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CAPITULO 1 E REFERENCIAS

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1
2. 
Desde os mais remotos tempos onde as pessoas viviam em grandes aglomerados familiares, o cuidado a idosos e incapacitados era incumbência dos mais jovens e aptos para o trabalho, ou seja, é correto afirmar que a proteção social nasceu verdadeiramente, na família. 
	Na antiguidade os povos já se preocupavam com a sua sobrevivência, poupando reservas alimentares, nas épocas de bonança e de fartura, para os dias de desgraça. As técnicas protetivas sociais devem ter pelo menos 4.000 anos. 
	Segundo Fábio Zambitte Ibrahim, acerca dos primeiros sinais de proteção social, 
além da assistência espontânea, surgem na Grécia, sociedade de mútuo, sem intervenção estatal, de origem livre, exigiam contribuições regulares de seus associados e tinham como finalidade a concessão de empréstimos sem juros aos participantes que encontravam-se em casos de situação de necessidade, ou seja, resguardo de todos os casos de infortúnio. Pode-se comparar estas sociedades de mútuo, aos sistemas privados complementares de previdência dos dias de hoje (2003, p. 03). 
	Conforme Horvath Júnior (2004, p. 15), em Roma existiram as associações denominadas “collegia” ou “sodalitia”, destacando-se entre elas os “collegia tenuiorum”, que mediante contribuição de seus associados tinham por escopo assegurar sepultura e as despesas dos funerais dos sócios. 
	Cresce a parcela de responsabilidade do Estado com a assistência aos desprovidos de renda, até que finalmente tem-se a criação de um sistema estatal securitário, coletivo e compulsório. 
	A primeira lei sobre assistência social surge na Inglaterra, pzela Rainha Isabel, no ano de 1601, a denominada Lei dos Pobres (Poor Law Act), que encarregava as paróquias de desenvolver programas para alívio da miséria, tais programas eram financiados através de uma taxa obrigatória criada pela própria lei. 
	Tendo como idealizador o chanceler Otto Von Bismarck, na época do Imperador Guilherme I, surge o primeiro sistema de seguro social na Prússia, atual Alemanha, desenvolvido para ganhar a simpatia dos trabalhadores que recebiam forte influência das ideias socialistas. O sistema foi implantado gradativamente pelo Parlamento entre os anos de 1883 a 1911. Surge na Inglaterra no ano de 1911, ‘National Insurance Act’, onde se tem a criação do sistema de proteção social com caráter contributivo obrigatório. Com tríplice custeio. 
	Segundo Feijó Coimbra (1998, p. 32), no Brasil, nos primeiros tempos, prevaleceu à beneficência, inspirada pela caridade, e é exemplo dela a fundação da Santa Casa de Misericórdia. Já de molde diverso, foram as Irmandades de Ordens Terceiras, surgidas no século XVII, configurando mutualidades. Da assistência pública tem-se noticia inaugural em 1829, com a Lei Orgânica dos Municípios, ao tempo em que outra forma de mutualidade, o Montepio Geral da Economia, surgia em 1835. Do seguro social, tal como muito após se formulou, nos tempos anteriores ao século XX pouco se cogitou. 
O primeiro grande marco no sistema previdenciário brasileiro, entretanto, surgiu com a Lei nº 3.724 de 1919, ao instituir a responsabilidade objetiva do empregador, ou seja, este é plenamente responsável por qualquer dano sofrido pelo trabalhador durante o serviço, independentemente de culpa ou dolo, sendo obrigado em virtude disto a indenizar o empregado (COIMBRA, 1998, p. 32).
	Com a promulgação da Lei nº 4.682, de 24 de janeiro de 1923, conhecida como Lei Eloy Chaves, temos a primeira regra voltada a empregados de empresas privadas, instituindo uma Caixa de Aposentadoria e Pensões junto a cada empresa ferroviária, e tornando seus empregados segurados obrigatórios. Eram previstos os seguintes benefícios: assistência médica, aposentadoria por tempo de serviço e por idade avançada, por invalidez após dez anos de serviço e pensão aos seus dependentes. Em 1926, a Lei nº 5.109 deferiu igual regime de amparo aos empregados de empresas de navegação marítima e fluvial, bem como aos portuários (COMBRA, 1998, p. 34).
	Destaca Horvath (2004, p. 20) que após 1930, com a criação do Ministério do Trabalho, pelo Decreto nº 19.433, com atribuições para assuntos da previdência social, apareceram inúmeros Institutos, amparando não mais os servidores de uma só empresa, porém o pessoal assalariado de determinada categoria profissional, em todo o território nacional. Entre 1930 e 1940, as caixas de pensões transformaram-se em Institutos de Aposentadorias e Pensões, que tinham forma jurídica de autarquia federal (serviço autônomo criado por lei, tendo patrimônio próprio) e função de efetivar o controle financeiro; administrativo e diretivo. Estes institutos agrupavam os trabalhadores (segurados) de acordo com as suas respectivas categorias profissionais, conseguindo ampliar o número de alcançados e uma progressiva homogeneização dos direitos previdenciários. 
	Para Coimbra (1998, p. 35), o ideal de uma previdência social unificada ter-se-ia concretizado em 1945, de vez que nesse ano o Decreto-lei nº 7.526 criara o Instituto de Seguros Sociais do Brasil, absorvendo todas as entidades previdenciárias e, igualmente, os serviços assistenciais já existentes. Mas o governo instaurado em 1946 desinteressou-se de executá-lo, pelo que o diploma permaneceu letra morta.
	A expressão Previdência Social, aparece pela primeira vez junto a Constituição Federal de 1946, desaparecendo a expressão ‘seguro social’, com a determinação de custeio tripartite e a obrigatoriedade da instituição do seguro pelo empregado contra os acidentes de trabalho. O Deputado Aluízio Alves, em 1947, apresentou projeto de lei que previa amparo social de toda a população, sob os moldes diversos, da qual após prolongada tramitação e alongados estudos, em 1960 desencadeou na promulgação da Lei nº 3.807, denominada Lei Orgânica da Previdência Social.
A Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS) proporcionou unidade de tratamento para os chamados ‘segurados’ e ‘dependentes’, mas não unificou os organismos gestores, nem assegurou proteção a toda a população, já que dela se mantiveram excluídos os domésticos e os trabalhadores do campo (COIMBRA, 1998, p. 35).
	A Seguridade Social enquanto sistema foi criado no Brasil pela Constituição de 1988. Até então o que se tinha eram instituições e mecanismos de cunho securitário, em especial previdenciário, porém esparsos e não sistematizados. Tinha o constituinte originário o objetivo de criar um sistema protetivo, até então não existente em nosso país. Pelo novo conceito o Estado seria o responsável pela criação de uma teia de proteção, capaz de atender aos anseios e necessidades de todos na área social. A Previdência enquanto sistema protetivo de caráter contributivo abarca um contingente mais restrito de beneficiários (FORTES, 2005, p. 28).
	No inicio da década de 90, precisamente no ano de 1990, no Governo Collor, através do Programa de Reforma Administrativa, foi extinto o SINPAS, sistema nacional de previdência e assistência social com atribuições de concessão e manutenção de benefícios e prestação de serviços, custeio de atividades e programas, gestão administrativa, financeira e patrimonial, e unificou o Ministério do Trabalho e Previdência Social, ao qual ficaram vinculadas a DATAPREV e o INSS (autarquia federal criada pelo Decreto nº 99.350/90 com base na Lei nº 8.029/90) resultado da fusão do INPS e do IAPAS. Em 1992 uma nova reforma administrativa separou o Ministério do Trabalho e da Previdência Social através da Lei nº 8.422, extinguindo o Ministério do Trabalho e da Previdência Social e cria o Ministério da Previdência Social e o Ministério do Trabalho e da Administração. Em 1998, seguindo as mudanças introduzidas pela Emenda Constitucional nº 20/98 e surge pela legislação ordinária o novo Regulamento da Previdência, aprovado pelo decreto nº 3.048/99, que unificou o regulamento das Leis 8.212/91 e 8.213/91, num diploma único. 
	A história da Previdência Social pode ser dividida em três fases: da formação, da universalização e da consolidação.
O período da formação inicia-se em 1883encerrando-se com o advento da Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918). De grande importância nessa etapa às leis aprovadas na Alemanha por Bismarck e a Encíclica ‘de Rerum Novatorum’ do Papa Leão XIII (1981).
O período da universalização corresponde ao período de expansão geográfica da Previdência Social, tendo como ápice o Tratado de Versalhes de 1919 que criou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) indo até o advento da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945). Neste período é que foram disseminadas as ideias de Previdência Social como seguro social, influenciando as Américas do Sul e do Norte (1935 – Social Security Act – segundo alguns, foi a primeira vez que se utilizou a expressão seguridade social. Os latinos americanos contestam afirmando que quem primeiro utilizou a expressão foi Simão Bolivar) e Ásia.
Em meio a Segunda Guerra Mundial, a necessidade de reconstrução dos países envolvidos e de assegurar-se o mínimo de bem estar social tem início a terceira fase, ou seja, a era da seguridade social. Neste período são marcos fundamentais o plano Beveridge que reestruturou o sistema inglês de previdência, criando o conceito mais abrangente de seguridade social; a Declaração de Santiago de 1942 (Primeira Conferência Interamericana de Seguridade Social, estabelecendo os objetivos e conteúdos da segurança social); Declaração de Filadélfia de 1944 que assentou os princípios e objetivos da OIT; 1948 – Declaração Universal dos Direitos Humanos aprovado pela Assembléia Geral da ONU, entre outros (HORVATH JÚNIOR, 2004, p. 29).
	Na Constituição de 1988, a Seguridade Social representa a Assistência Social, a Saúde e a Previdência Social.
A Seguridade Social, atualmente contemplada na Carta Constitucional Brasileira de 1988 como gênero no qual se abrigam à Saúde, Previdência e Assistência Social, deveria atender aos seguintes princípios: da universalidade da cobertura e do atendimento; uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais, seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; irredutibilidade do valor dos benefícios; equidade na forma de participação no custeio; diversidade da base de financiamento; caráter democrático e descentralizado na administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do governo nos órgãos colegiados (FORTES e PAULSEN, 2005, p. 30).
	Para Fortes e Paulsen (2005, p. 30), uma simples leitura denota que, primeiramente, superou-se em muito a ideia do Estado Social como garantidor de prestações sociais mínimas. A Seguridade Social prevista pelo constituinte de 1988 envolve, seguramente, distribuição de renda, ressalvando seu papel ativo na asseguração de Justiça Social. 
	Segundo Horvath Júnior (2004, p. 91), através da relação jurídica previdenciária é possível o amparo dos benefícios (segurados e dependentes) quando estes se deparam com eventos previamente selecionados que os coloquem numa situação de necessidade social em virtude da impossibilidade de obtenção de sua própria subsistência ou do aumento das despesas. 
	A autarquia previdenciária integra o polo passivo, como prestadora de benefícios e serviços; já o polo passivo é integrado pelos segurados e dependentes, beneficiários destas prestações, sendo sempre pessoas físicas. 
Segurados são aqueles que se vinculam diretamente ao Regime Geral de Previdência Social, ou porque exercem atividade que, obrigatoriamente os situa nesta posição, ou porque, voluntariamente, vertem contribuições ao sistema para que adquira esta condição. Seu vínculo com a Previdência Social é, portanto, direto. Dependentes são aqueles que se vinculam ao Regime Geral de Previdência Social de forma indireta, tendo em conta a natureza de sua relação com os segurados. Desta forma, somente são beneficiários enquanto aqueles dos quais dependem (os segurados) mantiverem hígido seu vínculo previdenciário; rompido este, também se desfaz a relação dos dependentes para com a Previdência (FORTES e PAULSEN, 2005, p. 57).
	Segundo Fortes e Paulsen (2005, p. 57), a espécie de beneficiários denominada segurados, divide-se em duas subespécies, conforme a natureza do fato jurídico que estabelece seu vínculo com o Regime Geral de Previdência Social: segurados obrigatórios e segurados facultativos.
	Horvath (2004, p. 100), conceitua os segurados obrigatórios, como aqueles que exercem qualquer tipo de atividade remunerada, de natureza urbana ou rural, abrangida pelo RGPS, de forma efetiva ou eventual, com ou sem vínculo empregatício. 
	Segundo Fortes e Paulsen (2005, p. 58), o elenco dos segurados obrigatórios encontra-se tanto na Lei 8.212/91 (art. 12) quanto na Lei 8.213/91 (art. 11). Antigamente, a legislação previdenciária distinguia 7 classes de segurados obrigatórios (empregados, empregados doméstico, trabalhadores autônomos, equiparados a autônomos, avulsos e segurados especiais), com advento da Lei 9.876/99, porém, os empresários e os autônomos foram reunidos em uma única classe, a dos contribuintes individuais. Hoje, portanto, são eles: os empregados; os empregados domésticos; os contribuintes individuais; os trabalhadores avulsos e os segurados especiais. 
	Fortes e Paulsen (2005, p. 76), conceitua como dependentes os beneficiários do Regime de Previdência Social aqueles que com vínculo indireto, porquanto da existência de um prévio vínculo com os segurados, são aqueles que mantém uma relação de dependência com os segurados do Regime Geral da Previdência Social que, dado seu caráter protetivo também da família, os abarca em seu rol de beneficiários.
	Segundo Horvath Júnior (2004, p. 113), para o Direito Previdenciário é relevante à dependência econômica, sendo dependente econômico alguém que viva às expensas do segurado. A legislação previdenciária trata de dependentes presumidos e comprovados. Os dependentes presumidos são aqueles que não precisam demonstrar dependência econômica, apenas o liame jurídico entre eles e o segurado. Já os dependentes comprovados são aqueles que devem provar que vivem as expensas do segurado. 
	Horvath Júnior (2004, p. 121) conceitua filiação como a relação jurídica estabelecida entre o segurado e o órgão previdenciário; é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para o Regime Geral da Previdência Social – RGPS, decorrendo deste vínculo direito a obrigações entre o segurado e a entidade gestora da previdência social. 
	Ainda, sobre a filiação, Fortes e Paulsen (2005, p. 85) lembram que para os contribuintes individuais, tão somente a filiação operada pelo exercício da respectiva atividade profissional não é o suficiente para que possam fazer jus aos benefícios previdenciários, sendo também necessário que recolha as respectivas contribuições. O exercício da atividade laborativa faz nascer, diretamente, o vínculo obrigacional contributivo, porém vínculo previdenciário propriamente dito, protetivo, com direito de acesso às prestações do sistema (benefícios e serviços) somente se perfectibiliza na medida e que o segurado vier a pagar as contribuições. Tal decorre do fato de que, para tal classe, a incumbência de recolhimento de contribuições previdenciárias é própria e não de terceiros. 
	Segundo Horvath Júnior (2004, p. 122), inscrição é o ato material de filiação promovido pelo segurado. É o ato pelo qual o segurado é cadastrado no Regime Geral de Previdência Social, mediante comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua caracterização. O mesmo distingue filiação de inscrição, dizendo que embora a filiação, em geral, represente fato pertencente ao mundo material – o trabalho remunerado – sucede independentemente da vontade do filiado. A inscrição, materializada na documentação, é ato formal, promovido pelo beneficiário. A filiação acontece no mundo fático, enquanto a inscrição opera-se formalmente. 
	No entender de Coimbra (1998, p. 111), tão relevante é, para a existência da relação de vinculação, como dos direitos do beneficiário, deladerivados, a situação fática descrita na lei, que ela, uma vez abolida, apagada, tornada inexistente, acarreta o desfazimento da referida relação, faz desaparecer o status de beneficiário, determina o perecimento do direito às prestações, ressalvados alguns casos em que a lei, aqui e ali, determina a persistência dos efeitos da relação jurídica, para manter a proteção ao cidadão. No regime do RGPS, afastamento da atividade vinculativa, por mais de 12 meses, tem como efeito a perda da qualidade de segurado. 
	Conceituado no caput do art. 24 da Lei 8.212/91, carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, considerada a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de sua competência. 
	Para Coimbra (1998, p. 143), carência são prazos que o legislador estabeleceu, para a aquisição do direito à prestação, contados do ingresso do segurado no regime vinculado a uma instituição, ou seja, lapso de tempo durante o qual os beneficiários não têm direito a determinadas prestações, em razão de não haver o segurado completado o mínimo de contribuições mensais exigido para esse fim.
Fortes e Paulsen (2005, p. 89) entendem carência como o número mínimo de prestações que um segurado deve ostentar para fazer jus a uma prestação previdenciária.
	Coimbra (1998, p. 143) ainda, explica que, certas prestações, contudo, pela natureza do risco a que se referem, tornam indispensável qualquer cautela contra a possível fraude e repelem, por outro lado, a possibilidade de exigência de períodos de vinculação. É o caso das prestações previstas no art. 26 da Lei nº 8. 213/91.
	Fortes e Paulsen (2005, p.106), classificam os benefícios previdenciários consoante o evento determinante de sua concessão, seu fator gerador ou hipótese de incidência. Têm-se, nesta linha, os benefícios concedidos em face da existência de incapacidade laborativa, os que se destinam à proteção da família, em face da perda de renda, os que se destinam à proteção da família, em face da perda de renda, os que se destinam à proteção da maternidade e infância, o benefício etário e, por fim, os benefícios que são concedidos em face do tempo de serviço ou contribuição.
	Após verificarmos acerca da evolução no sistema da seguridade social mundial e brasileira, a evolução da previdência social no direito brasileiro, princípios e conceitos, o instituto digno de nossa atenção é a responsabilidade civil. 
	
REFERÊNCIAS
BRASIL. Projeto de Lei 228. Dispõe sobre a concessão de aposentadoria especial ao trabalhador na construção civil. Brasília, DF: Senado Federal, 2011.
______Decreto n. 4.827, de 03 de setembro de 2003. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil, Brasília, DF, 04 set. 2003. Disponível em: <http://www010.dataprev.gov.br>. Acesso em 21 mai. 2014.
______Decreto n. 2.782, de 29 de maio de 1998. Altera o Regulamento da Previdência Social. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil, Brasília, DF, 30 mai. 1998. Disponível em: <http://www010.dataprev.gov.br>. Acesso em 21 mai. 2014.
______Decreto n. 357, de 07 de dezembro de 1991. Aprova o Regulamento dos Benefícios da Previdência Social. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil, Brasília, DF, 08 dez. 1991. Disponível em: <http://www010.dataprev.gov.br>.Acesso em 21 mai. 2014.
______Decreto 87.374, de 08 de julho de 1982. Altera dispositivos do Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 83.080, de 24 de janeiro de 1979 (revogado). Disponível em: <http://www010.dataprev.gov.br>. Acesso em 20 mai. 2014.
______Decreto 48.959-A, de 19 de setembro de 1960. Dispõe sobre aprovação do Regulamento Geral da Previdência Social (revogado). Disponível em: <http://www010.dataprev.gov.br>. Acesso em 20 mai. 2014.
______Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil, Brasília, DF, 25 jul. 1991. Disponível em: <http://www010.dataprev.gov.br>.Acesso em 21 mai. 2014.
______Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960, e alterações posteriores. Dispõe sobre a Consolidação das Leis da Previdência Social e dá outras Providências. Disponível em: <http://www010.dataprev.gov.br>. Acesso em 20 mai. 2014.
COIMBRA, Feijó. Direito Previdenciário Brasileiro, Rio de Janeiro: Editora dos Trabalhadores, 9 ed. ,1998.
FERNANDES, Aníbal. Problemas Cruciais da Previdência Social Urbana,trabalho apresentado no I Congresso dos Trabalhadores Urbanitários do Estado de São Paulo,1978.
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_________Direito Adquirido na Previdência Social. São Paulo: Editora LTr, 2000.
_________Princípios de Direito Previdenciário. 3ª ed. São Paulo: Editora LTr, 1995.
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