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Petição Inicial- INVESTIGAÇÃO de Paternidade

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE GARARU/SE.
XXXXXXXXXXXXX, brasileiro, menor púbere, representadas por sua genitora a Sr.ª XXXXXXXXXX, Convivente em união estável, pescadora, inscrita no CPF nº XXXXXXX, RG nº XXXXXXX, não usuária de endereço eletrônico, residente e domiciliada na Rua xxxxxx, xxxxxxxxxxxxxx, xxxxx, CEP: xxxxxxxxx, por conduto de seu causídico devidamente constituído na forma DATIVA, nomeado nos termos da portaria nº XX (anexa), com endereço profissional descrito no rodapé da lauda, vem à presença de Vossa Excelência, com fulcro nas leis 8.560/92, 5.478/68, Constituição Federal de e demais previsões legais, propor a presente
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE C/C ALIMENTOS, COM PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS
em face de XXXXXXXXX, brasileiro, solteiro, residente e domiciliado no XXXXXXXXXXXXXX, CEP: XXXXXXX, filho de XXXXX e XXXXX, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA
A Requerente declara que não está em condições de pagar às custas do processo e honorários advocatícios, sem prejuízos do sustento próprio e da família, conforme se pode depreender da declaração de hipossuficiência anexado aos autos eletrônicos. 
Posto isso, requer o benefício da justiça gratuita de acordo com o artigo 98 e seguintes da lei 13.105/2015 (NCPC). 
DOS FATOS 
O requerido e a mãe do requerente conviveram em união estável pelo período de 01 (um) ano.
Desse relacionamento, foi gerado o requerente que, nada obstante, recebeu apenas o nome da mãe, conforme faz prova a certidão de nascimento em anexo.
Nada obstante a flagrante paternidade pelos elementos trazidos nesta exordial, e pelo fato de o requerido tratar e considerar como filho o ora autor, o requerido, negou-se peremptoriamente reconhecer o filho e assumir a sua evidente paternidade.
Ademais insta salientar que o requerido não nega ser o pai biológico do autor.
Atualmente, o autor conta com 13 (treze) anos de idade e, até então, foi sustentado material e moralmente apenas pela mãe.
Ressalta-se que o requerido é agricultor e aufere com seu trabalho rendimentos suficiente a colaborar com o sustento do autor.
Baldos os esforços para uma composição amigável, que reconhecesse a paternidade, não restou alternativa senão a propositura da presente ação de investigação de paternidade cumulada com alimentos.
DO DIREITO
a) Da Investigação de Paternidade
Com efeito, leciona Cleber Masson, acerca do direito ao reconhecimento da paternidade, ipsis litteris:
Assumir a paternidade ou a maternidade constitui imperativo de ordem moral e dever jurídico. O direito ao registro civil, com a definição do nome dos pais, não apenas configura direito personalíssimo, mas também da personalidade. É um direito inerente à dignidade da pessoa humana, que não pode ser negado sob qualquer fundamento. Se os pais não assumem espontaneamente a paternidade, ao filho assiste o direito de ajuizar ação de investigação de paternidade ou maternidade. (grifo nosso). (Direito de Família, Vol. 5, p.482, 2016).
O Código Civil preceitua:
Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente.
Nesta exata medida, o Estatuto da Criança e Adolescente estabelece que:
Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de justiça. (grifo nosso).
Em consonância com o acatado por lei, é direito do requerente o reconhecimento do estado de filiação. Diante disto requer, desde já, o deferimento da investigação de paternidade e, havendo sua recusa, a decretação de paternidade presumida, nos moldes da Súmula nº. 301 do STJ, que diz:
Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade.
No mesmo diapasão, preconiza o paragrafo único do art. 2-A da lei 8.560/1992, e o art. 232 do CC/2002, in verbis:
Lei 8.560/92. Art. 2-A (...) 
Parágrafo único.  A recusa do réu em se submeter ao exame de código genético - DNA gerará a presunção da paternidade, a ser apreciada em conjunto com o contexto probatório.
CC/2002. Art. 232. A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz poderá suprir a prova que se pretendia obter com o exame.
b) Dos Alimentos
Igualmente, Consigna-se, que a demanda encontra supedâneo na própria Constituição Federal, Art. 229, que dispõe sobre o dever alimentar dos pais, assim como na Codificação Civil em seu Art. 1.694. Vejamos respectivamente: Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
Corroborando este entendimento, aduz Carlos Roberto Gonçalves que: “O direito a alimentos constitui uma modalidade do direito à vida”. (Direito de Família, vol. 6, 11ª ed. p. 351). (grifo nosso).
Logo, o que se põe a crivo deste d. Juízo trata-se de um direito mínimo a substância da criança, portanto, direito à vida, que está sob a guarda materna, medida que desvela a extrema necessidade deste Juízo designar, de pronto, os alimentos provisórios, conforme dicção do Art. 4º da Lei 5.478/68: 
Art. 4º As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.
Além disto, cumpre destacar o que preconiza o art. 300 do NCPC/2015, in verbis:
Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Desta forma, mostra-se a Vossa Excelência de que estando presentes todos os requisitos ensejadores de liminar sendo estes o fumus boni iuris (fumaça do bom direito) e o periculum in mora (perigo decorrente da demora) é justa a determinação da tutela antecipada dos alimentos fixando desde logo o pleiteado.
V - DOS PEDIDOS
À vista das fortes razões expostas nas linhas pretéritas, requer-se:
A concessão da Justiça Gratuita, nos termos do Artigo 98 da Lei n. 13.105/2015, por ser a requerente hipossuficiente, na forma da lei;
A Citação do requerido no endereço elencado ab initio, com a respectiva designação de Audiência de Conciliação (art. 695 CPC de 2015), citando e intimando o requerido para que se manifeste sobre o pleito em questão, conforme determinação legal;
Com o reconhecimento espontâneo da paternidade ou diante de fortes indícios desta, a concessão de liminar fixando os alimentos provisórios fixados em R$ 140,55 (cento e quarenta reais e cinquenta e cinco centavos) à título de alimentos provisórios, equivalente a 15% (quinze por cento) do salario mínimo vigente, a ser pago até o dia 30 de cada mês, sendo depositado na conta xxxx, nos termos do Art Art. 4º da Lei 5.478/68;
Seja finalmente julgado procedente o presente pedido, para condenar o requerido à prestação de ALIMENTOS DEFINITIVOS fixados em R$ 140,55 (cento e quarenta reais e cinquenta e cinco centavos), equivalente a 15% (quinze por cento) do salario mínimo vigente, a ser pago até o dia 30 de cada mês, sendo depositado na conta xxxx.
Seja, por fim, julgado procedente o pedido em sua integralidade com a declaração da paternidade, acrescendo-se ao nome dos requerentes o sobrenome do pai e a expedição do competente mandado de averbação, e a condenação do Requerido ao pagamento de pensão alimentícia devidamente convertida em caráter definitivo;
A intimação do Ilústre representante do Ministério Público Estadual para que atue como Custus Legis, em virtude da presente demanda envolver interesse de menor nos termos do Art. 698 do Código de Processo Civil de 2015;
Condenação do Estado de Sergipe, aos honoráriosadvocatícios, ante a atuação no presente processo, como Defensor Dativo. 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova cabíveis em Direito, desde já requeridas.
Dá-se à causa o valor de R$ 1.686,60 (Mil seiscentos e oitenta e seis reais e sessenta centavos).
Termos em que,
Pede Deferimento.
xxxxxx, 17 de Agosto de 2018.
ADVOGADO
OAB/xx nº

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