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Planejamento e organização da Unidade de Alta Complexidade Prof. Érika Alencar Definição de Terapia Intensiva • Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), que constitui-se de um conjunto de elementos funcionalmente agrupados, destinado ao atendimento de pacientes graves ou de risco que exijam assistência médica e de enfermagem ininterruptas, além de equipamento e recursos humanos especializados. • À UTI pode estar ligada uma Unidade de Tratamento Semi- Intensivo. Objetivo do Serviço de Tratamento Intensivo • Os Serviços de Tratamento Intensivo têm por objetivo prestar atendimento a pacientes graves e de risco que exijam assistência médica e de enfermagem ininterruptas, além de equipamento e recursos humanos especializados. • Toda Unidade de Tratamento Intensivo deve funcionar atendendo a um parâmetro de qualidade que assegure a cada paciente: * Direito à sobrevida, assim como a garantia, dentro dos recursos tecnológicos existentes, da manutenção da estabilidade de seus parâmetros vitais; * Direito a uma assistência humanizada; * Uma exposição mínima aos riscos decorrentes dos métodos propedêuticos e do próprio tratamento em relação aos benefícios obtidos; * Monitoramento permanente da evolução do tratamento assim como de seus efeitos adversos. LEITO PRONTO O QUE É PRECISO PARA UM LEITO DE UTI ESTAR PRONTO PARA ADMITIR O PACIENTE? REQUISITOS BÁSICOS DOS SERVIÇOS DE TRATAMENTO INTENSIVO • É obrigatória a existência de UTI em todo hospital secundário ou terciário com capacidade igual ou superior a 100 leitos. • O número de leitos de UTI em cada hospital deve corresponder a entre 6% e 10% do total de leitos existentes no hospital, a depender do porte e complexidade deste, e levando-se em conta os seguintes parâmetros referenciais: a) 5% de leitos UTI Adulto em se tratando de Hospitais Gerais; b) 5% de leitos UTI Pediátricos em relação ao total de leitos pediátricos do Hospital; c) 5% de leitos de UTI Neonatal em relação ao número de leitos obstétricos do Hospital; d) 10% de leitos de UTI Especializada, em se tratando de Hospitais Gerais que realizem cirurgias complexas como Neurocirurgia, Cirurgia Cardíaca e que atendam trauma e queimados; • Ambientes da UTI Toda Unidade de Tratamento Intensivo deve possuir, no mínimo, os seguintes ambientes para o desenvolvimento de suas atividades: - Área Coletiva de Tratamento e/ou Quartos de Pediatria ou Adulto, em UTI's Adulto e Pediátrica. - Área Coletiva de Tratamento de Neonatologia, em UTI Neonatal. - Quarto de Isolamento. - Posto/Área de Serviços de Enfermagem. - Área para Prescrição Médica. - Sala de Utilidades. - Sala Administrativa. - Copa. - Rouparia. - Sala de Preparo de Equipamentos/Material. - Depósito de Equipamentos/Material. - Sanitário com Vestiário para Funcionários. - Sanitário ou Banheiro para Pacientes, em UTI's Adulto ou Pediátrica. - Sala de Espera para Acompanhantes e Visitantes. - Sanitário para Público. - Depósito de Material de Limpeza. - Sala de Reuniões/Entrevista. - Área de Estar para a equipe de saúde. - Expurgo Novas regras de funcionamento de uma UTI – RDC nº 07 de 23/02/2010 (alteração – RDC 137/2017) Equipe de profissionais na UTI: Entre as medidas, passa a ser obrigatório que o responsável técnico (chefe ou coordenador médico) deve ter título de especialista em Medicina Intensiva para responder por UTI Adulto As chefias de enfermagem e de fisioterapia também devem ser especialistas em terapia intensiva ou em outra especialidade relacionada à assistência ao paciente grave, específica para a modalidade de atuação (adulto, pediátrica ou neonatal) "Art. 13 - ................... § 1º - O Responsável Técnico médico, os coordenadores de enfermagem e de fisioterapia devem ter título de especialista, conforme estabelecido pelos respectivos conselhos de classe e associações reconhecidas por estes para este fim. • Em termos de recursos humanos passa a ser necessário designar uma equipe multiprofissional, legalmente habilitada, a qual deve ser dimensionada, quantitativa e qualitativamente, de acordo com o perfil assistencial, a demanda da unidade e legislação vigente, contendo, para atuação exclusiva na unidade, no mínimo, os seguintes profissionais: Médico diarista/rotineiro: 01 para cada dez leitos ou fração, nos turnos matutino e vespertino, com título de especialista em Medicina Intensiva para atuação em UTI Adulto; habilitação em Medicina Intensiva Pediátrica para atuação em UTI Pediátrica; título de especialista em Pediatria com área de atuação em Neonatologia para atuação em UTI Neonatal; Médicos plantonistas: no mínimo 01 para cada dez leitos ou fração, em cada turno; • Enfermeiros assistenciais: no mínimo 01 para cada dez leitos ou fração, em cada turno; Fisioterapeutas: no mínimo 01 para cada dez leitos ou fração, nos turnos matutino, vespertino e noturno, perfazendo um total de 18 horas diárias de atuação; Técnicos de enfermagem: no mínimo 01 para cada dois leitos em cada turno, além de um técnico de enfermagem por UTI para serviços de apoio assistencial em cada turno; Auxiliares administrativos: no mínimo 01 exclusivo da unidade; A RDC nº 07/2010 também determina quantidade de equipamentos por leitos, assim como materiais essenciais para o atendimento ao paciente crítico. E um dado importante: a evolução do estado clínico, as intercorrências e os cuidados prestados devem ser registrados pelas equipes médica, de enfermagem e de fisioterapia no prontuário do paciente, em cada turno, e atendendo as regulamentações dos respectivos conselhos de classe profissional e normas institucionais 1. Qual o objetivo do Tratamento Intensivo? 2. Em se tratando de Hospitais gerais que realizam cirurgias de Alta Complexidade, qual a porcentagem de leitos de UTI que este hospital deve ter? 3. Quantos Enfermeiros por leito devem prestar assistência em UTI de acordo com RDC nº 07 atualizada em 23/02/13? 4. #LEIAM AS RDCs