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e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Escola Técnica Aberta do Brasil Comércio Administração Estratégica Eliana Soares Barbosa Santos Ministério da Educação e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Escola Técnica Aberta do Brasil Comércio Administração Estratégica Eliana Soares Barbosa Santos Montes Claros - MG 2011 Ministro da Educação Fernando Haddad Secretário de Educação a Distância Carlos Eduardo Bielschowsky Coordenadora Geral do e-Tec Brasil Iracy de Almeida Gallo Ritzmann Governador do Estado de Minas Gerais Antônio Augusto Junho Anastasia Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Alberto Duque Portugal Reitor Paulo César Gonçalves de Almeida Vice-Reitor João dos Reis Canela Pró-Reitora de Ensino Maria Ivete Soares de Almeida Diretor de Documentação e Informações Giuliano Vieira Mota Coordenadora do Ensino Médio e Fundamental Rita Tavares de Mello Diretor do Centro de Ensino Médio e Fundamental Wilson Atair Ramos Coordenador do e-Tec Brasil/CEMF/ Unimontes Wilson Atair Ramos Coordenadora Adjunta do e-Tec Brasil/ CEMF/Unimontes Rita Tavares de Mello Coordenadores de Cursos: Coordenador do Curso Técnico em Agronegócio Augusto Guilherme Dias Coordenador do Curso Técnico em Comércio Carlos Alberto Meira Coordenador do Curso Técnico em Meio Ambiente Edna Helenice Almeida Coordenador do Curso Técnico em Informática Frederico Bida de Oliveira Coordenador do Curso Técnico em Vigilância em Saúde Simária de Jesus Soares Coordenador do Curso Técnico em Gestão em Saúde Zaida Ângela Marinho de Paiva Crispim ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Elaboração Eliana Soares Barbosa Santos Projeto Gráfico e-Tec/MEC Supervisão Alcino Franco de Moura Júnior Diagramação Hugo Daniel Duarte Silva Marcos Aurélio de Almeida e Maia Impressão Gráfica RB Digital Designer Instrucional Angélica de Souza Coimbra Franco Kátia Vanelli Leonardo Guedes Oliveira Revisão Maria Ieda Almeida Muniz Patrícia Goulart Tondineli Rita de Cássia Silva Dionísio Presidência da República Federativa do Brasil Ministério da Educação Secretaria de Educação a Distância e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica AULA 1 Alfabetização Digital 3 Prezado estudante, Bem-vindo ao e-Tec Brasil/Unimontes! Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezem- bro 2007, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, na modalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distancia (SEED) e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e escola técnicas estaduais e federais. A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pes- soas ao garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimen- to da formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente ou economicamente, dos grandes centros. O e-Tec Brasil/Unimontes leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de ensino e para a periferia das grandes cidades, incenti- vando os jovens a concluir o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas de ensino e o atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo integrantes das redes públicas municipais e estaduais. O Ministério da Educação, as instituições públicas de ensino téc- nico, seus servidores técnicos e professores acreditam que uma educação profissional qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, – não só é capaz de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também com autonomia diante das diferentes dimensões da realidade: cul- tural, social, familiar, esportiva, política e ética. Nós acreditamos em você! Desejamos sucesso na sua formação profissional! Ministério da Educação Janeiro de 2010 Apresentação e-Tec Brasil/Unimontes e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica AULA 1 Alfabetização Digital 5 Indicação de ícones Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual. Atenção: indica pontos de maior relevância no texto. Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema estudado. Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizada no texto. Mídias integradas: possibilita que os estudantes desenvolvam atividades empregando diferentes mídias: vídeos, filmes, jornais, ambiente AVEA e outras. Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica AULA 1 Alfabetização Digital Sumário 7 Palavra do professor conteudista .............................................9 Projeto instrucional ........................................................... 11 Aula 1 - Globalização e mercado de trabalho ............................. 13 1.1 Introdução à administração estratégica .......................... 13 Resumo ................................................................... 18 Atividades de aprendizagem ........................................... 18 Aula 2 - Variáveis econômicas, políticas e sociais ........................ 21 2.1 Variáveis que afetam o planejamento estratégico ............. 21 Resumo ................................................................... 27 Atividades de aprendizagem ........................................... 27 Aula 3 - Planejamento: métodos e técnicas ............................... 29 3.1 Práticas de inteligência competitiva ............................. 29 Resumo ................................................................... 36 Atividades de aprendizagem ........................................... 36 Aula 4 - Noções e princípios do planejamento estratégico .............. 37 4.1 Princípios do planejamento ........................................ 37 4.2 Tipos de planejamento ............................................ 39 Resumo ................................................................... 40 Atividades de aprendizagem ........................................... 40 Aula 5 - Definição do negócio nas empresas .............................. 41 5.1 Conceito de negócio ................................................ 41 Resumo ................................................................... 44 Atividades de aprendizagem ........................................... 44 Aula 6 - Definição de missão na empresa .................................. 45 6.1 Conceito de missão ................................................. 45 Resumo ................................................................... 46 Atividades de aprendizagem ........................................... 47 Aula 7 - Plano de ação ........................................................ 49 7.1 Conceito de plano de ação ......................................... 49 7.2 Aspectos gerais do plano de ação ................................ 50 Resumo ................................................................... 51 Atividades de aprendizagem ........................................... 51 Aula 8 - Plano de negócio .................................................... 53 8.1 Conceito de plano de negócios .................................... 53 8.2 Detalhes de um plano de negócios .............................. 54 8.3 Passos para elaboração do plano de negócios .................. 56 8.4 Análise SWOT / FOFA no plano de negócio..................... 56 8.5 Benefícios gerados na execução do plano de negócios ........ 57 Resumo ................................................................... 58 Atividades de aprendizagem ........................................... 58 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 8 Aula 9 - Planejamento financeiro ........................................... 59 9.1 Conceito de planejamento financeiro ............................ 59 9.2 Função do planejamento financeiro .............................. 60 9.3 Ferramentas utilizadas no planejamento financeiro ........... 61 9.4 Características do planejamento financeiro ..................... 62 9.5 Aspectos do planejamento financeiro ............................ 62 Resumo ................................................................... 63 Atividades de aprendizagem ........................................... 63 Referências .................................................................... 64 Currículo do professor conteudista ......................................... 66 e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica AULA 1 Alfabetização Digital 9 Palavra do professor conteudista Prezado(a) Acadêmico(a), Seja bem-vindo aos estudos da Disciplina Administração Estratégica do Curso Técnico em Comércio. Você já teve a oportunidade de conhecer os princípios básicos da administração, suas funções e conceitos. Conheceu também sobre a empresa e o seu meio ambiente, identificou as caracte- rísticas do empreendedor e suas habilidades na disciplina de Introdução à Administração. Agora em nossa disciplina, vamos mostrar como gerenciar uma em- presa de forma estratégica, conhecer as ferramentas para um bom geren- ciamento de uma empresa. Vamos identificar qual o negócio de uma empresa, saber planejá-lo, conhecer qual a missão de determinada empresa para a sociedade, identi- ficar os valores e como projetar um futuro para um empreendimento, aonde se pretende chegar e como chegar, o que fazer para alcançar os objetivos propostos para a empresa. Para atingirmos o nosso objetivo, além dos textos colocados na pla- taforma oferecemos uma série de literaturas complementares. Para que este aprendizado tenha o efeito esperado, é preciso muita leitura e perseverança para se alcançar bons resultados. A você, bons estudos e seja participativo, procure se informar, se atualizar sempre e coloque em prática os conceitos adquiridos. Faça as atividades propostas para cada unidade e não deixe de acessar o ambiente virtual do curso para ter acesso às atividades complementares, aulas, chats e fóruns. Tenha um excelente aproveitamento! e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica AULA 1 Alfabetização Digital 11 Projeto instrucional Disciplina: Administração Estratégica (carga horária: 64h). Ementa: Globalização e mercado de trabalho; métodos e técnicas de planejamento; noções da teoria e princípios do planejamento estratégico; definição do negócio, da missão e dos princípios da empresa; planos de ação; planos de negócios; planejamento financeiro e formação de preço de venda. AULA OBJETIVOS DE APREN- DIZAGEM MATERIAIS CARGA HORÁRIA 1. Globaliza- ção e mercado de trabalho Identificar os conceitos de mercado e globali- zação Caderno do e-tec e textos na página virtual 4h 2.Variáveis econômicas, políticas e sociais Conhecer os tipos de variáveis econômicas, políticas e sociais Caderno do e-tec e textos na página virtual; utilizar sites referentes ao conteúdo 6h 3. Planeja- mento: métodos e técnicas Identificar os tipos de métodos e as técnicas de planejamentos. Caderno do e-tec e textos na página virtual; utilizar sites referentes ao conteúdo 6h 4.Noções e princípios do planejamento estratégico Conhecer as noções e identificar os princí- pios do planejamento estratégico. Caderno do e-tec, textos e exercícios na página virtual 8h 5.Definição do negócio nas empresas Definir o negócio nas empresas. Caderno do e-tec e textos na página virtual; utilizar sites referentes ao conteúdo 8h 6.Definição de missão Definir e elaborar a missão nas empresas. Caderno do e-tec e textos na página virtual; utilizar sites referentes ao conteúdo 8h 7. Plano de ação Identificar os tipos e procedimentos de um plano de ação. Caderno do e-tec e textos na página virtual; utilizar sites referentes ao conteúdo 8h e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 12 8.Plano de negócio Conhecer e elaborar um plano de negócio. Caderno do e-tec e textos na página virtual; utilizar sites referentes ao conteúdo 8h 9.Planejamen- to financeiro Identificar e elabo- rar um planejamento financeiro. Caderno do e-tec e textos na página virtual; utilizar sites referentes ao conteúdo 8h e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica AULA 1 Alfabetização Digital 13 Aula 1 - Globalização e mercado de tra- balho 1.1 Introdução à administração estratégica “Para se chegar, aonde quer que seja, não é preciso dominar a força; basta controlar a razão.” Amir Kink Figura 1: Globalização. Fonte: http://goo.gl/uKyJz > acesso em 24/11/2010 Veremos, nesta aula, um breve histórico da globalização e do mer- cado de trabalho, sua importância nos processos administrativos, compre- endendo os conceitos básicos, os princípios que norteiam a aplicação dos conhecimentos voltados à estruturação do planejamento estratégico. 1.1.1 Conceito de globalização A globalização apresenta-se como um conjunto de transformações na política e economia mundial. O marco dessas mudanças é a integração dos mercados numa “aldeia-global”, explorada pelas grandes corporações internacionais. Os Estados abrem-se ao comércio e ao capital internacional e deixam gradativamente as barreiras comerciais para proteger sua produção da concorrência dos produtos estrangeiros sendo esse processo acompanha- do de uma intensa revolução nas tecnologias de informação devido ao al- cance mundial e à crescente popularização das redes sociais. Ultrapassando e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 14 assim os limites da economia e começando a provocar uma homogeneização cultural entre os povos. Você pode observar no seu dia a dia como o conceito de distância tornou-se relativo, principalmente pelas ferramentas tecnológicas que estão à disposição neste mundo virtual. 1.1.2 Cronologia da globalização Figura 2: Cronologia da Globalização. Fonte: http://goo.gl/kYQMl > acesso em 24/11/2010 Vamos conhecer alguns períodos da história em que podemos iden- tificar que a globalização teve início na antiguidade: • ela aparece na constituição do Império Chinês; • na civilização egípcia, que manteve o domínio de todo o conti- nente africano; • na Grécia, que apesar das cidades-estado, que mesmo indepen- dentes viam uma globalização da economia; Aldeia Global: O conceito de “aldeia global”, criado pelo sociólogo canadense Marshall McLuhan [1], quer dizer que o progresso tecnológico estava reduzindo todo o planeta à mesma situação que ocorre em uma aldeia. Marshall McLuhan foi o primeiro filósofo das transformações sociais provocadas pela revolução tecnológica do computador e das telecomunicações. Como paradigma da aldeia global, ele elegeu a televisão, um meio de comunicação de massa em nível internacional, que começava a ser integrado via satélite. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica 15 • os Romanos utilizaram o direito como instrumento de poder, para organizar e controlar o Estado e com a expansão territorial, os romanos se veem obrigados a construir uma rede de estrada, que possibilitou a comercializaçãoe a comunicação entre os diversos povos; • os portugueses com as grandes navegações procuravam novas rotas comerciais de globalização; • nos séculos (XIV e XV), capacidade de produção é inferior ao consumo e à falta de alimento para abastecer os núcleos urba- nos, culmina exploração de novos mercados, para suprir essa demanda; • já no século XIX, no Imperialismo quando a economia europeia entrou em crise, as fábricas estavam produzindo cada vez mais mercadorias em menos tempo, o mercado não absorvia a super- produção de mercadorias, os preços e os juros despencaram. Para superar a crise, países europeus, EUA e Japão buscaram mercados para escoar o excesso de produção e capitais; • no século XX e XXI podemos observar que os mercados se unifi- caram, o fortalecimento de grupos internacionais (como o Mer- cosul ou a Comunidade Europeia) e o incentivo do governo de cada país à instalação de empresas estrangeiras em seu terri- tório coloca a globalização efetivamente nos processos a serem considerados na administração estratégica das empresas. Figura 3: Globalização e o Mercado. Fonte: http://goo.gl/XBETZ e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 16 1.1.3 Globalização Para alguns pesquisadores, a explicação mais didática da globaliza- ção está no teorema do economista Eduardo Gianetti da Fonseca: “O fenô- meno da globalização resulta da conjunção de três forças poderosas: • a terceira revolução tecnológica (tecnologia ligada à busca, pro- cessamento, difusão e transmissão de informações; inteligência artificial; engenharia genética); • a formação de áreas de livre comércio e blocos econômicos inte- grados (como o Mercosul (Mercado Comum do Sul, a União Euro- peia) e o Nafta (Tratado Norte Americano de livre Comércio)); • a crescente interligação e interdependência dos mercados físi- cos e financeiros, em escala planetária. O que podemos observar no nosso dia a dia é que a globalização é a interligação dos povos, independente de cultura, raça ou o poder aquisitivo. O mundo passa a quase que falar o mesmo dialeto, que é o da tecnologia. Você imaginaria poder fazer um curso de formação tão específico como este, sem a necessidade de se deslocar para outra região, ou mesmo de casa, se você possui as ferramentas tecnológicas necessárias? A globalização tem o poder de inclusão e de exclusão social, econô- mica e cultural. É definitivamente um caminho de mão única, define uma nova era da história mundial. 1.1.4 Comunicação Figura 4: Comunicação na globalização. Fonte http://goo.gl/FXmFc > acesso em 24/11/2010 A condição de poder acessar instantaneamente novas tecnologias, como novos medicamentos, equipamentos cirúrgicos de alta qualidade e técnicas cada vez mais eficientes, o aumento na produção de alimentos e barateamento no custo dos mesmos, tem causado nas últimas décadas um aumento generalizado da longevidade dos países emergentes e desenvolvidos. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica 17 Verifica-se que a globalização das comunicações tem sua face mais visível na internet, a rede mundial de computadores, estruturada por acor- dos e protocolos entre diferentes entidades privadas da área de telecomuni- cações e governos no mundo. O que permitiu um fluxo de ideias e informa- ções sem limites na atualidade. Vejamos, se antes você estava limitado à imprensa e informações apenas regional, hoje você mesmo pode se tornar parte da imprensa e ob- servar as tendências do mundo inteiro, tendo apenas como fator de limita- ção a barreira linguística. Há também outra característica da globalização das comunicações que é o aumento da universalização ao acesso dos meios de comunicação, graças ao barateamento dos aparelhos, principalmente celulares e os de in- fraestrutura para as operadoras, com aumento da cobertura e incremento geral da qualidade graças à inovação tecnológica. Na atualidade, uma inova- ção criada no Japão pode aparecer em vários mercados ao mesmo tempo, e, em poucos dias, virar sucesso de mercado. 1.1.5 Mercado Figura 5: Mercado globalizado. Fonte http://goo.gl/LliJb > acesso em 24/11/2010 Como vimos, acabaram-se as fronteiras no universo globalizado, sendo os efeitos no mercado de trabalho da globalização cada vez mais evi- dentes, com a criação da modalidade de outsourcing de empregos para pa- íses com mão de obra mais baratas para execução de serviços que não é necessária alta qualificação, com a produção distribuída entre vários países, seja para criação de um único produto, onde cada empresa cria uma parte, seja para criação do mesmo produto em vários países para redução de custos e ganhar vantagem competitiva no acesso de mercados regionais. Conhecemos pelo menos os idiomas mais usuais nos mercados internacionais, que são o inglês e o espanhol, mais do que uma qualificação, uma exigência do mercado de trabalho. Outsourcing (em inglês, “Out” significa “fora” e “source” ou “sourcing” significa fonte) designa a ação que existe por parte de uma organização em obter mão de obra de fora da empresa, ou seja, mão de obra terceirizada. Está fortemente ligada a ideia de sub- contratação de serviços. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 18 O ponto mais evidente é o que o colunista David Brooks definiu como “Era Cognitiva”, na qual a capacidade de uma pessoa em processar informações ficou mais importante que sua capacidade de trabalhar como operário em uma empresa graças à automação, também conhecida como Era da Informação, uma transição da exausta era industrial para a era pós- -industrial. Cada vez mais a necessidade de expandir seus mercados leva as nações a adquirirem produtos de outros países, marcando o crescimento da ideologia econômica do liberalismo. Observa-se então que na globalização, o mercado converte-se aos princípios básicos do liberalismo que são: • defesa da propriedade privada; • liberdade econômica (livre mercado); • mínima participação do Estado nos assuntos econômicos da na- ção (governo limitado); • igualdade perante a lei (estado de direito). O que nos leva a seguinte afirmação: A detenção de conhecimento e das ferramentas da administração estratégica são elementos fundamen- tais, no gerenciamento das empresas neste cenário mundial. Resumo Nesta primeira aula, você pôde conhecer de forma sucinta a histó- ria da globalização, sua influência no mercado econômico. Vimos como a globalização faz parte do nosso dia adia. Verificamos, também, que a tecnologia da informação é um dos fatores primordiais para a solidificação dos mercados globalizados, verificamos que o conhecimento das ferramentas da administração será um fator determinante para o geren- ciamento das empresas. Então, vamos verificar o quê você aprendeu? Atividades de aprendizagem Prezado(a) acadêmico(a), com base na apostila virtual e na bibliografia reco- mendada, responda às questões a seguir. 1) Defina os conceitos de: Globalização: __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ Liberalismo pode ser definido como um conjunto de princípios e teorias políticas, que apresenta como ponto principal a defesa da liberdade política e econômica. Nesse sentido, os liberais são contrários ao forte controle do Estado na economia e na vida das pessoas. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica 19 Blocos econômicos: ____________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ Rede de comunicação: __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica AULA 1 Alfabetização Digital 21 Aula 2 - Variáveis econômicas, políticas e sociais 2.1 Variáveis que afetam o planejamento estra- tégico Figura 6: Variáveis do planejamento estratégico. Fonte: http://goo.gl/6HiIF > acesso em 24/11/2010 O objetivo desta nossa aula é conhecer as variáveis econômicas, políticas e sociais que interferem na administração estratégica da empresa. Então, agora que já conhecemos alguns conceitos da globalização e de mercado, conheceremos os pontos que afetam as movimentações desses mercados. Como exemplo dessa afirmação pode-se observar que, quando há aumento do petróleo no mercado mundial, nossa gasolina sofre alguma va- riação, verificando assim a necessidade de conhecermos algumas variáveis importantes no desenvolvimento do planejamento estratégico de uma em- presa. As alterações ocorridas no mercado financeiro no mundo globalizado acarretam pontualmente a economia nacional e, consequentemente, a economia regional. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 22 2.1.1 Variáveis ambientais Figura 7: Ambiente empresarial. Fonte: http://goo.gl/tZc1y > acesso em 24/11/2010 Dentro do processo de criação do planejamento estratégico ela é a primeira a ser analisada, pois se faz necessário conhecer o ambiente onde a empresa opera a sua atividade, suas características, tais como tamanho, área de atuação e operacionalização. Deve ser realizada com a participação de agentes representativos do setor ou da organização, as quais devem ana- lisar e verificar aspectos inerentes à realidade interna e externa. “Nenhuma abundância de recursos resiste ao impacto de uma exploração sem retorno.” Paulo Nogueira Neto A forma como se caracteriza o ambiente vai determinar a execução ou não de um novo projeto; sendo que estudos podem apontar locais e épocas corretas para se disponibilizar um produto ao consumidor. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica 23 2.1.2 Variável econômica Figura 8: Variável econômica. Fonte: http://goo.gl/lOxdN >acesso em 22/11/2010 Quando falamos em variável estamos falando em alguma grandeza que precisa ser definida e mensurada. E ao falarmos em variável econômica, podemos definir como um grupo de grandezas determinadas pela disposição do sistema econômico, como exemplo, a riqueza produzida, o capital inves- tido, os preços, as taxas de juros, a política de câmbio. • Riqueza produzida: O PIB (Produto Interno Bruto) constitui um dos principais indicadores da economia, pois demonstra o valor de toda riqueza produzida, num determinado período de tempo. • Capital investido: É o somatório de recursos inscritos e coloca- dos à disposição para geração de riquezas em uma organização. • Preços: É a base de custo de determinada oportunidade. • Taxas de juros: São os percentuais de juros cobrados pela utili- zação de um crédito. É o valor pago como compensação pelo uso de dinheiro alheio. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 24 • Política de câmbio: São conjuntos de ações desenvolvidas pelo governo para controle das alterações na taxa de câmbio, que representa o valor de uma unidade monetária de uma moeda estrangeira para conversão em moeda nacional. • Taxa de desemprego: É o percentual de pessoas em condições de exercer uma profissão remunerada, que estão fora do mer- cado de trabalho. Corresponde ao número de trabalhadores de- sempregados divididos pela força de trabalho. 2.1.3 Variáveis sociais Figura 9: Variável social. Fonte: http://goo.gl/De6yt >acesso em 22/11/2010 As variáveis sociais é um dos pontos fortes na elaboração de um planejamento estratégico, conhecer e identificar as condições sociais de de- terminada população é fator determinante para elaboração das estratégias. • Grau de escolaridade: Define-se como a realização de um ciclo de estudos, é a composição dos níveis escolares. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), em seu artigo 21, define o termo “escolaridade” no Título 5, Capítulo I: “Composição dos Níveis Escolares”, referindo: “Art. 21. A educação escolar compõe-se de: I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino funda- mental e ensino médio; II - educação superior “ • Classe social: Karl Marx foi o primeiro sociólogo a desenvolver uma teoria das classes sociais. Marx faz da relação de proprie- dade a relação social determinante que opõe, no modo de pro- dução capitalista, os proprietários dos meios de produção e os proletários detentores unicamente da sua força de trabalho. A classe social é definida como o conjunto dos agentes sociais colo- cados nas mesmas condições no processo de produção e que têm afinidades ideológicas e políticas. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica 25 Você sabia: Que Karl Heinrich Marx foi um intelectual e revolucio- nário alemão, fundador da doutrina comunista moderna, que atuou como economista, filósofo, historiador, teórico político e jornalista. • Poder aquisitivo: Considerado como a capacidade de uma pessoa para adquirir bens, acumular riquezas, é a relação monetária de um individuo pelo número de individuo de uma determinada população. 2.1.4 Variáveis políticas Figura 10: Políticas públicas. Fonte: http://goo.gl/aPNlk >acesso em 22/11/2010 Sendo outro identificador para a implantação do planejamento es- tratégico, corresponde ao fator político de determinado contexto, onde se observa fatos e ações pontuais dos poderes executivo, judiciário e legisla- tivo. Alguns fatores são muito importantes nessa variável, como estrutura ideológica, sindical, instituições religiosas, também se deve levar em conta a estrutura de poder, bem como as políticas resultantes desse poder, sejam políticas monetárias, tributárias, de distribuição de rendas, políticas de se- gurança, entre outras. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 26 2.1.5 Variáveis psicológicas Figura 11: Consumidora ativa. Fonte: http://goo.gl/Ivhvy >acesso em 22/11/2010 Refere-se à maneira de pensar, as necessidades e desejos do consu- midor, é nesse ponto que se aplica um estudo em conjunto com a Teoria de Maslow, para compreender os anseios do consumidor. Figura 12: Teoria de Maslow. Fonte: http://goo.gl/WivRV > acesso em 22/11/2010 Teoria de Maslow: Corresponde a uma teoria de motivação. Para Maslow, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem conquistados. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica 27 Resumo Quadro resumo da aula 2 Variáveis que afetam o planejamento estratégico Variáveis ambientais Variáveis econômicas Variáveis sociais Variáveis psicológicas Quadro I: Resumo dos tipos de variáveis que afetam o planejamento Fonte: Próprio autor Bem, agora é hora de praticar, vamos lá! Atividades de aprendizagem Prezado(a) acadêmico(a), com base na apostila virtual e na bibliografia reco- mendada, responda às questões a seguir. 1) Quanto à variável econômica , cite 4 tipos, comente sobre eles e dê exemplos de situações que afetam um planejamento estratégico. ____________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica AULA 1 Alfabetização Digital 29 Aula 3 - Planejamento: métodos e técnicas O objetivo desta nossa aula é identificar os tipos de métodos e as técnicas do planejamento estratégico. Então, observaram que antes de fazermos um planejamento estra- tégico precisamos fazer uma análise das variáveis que afetam a construção do projeto. Mas está faltando algo; precisamos conhecer, agora, os métodos e técnicas para a elaboração do planejamento. Para iniciar, vamos entender o significado de métodos e técnicas. Método: Conjunto dos meios dispostos convenientemente para al- cançar um fim e especialmente para chegar a um conhecimento científico ou comunicá-lo aos outros. Técnica: Conjunto dos métodos e pormenores práticos essenciais à execução perfeita de uma arte ou profissão. Ao estudarmos sobre a globalização, vimos que a velocidade de informação e conhecimento delas é um fator determinante para o bom de- sempenho das empresas. No mercado globalizado, onde os dados que percorrem o mundo, chegam a frações de segundos, a transformação de informações em atitude prática de apoio às decisões tomadas nas empresas são de fundamental im- portância para a liderança no mercado. Os profissionais da área de inteligência cognitiva coletam, analisam e aplicam, legal e eticamente, informações relativas às capacidades, vulne- rabilidades e intenções de seus concorrentes e monitoram acontecimentos do ambiente competitivo geral. Não há maneira de as organizações operarem eficazmente sem um sistema de coleta e análise de informações (MILLER, 2002). 3.1 Práticas de inteligência competitiva As empresas direcionadas ao planejamento adotam práticas, ferra- mentas e técnicas de análise para que possam acompanhar o que fazem os seus concorrentes e as condições gerais do ambiente externo e interno. A utilização dessas técnicas é fundamental para a tomada de de- cisão, proporcionando uma visão integrada do que acontece, otimizando o tempo, racionalizando o uso de recursos e minimizando os riscos nas empresas. Os empregos de técnicas e ferramentas de análise convergem para a monitoração de informações ambientais, que pode se concretizar na estru- turação de sistemas de informação para a tomada de decisão (TARAPANOFF, 2001). Para Prescott e Miller (2002, p. 190), “técnicas analíticas especialmen- te projetadas para a inteligência permitem uma interpretação confiável do ambiente externo e, assim, dão apoio à tomada de decisões estratégicas”. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 30 Essas técnicas devem coletar e interpretar informações que captem o comportamento dos concorrentes, reguladores, tecnologias e outros fato- res de influência externa de forma que permita uma análise rigorosa e disci- plinada por parte de profissionais formados. O resultado final desta atividade analítica é uma avaliação do que está ocorrendo externamente e do que isso significa para a empresa (PRESCOTT e MILLER, 2002). Destacaremos no quadro abaixo algumas práticas, que são referên- cia para muitos autores. Métodos e práticas aplicadas ao planejamento SWOT / FOFA; Cenários; Delphi; Painel de especialistas; Balanced Scorecard (BSC). Quadro II - Métodos e práticas aplicadas ao planejamento Fonte: Próprio autor Prestem muita atenção nos conceitos que iremos trabalhar, pois a escolha do método a ser aplicado pela empresa identifica detalhes específi- cos para o sucesso do planejamento. 3.1.1 Análise SWOT É uma ferramenta de gestão muito utilizada pelas empresas como parte do plano de negócios. O termo SWOT vem do inglês e representa as iniciais das palavras Strength (Força), Weakness (Fraqueza), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). S Strengths W Weakness O Opportunities T Threats F Forças O Oportunidades F Fraquezas A Ameaças Quadro III - Análise SWOT Fonte: Próprio autor Esta análise permite que o analista pense como um tomador de de- cisões e identifique momentos para a ação corporativa. Destaca os riscos e oportunidades com que a empresa se depara ao tentar influenciar uma dada situação competitiva. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica 31 Quadro IV - Ambientes na Análise FOFA Fonte: Próprio autor Podemos observar que as forças e fortalezas são inerentes da em- presa, ou seja, acontece no ambiente interno. Ao fazer um planejamento é possível observar como forças: as competências, os recursos, a posição alcançada, a vantagem competitiva; e as fraquezas (aspectos que limitam ou reduzem a capacidade de desenvolvimento e competitividade). 3.1.1.1 Ambientes interno e externo na análise SWOT / FOFA É dividida em duas partes, sendo o ambiente interno e o ambiente externo à organização. Ela é necessária porque a organização tem que agir de forma diferente para cada caso. Verifica-se que o ambiente interno pode ser controlado pela ad- ministração da empresa, já que ele é o resultado de estratégias de atuação definidas pela própria empresa. Porém o ambiente externo está fora do controle da organização. O que não significa que não seja útil conhecê-lo. Mesmo não podendo controlá-lo, conseguimos monitorá-lo e procurar reverter esse resultado para a empresa. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 32 Ambiente interno O ambiente interno deve ser monitorado constantemente, é impor- tante fazer uma relação de quais são as variáveis que devem ser monitora- das, em seguida, devemos criar uma escala para avaliar cada tópico. O passo seguinte é determinar a importância de cada um desses itens em relação aos objetivos da organização. O ambiente interno corresponde às forças e fraquezas, como segue abaixo: Forças: correspondem aos recursos e capacidades da empresa que podem ser combinados para gerar vantagens competitivas em relação a seus competidores. Incluem: • marcas de produtos; • conceito da empresa; • participação de mercado; • vantagens de custos; • localização; • fontes exclusivas de matérias-primas; • grau de controle sobre a rede de distribuição. Fraquezas: os pontos mais vulneráveis da empresa em comparação aos mesmos pontos de competidores atuais ou em potencial: • pouca força de marca; • baixo conceito junto ao mercado; • custos elevados; • localização não favorável; • falta de acesso a fontes de matérias-primas; • pouco controle sobre a rede de distribuição. De qualquer modo,deve-se atentar que muitas vezes forças e fra- quezas se confundem. Uma força atual pode se transformar em fraqueza no futuro, pela dificuldade de mudança que a mesma provoca. Ambiente externo Vários fatores externos à organização podem afetar o desempenho da empresa. E as mudanças no ambiente externo podem representar opor- tunidades ou ameaças ao desenvolvimento do plano estratégico de qualquer organização. A avaliação do ambiente externo pode ser dividida em duas partes: • Fatores macroambientais – questões demográficas, econômicas, tecnológicas, políticas, legais, etc. • Fatores microambientais – beneficiários, suas famílias, as organi- zações congêneres, os principais parceiros, os potenciais parcei- ros, etc. As organizações que percebem mudanças no ambiente externo e que tenham agilidade para se adaptar a essas mudanças, com certeza terá um melhor aproveitamento das oportunidades e sofrerá menos consequên- cias das ameaças, sendo tão fundamental a análise do ambiente externo para as empresas. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica 33 A análise deve ser permanente, porque o ambiente externo é muito dinâmico e está sendo alterado constantemente. O ambiente externo corres- ponde às oportunidades e ameaças, como segue abaixo: Oportunidades – correspondem às oportunidades para crescimento, lucro e fortalecimento da empresa, tais como: • Necessidades não satisfeitas do consumidor; • Aumento do poder de compra do mercado; • Disponibilidade de linhas de crédito. Ameaças – correspondem a mudanças no ambiente que apresentam ameaças à sobrevivência da empresa, tais como: • Mudanças nos padrões de consumo; • Lançamento de produtos substitutivos no mercado; • Redução no poder de compra dos consumidores. Bem como vimos uma coisa é perceber a mudança no ambiente externo, outra é ter competência para adaptar-se a estas mudanças, apro- veitando as oportunidades e/ou enfrentando as ameaças. 3.1.2 Análise por cenários São descrições apresentadas em forma narrativa focalizadas de di- ferentes futuros prováveis, pode ser uma descrição de ocorrências futuras, em termos de variáveis e questões-chave, ou pode ser formado em combina- ções com outras técnicas de previsão. A utilização do desenvolvimento de cenários oferece aos tomadores de decisões vestígios de possibilidades futuras que podem contribuir subs- tancialmente para o planejamento estratégico da empresa. Através dessa análise, verificam-se continuamente as estatísticas vitais da empresa, como, situação financeira, vendas, orçamentos. Podemos ainda definir como conjunto formado pela descrição, de forma coerente, de uma situação futura e do encaminhamento dos acon- tecimentos que permitam passar da situação de origem à situação futura (GODET, 1996). Algumas características da análise de cenários: • é um método para ordenar as percepções acerca de alternativas futuras, visando à tomada de decisão e planejamento; • é um método de previsão estratégica, que mostra uma preocu- pação integral por todas as variáveis da atividade organizacional; • é um método especulativo que contempla o futuro como uma realidade múltipla e indeterminada; • é um método qualitativo que demanda um esforço temporal e econômico. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 34 3.1.3 Análise pelo método Delphi Segundo Oliveira (2001) o método foi idealizado no século XX por Dalkey, Gordon, Helmer e Kaplan que produziram quatorze documentos con- siderados o prenúncio da aplicação do método, sendo que em 1968 Olaf Hel- mer apresenta uma forma estruturada, onde utiliza as diversas informações identificadas e obtidas pelo julgamento intuitivo das pessoas, com a finalida- de de delinear e realizar previsões. O método se baseia na utilização do julgamento intuitivo, sendo utilizadas opiniões de especialistas, que são refinados em um processo inte- rativo e repetidos algumas vezes até se alcançar o consenso interdisciplinar e correspondente à redução do viés individual e situações de respostas que evidenciem ignorância sobre o assunto abordado. 3.1.3.1 Características do método DELPHI • é um método de previsão do futuro que realizado de forma sis- temática, obtém o consenso entre diferentes especialistas; • permite conhecer as opiniões de um conjunto de especialistas para avaliar situações sobre o que não existe conhecimento exato; • os especialistas não conhecem a resposta, mas são capazes de estimar/prever riscos e incertezas de um determinado problema; • propor estratégias de ação; • tem como objetivo obter o consenso; • o grupo de especialistas deve ser formado por pessoas altamente qualificadas; • todo o processo é dirigido por uma equipe coordenadora; • o anonimato dos especialistas deve ser preservado; • o processo deve ser estruturado e sistemático; • as respostas são analisadas estatisticamente; • o método permite modificar uma opinião inicial ou reafirmá-la. 3.1.4 Análise pelo método painel de especialistas Constitui uma forma de obter impressões de especialistas. Os pai- néis de especialistas permitem uma grande interação entre os participantes e garante uma representatividade equilibrada dos segmentos interessados, como as empresas, terceiro setor, governo, entre outros. Devem ter a mes- ma integridade e conduta de outros estudos científicos e técnicos e devem buscar o consenso, mas não a ponto de eliminar todas as discordâncias. 3.1.4.1 Características do método painel de especialista • Determinar a área temática, sendo que os especialistas devem ter competências essenciais na área definida, com um conheci- mento considerável da área em questão; • o número de participantes varia entre 10 a 15 pessoas; e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica 35 • equilíbrio quanto a faixa etária, gênero, local de origem e tam- bém a profissão; • deve se ter um cuidado quanto as pessoa com personalidades dominantes; • ter Habilidade de comunicação, expressão e síntese, criativida- de, imaginação; • capacidade de auto-avaliação; • flexibilidade e autonomia; • capacidade de trabalhar em grupo, de liderança e também de resolução de conflitos; • habilidades em confrontar pontos de vista e opiniões; • utilizar a realidade vivenciada para avaliar as tendências; • deliberar formas de atuação e estratégias de ação. 3.1.5 Análise pelo método Balanced Score Card (BSC) / Indicadores Balanceados de Desempenho Método baseado em mediação e gestão de desempenho desenvol- vido por Kaplan e Norton em 1992, baseado em estudos referentes à neces- sidade dos administradores de uma ferramenta que pudesse fornecer uma opção balanceada de indicadores e lhes permite analisar o desempenho de suas organizações simultaneamente a partir de diferentes perspectivas que refletem a visão e estratégia empresarial: Figura 13: As quatro perspectivas de desempenho do BSC (Kaplan e Norton, 1992) Fonte: http://goo.gl/fu9SB >. Acesso em 24/11/2010 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 36 3.1.5.1 Características do método Balanced Score Card (BSC) • Visa complementar o controle financeiro tradicional, que moni- tora as estratégias organizacionais a longo prazo, por meio de mecanismos de indicadores; • visa implementar uma estrutura para alinhar e evidenciar a or- ganização na execução de sua estratégia; • auxilia a tradução da missão e da estratégia organizacional em conjunto de medidas de desempenho bem determinadas. Resumo Nesta aula, você conheceu os métodos e técnicas que possibilitam a análise das informações em uma empresa. Identificou as características bá- sicas de cada método e sua aplicabilidade em um planejamento estratégico. Bem, agora é hora de praticar, vamos lá! Atividades de aprendizagem 1) Complete o texto com as devidas análises do planejamento estratégicocorrespondentes às características abaixo: a) __________________________________É uma ferramenta de gestão muito utilizada pelas empresas como parte do plano de negócios. Suas ini- ciais significam em português: força, fraqueza, oportunidade e ameaças. b) Podemos definir a ________________________________ como conjun- to formado pela descrição, de forma coerente, de uma situação futura e do encaminhamento dos acontecimentos que permitam passar da situação de origem à situação futura. c) O método_________________________________ foi idealizado no século XX por Dalkey, Gordon, Helmer e Kaplan que produziram quatorze documentos considerados o prenúncio da aplicação do método, sendo que em 1968 Olaf Helmer apresenta uma forma estruturada, em que utiliza as diversas informações identificadas e obtidas pelo julgamento intuitivo das pessoas, com a finalidade de delinear e realizar previsões. d) Os _______________________________________ permitem uma grande interação entre os participantes e garante uma representatividade equilibrada dos segmentos interessados, como as empresas, terceiro setor, governo, entre outros. Devem ter a mesma integridade e conduta de outros estudos científicos e técnicos e devem buscar o consenso, mas não a ponto de eliminar todas as discordâncias. e) ________________________________Método baseado em mediação e gestão de desempenho desenvolvido por KAPLAN e NORTON em 1992, baseado em estudos referentes à necessidade dos administradores de uma ferramenta que pudesse fornecer uma opção balanceada de indicadores. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica AULA 1 Alfabetização Digital 37 Aula 4 - Noções e princípios do planeja- mento estratégico Figura 14: Planejamento estratégico. Fonte: http://goo.gl/HXMpH >> acesso em 24/11/2010 O objetivo desta nossa aula é conhecer noções e identificar os prin- cípios do planejamento estratégico. Entraremos agora no início da construção do nosso planejamento estratégico, nas aulas anteriores conhecemos os métodos e técnicas utiliza- dos no planejamento, bem como ferramentas para a escolha da metodologia que melhor se aplica a determinada empresa, bem como os ambientes mer- cadológicos. 4.1 Princípios do planejamento Oliveira (2007) cita que o planejamento dentro de uma empresa deve respeitar alguns princípios, para que o resultado de sua operacionaliza- ção sejam os esperados. 4.1.1 Princípios gerais de planejamento Segundo Oliveira (2007) são quatro os princípios gerais para os quais os executivos devem estar atentos: e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 38 • O princípio da contribuição aos objetivos: nesse aspecto o pla- nejamento deve sempre visar aos objetivos máximos da empre- sa. No processo de planejamento devem-se hierarquizar os ob- jetivos estabelecidos e procurar alcançá-los em sua totalidade, tendo em vista a interligação entre eles. • O princípio da precedência do planejamento: corresponde a uma função administrativa que vem antes das outras (organiza- ção, direção e controle). Na realidade, é difícil separar e sequen- ciar as funções administrativas, mas pode-se considerar que, de maneira geral, o planejamento “do que é como vai ser feito” aparece na ponta do processo. Como consequência, o planeja- mento assume uma situação de maior importância no processo administrativo. • O princípio da maior influência e abrangência: o planejamen- to pode provocar uma série de modificações nas característi- cas e atividades da empresa. As modificações provocadas nas pessoas podem corresponder às necessidades de treinamento, substituição, transferências, funções, avaliação, etc.; na tecno- logia pode ser apresentada pelas evoluções dos conhecimentos, pelas novas maneiras de fazer os trabalhos, etc.; e nos sistemas podem ocorrer alterações nas responsabilidades estabelecidas nos níveis de autoridade, descentralização, comunicações, pro- cedimentos, instituições, etc. • O princípio da maior eficiência, eficácia e efetividade: O pla- nejamento deve procurar maximizar os resultados e minimizar as deficiências. Através desses aspectos, o planejamento procu- ra proporcionar a empresa uma situação de eficiência, eficácia e efetividade. Após conhecermos esses princípios, ou seja, algumas característi- cas básicas de um planejamento estratégico identificaremos agora as espe- cificidades do planejamento. 4.1.2 Princípios específicos do planejamento Ackoff (1974) sugere quatro princípios de planejamentos que podem ser considerados como específicos: • Planejamento participativo: o principal benefício do planeja- mento não é o seu resultado, ou seja, o plano, mas o processo envolvido. Nesse sentido, o papel do responsável pelo planeja- mento não é simplesmente elaborá-lo, mas facilitar o processo em sua elaboração, pela própria empresa e deve ser realizado pelas áreas pertinentes ao processo. • Planejamento coordenado: todos os aspectos envolvidos de- vem ser projetados de forma que atuem interdependentemente, sendo que nenhuma parte ou aspectos de uma empresa pode ser planejado eficientemente se o for de maneira independente de qualquer outra parte ou aspecto. Você consegue perceber, como a elaboração de um planejamento faz parte do nosso dia a dia? Quando fazemos uma análise na atualidade, para obtenção de ganhos futuros, estamos fazendo um plano de ação para obtermos uma realização. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica 39 • Planejamento integrado: os vários escalões de uma empresa devem ter seus planejamentos integrados. Nas empresas volta- das para ambiente, nas quais os objetivos empresariais dominam os dos seus membros, geralmente os objetivos são escolhidos de “cima para baixo” e os meios para atingi-los “de baixo para cima”, sendo esse fluxo usualmente invertido em uma empresa cuja função primária é servir aos seus membros. • Planejamento permanente: essa condição é exigida pela pró- pria turbulência do ambiente, pois nenhum plano mantém seu valor com o tempo. 4.2 Tipos de planejamento Veremos a seguir os tipos de planejamento: Figura 15: Tipos de planejamento. Fonte: http://goo.gl/Wib2y > acesso em 24/11/2010 Podemos destacar três tipos de planejamento em relação aos níveis hierárquicos: • Planejamento estratégico: possibilita ao empreendedor estabe- lecer o norte a ser seguido pela empresa, como modo de obter um nível de melhores condições na relação com seu ambiente. Diz respeito tanto à formulação de objetivos quanto à seleção dos cursos de ação a serem seguidos para sua execução, levando em consideração as condições externas e internas à empresa e sua evolução esperada. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 40 • Planejamento tático: é o meio empregado em determinado processo, desenvolvendo habilidades para sair-se bem nos re- sultados do projeto e não na empresa, é desenvolvido a níveis organizacionais inferiores. • Planejamento operacional: verifica-se os procedimentos relati- vos à execução das metodologias de desenvolvimento e imple- mentação dos planos de ação dentro da empresa. Veja como é essencial conhecermos os tipos de planejamento. Ao conceituarmos cada um percebe-se a importância e a interrelação entre eles e como aplicá-los na empresa. Nas próximas unidades, focaremos a análise da empresa pelo méto- do SWOT / FOFA, nos planos de ação e planos de negócio. Resumo Conhecemos, nesta aula, noções e os princípios do planejamento, começamos a identificar os tipos e características relacionadas a metodolo- gias aplicadas no plano de ação para desenvolvimento da empresa. Então, como está o seu aprendizado? Atividades de aprendizagem 1) Faça uma pesquisa sobre eficiência, eficácia e efetividade, explicitando principalmente suas diferenças em um planejamentos estratégico.e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica AULA 1 Alfabetização Digital 41 Aula 5 - Definição do negócio nas em- presas Figura 16: Negócio de sucesso. Fonte: http://goo.gl/ZdIUV Para compreendermos a definição do negócio nas empresas, iden- tificaremos os elementos que compõem a construção desse item que, é tão importante para a empresa, suas características e sua elaboração. Você pode estar se perguntando o porquê de ter uma unidade es- pecífica para conhecer o negócio de uma empresa. Pois bem, penso ser essa aula que mais irá mexer com a capacidade cognitiva na construção do pla- nejamento estratégico. 5.1 Conceito de negócio No sentido literal da palavra negócio teremos: sm 1 Comércio, tráfi- co, transação comercial. 2 Contratos, ajuste. 3 Empresas (Dicionário Micha- elisn on line), mas no momento em que estamos falando em planejamento em uma empresa, significa entender todas as razões que levam os clientes a elegê-la como fornecedora preferencial de um determinado produto. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 42 Segundo Abell (1993) uma empresa deveria definir o seu negócio levando em conta três dimensões: • Quem será beneficiado, o grupo de consumidores; • O que será o beneficio, qual a necessidade dos consumidores; • Como satisfazer as necessidades dos consumidores. Pela aplicação dos conceitos de Abell a empresa pode aproveitar as mudanças ocorridas no ambiente, para ajudar a responder à questão: “Qual será o nosso negócio?”. Figura 17: Construir o negócio. Fonte: http://goo.gl/UxMHi A definição do negócio implica conhecer: • os clientes - quem são e onde estão; • os nossos clientes no futuro - quem serão; • as necessidades que os nossos produtos/serviços satisfazem; • as tecnologias necessárias; • os canais de distribuição que utilizamos. Os que utilizaremos no futuro, os mais eficientes. Os motivos por que comprar são definidos no momento do entendi- mento claro dos interesses percebidos pelas empresas e pessoas, que deci- dem por consumir determinado item, seja bens ou serviços. Para entendermos melhor, vamos exemplificar: Se você for definir o negócio de um cinema, talvez a sua resposta imediata fosse filmes. Essa seria a lógica simplista para um empreendedor. Como você agora é um técnico em comércio, irá se questionar; quem são os meus clientes? Quais os clientes que espero ter? Que produtos irão satisfazê-los? Quais as tecnologias aplicadas ao meu produto? De que forma o meu produto vai chegar até meus clientes? Nossa viu quantos questionamentos virão? e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica 43 Além do filme o que mais você estará oferecendo? Balas, pipocas, refrigerantes, ar condicionado, poltronas confortáveis, ou seja, você está indo muito além de simplesmente oferecer filmes, seu negócio é entreteni- mento, você está oferecendo diversão, lazer. Percebeu a abrangência destes questionamentos; após concluir o verdadeiro significado do seu negócio será muito mais fácil fazer o planeja- mento estratégico para a empresa. Quando for definir o negócio de uma empresa, questione sempre, insira perguntas que vai levá-lo em suas respostas à satisfação do cliente, o motivo pelo qual ele prefere a sua empresa. Para a construção de um plano de negócio, é necessário definir: Figura 18: Visão de futuro. Fonte: http://goo.gl/6TluK Visão: Onde se pretende chegar. Percepção de determinada coisa. Valores: O preço atribuído a uma coisa; estimação valia. Caráter dos seres pelo qual são mais ou menos desejados ou estimados por uma pes- soa ou grupo. Estimativa econômica da riqueza. Apreciação feita pelo indi- víduo da importância de um bem, com base na utilidade e limitação relativa da riqueza, e levando em conta a possibilidade de sua troca por quantidade maior ou menor de outros bens. O entendimento desses dois pontos e a definição do negócio serão os pontos cruciais para que a empresa efetue seu plano de marketing, é fundamental para o sucesso de quem produz e de quem usa um determinado insumo. Como vimos representa os princípios e a ética que a empresa deve respeitar para se manter no competitivo mercado, com o intuito de fazer uma gestão estratégica e ampla, para os negócios, produtos e serviços da empresa. Valia: Valor intrínseco ou inerente à substância do objeto de que se trata. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 44 Resumo Nesta aula, conceituamos o negócio da empresa e sua aplicabilida- de; verificamos a necessidade de conhecer a visão e os valores da empresa. Bem, agora é hora de praticar, vamos lá! Atividades de aprendizagem Prezado(a) acadêmico(a), com base na apostila virtual e na biblio- grafia recomendada, responda às questões a seguir. 1) Constitua uma empresa de pequeno porte no gráfico abaixo, de- finindo seu negócio, sua visão de futuro e os valores. Empresa: Definição do negócio: Visão de futuro: Valores da empresa: e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica AULA 1 Alfabetização Digital 45 Aula 6 - Definição de missão na empresa Figura 19: Missão: Reconhecimento global. Fonte: http://goo.gl/O51kK O objetivo desta aula é definir e elaborar a missão nas empresas. 6.1 Conceito de missão É uma afirmação clara e resumida daquilo que a empresa quer ser e, no que ela quer se transformar, e qual o valor que ela vai gerar para a so- ciedade ou o mercado. É uma forma de comunicação com a sociedade, onde se revela os benefícios que ela traz para o mercado. Missão significa responder às seguintes perguntas: • Por que a empresa existe? Em que ambiente ela está? • Para que propósito a empresa existe? • Que valores a empresa oferece para a sociedade? e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 46 Definir a missão da empresa é uma tarefa difícil, pois você precisa identificar os limites que são propostos, aonde a empresa que chegar, e prin- cipalmente definir os princípios num mercado tão competitivo. É um dos pontos do gerenciamento, muito discutido, mas pouco compreendido, onde raramente é aplicado com propriedade. O que muitas vezes leva a um planejamento inadequado e sem consistência. Ela deve responder o que a organização se apresenta a fazer e, principalmente, para quem irá fazer. A missão demonstra a preocupação de que o resultado da empresa é maior que o que foi feito para atingir esses resultados. O que se apresenta é algo com muito mais significado do que a simples descrição do que é feito. Segundo Oliveira (2007) a missão é a razão de ser da empresa, é uma forma de se traduzir determinado sistema de valores e crenças em termos de negócios e áreas básicas de atuação, considerando as tradições e filosofias da empresa. Para se formular a missão, algumas proposições são essenciais que sejam definidas, entre elas: • a razão de ser da empresa; • o negócio da empresa; • as atividades de concentração dos seus esforços no futuro; • o produto a ser colocado no mercado; • os fatores que influenciam as vendas; • os mercados, os clientes com os quais ela vai atuar; • a região de atuação da empresa; • suas crenças e valores. Definindo essas assertivas, facilitaremos o esboço dos principais temas a serem considerados na elaboração da missão, originando tais situ- ações: • determinação em que pontos devem ser aplicados os recursos disponíveis; • um acordo na administração de que os recursos e esforços para atingir a missão serão bem sucedidos. Então podemos dizer que toda empresa possui uma missão? Com certeza sim, o que ocorre é que algumas empresas utilizam na elaboração do plano de negócios e outras têm apenas informalmente, ou seja, o proprietário não descreveu sua missão, por não perceber a necessi- dade de explicitar essa informação. A missão representa a essência do quea empresa se propõe ao ser constituída, bem definida, ela indica os rumos a serem seguidos pela admi- nistração na organização e delineia as ações a serem desenvolvidas. Resumo Nesta aula, identificamos as características da missão, os propósi- tos da missão na empresa, como construir uma missão. A elaboração do plano de negócios, com a definição do negócio, valores e missão fica evidente quando a empresa inicia um processo de descentralização de decisões, seja porque ela está crescendo, seja porque o proprietário está se preparando para transferir as decisões aos sucessores da família ou a profissionais. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica 47 Atividades de aprendizagem 1) Elabore a missão para as seguintes empresas: a) Uma empresa de cosméticos: __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ _________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ b) Uma padaria: __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ c) Um supermercado de grande porte: __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica AULA 1 Alfabetização Digital 49 Aula 7 - Plano de ação Figura 20: O poder das engrenagens. Fonte: http://goo.gl/SvyHX Os objetivos desta aula são identificar os tipos e os procedimentos para a elaboração de um plano de ação. Para início, vamos identificar o que é um plano de ação. 7.1 Conceito de plano de ação Segundo Oliveira (2007) plano de ação é um conjunto das partes comuns dos diversos projetos ao assunto que está sendo tratado (recursos humanos, tecnologia, etc). É o planejamento das ações essenciais para alcançar um resultado desejado. Sendo nesse período, um momento de reflexão sobre sua missão, seus valores e sua visão de futuro. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 50 Para elaboração de um plano de ação, a empresa deve delinear os procedimentos a serem executados tais como: • como e quando será cumprido o plano; • quem será o responsável pela execução; • quem irá direcionar cada ação; • o porquê da realização de cada ação; • onde serão realizadas. As proposições e sugestões dos usuários e também o cenário que abrange a organização, são fatores essenciais na elaboração do plano de ação. 7.2 Aspectos gerais do plano de ação Figura 21: Metas de um plano de ações. Fonte: http://goo.gl/6gpJ0 Vamos ver agora, alguns pontos que um plano de ação deve con- templar: Objetivo: São deliberações específicas, resultados a serem alcan- çados em determinado tempo, que, resultarão no cumprimento da missão que a organização se propôs. Estratégias: São os rumos eleitos pela organização para indicar como ela pretende realizar seus objetivos. Cronograma: Gráfico demonstrativo do início e do término das di- versas fases de um processo operacional, dentro das faixas de tempo previa- mente determinadas, deve: • indicar o tempo necessário para a execução; • estimar o tempo em relação aos recursos disponíveis; • verificar a conexão entre as atividades a serem realizadas. No meio empresarial se popularizou a utilização da sigla 5W1H, é um micro-ckeck-list – para nos ajudar a lembrar dos seis pontos principais de um Plano de Ação. Origina-se das seis palavras em inglês: WHAT – WHEN – WHO – WHY - WHERE – HOW. Em português: O QUE – QUANDO – QUEM – PORQUE – ONDE – COMO A definição e o cumprimento de datas em um plano de ação são importantíssimos para a realização e sucesso da organização. O plano de ação é um documento descritivo que deve ser sucinto nas suas diversas seções, mas que não deve deixar margens a interpretações que não sejam claras. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica 51 Responsável: Deve indicar o responsável pelo projeto e também os responsáveis pela execução de cada ação. Recursos necessários: Devem expressar os meios apropriados para chegar ao resultado esperado. Resumo Nesta aula, pudemos identificar todos os elementos que compõem a elaboração de um plano de ação, sua metodologia e utilização. Atividades de aprendizagem Elaborar um plano de ação da seguinte empresa: PLANO DE AÇÃO DA EMPRESA XYZ LTDA – 1ª Fase Meta: Implantar o Programa “5S” de qualidade em 100% das instalações da XYZ LTDA até abril de 2011 O que fazer Quem Como Jan Fev Mar Abr 1 2 3 4 5 6 Onde Por que Jan Fev Mar Abr 1 2 3 4 5 6 e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica AULA 1 Alfabetização Digital 53 Aula 8 - Plano de negócio Figura 22: Plano de negócios: a bússola da empresa. Fonte: http://goo.gl/QgwtQ Já aprendemos a construir um plano de ação, vamos então conhe- cer e elaborar agora o plano de negócios de uma organização. 8.1 Conceito de plano de negócios Para alguns empreendedores, o plano de negócio é o principal do- cumento a ser elaborado antes do início das atividades das organizações, pois é nele que se vai estruturar todas as informações para a realização de um projeto e para fazer um prognóstico dos problemas e a viabilidade de soluções. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 54 Como vimos, é valer-se da ideia do empreendedor e transformá-la numa ação exequível. Para isso, são necessárias algumas informações im- portantes, tais como, as características do empreendimento, quais as partes envolvidas, as oportunidades a serem conquistadas, quais os pontos que podem ser ameaças para realização do projeto. Quando se vai iniciar um negócio, e se você pretende solicitar re- curso a investidores ou órgão de fomento, o seu plano de negócios passa a ser essencial, pois através dele você poderá explicitar os sonhos e idéias de uma maneira formal e estruturada. Sendo que é uma de suas principais fi- nalidades, ou seja, persuadir o investido do poder de realização do negócio, através da informação. A elaboração do documento em si, não é das mais complexas, mas a base de todo o formato do projeto é obter informação fidedigna para a realização das proposições. 8.2 Detalhes de um plano de negócios • definir o que é o negócio, quais os produtos e serviços serão propostos, quais os motivos que levam a achar que o empreendi- mento será um sucesso, quais as oportunidades que se percebe ou se pretende explorar; • definir quem administrará o negócio, qual o grau de formação esta pessoa tem, que qualificação será necessária para a equi- pe, quantos funcionários precisará, suas atividades e também a remuneração, qual será a estrutura organizacional, sua missão e a visão; • presumir quem são os clientes potenciais, onde eles estão e como atraí-los, identificar qual será o diferencial do negócio para a fidelização dos clientes, é fato que se deve conhecer tam- bém quem são os seus concorrentes, conhecer quais os fatores de manutenção dele no mercado, identificarqual o seu nicho, demonstrar qual o seu ambiente externo, descrever como divul- gar e promover o seu negócio, de que forma será a distribuição do produto ou serviço; • identificar as fontes do capital inicial do empreendimento, pro- jeção de faturamento, investimentos e gastos, definir em quanto tempo terá o retorno deste investimento, projetar o fluxo de caixa e o volume de negócio esperado para alcançar o ponto de equilíbrio no resultado operacional, definir o capital permanente que será investido; • elaborar um cronograma com todos os procedimentos propostos para que se possa acompanhar a execução deles; • elaborar um resumo de forma a conquistar, investidores, par- ceiros, não se esquecendo de sempre pontuar com veracidade e organização; • a construção do plano de negócios deve conter o máximo de informações para que o empreendedor identifique fatores que o levarão ao sucesso ou antecipe falhas que poderiam levá-lo ao fracasso; Exequível: adjetivo que se pode executar. Nicho: corresponde a um segmento de mercado constituído número de consumidores com características e necessidades homogêneas e facilmente identificáveis. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica 55 • o plano de negócios além de ser uma excelente ferramenta na iniciação do empreendimento, poderá ser feito para uma empre- sa em funcionamento, como ferramenta de marketing interno e gestão. Para Bolson (2003), plano de negócio é uma obra de planejamento dinâmico que descreve um empreendimento, projeta estratégias operacio- nais e de inserção no mercado e prevê os resultados financeiro. Segundo o mesmo autor, a estratégia de inserção no mercado talvez seja a tarefa mais importante e crucial do planejamento de novos negócios. Figura 23: Ações cruciais da empresa. Fonte: http://goo.gl/MNZyS Para elaborar o plano de negócios utilizaremos os conceitos apre- endidos na aula 3, onde identificamos alguns métodos e técnicas utilizados como ferramentas na elaboração de projetos e planos, estas ferramentas irão compor o plano de negócio para analisar o ambiente externo e interno da organização. A seguir colocaremos em prática os conteúdos até então apreendi- dos, vamos fazer um modelo de plano de negócios utilizando a técnica de análise SWOT, poderíamos utilizar outras das estudadas, a metodologia a ser usada vai depender do tipo de empreendimento. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 56 8.3 Passos para elaboração do plano de negó- cios 1. Definir o conceito do negócio; 2. identificar seu principal diferencial, os objetivos financeiros e estratégicos; 3. detalhar O QUE será feito, POR QUEM será feito e COMO será feito, para que os objetivos do negócio sejam atingidos; 4. definir os produtos que serão ofertados no mercado; 5. identificar A QUEM vai ser oferecido e QUEM vai competir com o novo negócio; 6. posicionar COMO o cliente vai ser localizado e atendido; 7. levantar QUANTO será necessário investir no novo negócio, e QUANDO será o retorno financeiro previsto; 8. definir QUANDO poderão ser realizadas as atividades e como se- rão atingidas as metas; 9. identificar os riscos, e até mesmo evitá-los através de um plane- jamento adequado; 10. estabelecer os pontos fortes e fracos da organização e compará- -los com a concorrência e o ambiente de negócios em se que atua; 11. reconhecer o mercado de atuação e definir estratégias de ma- rketing para seus produtos e serviços; 12. avaliar o desempenho financeiro do negócio, analisando os in- vestimentos, e o retorno sobre o capital investido. 8.4 Análise SWOT / FOFA no plano de negócio AMBIENTE INTERNO PONTOS POSITIVOS AMBIENTE EXTERNO FORÇAS (Strenghts) OPORTUNIDADES (Opportunities) FRAQUEZAS (We- akness) PONTOS NEGATIVOS Quadro I – Análise SWOT / FOFA Fonte: próprio autor Como vimos nas aulas anteriores, esta ferramenta estrutural auxilia na análise do ambiente interno e externo da empresa. A análise SWOT fornece segundo Machado (2005), uma orientação estratégica bastante significativa, pois permite: • eliminar pontos fracos nas áreas pelas quais a empresa enfrenta ameaças graves da concorrência e tendências desfavoráveis pe- rante o negócio; • compreender oportunidades descobertas a partir de seus pontos fortes; e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministração Estratégica 57 • corrigir pontos fracos nas áreas em que a organização vislumbra oportunidades potenciais; • monitorar áreas onde a organização possui pontos fortes afim de não ser surpreendida futuramente por possíveis riscos e incertezas. O empreendedor deverá elencar os pontos positivos e os pontos negativos da organização, após esta tarefa que não é das mais simples, pois, identificar os problemas e até mesmo valorizar os pontos positivos requer um processo bastante minucioso, muitas vezes, gerando conflitos e posicio- namentos contrários a administração da empresa. Após o diagnóstico, eis o momento de produzir resultados para a alavancagem da empresa no mercado. 8.5 Benefícios gerados na execução do plano de negócios Figura 24: Geração de resultados. Fonte: http://goo.gl/nEu3Z • orienta o empreendedor no início de sua atividade econômica ou na expansão do negócio; • concede ao empreendedor estruturar as principais visões para uma análise de viabilidade do negócio pretendido e minimizar os riscos já identificados; • contribui para a formulação de uma vantagem competitiva que pode representar a sobrevivência da empresa; • figura como um instrumento de solicitação obtenção de créditos junto a investidores e instituições financeiras; e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 58 • quando proposto a uma organização já em andamento, além dos objetivoscomuns à implantação de um negócio, preocupa- -se com a expansão da empresa, seja com um produto novo ou aumento na receita operacional. Então percebeu que para construir um plano de negócios, não há uma receita pronta e acabada, não se tem uma estrutura obrigatória e for- mal, porém, ele deve possuir o máximo de informação para um entendimen- to completo pelos seus usuários. Resumo Nesta aula, conhecemos como elaborar um plano de negócio, suas características e sua aplicabilidade. Vimos que a metodologia de análise SWOT é uma das ferramentas auxilia na confecção do plano de negócio, identificamos os benefícios gerados para a organização que entra no merca- do com metas e objetivos a serem alcançados. Vamos colocar a casa em ordem e praticar. Atividades de aprendizagem Prezado(a) acadêmico(a), com base na apostila virtual e na biblio- grafia recomendada, monte um plano de negócios de uma empresa de sua escolha, utilizando a matriz de análise SWOT / FOFA. _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________
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