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Inclusão escolar de alunos com TDAH

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A ESCOLA E OS TIPOS DE INCLUSÃO
IENSEN, Jislene Serbai. RU 1243710.
POLO Palmital/PR
UNINTER
Resumo 
O presente trabalho foi feito a partir de entrevista com a professora e mãe de um aluno portador de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Assim, conhecendo suas especificidades, como é a convivência familiar e em sala de aula, também este trabalho busca compreender as características do TDAH, fazendo citações de alguns autores sobre o tema. Este estudo ainda mostra como o professor trabalha em sala de aula com o educando portador de TDAH, como foi feito o diagnóstico do aluno e, suas dificuldades e potenciais. Ainda, mostra o que é necessário para uma escola ser de fato inclusiva.
Palavras-chave: Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Escola. Educador. 
O indivíduo com Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) tem como características a inquietação, impaciência, atividade motora excessiva, também, conversa de modo excessivo, e é agitado. De 3 a 6% das crianças com idade escolar sofrem com esse transtorno.
O (TDAH) possui três sintomas que são mais caraterísticos: hiperatividade, impulsividade e desatenção.
O TDAH vem sendo considerado pelos educadores como um fator preocupante, principalmente na fase escolar. Num período onde a criança inicia seu contato com a leitura e escrita, é necessário que mantenha sua atenção e concentração sustentados, a fim de que os objetivos pedagógicos propostos possam ser alcançados. Na idade escolar, crianças com TDAH apresentam maior probabilidade de repetência, evasão, baixo rendimento acadêmico e dificuldade emocionais e de relacionamento social, e pessoas que apresentam sintomas de TDHA na infância têm uma maior probabilidade de desenvolver problemas relacionados com comportamento.
 Rev.Psicopedagia. vol.27 no.84 São Paulo 2010
Em conversa com a mãe de um aluno portador de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) identificou-se que o mesmo desde bem pequeno era muito agitado e impaciente o choro era constante. Segundo a mãe “Não ficava quieto nem um minuto”, porém como era seu primeiro filho pensava ser normal as “birras”. 
Para fazer o diagnóstico é preciso cautela, pois são diversos estudos que visam explicar como é o TDAH. Jones (2004, p.7) cita:
Embora bastante comum, o termo “hiperatividade” é muito mal-empregado. As pesquisas mostram que, pelo menos uma parte do tempo, 30 por cento dos pais descrevem seu filho como” hiperativo”. Cerca de um entre dez pais diriam que seu filho teve um sério problema de hiperatividade. Pesquisadores norte-americanos estimaram que de 5 a 8 por cento das crianças têm esse problema, enquanto os especialistas britânicos acreditam que o número de crianças com verdadeira hiperatividade seja tão pouco quanto uma em cem, ou até mesmo uma em duzentas. (JONES, 2004, p.7)
 A criança foi diagnosticada com TDAH quando começou a frequentar a escola pois o aprendizado não acontecia, com a orientação da escola a mãe levou o filho para consulta com neurologista e depois de vários exames veio o diagnóstico. O aluno toma o medicamento ‘Ritalina” e faz acompanhamento com psicóloga.
Hoje, a criança frequenta o 4º ano do Ensino Fundamental, segundo a professora o aluno tem dificuldades, porém tem muitos potenciais. As dificuldades do aluno são a falta de concentração por muito tempo em uma mesma atividade e a inquietação, onde a professora citou que o aluno está geralmente andando pela sala. Quanto aos seu potenciais a regente falou que quando se trata de um tema que o aluno gosta muito ele fica muito interessado, referindo se sobre carros que o mesmo conhece muitos modelos e peças de veículos, com isso a educadora relatou que para ele se concentrar em uma determinada atividade ela usa recursos relacionados a carros por exemplo ou outro tema do interesse do educando. .
 A professora trabalha de modo que visa atender a especificidade do educando como: colocar o mesmo sentado nas primeiras fileiras, faz atividades partindo de algo que ele gosta e, algumas vezes utiliza recursos audiovisuais além de fazer trabalhos com pesquisa. Ainda, para que o aluno não se distraia tão facilmente a professora citou que não coloca muitas informações nas paredes da sala como por exemplo: os cartazes são poucos e não tão coloridos, também, nas atividades em grupo coloca o aluno com aqueles que o mesmo tem mais afinidade.
O professor deve se colocar no lugar do educando, tentando entender a situação que o mesmo vivencia, conversando e ouvindo tendo a sensibilidade de perceber que o aluno sozinho não consegue realizar algo. Leite e Tuleski (2011) destacam:
Ao ensinar qualquer conteúdo ao estudante, é importante que este saiba qual a relevância daquilo que está sendo ensinado. Ao reconhecer determinado conteúdo (atividade) como necessário à sua vida, o estudante atribuirá sentido à atividade que implica no estudo daquele conteúdo e, consequentemente, fixará sua atenção e seu comportamento voluntariamente naquilo que está sendo ensinado. (LEITE E TULESKI, 2011).
É necessário que o professor organize a sala de aula para atender as necessidades do aluno e visando diminuir as dificuldades, estabelecendo regras também, é importante ter uma rotina. O educador deve buscar práticas e metodologias condizentes com a realidade do aluno com TDAH. Eidt e Ferracioli (2013) ressaltam:
Na maior parte das vezes é apenas na escola que a criança terá contato com conteúdos sistematizados e ricos, distintos daqueles de seu cotidiano fora da instituição escolar. Essas atividades e conteúdos escolares lhe proporcionarão apropriações a que, dificilmente, teria acesso em casa ou em outros lugares, ao menos não com a mesma complexidade e, portanto, como vimos até aqui, que não impulsionarão o desenvolvimento de suas funções psicológicas superiores, cada vez mais próximas daquilo que há de mais elaborado no gênero humano. O educador tem a tarefa de organizar as mediações entre adulto e criança, para que funções como a linguagem ou autodomínio do comportamento possam ser controladas cada vez mais conscientemente por ela. (EIDT E FERRACIOLI, 2013, p.121)
Para a escola ser de fato inclusiva ela deve ser mediadora, conhecer a realidade social da família do aluno e ter constante conversa sobre como são as atitudes do educando na escola e na sociedade, favorecer a participação dos pais na escola. Promover a relação do aluno TDAH com o restante da sala e com os conteúdos expostos. Além de ser um local de transmissão de conhecimentos a escola deve ser um lugar prazeroso que estimule o desenvolvimento de todos os seus educandos sejam eles portador de alguma dificuldade ou não. 
Referências
BIBIANO Bianca. O que é o Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/292/transtorno-deficit-atencao-com-sem-hiperatividade-tdah Acesso em :20/05/2018
EIDT, N. M; FERRACIOLI, M.U. O Ensino Escolar e o Desenvolvimento da Atenção e da Vontade: superando a concepção organicista do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. In: ARCE, A.; MARTINS, L.M. Quem tem medo de ensinar na educação infantil: em defesa do ato de ensinar. Campinas, SP: Editora Alínea, 2013. 3° ed. p. 97-127
JONES, M. Hiperatividade como ajudar seu filho. São Paulo: Plexus Editora, 2004. 
LEITE, H. A.; TULESKI, S. Psicologia Histórico-Cultural e desenvolvimento da atenção voluntária: novo entendimento para o TDAH. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S141385572011000100012&script=sci_arttextC. Acesso em: 31/05/2018.
MISSAWA, Daniela Dadalto Ambrozine; ROSSETTI, Claudia Broetto. Psicólogos e TDAH: possíveis caminhos para diagnóstico e tratamento. Constr. psicopedag., São Paulo, v. 22, n. 23, p. 81-90, 2014.
 Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-69542014000100007&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 31/05/ 2018.

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