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* * * FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ UNIVERSIDADE DE FORTALEZA Centro de Ciências da Saúde – CCS Curso de Fisioterapia Radiologia do Tórax Professor Flávio Alencar * * * Anatomia radiológica do tórax O pulmão Se divide à direita em 03 lobos separados pela fissura horizontal e a fissura oblíqua e à esquerda em dois lobos separados pela fissura oblíqua. * * * Pulmão Os lobos pulmonares se dividem em segmentos pulmonares que são ventilados por brônquios segmentares (ramificações dos brônquios lobares). Os segmentos pulmonares são territórios com brônquios e vasos pulmonares próprios e estão separados dos segmentos vizinhos por septos de tecido conjuntivo septos inter-lobulares dos pulmões. * * * Lóbulo pulmonar secundário de Miller É a menor porção do pulmão envolvida por tecido conjuntivo. Tem a forma de um cone e a sua base mede entre 1 a 2,5cm. Seu eixo é formado por um bronquíolo centro-lobular e uma arteríola centro-lobular. Segue-se, então, os bronquíolos terminais e os ácinus. * * * * * * Traquéia, brônquios e bronquíolos A traquéia é uma estrutura mediana contendo ar. Se inicia ao nível do bordo inferior de C5 e termina ao nível de T5 ou T6. Se situa na frente do esôfago. Tanto na criança como no adulto, ela é geralmente retilínea. Porém, na criança, na fase expiratória, a traquéia pode apresentar uma maior convexidade para a direita devido a aorta localizada a esquerda. A traquéia pode estar desviada para o lado se o paciente vira a cabeça durante o exame. No idoso a aorta pode estar deslocada para a direita por causa de uma aorta “desenrolada”. No raio-x em PA, a traquéia é vista com menor nitidez apesar de sua densidade aérea ser diferente da densidade mediastínica sobreposição de estruturas. É bem visualizada no raio-x em perfil. * * * * * * Os Brônquios Vão se dividindo em ramos cada vez menos calibrosos até suas paredes não conterem anéis cartilaginosos. No raio-x de tórax, os brônquios e bronquíolos terminais não são visualizados, pois contêm ar em seu interior e ar fora (no parênquima pulmonar). Suas paredes são muito finas para serem visualizadas. Os brônquios fontes podem ser visualizados, pois suas paredes são mais espessas. * * * Hilo radiológico e vasos pulmonares É constituído pelas artérias pulmonares principais: À esquerda: ramo principal do tronco da artéria pulmonar À direita: ramos de divisão da artéria pulmonar. O hilo radiológico esquerdo tem uma posição mais alta do que o direito (97% dos casos). * * * A vascularização pulmonar Tem como função oxigenar o sangue venoso periférico. Os vasos pulmonares são mais calibrosos próximo aos hilos e mais numerosos nas bases (devido a pressão hidrostática) na incidência em PA e em posição ortostática. * * * A vascularização pulmonar Os vasos pulmonares são bem visualizados nas radiografias simples pois têm densidade hídrica no meio do pulmão que tem densidade aérea. Na porção periférica, são pouco percebidos ou não visualizados. Vascularização x decúbito. * * * Imagem gemelar Uma artéria sempre se acompanha de um brônquio satélite, ambos com mesmo calibre. * * * A pleura Formada por dois folhetos: Parietal, colada à parede do tórax, diafragma e mediastino. Visceral, colada aos pulmões. Normalmente não é visualizada nas radiografias torácicas. Porém, as fissuras pleurais podem ser visualizadas entre os lobos pulmonares. No raio-x normal de tórax, em PA, a fissura pleural horizontal pode ser vista como uma fina linha horizontal radiopaca (fio de cabelo branco), no meio do hemitórax direito. No perfil do tórax, podemos visualizar as fissuras oblíquas. * * * O diafragma Divide o tórax do abdome, servindo também de união entre essas duas cavidades através de seus orifícios. Possui duas hemicúpulas. A direita é mais alta que a esquerda. No jovem, seu contorno superior é convexo e nítido. No idoso tem aspecto fasciculado, mais a direita. * * * O diafragma * * * Diafragma A hemicúpula direita se situa ao nível da 6ª ou 7ª costela anterior, ou no espaço entre essas duas costelas. Forma lateralmente com as paredes torácicas fundos de saco seios costofrênicos. Com o coração seio cardiofrênico. Estes seios são profundos, pontiagudos e simétricos. No perfil, o terço anterior do diafragma é mais alto que seus 2/3 posteriores. * * * O diafragma * * * Diafragma Na incidência em perfil, a hemicúpula direita é paralela à esquerda e seu contorna é normalmente visualizado de forma inteira, de trás pra frente. Já a esquerda, tem seu contorno superior apagado devido o contato com o coração. Princípios de Felson. A bolha gástrica, quando visível, fica abaixo da hemicúpula esquerda. * * * Bolha gástrica * * * Mediastino Coração e grandes vasos Esôfago Timo * * * Mediastino * * * Coração Bem visualizado nos clichês radiográficos: Dimensões em relação aos outros órgão do tórax Densidade hídrica entre dois pulmões de densidades aéreas. A imagem cardíaca se situa no meio do clichê torácico, com maior predominância esquerda (2/3). * * * Coração O eixo cardíaco se dirige para baixo, para frente e para esquerda. Visualizamos: Aorta Veia cava superior e inferior Artéria pulmonar Daí ser uma imagem cardiovascular e não cardíaca. As vezes, a veia cava inferior, vinda do abdome ao nível do seio cardiofrênico direito, oblitera esse ângulo. * * * Fatores que alteram a forma e/ou as dimensões cardiovasculares Idade: o índice cardíaco torácico (ICT) no recém-nascido é maior que no adulto. Biótipo: Longilíneo: imagem cardiovascular mais longa. Brevilíneo: imagem mais alargada, aparentando um aumento do volume cardiovascular. A respiração: devido a subida e descida do diafragma Na inspiração: O coração fica mais verticalizado e de menor tamanho. Os pulmões ficam bem areados e mais transparentes (escuros) Na expiração: Imagem mais alargada, aparentando maior volume cardíaco. Os pulmões ficam mais claros ou “esbranquiçados”, devido a uma saída importante de ar. Incidência radiológica: PA x AP Postura: ortostáse x decúbito dorsal * * * * * * Contornos da imagem cardiovascular Silhueta cardiovascular: À direita (dois arcos): 1° arco bordo externo da veia cava superior, em pessoas jovens. Na pessoa idosa corresponde ao bordo externo da aorta. 2° arco corresponde ao bordo externo do átrio direito. À esquerda (3 arcos): 1° arco crossa da aorta. 2°arco bordo externo do tronco da artéria pulmonar. 3° arco bordo externo do ventrículo esquerdo. * * * Contornos da imagem cardiovascular Nas incidências PA ou AP, o ventrículo direito e o átrio esquerdo não fazem parte dos contornos normais da silhueta cardiovascular. Somente nas incidências oblíqua e perfil. A aorta descendente é bem visualizada na radiografia do tórax em PA ou AP devido se situar atrás do coração e estar em contato anatômico com o pulmão esquerdo. (princípios de Felson). Contorno externo da crossa da aorta até próximo ao diafragma, sempre em paralelo com a coluna dorsal. * * * Aorta No perfil é vista atrás da silhueta cardíaca e na frente da coluna dorsal. Desaparece muito acima do diafragma devido ter densidade hídrica e entrar no mediastino de mesma densidade. * * * Esôfago Normalmente não é visualizado. Apresenta muitas túnicas musculares no meio do mediastino com densidades muito semelhantes. Para ser visualizado quando normal, devemos utilizar um contraste radiológico: o sulfato de bário (SO4Ba). É bem visualizado na TC. * * * Timo Órgão glandular que se situa no mediastino anterior. Se apresenta como uma imagem radiopaca (densidade hídrica). É visível no raio-x normal até os dois anos de idade. * * * Partes moles torácicas * * * Esterno * * * Clavículas * * * Demonstraçãodas costelas posteriores e anteriores * * * Coluna vertebral * * * Fissuras horizontais e oblíqua * * * Veia cava superior * * * Aorta descendente * * * Traquéia (linhas)
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