Aplicativos para TV Digital

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CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DE TERESINA – CEUT
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E JURÍDICAS DE TERESINA
COORDENADORIA DO CURSOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
HABILITAÇÃO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNALISMO
- TRABALHO DE TECNOLOGIA DA COMUNICAÇÃO
PROFESSORA – SAMMARA JERICÓ
DENISON DUARTE
“Aplicativos para TV Digital Integrada”
TERESINA (PI)
2013.1
APLICATIVOS PARA TV DIGITAL INTERATIVA
Acompanhar os padrões oferecidos em serviços e recursos com o advento da
evolução tecnológica tem sido um desafio não somente para usuários dos equipamentos
produzidos ao longo dos anos, dispostos em vitrines, como também para as empresas
que disponibilizam esses recursos e visam sustentar um padrão de desenvolvimento em
serviços com qualidade assegurada. 
No mercado competitivo, empresas do ramo tecnológico ostentam conquistar a
preferência de um público, cujo nível de exigência se renova dia a dia. O resultado se
torna visível na complexidade desses recursos que, por outro lado, requerem usuários
cada vez mais capazes de desafiar e superar o que é proposto pelo mercado tecnológico.
A cada passo dessa evolução a novidade disponibilizada é projetada em distintas
plataformas, a exemplo das tecnologias destinadas a celulares, computadores, internet, e,
de forma específica, à TV, que foi anunciada em 1944 pela revista “Seleções do Reader’s
Digest” com a seguinte publicação “A eletrônica trará a televisão ao nosso lar”. Ela (a TV),
pelo pioneirismo, carrega consigo um histórico de utilidades e evolução desde o seu
lançamento, em setembro de 1950. Diversos problemas foram enfrentados por não haver
programação definida e existir escassez de aparelhos de televisão. Vale considerar que
houve um começo histórico para um futuro tecnologicamente promissor, sem limite em
inovações. O seu primeiro recurso audiovisual lançado para o Brasil foi o teste da “RCA”,
conhecido por imagem de prova “Cabeça de índio”. Por não haver recursos de gravações,
sua programação, além de improvisada, era ao vivo. Esse momento considerado mágico
para a televisão brasileira possibilitou, além de um avanço em sistemas de transmissão
uma acentuada evolução em design. Tanto o formato da TV quanto a maneira de fazer TV
constituíram-se, a partir de então, em possibilidades de inovar continuamente até a
chegada do mais moderno sistema de transmissão de televisão, a TV Digital, que, além
da alta definição de imagem, já agrega timidamente serviços em níveis diversos e
avançados, fruto da junção de aplicativos que compõem a convergência tecnológica por
meio de aplicativos específicos.
Da transmissão analógica à TV Digital
De 1950 a 2013 os padrões de tecnologia em imagem, transmissão e em formatos
físicos ganharam comparativamente dimensões relevantes. Os primeiros aparelhos de TV
em cores tinham custos elevados e seus usuários já agregavam à satisfação, no início,
um contínuo desejo de melhoria baseando-se no que já se considerava um grande passo
em tecnologia para a época. Aos poucos foram surgindo os aparelhos de TV em cores,
cuja tecnologia de transmissão estava disponível apenas durante algumas horas por dia,
mais precisamente à noite. Oficialmente, em 1971, por determinação do governo
brasileiro, um percentual mínimo da programação foi definido para transmissão em cores,
passando a programação a ser transmitida integralmente a partir de março do mesmo
ano.
A crescente expectativa acerca da evolução da televisão passou a girar em torno
de uma transmissão com mais qualidade, isso inclui áudio e vídeo, o que,
consequentemente, não exclui a modernização dos aparelhos de TV. Nessa fase de
evolução os de tubo passaram a ser obsoletas e abriram espaço para os de LCD, Plasma
ou LED com resolução em HD ou FULL HD. 
A cada novo padrão de transmissão de sinal de TV há necessariamente um novo
padrão de recepção. O sistema de transmissão sucessor à tecnologia VHF, a rede UHF,
inaugurada em 1980, exigia conversores para recepção do sinal, pois os aparelhos não
tinham sintonia para a tecnologia transmitida. De forma semelhante, com a chegada da
TV Digital, nem todos os aparelhos sintonizam o sinal, devendo, portanto, ser instalado
um receptor conversor.
A nova modalidade de transmissão é o primeiro passo para uma TV digital
interativa (TVDI). Basicamente constitui-se de multiplataformas de TV que, segundo o
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), levarão o usuário
a um novo ambiente virtual com acesso a serviços por meio de aplicativos que prometem
fazer do aparelho de TV mais do que um equipamento para assistir programações. No
novo formato o Centro de Pesquisa afirma que haverá linguagens totalmente diferentes,
mais amigáveis e fáceis de usar.
1De acordo com o CPqD os Projetos de Serviços Multiplataforma de TV Interativa
foram concluídos em junho de 2012 com o apoio do FUNTTEL e do Ministério das
Comunicações. Como resultado, o CPqD, aponta um conjunto completo de serviços
interativos multiplataforma baseados em receptores de TV com a utilização de terminais
de usuário como: governo eletrônico pela TV (t-gov), acesso a conteúdos sob demanda
(t-CoD), comércio eletrônico (t-commerce), educação a distância pela TVI (t-learning) e
jogos (t-games). A partir desse ponto, empresas como a Totvs e a CPqD, passaram a
desenvolver plataformas para aplicativos voltadas à TV digital. Com isso, o 2CPqD
assegura ter desenvolvido um sistema de multiplexação de sinais com tecnologia
1 Disponível em: http://www.cpqd.com.br/imprensa-e-eventos/fatos/388-fatos-203/6669-oracle-premia-projeto-de-
servico-multiplataforma-de-tv-digital-interativa-com-suporte-a-linguagem-java.html
2 Disponível em: http://www.cpqd.com.br/imprensa-e-eventos/fatos/163-fatos-157/859-cpqd-desenvolve-plataforma-
de-tv-digital-de-baixo-custo-para-pequenas-emissoras.html
brasileira. Segundo o Centro, haverá controle e administração da plataforma, e um editor
de guia eletrônico de programação. “A plataforma é composta por módulos de software
em conjunto com placas comerciais, integrados sob uma plataforma computacional de
uso comum.” 
O advento, apesar da chegada tímida ao Brasil, marca uma nova era, um novo
tempo e, segundo o diretor de Tecnologias e Serviços do CPQD, Juliano Castilho, 3 a
adoção dessa plataforma para TV digital deverá contribuir para o surgimento de
novas emissoras e programadoras, operando no formato digital estabelecido pelo Sistema
Brasileiro de Televisão Digital”. 
O padrão de televisão digital adotado no Brasil é o ISDB-TB, uma adaptação do ISDB-
T(Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial), padrão japonês acrescido de
tecnologias desenvolvidas nas pesquisas das universidades brasileiras. Tão logo o
telespectador poderá marcar consultas médicas, obter informações sobre aposentadoria
junto ao INSS, procurar empregos, e também, pagar contas, realizar conversas por meio
de chats e fazer compras.
Um gadget para equipamentos da Apple, compatível com o Sistema Brasileiro de
TV Digital Interativa já está disponível no mercado, o Tivizen. A empresa afirma que “ele
permite a captura da TV Digital Brasileira e pode ser utilizado por usuários de iPhone,
iPad e iPod Touch bastando apenas a instalação, que pode ser feita por meio do App
Store do aparelho”. 
A TV Digital Interativa (TVDI)
De acordo com o site convergenciadigital.uol.com.br, a partir de 2013, 75% dos
aparelhos de TV produzidos no Brasil, do tipo Smart TV ou TV inteligente, já estão saindo
de fábrica com o middleware Ginga, que permite a interatividade na TV Digital. Ginga,
para o padrão de TV Digital brasileira, é a tecnologia que levará ao cidadãomeios para
que obtenha acesso à informação, educação à distância e serviços sociais apenas
usando sua TV. Essa plataforma, de acordo com o site, permite o desenvolvimento de
aplicações interativas para a TV Digital por meio do Ginga Brasil, camada de software
intermediário (middleware - código das aplicações e a infraestrutura de execução). A nova
plataforma, considerada a especificação de middleware mais avançada e adequada à
realidade do país, reúne um conjunto de tecnologias e inovações brasileiras. O
investimento será de R$ 5 milhões para 2013 em capacitação de profissionais, criação e
difusão de aplicativos de interatividade e de infraestrutura para o compartilhamento de
3 Disponível em: http://www.cpqd.com.br/imprensa-e-eventos/fatos/163-fatos-157/859-cpqd-desenvolve-plataforma-
de-tv-digital-de-baixo-custo-para-pequenas-emissoras.html
conteúdos. 
Dos vários, alguns aplicativos
Entre outras plataformas que disputarão o mercado mundial existem a OpenTV,
para transmissão via cabo; e Amino, para transmissão via IP.
Novos polos em telecomunicações e tecnologia da informação, a exemplo do 
CPqD, estão oportunizando o surgimento de softwares para Televisão Digital Interativa no 
Brasil e no mundo. Dentre os já existentes no mercado nacional, que irão operar nas 
plataformas, vale conferir alguns:
T-CoD – Conteúdo Sob Demanda
Como educador, receba suporte em sala de aula e torne as aulas mais interativas e
mais atrativas com esta ferramenta desenvolvida pelo CPqD. A empresa promete um 
ambiente de distribuição de conteúdos multimídia que também possibilita análises de 
materiais e acompanhamento do seu uso na escola.
T-Gov – Governo Eletrônico
Três aplicações, voltadas para serviços de governo eletrônico, compõem a base do
novo sistema, dentre elas: IncluaSaúde, com agendamento de consultas médicas e dicas
de saúde para a população; o ProcuraEmprego, para divulgação de oportunidades de 
emprego em todo o País; e também o PrevidênciaFácil, com informações previdenciárias 
aos beneficiários do INSS. Conforme o CPqD as aplicações do T-Gov têm características 
bem definidas conforme descritas abaixo:
– PrevidênciaFácil: visualize informações e documentos necessários para a 
aposentadoria por idade, tempo de serviço e invalidez da Previdência Social por
meio de uma linguagem e imagens adequadas e acessíveis no ambiente da TV.
– ProcuraEmprego: busque uma vaga de emprego no País. Segundo o CPqD 
isto é possível, por meio de um mapa geográfico, navegue pelas regiões Norte, 
Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul até obter uma lista de profissões com 
vagas disponíveis. Obtenha, após selecionar a profissão, informações como 
cidade, empresa e/ou filial que oferece a vaga, requisitos necessários 
(formação acadêmica, tempo de experiência), além de informações de contato.
– IncluaSaúde: no Sistema Único de Saúde(SUS) marque consultas em 
estabelecimentos de saúde utilizando o controle remoto do aparelho da TV 
digital interativa.
T-Commerce – Comércio Virtual Interativo
Compre e/ou venda produtos, a partir do aparelho de TV, com essa ferramenta 
desenvolvida pelo CPqD. 
T-learning – Educação à distância
Alfabetize crianças por meio deste aplicativo criado pelo CpqD, voltado ao Ensino à
Distância. De acordo com a empresa, o aluno é levado a aprender a ler e a escrever por 
meio de estímulos, cujas atividades são utilizadas em ordem crescente de complexidade.
T-Games – Jogos
4Segundo o CPqD, a aplicação, produzida com regras simples e fáceis de 
aprender, será acessada por meio de um portal que dará acesso, na tela, a diversas 
aplicações como Damas, Cobrinha, Campo Minado, Fantasmas e Memória -, com regras 
fáceis e adequados ao uso em TV, pelo controle remoto.
- Chat (bate papo) 
 Troque mensagens instantâneas por meio da TV interativa com este aplicativo. O 
CPqD afirma que é possível criar um perfil com apelido e foto, gerenciando a lista de 
amigos e enviando convites para outros amigos fazerem parte da sua lista.
- Clima
 Receba informações sobre o tempo e as temperaturas (máxima e mínima) da sua 
cidade ou de qualquer outro lugar no mundo por meio deste aplicativo.
4 Disponível em http://www.cpqd.com.br/pad-e-inovacao/269-servicos-aplicacoes-terminais-e-inclusao-digital/5692-
resultados-obtidos-no-projeto-servicos-multiplataforma-de-tv-interativa.html
CONCLUSÃO
O texto descreveu de forma sucinta a evolução da Televisão no Brasil e dos 
avanços tecnológicos relacionados aos sistemas de transmissão e recepção de sinais de 
áudio e vídeo. Para fins de conclusão do referido trabalho foi considerada utilidade dos 
componentes básicos da TV Digital Interativa, a partir de aplicações desenvolvidas para a 
plataforma Ginga e para o sistema CPqD, que permite a execução de módulos de 
softwares em conjunto com placas comerciais de baixo custo.
No Brasil, as transmissões de TV Digital começaram em dezembro de 2007 e, 
atualmente, todos os canais abertos já transmitem o sinal digital em diversas cidades 
brasileiras. Como advento dessa evolução está a TV Interativa, que permitirá, além de 
outras vantagens, fazer compras, realizar transações bancárias como num terminal de 
banco, fazer consultas e procedimentos previdenciários.
Conclui-se, assim, que a TV digital com o seu conjunto de recursos e 
serviços será caracterizada para o usuário final como uma nova maneira de assistir TV. 
Tudo por conta das vantagens que começam a oferecer em relação à TV analógica.
BIBLIOGRAFIA
A televisão no Brasil, disponível em:
http://www.televisoresantigos.com.br/apresentacao.htm
TV digital: poderosa plataforma para serviços eletrônicos, Disponível em:
http://www.cpqd.com.br/highlights/146-tv-digital-poderosa-plataforma-para-servicos-
eletronicos.html
CPqD desenvolve plataforma de TV digital de baixo custo para pequenas emissoras, 
Disponível em:
http://www.cpqd.com.br/imprensa-e-eventos/fatos/163-fatos-157/859-cpqd-desenvolve-
plataforma-de-tv-digital-de-baixo-custo-para-pequenas-emissoras.html
TV digital: Argentina 'rouba' mercado brasileiro na AL
Disponível em:http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?
infoid=29618&sid=8#.UY_MaEBDu-Q
Gadgets da Apple agora podem capturar TV Digital Brasileira, Disponível em:
http://www.mobilidadetudo.com/category/tv-digital-e-ginga/page/4
Portal do Software Público, Disponível em: 
http://www.softwarepublico.gov.br/ver-comunidade?community_id=1101545