquer pessoa que o suceda nesta posição assumirá tal obrigação. Contudo, o proprietário poderá liberar-se do obrigação se se despir da condição de proprietário. A obrigação real fica a meio caminho entre o direito real e o direito obrigacional. * * Obrigação Propter Rem Bárbara Almeida de Araújo: “o devedor de uma obrigação propter rem será o titular do domínio ou o sujeito ativo de uma relação possessória”. * * Obrigação Propter Rem A pessoa do devedor, nesse tipo de obrigação, poderá variar, de acordo com a relação de propriedade ou de posse existente entre o sujeito e determinada coisa. Sua natureza pode ser considerada mista. Exemplo: a obrigação do condômino em concorrer, na proporção de sua parte, para as despesas de conservação ou divisão da coisa (art. 1315, CC) * * Obrigação Propter Rem O devedor está ligado ao vínculo não em razão de sua vontade, mas em decorrência de sua particular situação em relação a um bem, do qual é proprietário ou possuidor. Nesse tipo de obrigações, por exceção, o sucessor assume automaticamente as obrigações do sucedido, ainda que não saiba de sua existência. Exemplo: quem adquire um apartamento ficará responsável pelas despesas de condomínio do antigo proprietário (art. 1345, CC). * * Obrigação Propter Rem A obrigação naquele exemplo, acompanha a coisa, vinculando o dono, seja ele quem for. Essa obrigação é um misto entre direito pessoal e direito real, porque também segue a coisa, e não pode existir fora das relações de direito real. * * Ônus Real Conceito: É um gravame que recai sobre uma coisa, restringindo o direito do titular de direito real sobre a coisa. O ônus distingue-se do dever, porque neste, que é próprio da obrigação, há o característico da coercitibilidade, enquanto tal não existe no ônus. Quem tem um dever, pode ser obrigado a cumpri-lo. * * Ônus Real Bárbara Almeida de Araújo: “As despesas para a conservação da coisa comum no condomínio são obrigações propter rem, sendo o débito garantido por todo seu patrimônio e não pela coisa. * * Obrigações com Eficácia Real O contrato de locação, com o registro imobiliário, permite que o locatário oponha seu direito de preferência erga omnes, isto é, perante qualquer pessoa que venha a adquirir a coisa locada. Tal contrato portanto, alcança eficácia real.
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