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ROTEIRO OSTEOLOGIA

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Profª Rafaela Magalhães Barros Página 1 de 62 
UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALDO CENTRAL 
FACULDADES INTEGRADAS DA UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALTO CENTRAL - FACIPLAC 
Curso de Medicina Veterinária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gama-DF 
 
 
 
APOSTILA DE 
ANATOMIA 
VETERINÁRIA I 
PRIMEIRO BIMESTRE 
 
 
 
 
Profª Rafaela Magalhães Barros Página 2 de 62 
UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALDO CENTRAL 
FACULDADES INTEGRADAS DA UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALTO CENTRAL - FACIPLAC 
Curso de Medicina Veterinária 
 
Introdução ao Estudo da Anatomia Animal 
 
 
1 INTRODUÇÃO À ANATOMIA DOS ANIMAIS DOMÈSTICOS 
1) identificar as parte do corpo dos animais (cabeça; pescoço; tronco – tórax, abdome e pelve; membros 
– torácicos e pélvicos; e cauda) 
2) identificar a posição anatômica (animal de pé – 4 membros estendidos e apoiados no solo; pescoço 
formando ângulo de aproximadamente 145º com o dorso; e cabeça ereta – olhos na linha do horizonte e 
narinas voltadas para frente) 
3) identifique os planos de delimitação (cranial, caudal, dorsal, ventral, lateral direito e lateral esquerdo) 
4) identifique os planos de secção (sagital – PSM; transversal e frontal ou horizontal) 
5) identifique os eixos (sagital, longitudinal e transversal) 
6) identifique os termos de posição e direção: mediano, medial, lateral e intermédio 
7) identifique os termos de posição e direção: dorsal, ventral e médio 
8) identifique os termos de posição e direção: cranial, caudal, médio e rostral 
9) identifique os termos de posição e direção: axial e abaxial 
10) identifique os termos de posição e direção: superior e inferior 
11) identifique os termos de posição e direção: externo e interno 
12) identifique os termos de posição e direção: superficial e profundo 
13) identifique os termos de posição e direção: palmar e plantar 
14) identifique os termos de posição e direção: proximal, distal e médio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Rafaela Magalhães Barros Página 3 de 62 
UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALDO CENTRAL 
FACULDADES INTEGRADAS DA UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALTO CENTRAL - FACIPLAC 
Curso de Medicina Veterinária 
 
OSTEOLOGIA 
 
1 OSTEOLOGIA EM GERAL 
 
 identifique as divisões do esqueleto: axial (crânio, coluna vertebral, costelas, cartilagens costais e esterno); 
apendicular (ossos dos membros torácicos e pélvicos); e esplâncnico (hióide das aves, peniano do cão e 
cardíaco do bovino) 
 identifique exemplos de ossos: longos, curtos, planos, irregular e pneumático 
 identifique em um osso longo: epífise proximal, epífise distal, diáfise, cartilagem epifisária, metáfise 
proximal, metáfise distal, osso compacto, osso esponjoso, periósteo, endósteo, cavidade medular, medula 
óssea, forame nutrício, cartilagem articular 
 identifique os seguintes ossos da coluna vertebral: vértebras cervicais (identifique especificamente as duas 
primeiras: osso atlas e osso áxis), vértebras torácicas, vértebras lombares, vértebras sacrais (osso sacro) 
e vértebras caudais 
 identifique: costelas, cartilagens costais e osso esterno (esternébras) 
 identifique os seguintes ossos do membro torácico: cintura escapular (ombro) – osso escápula e atenção 
para presença do osso clavícula nos carnívoros (osso rudimentar situado no interior do músculo 
braquiocefálico; braço – osso úmero; antebraço – osso rádio e ulna; e mão – ossos carpo, metacarpo, 
sesamóides proximais e distais e falanges proximal, média e distal 
 identifique os seguintes ossos do membro pélvico: cintura pélvico (osso coxal) – ossos ílio, ísquio e púbis; 
coxa – osso fêmur e osso patela; perna – ossos fíbula e tíbia; e pé – ossos do tarso, metatarso, 
sesamóides proximais e distais e falanges proximal, média e distal. 
 identifique os seguintes ossos do crânio: frontal, nasal, incisivo, maxilar, mandibular, lacrimal, zigomático, 
temporal, occipital, parietal, esfenóide, vômer, pterigóide, etmóide, palatino, hióide e rostral (sui.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
Profª. MSc. Rafaela Magalhães Barros Página 4 de 62 
AULA PRÁTICA – ESTUDO DOS OSSOS DO MEMBRO TORÁCICO 
 
1 OSSO ESCÁPULA 
 
 osso plano de contorno triangular que compõem a cintura do membro torácico. 
 apresenta duas faces: lateral (voltada para o plano de delimitação lateral); e medial (voltada para o plano sagital 
mediano). 
 apresenta três bordas: cranial (A) – limite do osso voltado para o pescoço; caudal (B) – limite do osso voltado para o 
abdome; e dorsal (C) – limite do osso voltado para a coluna vertebral. 
 apresenta três ângulos: cranial (D) – ponto de encontro das bordas cranial e dorsal, caudal (E) – ponto encontro das 
bordas caudal e dorsal; e ventral (F) – corresponde a extremidade distal do osso. 
 face lateral apresenta uma elevação óssea alongada longitudinal, a espinha da escápula (1). 
 a espinha da escapula divide a face lateral da escápula em duas fossas: fossa supra-espinhal (2) – situada 
cranialmente à espinha (aloja o M. supra espinhal); e fossa infra-espinhal (3) – situada caudalmente à espinha (aloja o 
M. infra-espinhal). 
 ao nível do terço médio da espinha da escápula encontra-se uma área rugosa, o túber da espinha da escápula (4) 
 a extremidade distal da espinha da escápula é saliente e ponteaguda, e corresponde ao acrômio da espinha da 
escápula (5) – local de origem da parte acromial do M. deltoide. 
 a face medial da escápula apresenta uma área proximal rugosa, a face serrátil (6) – local de origem do M. serrátil 
ventral; e uma escavação que ocupa quase toda a sua extensão, a fossa subescapular (7) – ocupada pelo M. 
subescapular. 
 o ângulo ventral da escápula apresenta um escavação, a cavidade glenóide (8). 
 na borda cranial, ao nível do ângulo ventral e dorsalmente à cavidade glenóide, encontra-se uma eminência óssea, o 
tubérculo supra-glenoidal (9) – local de origem do M. bíceps braquial. 
 medialmente, no tubérculo supra-glenoidal destaca-se uma pequena eminência óssea, o processo coracóide (10) – 
local de origem do M. coracobraquial. 
 a borda cranial da escápula apresenta no seu terço médio um recorte (incisura) dorsal ao tubérculo supra-glenoidal 
denominado de incisura da escápula (11). 
 colo da escápula (12) porção estreitada da escápula dorsal ao ângulo ventral. 
 a borda dorsal da escápula é ocupada por lâmina de cartilagem, a cartilagem da escápula (13). 
 em geral, na face medial em sua porção distal próximo a borda caudal encontra-se um orifício, o forame nutrício 
 pode ser subdividido em: terço proximal, terço médio e terço distal 
 
 
OBSERVAÇÃO: a numeração adotada acima está conforme apresentado nas FIGURAS 1 e 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
Profª. MSc. Rafaela Magalhães Barros Página 5 de 62 
 
 
 
FIGURA 1 - Face lateral esquerda do osso escápula de um bovino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. BeloHorizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
Profª. MSc. Rafaela Magalhães Barros Página 6 de 62 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 2 – Face medial esquerda do osso escápula de um bovino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
Profª. MSc. Rafaela Magalhães Barros Página 7 de 62 
 
2 OSSO ÚMERO 
 
 osso longo que compõem o esqueleto do braço. 
 apresenta quatro faces: cranial, caudal, lateral (A), e medial (B). 
 pode ser subdividido em: terço proximal (C), terço médio (D), e terço distal (E). 
 a extremidade proximal inclui a: cabeça do úmero (1) – elevação esférica achatada situada caudomedialmente, colo do 
úmero (2) – visível caudalmente, apresentando-se como uma linha que marca a transição da cabeça e tubérculos com 
o corpo, tubérculo maior (3) – elevação (massa) óssea proeminente disposta lateralmente, e tubérculo menor (4) – 
elevação óssea menor disposta medialmente na extremidade proximal e situado cranialmente à cabeça. 
 entre os dois tubérculos existe uma escavação, denominada de sulco intertubercular (5) – aloja o tendão do M. bíceps 
braquial. 
 na extremidade proximal da face cranial do úmero há um elevação óssea que se projeta em direção mediocranial á 
face cranial tubérculo maior, a crista do tubérculo maior (6). 
 na face lateral, logo distalmente ao tubérculo maior, encontra-se uma área rugosa, a face do músculo infra-espinhal (7) 
– local de inserção do M. infra-espinhal. 
 a parte média do úmero corresponde ao corpo do úmero (8). 
 na face cranial do corpo do úmero, observa-se a crista do úmero (9) – elevação afilada de sentido lateromedial que se 
inicia na porção proximal do corpo e termina na fossa radial. 
 a porção inicial da crista do úmero apresenta uma área rugosa, a tuberosidade deltóide (10) – local de inserção do M. 
deltoide. 
 a face lateral do corpo do úmero é quase que exclusivamente ocupada por uma depressão larga de contorno espiral 
denominada de sulco braquial (11) – aloja o M. braquial. 
 a porção média da face medial do corpo do úmero, apresenta uma rugosa, a tuberosidade redonda maior (12) – local 
de inserção do Mm. redondo maior e grande dorsal. 
 a extremidade distal do úmero, recebe denominação de côndilo do úmero (13). 
 o côndilo do úmero é composto pelo: capítulo (14) – superfície articular lateral estreita; tróclea (15) – superfície 
articular medial e mais larga que o capítulo; fossa radial (16) escavação situada na face cranial; e fossa do olécrano 
(17) – escavação situada na face caudal mais profunda que a radial que aloja o olecrano (acidente ósseo do osso 
ulna). 
 ao nível do côndilo (extremidade distal), em suas faces lateral e medial, verifica-se a presença de duas eminências 
rugosas não articulares, o epicôndilo lateral (18) – lateral e mais proeminente que o medial (local de origem dos Mm. 
extensores do carpo e dos dedos); e o epicôndilo medial (19) – medial e menor que o lateral (local de origem dos Mm. 
flexores do carpo e dos dedos). 
 ao nível do terço médio encontra-se o forame nutrício. 
 
OBSERVAÇÃO: a numeração adotada acima está conforme apresentado nas FIGURAS 3 e 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
Profª. MSc. Rafaela Magalhães Barros Página 8 de 62 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 3 – Vista caudal do osso úmero esquerdo de bovino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
Profª. MSc. Rafaela Magalhães Barros Página 9 de 62 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 4 – Vista cranial do osso úmero esquerdo de bovino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
Profª. MSc. Rafaela Magalhães Barros Página 10 de 62 
 
3 OSSOS RÁDIO E ULNA 
 
 são ossos longos que compõem o esqueleto do antebraço 
 
3.1 Osso Rádio 
 
 osso mais volumoso e cranial dos ossos do antebraço 
 apresenta duas faces: cranial (A) e caudal ( I ) 
 pode ser subdividido em: terço proximal (D), terço médio (E) e terço distal (F) 
 a extremidade proximal é denominada de cabeça do rádio (1) 
 marcando a transição entre a cabeça do rádio e o corpo do rádio (2) – parte média do osso, temos o colo do rádio (3) 
 ao nível da cabeça do rádio se encontra a face articular para o úmero (capítulo e tróclea do úmero) – a face articular 
para o úmero é marcada por duas pequenas cavidades separadas por uma escavação não articular, a fóvea da 
cabeça do rádio (4) 
 na porção craniomedial do colo do rádio encontra-se uma área rugosa saliente denominada de tuberosidade do rádio 
(5) – local de inserção do M. bíceps braquial 
 a extremidade distal do rádio é denominada de tróclea do rádio (6), a qual apresenta face articular cárpica (7) – face 
articular para os ossos cárpicos 
 ao nível da tróclea do rádio, medialmente, encontra-se um prolongamento denominado de processo estilóide do 
rádio(8) 
 ao nível da tróclea do rádio em sua face cranial encontra-se dois sulcos rasos limitados por três cristas, sendo que o 
sulco lateral aloja os tendões do Mm. extensor do dedo III e extensor comum dos dedos, e o sulco medial aloja o 
tendão do M. extensor radial do carpo 
 
 
3.2 Osso Ulna 
 
 osso menos volumoso e caudal dos ossos do antebraço 
 pode ser subdividido em: terço proximal (J), terço médio (K) e terço distal (L) 
 a extremidade proximal compreende: o olécrano (9) – porção do osso ulna que se projeta em sentido proximal e 
caudalmente, cuja extremidade proximal apresenta uma área rugosa, o túber do olécrano (10) – local de inserção do 
M. tríceps braquial; a incisura troclear (11) – escavação proximal com formato semilunar na face cranial para 
articulação com a tróclea do úmero; 
 extremidade proximal da incisura troclear apresenta uma projeção óssea pontiaguda, o processo ancôneo (13) 
 a extremidade distal da incisura troclear apresenta duas projeções ósseas: lateralmente (processo coronóide lateral – 
14) e medialmente (processo coronóide medial – 15) 
 o terço médio do osso ulna corresponde ao corpo da ulna (16) 
 o corpo da ulna apresenta fundido ao osso rádio exceto em dois pontos, os espaços interósseos antebraquiais 
proximal (17) distal (18) 
 a extremidade distal do osso ulna é denominada de cabeça da ulna (19) a qual apresenta uma projeção óssea em 
sentido distal, o processo estilóide da ulna (20), que se articula com o osso ulnardo carpo 
 
OBSERVAÇÃO: a numeração adotada acima está conforme apresentado nas FIGURAS 5 e 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
Profª. MSc. Rafaela Magalhães Barros Página 11 de 62 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 5 – Vista lateral dos ossos rádio (à esquerda) e ulna (à direita) de bovino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
Profª. MSc. Rafaela Magalhães Barros Página 12 de 62 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 6 – Vista medial dos ossos rádio (à direita) e ulna (à esquerda) de bovino 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
Profª. MSc. Rafaela Magalhães Barros Página 13 de 62 
 
4 OSSOS DO CARPO 
 
 são ossos curtos que juntamente com o osso metacárpico III e IV, as falanges proximal, média e distal e os ossos 
sesamóides proximais e distais constituem o esqueleto da mão 
 os ossos do carpo são em número de 6 ossos dispostos em duas fileiras, as fileiras proximal e distal 
 a fileira proximal é composta por 4 ossos, a saber, no sentido mediolateral: osso radial do carpo (3), osso intermédio 
do carpo (4), osso ulnar do carpo (5) e osso acessório do carpo (6) 
 a fileira distal é composta por 2 ossos, a saber, no sentido mediolateral: osso cárpico II e III (7) e osso cárpico IV (8) 
 o osso cárpico I é ausente nos ruminantes 
 a superfície dorsal do carpo é plana, entretanto, a palmar é côncava constituindo o sulco do carpo (A) – aloja os 
tendões dos Mm. flexores 
 
OBSERVAÇÃO: a numeração adotada acima está conforme apresentado na FIGURA 7 e 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
Profª. MSc. Rafaela Magalhães Barros Página 14 de 62 
 
 
FIGURA 8 – Vistas laterodorsal (à esquerda) e mediopalmar (à direita) dos ossos do carpo de bovino. 
 
 
5 OSSO METACARPO 
 
 nos ruminantes apenas 1 osso metacárpico é completamente desenvolvido, o osso metecárpico III e IV, osso resultado 
da fusão, ainda no período fetal, dos ossos metacárpico III (10) e metacárpico IV (11) 
 nos ruminantes há, ainda, um outro osso metacárpico, o osso metacárpico V (9), osso pequeno, rudimentar e estilóide 
(ponteagudo) 
 
5.1 Osso Metacárpico III e IV 
 
 osso metacárpico III e IV é um osso longo 
 apresenta duas faces: dorsal e palmar 
 apresenta duas bordas: borda lateral (A); borda medial (B) 
 pode ser subdividido em: terço proximal (C), terço médio (D) e terço distal (E) 
 a extremidade proximal é denominada de base (5), a parte média corpo (6) e a extremidade distal cabeça (7) 
 na porção dorsomedial da base encontra-se uma área rugosa, a tuberosidade metacárpica (1) – local de inserção do 
M. extensor radial do carpo; 
 o corpo apresenta uma escavação longitudinal na face dorsal, o sulco longitudinal dorsal (2), e outra na face palmar, o 
sulco longitudinal palmar (23) 
 ainda no corpo verifica-se a presença de dois orifícios, que representam as aberturas dos canais proximal do 
metacarpo (3 e 21) – situado na porção proximal do corpo – e distal do metacarpo (3’ e 22) – situada na porção distal: 
tais canais dão passagem as artérias perfurantes proximal e distal, respectivamente 
 a cabeça esta dividida em duas trócleas (áreas para articulação) lateral (4’) e medial (4) por uma fenda profunda, a 
incisura intertroclear (8) 
 
OBSERVAÇÃO: a numeração adotada acima está conforme apresentado na FIGURA 9 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
Profª. MSc. Rafaela Magalhães Barros Página 15 de 62 
 
 
 
 
FIGURA 9 – Vistas dorsal (à esquerda) e mediopalmar (à direita) do osso metacárpico III e IV de bovino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
Profª. MSc. Rafaela Magalhães Barros Página 16 de 62 
6 FALANGES 
 
 são os ossos que juntamente com os ossos sesamóides proximais e distais constituem o esqueleto dos dedos 
 o ruminante apresenta quatro dedos, sendo que o dedos III e o dedo IV são os dedos completamente desenvolvidos, e 
o dedo II e o dedo V (também denominados de paradígitos) são dedos rudimentares que apresentam um ou dois 
pequenos ossos que não se articulam como os ossos da mão 
 cada dedo apresenta: uma falange proximal, uma falange média, uma falange distal, dois ossos sesamóides proximais 
e um ossos sesamóide distal 
 
6.1 Falange Proximal 
 a falange proximal é um osso longo 
 apresenta duas faces: dorsal e palmar 
 a extremidade proximal é denominada de base (1) a qual é mais larga do que a cabeça (3) – extremidade distal 
 a parte média é denominada de corpo (2) 
 a base apresenta a fóvea articular (4) – área para articulação com a tróclea do osso metacárpico III e IV 
 na face palmar da base encontra-se duas facetas (5) – áreas lisas para articulação com os ossos sesamóides 
proximais 
 distalmente às facetas articulares para os ossos sesamóides proximais, encontra-se dois tubérculos (saliências 
rugosas): axial (6) e abaxial (7) separados por um sulco 
 a cabeça é formada por uma tróclea (8) – área para articulação com a falange média 
 
6.2 Falange Média 
 a falange média é um osso longo 
 apresenta duas faces: dorsal e palmar 
 a extremidade proximal é denominada de base (9), a parte média de corpo (10) e a extremidade distal de cabeça (11) 
 a base apresenta a fóvea articular (21) – área para articulação com a cabeça da falange proximal 
 na face palmar ao nível da base, encontra-se dois tubérculos (saliências rugosas): axial (22) e abaxial (23) 
 a cabeça é formada por uma tróclea (20) – área para articulação com a falange distal 
 
OBSERVAÇÃO: a numeração adotada acima está conforme apresentado na FIGURA 10 
 
 
6.3 Falange Distal 
 apresenta quatro faces: solear (1) – face que apóia-se no solo lisa e lanceolada com a extremidade afilada voltada 
cranialmente e medialmente; parietal ou abaxial (2) – face convexa abaxial; axial (3) – face côncava axial voltada para 
o espaço interdigital; e articular (4) – face articular para afalange média 
 apresenta três ângulos: cranial (5) – junção entre as faces parietal e solear; caudal (6) – junção entre as faces articular 
e solear; e proximal (7) – junção entre as faces parietal e articular 
 caudalmente à face articular encontra-se uma área lisa, a face articular sesamóide (8) para a articulação com o osso 
sesamóide distal 
 ao nível do ângulo proximal encontra-se uma área rugosa, o processo extensor (9) – local de inserção dos tendões dos 
Mm. extensores dos dedos 
 ao nível do ângulo caudal encontra-se uma área rugosa, o tubérculo flexor (10) – local de inserção dos tendões dos 
Mm. flexores do dedos 
 
OBSERVAÇÃO: a numeração adotada acima está conforme apresentado na FIGURA 11 
 
7 OSSOS SESAMÓIDES 
 
 são ossos curtos que possuem forma ovóide que se relacionam com face palmar das articulações metacarpofalângica 
e interfalângica distal 
 os ruminantes possuem dois ossos sesamóides proximais para cada dedo ao nível da articulação metacarpofalângica 
e um osso sesamóide distal para cada dedo ao nível da articulação intefalângica distal 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
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FIGURA 10: Falanges de ruminante. 
 
 
 
 
 
FIGURA 11: Falange distal de ruminante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
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AULA PRÁTICA – ESTUDO COMPARATIVO DOS OSSOS DO MEMBRO TORÁCICO 
(estudo comparativo em relação ao ruminante) 
 
1 OSSO ESCÁPULA 
 
1.1 Equino 
 
 ausência do acrômio da espinha da escápula 
 o tubérculo supraglenoidal é bem evidente 
 a fossa subescapular é mais ampla e mais profunda 
 
1.2 Suíno 
 
 as fossas supra e infraespinhais são proporcionais 
 a espinha da escápula é alta e apresenta no seu terço médio, terminando próximo ao colo, sem apresentar um 
acrômio característico 
 o túber da espinha é proeminente e direcionado para a fossa infraespinhal 
 
1.3 Canino 
 
 a espinha da escápula estende-se quase que por toda extensão do osso, sendo que sua altura se acentua no sentido 
próximo-distalmente 
 fossas supra e infra-espinhais profundas e proporcionais 
 não apresenta um túber da espinha característico 
 o acrômio é bastante largo e se projeta em um processos hamato (1) 
 presença do tubérculo infra-glenoidal (2) – elevação rugosa presente na borda caudal dorsal ao ângulo ventral 
(corresponde ao local para origem do M. tríceps braquial) 
 
Observação: os caninos têm a presença do osso clavícula (osso rudimentar situado no interior do músculo 
braquiocefálico ao nível da união de suas partes) como osso que constitui o esqueleto cíngulo escapular 
 
 
 
FIGURA 1 – Estudo comparativo do osso escápula (vista lateral). Na seqüência, da esquerda para a direita: canino, 
suíno, bovino e eqüino. 
 
 
 
2 
1 
 
 
 
 
 
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2 OSSO ÚMERO 
 
2.1 Eqüino 
 
 presença de 2 (dois) sulcos intertuberculares, em conseqüência nota-se um tubérculo intermédio (1) 
 a tuberosidade deltóidea e a crista do úmero são mais proeminentes 
 
2.2 Suíno 
 
 a crista do úmero e tuberosidade deltóidea são menos evidentes 
 o sulco intertubercular é mais profundo 
 a tuberosidade no músculo redondo maior não se manifesta como um acidente ósseo 
 o sulco do músculo braquial é mais raso 
 a fossa do ólecrano é mais profunda, estando separada da fossa radial por um delgada lâmina óssea e que às vezes 
pode estar perfurada num ponto central, constituindo esta perfuração o forame supratroclear (2). 
 
2.3 Canino 
 
 o tubérculo maior é proporcionalmente menos desenvolvido e com superfície mais lisa 
 o tubérculo menor é muito discreto 
 a extremidade distal mostra um capítulo pouco evidente e uma tróclea profunda para articulação com a ulna 
 a fossa do olécrano é profunda e se comunica muitas vezes com a fossa radial através de um grande forame 
supratroclear (2) 
 
 
FIGURA 2 – Estudo comparativo do osso úmero (vista craniolateral). Na seqüência, da esquerda para a direita: canino, 
suíno, bovino e eqüino. 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
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3 OSSOS RÁDIO E ULNA 
 
3.1 Eqüino 
 
 a tuberosidade do rádio é mais desenvolvida 
 a ulna é menos desenvolvida terminando e fundindo-se ao nível do terço médio do rádio, apresentado em 
conseqüência 1 (um) único espaço interósseo antebraquial 
 ausência do processo estilóide 
 
3.2 Suíno 
 
 o osso rádio é proporcionalmente mais curto e estreito, sendo mais largo apenas na extremidade distal 
 a tuberosidade do rádio é muito discreta se mostrando apenas como uma área rugosa 
 o osso ulna é o osso mais desenvolvido do antebraço, sendo mais longa e mais pesada que o rádio com o corpo 
bastante encurvado 
 o olécrano se mostra bastante proeminente, constituindo muitas vezes, mais de um terço de todo o osso 
 o processo estilóide é evidente 
 1 (um) único espaço interósseo antebraquial esta presente sendo muito estreito e disposto ao longo dos corpos dos 2 
(dois) ossos em questão (encontra-se ocupado no membro pelo ligamento interósseo do antebraço) 
 
3.3 Canino 
 
 os dois ossos do antebraço são relativamente longos e articulam entre si de modo a permitir um ligeiro movimento 
 o osso ulna é mais desenvolvido que o osso rádio, mas diminui de volume no seu segmento distal, ela cruza o corpo 
do osso rádio num trajeto mediolateral 
 o túber do olécrano é sulcado e sustenta três proeminências das quais a caudal é mais desenvolvida 
 1 (um) único espaço interósseo antebraquial esta presente 
 
 
 
FIGURA 3 – Estudo comparativo dos ossos rádio e ulna (vista craniolateral). Na seqüência, da esquerda para a direita: 
canino, suíno, bovino e eqüino. 
 
 
 
 
 
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4 OSSOS DO CARPO 
 
4.1 Eqüino 
 
 apresenta 7 (sete) a 8 (oito) ossos cárpicos, dispostos em duas fileiras 
 fileira proximal, no sentido medial-lateral: ossos radial do carpo, intermédio do carpo, ulnar do carpoe acessório do 
carpo 
 fileira distal, no sentido medial-lateral: ossos cárpico I, cárpico II, cárpico III e cárpico IV 
 o osso cárpico I pode estar ausente 
 
4.2 Suíno 
 
 apresenta 8 (oito) ossos cárpicos, dispostos em duas fileiras 
 fileira proximal, no sentido medial-lateral: ossos radial do carpo, intermédio do carpo, ulnar do carpo e acessório do 
carpo 
 fileira distal, no sentido medial-lateral: ossos cárpico I (menor), cárpico II, cárpico III e cárpico IV (maior) 
 
4.3 Canino 
 
 está constituído por 7 (sete) ossos cárpicos dispostos em duas fileiras 
 fileira proximal, no sentido medial-lateral: ossos intermediorradial (os ossos radial do carpo e intermédio do carpo se 
fundem em um único osso), ulnar do carpo e acessório do carpo 
 fileira distal, no sentidomedial-lateral: ossos cárpico I, cárpico II, cárpico III e cárpico IV. 
 presença de um pequeno osso sesamóide do carpo (osso sesamóide para o M. extensor oblíquo do carpo) 
 
5 OSSO METACARPO 
 
5.1 Eqüino 
 
 apresenta 3 (três) ossos metacárpicos: II,III e IV 
 o osso metacárpico III é o mais desenvolvido dos três 
 o IIº e IVº metacarpianos são menores e se articulam na face palmar com o metacarpo III, atingindo o seu terço distal 
 o osso metacarpo III apresenta na sua extremidade distal apenas uma tróclea para articulação com a falange proximal 
e ossos sesamóides proximais, uma vez que esta espécie só apresenta o IIIº dedo desenvolvido 
 
5.2 Suíno 
 
 apresenta 4 (quatro) ossos metacárpicos: II, III, IV e V 
 o osso metacárpico I está ausente 
 os ossos metacárpicos III e IV são os mais desenvolvidos e sustentam os dedos principais (III e IV) 
 os ossos metacárpicos II e V são menores e sustentam os dedos acessórios (II e V) 
 
5.3 Canino 
 
 estão presentes os ossos metacárpicos I, II, III, IV e V 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6 FALANGES 
 
6.1 Eqüino 
 
 a falange proximal é proporcionalmente mais longa 
 a falange média apresenta uma largura maior em relação ao comprimento 
 a falange distal apresenta uma face articular para articulação com a falange média e osso sesamóide distal 
respectivamente, uma face parietal que contata com a parede da úngula e uma face solear, contatada com a sola da 
úngula e utilizada para apoio na sua maior parte, e um segmento menor que contata com o tendão de inserção do m. 
flexor profundo do dedo 
 
6.2 Suíno 
 
 semelhantes às falanges dos ruminantes 
 as falanges dos dedos II e V são menores 
 as falanges distais não apoiam no solo 
 
6.3 Canino 
 
 todos os dedos apresentam 3 (três) falanges com exceção do dedo I que apresenta apenas 2 (duas) falanges, sendo 
mais curto e normalmente não toca no solo por ocasião da locomoção do animal 
 as falanges distais tem uma morfologia semelhante à garras (presença da crista ungueal e processo ungueal – vide 
figura 5) 
 
 
 
FIGURA 4 – Estudo comparativo dos ossos da mão: ossos do carpo, metacarpo e falanges (vista dorsal). 
 
 
 
 
 
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FIGURA 5 – Ossos da mão do cão: ossos do carpo, metacarpo e falanges (vista dorsal à esquerda e vista palmar à 
direita). 
 
7 OSSOS SESAMÓIDES 
 
7.1 Eqüino 
 
 os ossos sesamóides proximais se articulam com a tróclea do metacarpo III e base da falange proximal, são em 
número de dois, apresentando uma morfologia arrendada 
 já o osso sesamóide distal, conhecido como osso navicular apresenta uma forma laminar para se adaptar às 
superfícies articulares das falanges média e distal respectivamente 
 
7.2 Suíno 
 
 os dedos II e V nem sempre apresentam ossos sesamóides especialmente os ossos sesamóides distais 
 
7.3 Canino 
 
 cerca de 9 (nove) ossos sesamóides palmares proximais estão presentes, sendo 1 (um) no dedo I e 2 (dois) em cada 
um dos demais dedos 
 os sesamóides palmares distais normalmente permanecem cartilaginosos 
 é freqüente ainda observar 4 (quatro) ossos sesamóides dorsais dispostos entre o metacarpo e falange proximal dos 
dedos II, III, IV, enquanto que nódulos cartilaginosos podem ser encontrados em posição semelhante entre as falanges 
proximal e média dos mesmos dedos 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 6 – Estudo comparativo dos ossos da mão: ossos do carpo, metacarpo e falanges (vista dorsal). 
 
 
 
 
 
 
 
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ESTUDO DOS OSSOS DA COLUNA VERTEBRAL 
 
1.1 a coluna vertebral é constituída por conjunto de ossos irregulares e impares denominados de vértebras 
1.2 a coluna vertebral estende-se desde a região cervical (pescoço) até a extremidade distal da cauda, dispondo-se 
medianamente no corpo do animal 
1.3 é subdividida em cinco segmentos: cervical, torácico, lombar, sacral e caudal (ou coccígeo) 
1.4 as vértebras sacrais se fundem e formam o osso sacro 
1.5 o nº de vértebras de cada segmento varia segundo a espécie animal e, será apresentado no quadro abaixo 
 
Quadro 1 – Número de vértebras para cada segmento, segundo a espécie. 
Espécie Cervical Torácico Lombar Sacral Coccígeo 
Bovino* 7 13 6 5 18-20 
Eqüino* 7 18 6 5 15-21 
Caprino** 7 13 6 5 16-18 
Ovino* 7 13 6-7 4 16-18 
Suíno* 7 14-15 5-7 4 20-23 
Canino* 7 13 7 3 20-23 
Felino** 7 13 7 3 20-23 
Fonte: *GETTY, 1986; **DYCE et al., 1997. 
 
1.6 o nº de vértebras de cada segmento pode ser representado por uma fórmula, a fórmula vertebral, assim, para os: 
 bovinos: C7T13L6S5Cd18-20 
 eqüino: C7T18L6S5Cd15-21 
 caprino: C7T13L6S5Cd16-18 
 ovino: C7T13L6-7S4Cd16-18 
 suíno: C7T14-15L5-7S4Cd20-23 
 canino: C7T13L7S3Cd20-23 
 felino: C7T13L7S3Cd20-24 
 
1.7 ASPECTOS GERAIS DAS VÉRTEBRAS 
 
1.7.1. uma vértebra típica é constituída por duas partes, o corpo da vértebra (parte ventral maciça e cilíndrica) e, arco 
vertebral (parte dorsal ao corpo formado uma lâmina óssea em formato convexo) – FIGURA 1 
1.7.2. o corpo da vértebra e o arco vertebral formam uma perfuração ampla na vértebra, o forame vertebral – o corpo 
da vértebra forma o assoalho e o arco vertebral forma as paredes laterais e o teto – FIGURA 1 
1.7.3. a união dos forames vertebrais origina o canal vertebral o qual aloja e protege a medula espinhal – FIGURA 1 
1.7.4. o corpo das vértebras adjacentes são interligados pelos discos intervertebrais 
1.7.5. a extremidade cranialdo corpo da vértebra é convexa e denominada de cabeça da vértebra, já a extremidade 
caudal é côncava e denominada de fossa vertebral – FIGURA 2 
1.7.6. a face ventral do corpo da vértebra apresenta medianamente uma pequena elevação longitudinal, a crista 
ventral 
1.7.7. o arco vertebral é constituído por duas partes, o pedículo do arco vertebral (corresponde às paredes laterais do 
arco vertebral e está unido ao corpo da vértebra) e, lâmina do arco vertebral (corresponde à parede dorsal do 
arco vertebral) – FIGURA 1 
1.7.8. o espaço formado entre as lâminas dos arcos vertebrais de duas vértebras adjacentes é denominado de espaço 
interarcual, sendo que nas transições occipito-atlântica (espaço interarcual occipito-atlântico), lombossacral 
(espaço interarcual lombossacral) e sacrococcígea (espaço interarcual sacrococcígeo), estes espaços são 
amplos e utilizados para acessar os espaços meningicos epidural e subaracnóide – FIGURA 3 
1.7.9. as incisuras vertebrais craniais e caudais de duas vértebras adjacentes originam um orifício, o forame 
intervertebral (dá passagem à vasos espinhais e nervos espinhais) – FIGURA 4 
1.7.10. do arco vertebral se projeta dorsalmente uma lâmina óssea, o processo espinhoso (local de inserção de 
músculos e ligamentos – FIGURA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
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1.7.11. do arco vertebral se projeta lateralmente uma lâmina óssea, o processo transverso – FIGURA 3 
1.7.12. nas bordas cranial e caudal da face dorsal do arco vertebral, encontram-se duas superfícies lisas cranialmente e 
duas superfícies lisas caudalmente para articulação com as vértebras adjacentes, superfícies estas denominadas 
de processos articulares craniais e caudais – FIGURA 2 e 3 
 
1.8 VÉRTEBRAS CERVICAIS 
 
1.8.1. identifique nas vértebras do segmento cervical, exceto na 1ª vértebra, o osso atlas, os seguintes acidentes 
ósseos, já descritos no tópico 1, a saber: corpo da vértebra, arco vertebral, forame vertebral, cabeça da 
vértebra, fossa vertebral, crista ventral, pedículo do arco vertebral, lâmina do arco vertebral, incisuras 
vertebrais craniais e caudais, forame intervertebral, processo espinhoso, processo transverso e, 
processos articulares craniais e caudais 
1.8.2. no segmento cervical da coluna vertebral, o processo transverso apresenta duas partes, o tubérculo dorsal 
(ramo caudodorsal do processo tranverso da 3ª a 6ª vértebra) e tubérculo ventral (ramo caudoventral do 
processo transverso da 3ª a 5ª vértebra) – FIGURA 2 
1.8.3. no segmento cervical da coluna vertebral, o processo transverso, exceto no osso atlas, apresenta-se perfurado 
em sua base originando o forame transversal (dá passagem a artéria e nervo vertebral) – FIGURA 1 
 
1.8.5 Osso Atlas 
 
1.8.5.1 o osso atlas é a 1ª vértebra cervical, o qual é uma vértebra atípica, pois é desprovido de corpo da vértebra e 
processo espinhoso 
1.8.5.2 o osso atlas apresenta um formato de anel, assim, pode-se observar que é constituído por dois arcos, arcos 
dorsal e ventral (lâminas ósseas em formato convexo) dos quais se projetam duas massas laterais (estruturas 
que substituem o corpo da vértebra) – FIGURA 6 
1.8.5.3 o arco dorsal apresenta uma rugosa mediana, o tubérculo dorsal – FIGURA 7 
1.8.5.4 o arco ventral apresenta próximo à sua borda caudal, uma área lisa, a fóvea do dente (local para articulação 
com o dente do áxis) – FIGURA 7 
1.8.5.5 o arco ventral apresenta uma rugosa mediana, o tubérculo ventral – NÃO ILUSTRADO NAS FIGURAS 
1.8.5.6 as massas laterais apresentam, cranialmente, duas superfícies lisas e côncovas, as fóveas articulares craniais 
(superfície para articulação com o osso occipital) e, caudalmente duas superfícies lisas e planas, as fóveas 
articulares caudais (superfície para articulação com os processos articulares craniais do ossos áxis) – FIGURA 
7 
1.8.5.7 das massas laterais projetam-se duas lâminas ósseas em sentido lateral, as asas do atlas (representam o 
processo tranverso) – FIGURA 7 
1.8.5.8 na superfície ventral da asa do atlas, encontra-se uma depressão, a fossa do atlas – NÃO ILUSTRADA NAS 
FIGURAS 
1.8.5.9 na superfície dorsal da asa do atlas, próximo a sua borda cranial, encontra-se uma fosseta, na qual abre-se, 
medialmente, o forame vertebral lateral (dá passagem ao 1º N. espinhal cervical) e, lateralmente, o forame 
alar (dá passagem aos vasos sangüíneos destinados à medula espinhal e à vértebra) – FIGURA 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
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1.8.6 Osso Áxis 
 
1.8.6.1. identifique no osso áxis, os seguintes acidentes ósseos, já descritos no tópico 1, a saber: corpo da vértebra, 
arco vertebral, forame vertebral, fossa vertebral, crista ventral, pedículo do arco vertebral, lâmina do 
arco vertebral, incisuras vertebrais craniais e caudais, processo espinhoso, processo transverso e, 
processos articulares craniais e caudais 
1.8.6.2. o osso áxis apresenta projetando-se, cranialmente, do corpo, uma projeção óssea com formato de hemicilindro, 
o dente do áxis – FIGURA 8 
1.8.6.3. a extremidade cranial do dente do áxis, recebe a denominação de ápice – FIGURA 8 
 
1.8.6.4. as superfícies dorsal e ventral do dente do áxis, recebem as denominações de face articular dorsal (superfície 
rugosa e que dá inserção ao ligamento do dente do áxis) e, face articular ventral (superfície lisa) – FIGURA 8 
 
1.9 VÉRTEBRAS TORÁCICAS 
 
1.9.1. as vértebras torácicas apresentam como característica marcante, a presença de um processo espinhoso 
bastante desenvolvido, atingindo máxima altura ao nível da 3ª e 4 ª vértebras 
1.9.2. os processos espinhosos possuem uma direção dorsocaudal, exceto na última vértebra dos bovinos e penúltima 
dos pequenos ruminantes onde tem direção vertical, sendo esta vértebra denominada de vértebra anticlinal 
1.9.3. identifique nas vértebras do segmento torácico, os seguintes acidentes ósseos, já descritos no tópico 1, a saber: 
corpo da vértebra, arco vertebral, forame vertebral, cabeça da vértebra, fossa vertebral, crista ventral, 
pedículo do arco vertebral, lâmina do arco vertebral, incisuras vertebrais craniais e caudais, forame 
intervertebral, processo espinhoso, processo transverso e, processos (reduzidos às facetas) articulares 
craniais e caudais 
1.9.4. no segmentos torácico da coluna vertebral, a incisura vertebral caudal é muito ampla e ocorre a fusão das suas 
bordas, originando, assim, o forame vertebral lateral (dá passagem a veia) – FIGURA 4 
1.9.5. nas extremidades, cranial e caudal, do corpo da vértebra, a cada lado, encontram-se áreas lisas, as fóveas 
costais craniais e caudais – FIGURA 4 
1.9.6. a fóvea costal caudal da vértebra cranial, o disco intervertebral e a fóvea costal cranial da vértebra caudal, 
juntos formam uma escavação para articulação da cabeça da costela 
1.9.7. as fóveas costais caudais não existem na última vértebra torácica 
1.9.8. os processos transversos, de cada lado, apresentam áreas lisas, as fóveas costais do processo transverso - 
FIGURA 4 
1.9.9. os espaços interarcuais no segmento torácico não existe 
1.9.10. entre o processo articular cranial e oprocesso transverso há uma projeção pontiaguda, o processo mamilar - 
FIGURA 4 
 
 
1.10 VÉRTEBRAS LOMBARES 
 
1.10.1. as vértebras lombares apresentam como característica marcante, a presença de um processo tranverso 
bastante desenvolvido 
1.10.2. identifique nas vértebras do segmento lombar, os seguintes acidentes ósseos, já descritos no tópico 1, a saber: 
corpo da vértebra, arco vertebral, forame vertebral, cabeça da vértebra, fossa vertebral, crista ventral, 
pedículo do arco vertebral, lâmina do arco vertebral, incisuras vertebrais craniais e caudais, forame 
intervertebral, processo espinhoso, processo transverso e, processos articulares craniais e caudais 
1.10.3. entre o processo articular cranial e o processo transverso há uma projeção pontiaguda, o processo mamilar –
FIGURA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.11 VÉRTEBRAS SACRAIS (OSSO SACRO) 
 
1.11.1. as vértebras sacrais se fundem formando um osso único, o osso sacro 
1.11.2. a extremidade cranial do osso sacro é denominada de base do osso sacro (onde se encontra a cabeça da 
vértebra da 1ª vértebra sacral) – FIGURA 9 
1.11.3. a face cranial da base do osso sacro apresenta duas superfícies lisas, os processos articulares craniais – 
FIGURA 9 
1.11.4. a face ventral da extremidade caudal da última vértebra lombar, o disco intervertebral e a face ventral da 
extremidade cranial da 1ª vértebra sacral, formam uma saliência óssea que se projeta para o interior da entrada da 
cavidade pélvica, denominada de promontório sacral – NÃO ILUSTRADO NAS FIGURAS 
1.11.5. a fusão dos processos transversos dá origem a parte lateral do ossos sacro – FIGURA 9 
1.11.6. o processo transverso da 1ª vértebra (bovinos) ou da 1ª e 2ª vértebras (pequenos ruminantes) alongado recebe 
a denominação de asa do osso sacro – FIGURA 9 
1.11.7. na face laterodorsal da asa do osso sacro, a cada lado, há uma área lisa, a face auricular (face para articulação 
como o osso ílio) – FIGURA 9 
1.11.8. medialmente a face auricular, na face dorsal da asa do osso sacro, há uma área rugosa, a tuberosidade sacral 
(local de fixação de ligamentos) – FIGURA 9 
1.11.9. o osso sacro apresenta duas faces, as faces dorsal e pelvina 
1.11.10. na face dorsal do osso sacro os processos espinhosos se fundem originando a crista sacral mediana, os 
processos articulares craniais e caudais se fundem originando a crista sacral intermédia e, os processos 
transversos se fundem originando a crista sacral lateral – FIGURA 9 
 
1.11.11. na face dorsal do osso sacro observa-se 4 pares de pequenos orifícios, os forames sacrais dorsais (dá 
passagem aos ramos dorsais dos Nn. espinhais sacrais) – FIGURA 9 
1.11.12. na face pelvina do osso sacro é marcada por pequenas elevações transversais, as linhas transversais, que 
indicam os limites entre as vértebras sacrais – FIGURA 9 
1.11.13. na face pelvina do osso sacro observa-se 4 pares de pequenos orifícios, os forames sacrais pelvinos (dão 
passagem ao ramos ventrais dos Nn. espinhais sacrais) – FIGURA 9 
1.11.14. a extremidade caudal do osso sacro corresponde ao ápice do osso sacro – FIGURA 9 
1.11.15. o canal vertebral ao nível do osso sacro recebe a denominação de canal sacral (apresenta contorno 
triangular sendo mais largo cranialmente) – NÃO ILUSTRADO NAS FIGURAS 
1.11.16. o canal sacral comunica-se com os forames sacrais dorsais e pelvinos através do forame intervertebral – 
NÃO ILUSTRADO NAS FIGURAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
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1.12 VÉRTEBRAS COCCÍGEAS (OU CAUDAIS) 
 
1.12.1. diminuem progressivamente de tamanho desde a 1ª até última devido a redução dos processos espinhosos e 
transversos 
1.12.2. na face ventral, a cada lado, observa-se pequenas projeções ósseas paramedianas, a partir do corpo da 
vértebra, denominadas de processos hemais, os quais pela fusão do lado direito e esquerdo, na 2ª e 3ª vértebras 
coccígeas, delimitam uma escavação, o arco hemal – NÃO ILUSTRADO NAS FIGURAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
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2) ESTUDO DAS COSTELAS E CARTILAGENS COSTAIS 
 
2.1. nos ruminantes existem 13 pares de costelas 
2.2. as costelas são ossos alongados e curvos que formam o arcabouço da parede do tórax 
2.3. as costelas dos ruminantes são mais longas, mais largas e menos encurvadas do que as costelas dos eqüinos 
2.4. as 8 primeiras são denominadas de costela esternais ou verdadeira (costelas que se ligam ao osso esterno 
pelas cartilagens costais) e, outras 5 são denominadas de costelas asternais ou falsas (costelas que não se 
ligam ao osso esterno) – FIGURA 10 
2.5. o espaço compreendido entre duas costelas adjacentes é denominado de espaço intercostal – FIGURA 10 
2.6. a costela é constituída por cabeça da costela (saliência arredondada presente na extremidade dorsal da costela); 
corpo da costela (correspondea maior parte da costela e se projeta ventralmente); colo da costela 
(estreitamento presente entre a cabeça da costela e o corpo da costela) e; tubérculo costal eminência óssea 
entre a cabeça da costela e o colo da costela) – FIGURA 11 
2.7. a cabeça da costela apresenta uma área lisa articular, a face articular da cabeça da costela (FIGURA 11), 
separada em duas partes por uma crista óssea pouca elevada, a crista da cabeça da costela (NÃO ILUSTRADA 
NAS FIGURAS) 
2.8. na borda cranial do colo da costela há uma elevação óssea, a crista do colo da costela (NÃO ILUSTRADAS 
NAS FIGURAS) 
2.9. o tubérculo costal apresenta uma área lisa articular, a face articular do tubérculo costal – FIGURA 11 
2.10. a extremidade cranial do corpo da costela é denominada de borda cranial da costela e a extremidade caudal 
de borda caudal da costela – FIGURA 11 
2.11. na face medial do corpo da costela próximo a borda caudal há uma escavação rasa longitudinal, o sulco costal 
– FIGURA 11 
2.12. na extremidade distal da costela se prende um segmento de cartilagem hialina denominada de cartilagem 
costal – FIGURA 10 
2.13. a união das cartilagens costais da 8ª costela à 13ª costela origina o arco costal – FIGURA 10 
 
 
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Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
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Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
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3) ESTUDO DO OSSO ESTERNO 
 
3.1. o osso esterno é osso plano originado pela fusão de 7 segmentos ósseos denominados de esternébras – 
FIGURA 12 
3.2. a fusão entre as esternébras é realizada pelas cartilagens interesternebrais (cartilagem hialina – juntura 
cartilaginosa sincondrose) – FIGURA 12 
3.3. a primeira esternébra é denominada de manúbrio do esterno e, a última de processo xifóide – FIGURA 12 
3.4. as esternébras compreendidas entre o manúbrio do esterno e o processo xifóide, constitui o corpo do esterno – 
FIGURA 12 
3.5. do processo xifóide projeta-se uma lâmina cartilaginosa, a cartilagem xifóide – FIGURA 12 
3.6. em cada esternébra, lateralmente, a cada lado, encontra-se uma depressão para o encaixe da cartilagem costal, 
denominada de incisura costal – FIGURA 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
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ESTUDO DOS OSSOS DO MEMBRO PÉLVICO 
 
O membro pélvico é constituído de quatro segmentos: cintura pelvina, coxa, perna e pé. 
 
1.1 CINTURA PÉLVICA OU CÍNGULO DO MEMBRO PÉLVICO 
 
O cíngulo pélvico, popular quadril, é formado pelos dois ossos coxais. Cada osso coxal é formado pelos ossos ílio, 
ísquio e púbis. Eles são unidos ventralmente pela sínfise pélvica e fixados dorsalmente em ambos os lados por uma 
articulação sinovial plana com o osso sacro. 
 
1.1.1 Acetábulo 
 
1.1.1.1. É a cavidade que aloja e se articula com a cabeça do fêmur. Ele é formado por partes dos três ossos do coxal. 
1.1.1.2. A superfície do acetábulo apresenta uma área rugosa, não-articular, a fossa do acetábulo (fig. 1, n. 2), 
destinada à inserção do ligamento da cabeça do fêmur. 
1.1.1.3. A margem do acetábulo é descontinua devido à presença de duas incisuras; uma caudal, voltada para o forame 
obturado, a incisura do acetábulo (fig. 1, n. 3) e outra cranial. A incisura cranial (fig. 1, n. 3’) só está presente 
nos bovinos. 
 
 
Fig 1. Acetábulo de bovino (esq.) e eqüino (dir.), mostrando: a) Osso ílio, b) Osso púbis e C) Osso ísquio. 2. fossa do acetábulo, 3. 
incisura acetabular, 3’. Incisura cranial do acetábulo (bovino). 
 
1.1.2 Forame obturado (fig. 2, n. 24) 
 
É o espaço circunscrito pelo pube e ísquio. O forame apresenta algumas características ligadas ao sexo. Na fêmea, ele é 
mais largo e quase circular. No macho, é mais estreito e ovóide. A designação “obturado” é dado em razão da existência 
de músculos (músculos obturadores externo e interno) e outras estruturas que ocluem seu lume. Ele é atravessado pelo 
nervo, artéria e veia obturatórios. Estas estruturas podem ser lesadas em partos forçados levando a prejuízos 
locomotores. 
 
1.1.3 Osso Ílio 
1.1.3.1. É o maior e mais cranial dos três ossos do quadril. Ele é irregularmente triangular. 
1.1.3.2. A porção mais larga do ílio é chamada asa do ílio (fig. 2, n. 4). A face glútea (fig. 3, n. 3) da asa do ílio é 
côncava e está voltada dorsolateralmente, onde estão alojados os músculos glúteos. Ela apresenta uma 
rugosidade, disposta longitudinalmente, denominada linha glútea (fig. 3, n. 7). A face sacropelvina (fig. 2, n. 
13’) é convexa e articula-se com o sacro. 
1.1.3.3. A face sacropelvina apresenta ainda uma face articular para articulação com o sacro denominada face auricular 
(fig. 2, n. 15) e a tuberosidade do ílio (fig. 2, n. 13), que é uma área rugosa para inserção de ligamentos, 
localizada caudal à face auricular. 
1.1.3.4. O eixo maior da asa do ílio orienta-se transversalmente e termina em duas extremidades angulares, 
denominadas túber sacral (fig. 2, n. 12), situado medialmente, e túber coxal (fig. 2, n. 11), lateralmente. Unindo 
os dois túberes encontra-se a crista ilíaca (fig. 2, n. 10). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
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1.1.3.5. O túber sacral continua-se caudalmente com a incisura isquiádica maior (fig. 3, n. 9), que se estende até a 
espinha isquiádica (fig. 3, n. 8). 
1.1.3.6. O corpo do ílio (fig. 2, n. 1) é estreito e termina caudalmente fundindo-se ao púbis e ao ísquio. 
1.1.3.7. A face medial do corpo do ílio apresenta uma elevação linear, chamada linha arqueada (fig. 2, n. 16). Esta linha 
dirige-se ventralmente em direção ao púbis e é interrompida no terço médio por uma elevação rugosa, o 
tubérculo do músculo psoas menor (fig. 2, n. 17), que dá inserção ao músculo de mesmo nome. 
1.1.3.8. A linha arqueada termina na eminência iliopúbica (fig. 2, n. 19), do púbis. 
 
1.1.4 Osso Ísquio 
 
1.1.4.1. O ísquio constitui, juntamente com o do lado oposto, a porção caudal do assoalho da pelve. 
1.1.4.2. A face sinfisial está voltada para a sínfise pélvica. 
1.1.4.3. O ramo do ísquio (fig. 2, n. 7) forma junto ao ramo caudal do púbis a porção medial ao forame obturado. 
1.1.4.4. O corpo do ísquio (fig. 2, n. 9) constitui a parede lateral do forame obturado e estende-se até o acetábulo. 
1.1.4.5. A tábua do ísquio (fig. 2, n. 8) é a porção mais larga e caudal do ísquio. 
1.1.4.6. O túber isquiádico (fig. 2, n. 18) é a extremidade caudolateral do ísquio. Ele é facilmente palpável no animal 
vivo.1.1.4.7. A incisura isquiádica menor (fig. 3, n. 10) é a reentrância do ísquio que se estende da espinha isquiádica ao 
túber isquiádico. 
1.1.4.8. As bordas caudais das tábuas dos ísquios formam o arco isquiádico (fig. 2, n. 23) entre os dois túberes 
isquiádicos. 
 
1.1.5 Osso Púbis 
 
1.1.5.1. O púbis é o menor dos três ossos e forma a porção cranial do assoalho da pelve. Tem a forma de um “L”. 
1.1.5.2. O ramo cranial do púbis (fig. 2, n. 5 e 27) delimita cranialmente o forame obturado. O ramo caudal do púbis 
(fig. 2, n. 6) forma junto ao ramo do ísquio a porção medial ao forame obturado. 
1.1.5.3. O corpo do púbis (fig. 2, n. 2) é a extremidade lateral do ramo cranial e contribui para a formação do acetábulo. 
1.1.5.4. A face sinfisial do osso púbis está voltada para a sínfise pélvica. 
1.1.5.5. O pécten do osso púbis (fig. 2, n. 20) é a borda cranial do ramo cranial do púbis. Ela é medial à eminência 
iliopúbica e dá origem ao músculo pectíneo. 
1.1.5.6. O tubérculo púbico dorsal é uma elevação dorsal da sínfise púbica no macho, especialmente no eqüino. O 
tubérculo púbico ventral é a elevação paramediana ventral dos púbis. 
1.1.6 Pelve óssea 
 
1.1.6.1. A pelve é a parte do tronco situada caudalmente ao abdome. Seu esqueleto é constituído pelos ossos coxais, 
sacro e as três primeiras vértebras coccígeas (Godinho et al., 1985). 
1.1.6.2. Em bovinos é possível observar uma crista mediana na face ventral da sínfise pévica, a crista sinfisial (Fig. 2, n. 
30). 
1.1.6.3. Esta cavidade tem duas aberturas, uma cranial e outra caudal. A abertura cranial da pelve é mais ampla e 
delimitada pelo promontório sacral, pelos ílios e púbis. Ela tem conformação variável com o sexo, indo de 
ovóide a quase circular da fêmea, permanecendo ovóide nos machos. 
1.1.6.4. A abertura caudal da pelve é menor que a cranial. Ela tem como contorno ventral o arco isquiádico, que é mais 
aberto nas fêmeas. A porção laterodorsal desta abertura está formada predominantemente por estruturas moles, 
destacando-se o ligamento sacrotuberal, e tendo as vértebras coccígeas como elemento esquelético. 
1.1.6.5. A cavidade pelvina tem um teto ou abóboda formada pelo sacro e pelas 3 primeiras vértebras cocígeas, e um 
assoalho, representado pelo púbis e ísquio dos dois lados. O forame obturado interrompe a continuidade óssea 
do assoalho pelvino. As paredes laterais são completadas por ligamentos e músculos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
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Figura 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
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1.2. FÊMUR 
 
1.2.1. O fêmur é o osso da coxa. 
1.2.2. A extremidade proximal do fêmur consiste de cabeça, colo e trocânteres maior e menor. 
1.2.3. A cabeça do fêmur (Fig. 7, n.1) é uma proeminência arredondada dirigida medialmente. Articula-se com o 
acetábulo. A cartilagem hialina cobre toda a face articular, exceto numa depressão central, a fóvea da cabeça do 
fêmur (Fig. 7, n.1’), onde se insere o ligamento da cabeça do fêmur. 
1.2.4. O colo do fêmur (Fig. 8, n.2) é o segmento ósseo que prende a cabeça ao corpo. 
1.2.5. O trocânter maior do fêmur é a protuberância que se destaca da face lateral da extremidade proximal do osso e 
se projeta proximalmente. Ele dá inserção aos Mm. glúteos médio e profundo. 
1.2.6. A face medial do trocânter maior é côncava, perfurada por inúmeros forames e delimita a fossa trocantérica (Fig. 
7, n.10), cavidade aberta caudalmente e que dá inserção aos pequenos músculos rotatores do quadril. 
1.2.7. O trocânter menor do fêmur (Fig. 7, n.9) situa-se na face caudomedial da extremidade proximal. É uma saliência 
rugosa, de aspecto arredondado nos pequenos ruminantes, que dá inserção ao músculo iliopsoas. 
1.2.8. A crista intertrocantérica liga o trocânter maior ao trocânter menor. 
1.2.9. O corpo do fêmur é cilíndrico e retilíneo nos bovinos. 
1.2.10. Na porção distal da face lateral do corpo do fêmur encontra-se a fossa supracondilar (Fig. 7, n.5). Aí se origina 
o músculo flexor superficial dos dedos. 
1.2.11. A face caudal do corpo apresenta a face áspera (Fig. 7, n.11), rugosidade que dá inserção aos músculos 
adutores. Geralmente, o forame nutrício do fêmur localiza-se na face caudal do corpo. 
1.2.12. A extremidade distal do fêmur é formada pela tróclea e pelos côndilos. 
1.2.13. A tróclea do fêmur (Fig. 7, n.8 e Fig. 8, n. 8) situa-se na porção cranial da extremidade distal e articula-se com a 
patela. É constituída por duas cristas, separadas por um sulco. Nos bovinos, a crista medial da tróclea é 
arredondada, mais desenvolvida que a lateral e sua extremidade proximal alarga-se consideravelmente. Nos 
pequenos ruminantes, as cristas têm, aproximadamente, o mesmo tamanho. 
1.2.14. Os dois côndilos, lateral e medial do fêmur (Fig. 7, n.6 e 7), situam-se caudalmente à tróclea. Eles se 
articulam com os côndilos da tíbia por meio dos meniscos articulares. 
1.2.15. A fossa intercondilar separa os dois côndilos. 
1.2.16. A face medial do côndilo medial é rugosa e apresenta o epicôndilo medial. 
1.2.17. O epicôndilo lateral é uma saliência situada na face lateral do côndilo. 
1.2.18. Distal e caudalmente ao epicôndilo lateral encontram-se duas pequenas fossas, das quais a mais distal é a 
fossa do músculo poplíteo, que dá origem ao músculo homônimo (de mesmo nome). 
1.2.19. Entre o côndilo lateral e a tróclea do fêmur, encontra-se a fossa dos extensores, que dá origem ao M. extensor 
longo dos dedos. 
1.2.20. A tuberosidade supracondilar lateral é uma área rugosa lateral à fossa supracondilar. Ela dá origem à cabeça 
lateral do M. gastrocnêmio. 
1.2.21. A tuberosidade supracondilar medial é uma área rugosa proximal ao côndilo medial do fêmur. Ela dá origem à 
cabeça medial do M. gastrocnêmio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
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 Figura 07 Figura 08 
 
1.3. PATELA (fig. 9) 
 
1.3.1. A patela é um sesamóide articulado à tróclea do fêmur. Tem forma aproximadamente triangular, com o ápice 
voltado distalmente. 
1.3.2. A base da patela está voltada proximalmente. 
1.3.3. Sua face articular é caudal e articula com a tróclea do fêmur. A face oposta é a face cranial. 
1.3.4. A patela dá inserção proximalmente ao músculo quadríceps. O poder de alavanca deste grupo muscular é 
transmitido à tuberosidade da tíbia via ligamentos patelares que se inserem na extremidade distal da patela. Com 
isso a patela permite que o tendão do quadríceps mude de direção e não sofra o atrito com a articulação do 
joelho, além de aumentar o poder de alavanca para a extensão do joelho. 
Figura 09Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
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1.4. TÍBIA E FÍBULA 
 
1.4.1. A tíbia é o osso longo da perna. No esqueleto está colocada obliquamente e sua extremidade distal aproxima-se 
do plano mediano. 
1.4.2. A extremidade proximal da tíbia é larga e aproximadamente triangular. Apresenta os côndilos medial e lateral, 
para articulação com os correspondentes côndilos do fêmur. 
1.4.3. O ângulo cranial da extremidade proximal constitui a tuberosidade da tíbia, onde se inserem distalmente os 
ligamentos patelares. 
1.4.4. Entre os dois côndilos e, aproximadamente no centro da extremidade proximal, projeta-se a eminência 
intercondilar. 
1.4.5. As faces articulares dos côndilos são amplas e convexas. Estão separadas cranialmente pela área intercondilar 
cranial (dá inserção aos ligamentos craniais dos meniscos) e caudalmente pela área intercondilar caudal (dá 
inserção ao ligamento cruzado caudal). Entre estas há a área intercondilar central para fixação do Lig. cruzado 
cranial. 
1.4.6. A incisura poplítea separa caudalmente, os côndilos e é alojada pelo músculo homônimo. 
1.4.7. A tuberosidade da tíbia está separada do côndilo lateral pelo sulco extensor, que aloja o tendão do M. extensor 
longo dos dedos. 
1.4.8. O corpo da tíbia é inicialmente largo, de contorno triangular e, nos bovinos, torna-se mais delgado e quadrangular 
nos terços médio e distal. Seu eixo maior está encurvado lateralmente. 
1.4.9. Apresenta três faces: medial, lateral e caudal, e três bordas: cranial, medial e lateral ou interóssea. 
1.4.10. A face medial do corpo da tíbia é convexa e pode ser percebida através da pele. 
1.4.11. A face caudal é plana e está atravessada obliquamente por linhas musculares mais ou menos paralelas, 
sendo a mais proximal a linha do músculo poplíteo (dá insersão a este músculo). O forame nutrício abre-se 
nesta face, próximo à borda lateral. 
1.4.12. A borda lateral ou interóssea, na metade proximal do osso, é côncava e forma com a fíbula o espaço 
interósseo da perna. 
1.4.13. A extremidade distal da tíbia é bem menor que a extremidade proximal. 
1.4.14. Apresenta a face articular para a articulação com os ossos do tarso e com o osso maleolar. 
1.4.15. A superfície para articulação com o osso tálus do tarso é denominado cóclea da tíbia. Está formada por dois 
sulcos, um lateral, largo e pouco profundo, e um medial, mais profundo e estreito. Estes sulcos estão separados 
por uma crista. 
1.4.16. O maléolo medial constitui a parede medial da cóclea. 
1.4.17. A parede lateral da cóclea é completada pelo osso maleolar (exclusivo dos ruminantes), pertencente à fíbula. 
1.4.18. A fíbula é outro osso da perna e situa-se lateralmente à tíbia. Seu esboço cartilaginoso na vida fetal é completo. 
Na ossificação, porém, fica reduzido a duas extremidades, a proximal ou cabeça da fíbula e a distal ou osso 
maleolar, e a uma corda fibrosa que as une. 
1.4.19. A cabeça da fíbula está fundida ao côndilo lateral da tíbia, podendo também ocorrer articulada. Consta de 
pequena massa óssea que se projeta alguns centímetros distalmente e termina em ponta livre. No carneiro está 
constantemente fundida á tíbia e aparece com uma proeminência do côndilo lateral. No cabrito pode faltar 
completamente. 
1.4.20. O osso maleolar (Fig. 12, F) é constante em todos os ruminantes domésticos. Visto lateralmente, apresenta 
contorno aproximadamente quadrangular. A extremidade proximal apresenta duas facetas articulares separadas 
por um processo ponteagudo. A face medial se articula com o tálus. A face lateral é irregular. A face distal se 
articula com o calcâneo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
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Figura 10. Vista cranial(A) e caudal (B) da tíbia e fíbula de eqüino. 
 
 
 
1.5 TARSO (figs 11 e 12) 
 
1.5.1. O tarso dos ruminantes é constituído de cinco ossos, dispostos em duas fileiras. A fileira proximal compõem-se do 
tálus e do calcâneo. A fileira distal é formada pelos ossos centroquarto, társico II e III (funiddos) e társico I. 
1.5.2. O osso tálus articula-se com a cóclea da tíbia por meio da tróclea proximal (Fig. 11, n. 8). Sua face distal 
apresenta a tróclea distal (Fig. 11, n. 13), que se articula com o osso centroquarto. 
1.5.3. O osso calcâneo relaciona-se com a face lateroplantar do tálus, com o qual se articula. 
1.5.4. O espaço limitado pela face lateral do tálus e a face medial do calcâneo é denominado seio do tarso. 
1.5.5. Do corpo do calcâneo destaca-se o túber do calcâneo, que dá inserção ao tendão calcanear comum. O corpo do 
calcâneo apresenta medialmente uma projeção óssea para articulação com o tálus, que é denominada 
sustentáculo talar. 
1.5.6. A face plantar do sustentáculo talar forma com o corpo do calcâneo o sulco do calcâneo, por onde corre o tendão 
do músculo flexor profundo dos dedos. 
1.5.7. A face dorsal do calcâneo articula-se com o osso maleolar. Distalmente o calcâneo articula-se com o osso 
centroquarto. 
1.5.8. O osso centroquarto é o mais desenvolvido da fileira distal. É formado pela fusão do osso central do tarso, com o 
társico IV. É um osso largo que se estende de um lado a outro e se articula com todos os ossos do tarso. 
1.5.9. O osso társico II e III resulta da fusão do társico II e társicos III. 
1.5.10. O osso társico I é pequeno e articula-se com o centroquarto e metatársico III e IV. 
1.5.11. O canal do tarso é um canal para passagem dos vasos társicos perfuranttes em ungulados, entre os ossos 
társicos III e IV e o metatársico III e IV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
Profª. MSc. Rafaela Magalhães Barros Página 44 de 62 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 11. Tarso do bovino, vista dorsal, mostrando o tálus (3) e 
sua tróclea proximal (8) e distal (13), o calcâneo (14), o túber 
do calcâneo (15), o osso centroquarto (32), o osso társico 2 e 
3 (31) e o canal do tarso (33). 
Fig. 12. Compare a formação padrão 
do tarso esquerdo do suíno (su) com 
o do bovino (bo) com suas fusões 
ósseas. Legenda: Tib. (tíbia), F 
(fíbula no suíno e osso maleolar no 
bovino), T (osso tálus), C (osso 
calcâneo), c (osso central do tarso), 
c+4 (osso centroquarto) e de 1 a 4 os 
respectivos osso das fileira distal do 
tasrso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade 
Federal de Minas Gerais. 1983. 
 
Profª. MSc. Rafaela Magalhães Barros Página 45 de 62 
 
 
 
1.6 Metatarso 
 
1.6.1. No metatarso dos ruminantes, como no metacarpo, apenas um osso está completamente desenvolvido-o 
metatársico III e IV. O metatársico III e IV resulta da fusão do metatársico III com metatársico

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