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EBOOK SAÚDE DA CRIANÇA I

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1 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
3 
 
SUMÁRIO 
Introdução ............................................................................................................................................. 4 
Sala de Parto ......................................................................................................................................... 8 
Avaliação da vitalidade ao nascer .............................................................................................................. 8 
Assistência ao RN de termo com Boa Vitalidade ao nascer ......................................................... 13 
Assistência na sala de parto ....................................................................................................................... 14 
Tratamento da Sífilis no RN ........................................................................................................... 20 
Classificações ..................................................................................................................................... 22 
Escala de APGAR .............................................................................................................................. 24 
Avaliação Neurocognitivas ............................................................................................................ 28 
Método Canguru ............................................................................................................................... 36 
As Etapas de Aplicação do Método ........................................................................................................ 38 
Triagem ................................................................................................................................................ 44 
Doenças triadas no Teste do Pezinho ......................................................................................... 48 
Avaliação da Criança ....................................................................................................................... 59 
Simulado .............................................................................................................................................. 61 
Gabarito ............................................................................................................................................... 73 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
Olá Pessoal, 
 
Como estão os estudos? Animados? 
Hoje nosso assunto será Saúde da Criança, nessa aula abordaremos os assuntos 
relacionados abaixo: 
• Política Saúde da Criança e Rede Cegonha; 
• Cuidado ao RN (sala de parto, apgar, reflexos, triagem neonatal); 
 
Estudaremos nas próximas aulas os assuntos relacionados abaixo: 
• Exame físico; 
• Crescimento e Desenvolvimento; 
 
Vamos nessa? 
 
Primeiro vamos abordar sobre Rede Cegonha. Esse programa do Ministério da 
Saúde é regulado pela Portaria Nº 1459/2011 (Institui, no âmbito do Sistema Único de 
Saúde - SUS - a Rede Cegonha) e consiste numa rede de cuidados que visa assegurar à 
mulher o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à gravidez, ao 
parto e ao puerpério, bem como à criança o direito ao nascimento seguro e ao 
crescimento e ao desenvolvimento saudáveis. 
 
 
 
A diretriz da Rede Cegonha voltado para a saúde da criança é: 
IV - Garantia da atenção à saúde das crianças de zero a vinte e quatro meses com 
qualidade e resolutividade; 
 
5 
 
 
 
Vamos detalhar esse componente que inclui as crianças? Estamos falando do 
componente número III desta portaria que é: 
 
III - Puerpério e Atenção Integral à Saúde da Criança 
 
Rede Cegonha 
Componente PUERPÉRIO E ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA: 
 
a) promoção do aleitamento materno e da alimentação complementar saudável; 
b) acompanhamento da puérpera e da criança na atenção básica com visita domiciliar na 
primeira semana após a realização do parto e nascimento; 
c) busca ativa de crianças vulneráveis. 
 
 
Objetivos da Rede Cegonha: 
I - Fomentar a implementação de novo modelo de atenção à saúde da mulher e à 
saúde da criança com foco na atenção ao parto, ao nascimento, ao crescimento e 
ao desenvolvimento da criança de zero aos vinte e quatro meses; 
II - Organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil para que esta garanta 
acesso, acolhimento e resolutividade; e 
III - reduzir a mortalidade materna e infantil com ênfase no componente neonatal. 
Caiu na prova! 
 
6 
 
 
(CESPE 2013) No âmbito da Rede Cegonha, preconiza-se a realização da primeira 
semana de saúde integral (PSSI), que consiste em uma estratégia de saúde na qual são 
realizadas atividades na atenção à saúde de puérperas e recém-nascidos. Com 
referência a esse assunto, assinale a opção correta. 
 
a) Os testes anti-HIV e VDRL são disponibilizados para realização apenas durante o pré-
natal ou na maternidade. Após receber alta, a puérpera deverá procurar o serviço de 
saúde para realizar os testes fora da PSSI. 
b) A condição de residência da família, a escolaridade da mãe e a renda familiar não são 
fatores de risco para o recém-nascido, embora seja necessário relatar tais informações no 
prontuário da criança. 
c) Não se deve incluir a família nas consultas puerperais, pois a mulher pode se sentir 
constrangida com a presença do marido durante seus relatos. 
d) O agendamento das consultas deve obedecer ao seguinte calendário previsto para o 
seguimento da criança: 2.º, 4.º, 6.º, 9.º, 12.º, 18.º e 24.º meses de vida. 
e) Recomenda-se uma visita domiciliar na segunda semana após a alta do bebê. Caso o 
recém-nascido tenha sido classificado como de risco, a visita deverá acontecer nos 
primeiros seis dias após a alta. 
 
Comentário: 
Letra A. Errada a realização dos testes podem ser feitas dentro do puerpério, pois essa fase faz 
parte da rede cegonha. 
Letra B. Errada. Condição de residência da família, a escolaridade da mãe e a renda familiar são 
fatores de risco. 
Letra C. Errada. A família deve ser inserida na atenção ao pré-natal e em todas as fases do 
atendimento, inclusive no parto. 
Letra D. Apesar de a banca ter considerado correta, é importante destacar que as consultas da 
criança até os 24 meses incluem ainda a consulta da 1ª semana de vida e a consulta de 1 mês. 
 
 
Observe o nosso Caderno de Atenção Básica 33: 
 
7 
 
O Ministério da Saúde recomenda sete consultas de rotina no primeiro ano de vida (na 1ª 
semana, no 1º mês, 2º mês, 4º mês, 6º mês, 9º mês e 12º mês), além de duas consultas no 2º ano 
de vida (no 18º e no 24º mês) e, a partir do 2º ano de vida, consultas anuais, próximas ao mês do 
aniversário. 
Letra E. Errada. 
b) acompanhamento da puérpera e da criança na atenção básica com visita domiciliar na 
primeira semana após a realização do parto e nascimento. 
 
Resposta Correta 
d) O agendamento das consultas deve obedecer ao seguinte calendário previsto para o 
seguimento da criança: 2.º, 4.º, 6.º, 9.º, 12.º, 18.º e 24.º meses de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
SALA DE PARTO 
Avaliação da vitalidade ao nascer 
 
Imediatamente após o nascimento, a necessidade de reanimação depende da 
avaliação rápida de 4 situações referentes à vitalidade do concepto, sendo feitas as 
seguintes perguntas: 
 
 
Se a resposta é sim a todas as perguntas, considera-se que o RN está com boa 
vitalidade e NÃO necessita de manobras de reanimação. 
 
Observe como foi cobrado! 
 
(CESGRARIO UNIRIO 2016) Imediatamente após o nascimento, anecessidade de 
reanimação neonatal deve ser avaliada, considerando as seguintes perguntas 
norteadoras: 
 
(A) Gestação a termo?; Respirando ou Chorando?; Tônus em flexão? 
(B) Gestação a termo?; Respirando ou Chorando?; Apgar > 7? 
(C) Gestação a termo?; Apgar < 7?; Tônus em flexão? 
 
9 
 
(D) Gestação a termo?; Apgar < 5?; Tônus em extensão? 
(E) Gestação a termo?; Presença de mecônio?; Respirando ou Chorando? 
 
Resposta Correta: 
(A) Gestação a termo?; Respirando ou Chorando?; Tônus em flexão? 
 
Revisando: 
Imediatamente após o nascimento, a necessidade de reanimação depende da 
avaliação rápida de quatro situações referentes à vitalidade do concepto, sendo feitas as 
seguintes perguntas: 
• Gestação a termo? 
• Ausência de mecônio? 
• Respirando ou chorando? 
• Tônus muscular bom? 
Se a resposta é sim a todas as perguntas, considera-se que o RN está com boa 
vitalidade e não necessita de manobras de reanimação. 
 
 
 
Observe: 
 
Se, ao nascimento, o RN é de termo (idade gestacional 37-41 semanas), está 
respirando ou chorando e com tônus muscular em flexão, independentemente do 
aspecto do líquido amniótico, ele apresenta boa vitalidade e deve continuar junto de sua 
mãe depois do clampeamento do cordão umbilical. 
 
A determinação da necessidade de reanimação e a avaliação de sua eficácia 
dependem da avaliação simultânea de 2 sinais: 
• Respiração. 
• Frequência cardíaca (FC). 
 
 
10 
 
A FC é o principal determinante da decisão de indicar as diversas manobras de 
reanimação. Logo após o nascimento, o RN deve respirar de maneira regular e suficiente 
para manter a FC acima de 100bpm. 
A FC é avaliada por meio da ausculta do precórdio com estetoscópio, podendo 
eventualmente ser verificada pela palpação do pulso na base do cordão umbilical. Tanto 
a ausculta precordial quanto a palpação do cordão podem subestimar a FC. 
 
A avaliação da coloração da pele e das mucosas do RN NÃO é mais utilizada para 
decidir procedimentos na sala de parto. Estudos têm mostrado que a avaliação da cor das 
extremidades, do tronco e das mucosas é subjetiva e não tem relação com a saturação de 
oxigênio ao nascimento. Além disso, RN com esforço respiratório e FC adequados podem 
demorar alguns minutos para ficarem rosados. Nos RN que não precisam de 
procedimentos de reanimação ao nascer, a saturação de oxigênio com um minuto de vida 
situa-se ao redor de 60-65%, só atingindo valores de 87%-92% no 5º minuto de vida. 
 
 
(IBFC EBSERH 2016) Considerando a avaliação da vitalidade ao nascer e da 
necessidade de reanimação neonatal, é correto afirmar que: 
 
a) A frequência cardíaca (FC) é o principal determinante da decisão de indicar as diversas 
manobras de reanimação. Logo após o nascimento, o recém-nascido (RN) deve apresentar 
uma FC menor que 100 batimentos por minuto 
 b) O boletim de Apgar deve ser utilizado para determinar o início da reanimação e das 
manobras a serem instituídas no decorrer do procedimento 
c) O recém-nascido (RN) apresenta boa vitalidade e não necessita de qualquer manobra 
de reanimação, se, ao nascimento, verifica-se que ele é a termo, está respirando ou 
chorando e com tônus muscular em flexão, sem a presença de líquido amniótico meconial. 
 d) A avaliação da coloração da pele e das mucosas do RN é a principal medida para decidir 
procedimentos na sala de parto, pois diversos estudos mostram a relação com a saturação 
de oxigênio ao nascimento. 
 e) A classificação da idade gestacional adequada e a ausência de sofrimento fetal são as 
únicas medidas para a decisão de indicar as diversas manobras de reanimação. 
 
 
11 
 
Comentário: 
Observe a publicação do MS: 
Se, ao nascimento, verifica-se que o RN é a termo, está respirando ou chorando e com tônus 
muscular em flexão, sem a presença de líquido amniótico meconial, a criança apresenta boa 
vitalidade e não necessita de qualquer manobra de reanimação. Porém, segundo publicação da 
Sociedade Brasileira de Pediatria (2015), a avaliação da presença de líquido meconial saiu dos 
parâmetros para início da RCP neonatal, considerando apenas três questões: 
1. Gestação a termo? 
2. RN respirando ou chorando? 
3. Tônus em flexão? 
 
Contudo, a banca considerou a alternativa C como correta, apesar da desatualização. 
 
Observe as atualizações: 
Logo após a extração completa do produto conceptual da cavidade uterina, avalia-se se o RN 
≥34 semanas começou a respirar ou chorar e se o tônus muscular está em flexão. Se a resposta 
é “sim” a ambas as perguntas, indicar o clampeamento tardio do cordão, independentemente 
do aspecto do líquido amniótico. 
Letra A. A frequência do recém-nascido deve estar maior que 100 bpm. 
Letra B. Errada. O boletim de Apgar não deve ser utilizado para determinar o início da 
reanimação nem as manobras a serem instituídas no decorrer do procedimento. No entanto, sua 
aferição longitudinal permite avaliar a resposta do RN às manobras realizadas e a eficácia 
dessas manobras. Se o escore é inferior a sete no 5º minuto, recomenda-se sua aplicação a cada 
cinco minutos, até 20 minutos de vida. 
Enfatiza-se que, apesar da subjetividade e da dificuldade em aplicá-lo em RN sob ventilação, o 
acompanhamento dos escores de Apgar em uma instituição permite identificar a necessidade 
de implementar programas educacionais e melhoria no cuidado perinatal, além de verificar o 
impacto das intervenções na qualidade do serviço. 
Letra D. Errada. A avaliação da coloração da pele e das mucosas do RN não é mais utilizada para 
decidir procedimentos na sala de parto. Estudos têm mostrado que a avaliação da cor das 
extremidades, do tronco e das mucosas é subjetiva e não tem relação com a saturação de 
oxigênio ao nascimento. 
 
12 
 
Letra E. Errada. A necessidade de indicar reanimação depende dos aspectos do bebê ao nascer, 
verificados pela FC, FR, tônus, gestação a termo e outros aspectos. 
 
Resposta Correta: 
c) O recém-nascido (RN) apresenta boa vitalidade e não necessita de qualquer manobra 
de reanimação, se, ao nascimento, verifica-se que ele é a termo, está respirando ou 
chorando e com tônus muscular em flexão, sem a presença de líquido amniótico 
meconial. 
 
 
(IBFC 2016) Imediatamente após o nascimento, a necessidade de reanimação neonatal 
dependerá da avaliação simultânea da respiração e da frequência cardíaca, sendo esta 
última o principal determinante da decisão de indicar as diversas manobras de 
reanimação. Assinale a alternativa correta sobre a reanimação neonatal: 
 
a) Logo após o nascimento, o recém-nascido deve respirar de maneira regular, suficiente 
para manter a frequência cardíaca acima de 100 bpm. 
 b) Logo após o nascimento, deve-se primeiro avaliar a coloração da pele e mucosas do 
recém-nascido para, em seguida, decidir os procedimentos que serão realizados na sala 
de parto. 
 c) A realização do boletim de Apgar é útil para determinar o início da reanimação e as 
manobras a serem instituídas no decorrer do procedimento. 
 d) Se o recém-nascido apresenta frequência cardíaca superior a 100 batimentos por 
minuto e/ou respiração espontânea e regular, deve-se iniciar a ventilação por pressão 
positiva. 
 e) A ventilação por pressão positiva precisa ser iniciada nos primeiros cinco minutos de 
vida, conhecidos como "Os cinco minutos de ouro". 
 
Comentário: 
Letra B. Como vimos a cor da pele não define a reanimação. 
Letra C.O apgar não é fator de decisão para reanimação. 
Letra D.A FC < 100bpm que deve se reanimar e tomar providências. 
Letra E. Errada. Esta precisa ser iniciada nos primeiros 60 segundos de vida (“Minuto de Ouro”).13 
 
Resposta Correta: 
a) Logo após o nascimento, o recém-nascido deve respirar de maneira regular, 
suficiente para manter a frequência cardíaca acima de 100 bpm. 
 
Ventilação com pressão positiva (VPP) 
O ponto crítico para o sucesso da reanimação é a ventilação adequada, fazendo 
com que os pulmões se inflem e, com isso, haja dilatação da vasculatura pulmonar e 
hematose apropriada. 
Assim, após os cuidados para manter a temperatura e a permeabilidade das vias 
aéreas do RN, a presença de apneia, respiração irregular e/ou FC <100 bpm indica a VPP. 
Esta precisa ser iniciada nos primeiros 60 segundos de vida (“Minuto de Ouro”). A 
ventilação pulmonar é o procedimento mais importante e efetivo na reanimação do RN 
em sala de parto. 
 
Assistência ao RN de termo com Boa Vitalidade ao nascer 
 
Se, ao nascimento, o RN é de termo (idade gestacional 37-41 semanas), está 
respirando ou chorando e com tônus muscular em flexão, independentemente do 
aspecto do líquido amniótico, ele apresenta boa vitalidade e deve continuar junto de sua 
mãe depois do clampeamento do cordão umbilical. 
 
Na sala de parto, enquanto o RN está junto à mãe, prover calor, manter as vias 
aéreas pérvias e avaliar a sua vitalidade de maneira continuada. 
 
Nesse período, para manter a temperatura corporal entre 36,5-37,5ºC 
(normotermia), garantir a temperatura ambiente na sala de parto entre 23-26ºC, secar o 
corpo e o segmento cefálico com compressas aquecidas e deixar o RN em contato pele-a-
pele com a mãe, coberto com tecido de algodão seco e aquecido. 
 
 
 
14 
 
(FDC IF-SE 2014) A hipotermia agrava ou favorece o desequilíbrio ácido-básico, o 
desconforto respiratório, a enterocolite necrosante e a hemorragia 
intraperiventricular em recém-nascido (RN) de muito baixo peso. Para diminuir a perda 
de calor nesses RN, é importante preaquecer a sala de parto e a sala onde serão 
realizados os procedimentos de reanimação, mantendo temperatura ambiente, no 
mínimo, de: 
 
a) 24° C 
b) 26° C 
c) 34°C 
d) 36°C 
 
Comentário: 
A sala de parto deve ter a temperatura entre 23 a 26 °C. 
 
Resposta Correta: 
b) 26° C 
 
Assistência na sala de parto 
 
É fundamental cuidar para manter as vias aéreas pérvias, sem flexão ou 
hiperextensão do pescoço, verificando se não há excesso de secreções na boca e nariz. 
Avaliar, inicialmente, a frequência cardíaca (FC) com o estetoscópio no precórdio, 
o tônus muscular e a respiração/choro. Depois, de maneira continuada, observar a 
atividade, o tônus muscular e a respiração/choro do RN. 
A amamentação na 1ª hora pós-parto assegura que o RN receba o colostro, rico em 
fatores protetores. 
O contato pele-a-pele entre mãe e bebê ao nascimento favorece o início precoce 
da amamentação e aumenta a chance do aleitamento materno exclusivo ser bem 
sucedido nos primeiros meses de vida. 
 
Os primeiros cuidados ao recém-nascido são prestados logo após o nascimento, na 
sala de partos, e começam assim que a cabeça do bebé é expulsa. Vamos analisar os 
procedimentos realizados nos primeiros momentos do bebê. 
 
15 
 
1. Aspiração de secreções em caso de necessidade; 
2. Administração de uma injeção de vitamina K para prevenir hemorragias -Administrar 
1mg de vitamina K por via intramuscular ou subcutânea ao nascimento.; 
3. Prevenção de conjuntivites, mediante a aplicação de uma gota de colírio em cada olho; 
4. Pesar e medir; 
5. Índice de apgar; 
6. Pulseiras de identificação ao bebé e à mãe; 
7. Amamentação; 
8. Cuidados especiais em mães com sífilis, HIV, Hepatite B (profilaxia pós parto); 
9. Proceder ao clampeamento do cordão umbilical após cessadas suas pulsações 
(aproximadamente 1 a 3 minutos), exceto nos casos de mães isoimunizadas ou HIV /HTLV 
positivas (imediato). 
10. Manter o RN sobre o abdome e/ou tórax materno, usando o corpo da mãe como fonte 
de calor. O contato pele a pele imediatamente após o nascimento, em temperatura 
ambiente de 26°C, reduz o risco de hipotermia; 
11. Identificar o RN com pulseira contendo o nome da mãe, número de prontuário, data 
de nascimento, sexo e hora; 
12. Realizar o aleitamento precoce para promoção do contato mãe-bebê imediato após o 
parto, evitando intervenções desnecessárias que interferem nessa interação nas 
primeiras horas de vida; 
13. Deve ser estimulado o contato pele a pele e o aleitamento materno na primeira hora 
de vida, exceto em casos de mães HIV ou HTLV positivos; 
14. Coletar o sangue do cordão umbilical para exames laboratoriais; 
15. Fixar o clamp à distância de 2 a 3cm do anel umbilical, envolvendo o coto com gaze 
embebida em álcool etílico 70%, Em RN de extremo baixo peso utiliza-se soro fisiológico 
para possibilidade de cateterização umbilical; 
16. Aspirar boca e narinas, caso seja necessário; 
17. Realizar exame físico simplificado; 
18. Realizar o “Credé” para prevenção da oftalmia gonocócica. A profilaxia deve ser 
realizada na primeira hora após o nascimento, tanto no parto vaginal quanto cesáreo; 
19. Administrar vitamina K para prevenção do sangramento, 1mg de vitamina K por via 
intramuscular ao nascimento; 
 
16 
 
20. Administração da vacina contra Hepatite B (preferencialmente nas primeiras 12horas 
após o nascimento para evitar a transmissão vertical; 
21. Realizar antropometria, incluindo peso, comprimento e o perímetro cefálico. 
 
Após citar todos os cuidados na sala de parto vamos traçar alguns comentários do 
Manual do MS sobre esses atendimentos? 
 
• Laqueadura do cordão umbilical. Fixar o clamp à distância de 2 a 3cm do anel umbilical, 
envolvendo o coto com gaze embebida em álcool etílico 70% ou clorexidina alcoólica 
0,5%. Em RN de extremo baixo peso utiliza-se soro fisiológico. Verificar a presença de 
duas artérias e de uma veia umbilical, pois a existência de artéria umbilical única pode 
associar-se a anomalias congênitas. 
 
• Prevenção da oftalmia gonocócica pelo método de Credé. Retirar o vérnix da região 
ocular com gaze seca ou umedecida com água, sendo contraindicado o uso de soro 
fisiológico ou qualquer outra solução salina. Afastar as pálpebras e instilar uma gota de 
nitrato de prata a 1% no fundo do saco lacrimal inferior de cada olho. A seguir, massagear 
suavemente as pálpebras deslizando-as sobre o globo ocular para fazer com que o nitrato 
de prata banhe toda a conjuntiva. Se o nitrato cair fora do globo ocular ou se houver 
dúvida, repetir o procedimento. Limpar com gaze seca o excesso que ficar na pele das 
pálpebras. A profilaxia deve ser realizada na primeira hora após o nascimento, tanto no 
parto vaginal quanto cesáreo. 
 
• Antropometria. Realizar exame físico simplificado, incluindo peso, comprimento e os 
perímetros cefálico, torácico e abdominal. 
 
• Prevenção do sangramento por deficiência de vitamina K. Administrar 1mg de 
vitamina K1 por via intramuscular ou subcutânea ao nascimento. 
 
• Detecção de incompatibilidade sanguínea materno-fetal. Coletar sangue da mãe e do 
cordão umbilical para determinar os antígenos dos sistemas ABO e Rh. Não é necessário 
realizar o teste de Coombs direto de rotina. No caso de mãe Rh negativo, deve-se realizar 
 
17 
 
pesquisa de anticorpos anti-D por meio do Coombs indireto na mãe e Coombs direto no 
sangue do cordão umbilical. 
 
 • Realização da sorologia para sífilis e HIV. Coletar sangue materno para determinar a 
sorologia para sífilis. Caso a gestante não tenha realizado sorologia para HIV no último 
trimestre da gravidez ou o resultado não estiver disponível no dia do parto, deve-se fazer 
o teste rápido para anti-HIV o mais breve possível, e administrar a zidovudina profiláticaantes do parto, caso o teste seja positivo. 
 
• Identificação do RN: O Estatuto da Criança e do Adolescente (artigo 10 do capítulo 1) 
regulamenta a identificação do RN mediante o registro de sua impressão plantar e digital 
e da impressão digital da mãe. Essa identificação é feita no prontuário e nas 3 vias da 
Declaração de Nascido Vivo. Pulseiras devem ser colocadas na mãe e no RN, contendo o 
nome da mãe, o registro hospitalar, a data e hora do nascimento e o sexo do RN. 
 
Os RN estáveis devem permanecer com suas mães e ser transportados juntos ao 
alojamento conjunto. Caso haja a necessidade de transporte do RN para outra unidade 
neonatal, antes do transporte ele sempre deve ser mostrado à mãe novamente. 
 
Vamos resolver umas questões sobre a sala de parto? 
 
 
(IBFC EBSERH 2016) Para profilaxia da doença hemorrágica precoce e tardia do recém-
nascido, deve-se administrar: 
 a) 2 mg de Vitamina C 
 b) 1 mg de Vitamina K 
 c) 2 mg de Concentrado de complexo protrombínico 
 d) 1 mg de Vitaminas A e D 
 e) 2 mg de Fator VIII de coagulação 
 
Comentários: 
Para evitar a hemorragia do RN deve-se aplicar a vitamina K. 
 
 
18 
 
Resposta Correta: 
b) 1 mg de Vitamina K 
 
 
(IF-SE 2016) A Vitamina K é administrada no recém-nascido logo após o nascimento. 
Este medicamento é indicado para prevenir: 
 
 a) infecção oftálmica. 
 b) desconforto respiratório. 
 c) infecção urinária. 
 d) hemorragia. 
 e) icterícia. 
 
Comentário: 
A vitamina K é utilizada para prevenir a hemorragia no RN. 
 
Resposta Correta: 
d) hemorragia. 
 
 
(COSEAC 2015) Um dos cuidados ao recém-nascido, ainda na sala de parto, é a 
realização da profilaxia contra infecção gonocócica que consiste em: 
 
a) administrar vitamina K em uma única dose de 1,0 mL, por via intramuscular. 
b) instilar uma gota de nitrato de prata a 1% no fundo do saco lacrimal inferior de cada 
olho. 
c) envolver o coto umbilical com gaze embebida em álcool etílico 70% ou clorexidina 
alcoólica 0,5%. 
d) retirar todo vernix caseoso por meio de um banho de imersão. 
e) colher sangue do cordão e enviar ao laboratório de análise bioquímica. 
 
Comentário: 
Letra A. Errada, pois a administração da vitamina K é para redução da hemorragia do recém-
nascido. 
Letra C. A limpeza do coto umbilical tem objetivo de evitar infecções e tétano neonatal. 
 
19 
 
Letra D. O vernix caseoso não deve ser removido, o objetivo dele é manter a temperatura e 
proteger a pele. 
Letra E. A coleta de sangue tem a finalidade de fazer exames e verificar dados laboratoriais do 
bebê. 
 
Resposta Correta: 
b) instilar uma gota de nitrato de prata a 1% no fundo do saco lacrimal inferior de cada 
olho. 
 
 
(FUNCAB 2013) Segundo o Ministério da Saúde, em recém-nascido de mãe com sífilis 
não tratada ou inadequadamente tratada, que apresenta alterações clínicas ou 
sorológicas, deverá ser iniciado tratamento com: 
 
A) Cloranfenicol. 
B) Lincomicina. 
C) Floxacino. 
D) Tetraciclina. 
E) Penicilina. 
 
Comentário: 
A penicilina é o antibiótico utilizado para tratamento da Sífilis tanto na gestante como no recém-
nascido. 
 
Resposta Correta: 
E) Penicilina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
TRATAMENTO DA SÍFILIS NO RN 
 
Se RN alterações clínicas e/ou sorológicas e/ou radiológicas e/ou hematológicas 
deverá ser feito com penicilina G cristalina na dose de 50.000 UI/Kg/dose, por via 
endovenosa, a cada 12 horas (nos primeiros 7 dias de vida) e a cada 8 horas (após 7 dias 
de vida), durante 10 dias; ou penicilina G procaína 50.000 UI/Kg, dose única diária, IM, 
durante 10 dias; 
 
 
(FUNDEP 2015) Segundo a Portaria Nº 371/2014, do Ministério da Saúde, que institui 
diretrizes para a organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido (RN) 
no Sistema Único de Saúde (SUS), para o RN a termo com ritmo respiratório normal, 
tônus normal e sem líquido meconial, recomenda-se: 
 
I. Assegurar o contato pele-a-pele imediato e contínuo, colocando o RN sobre o abdômen 
ou tórax da mãe, de acordo com sua vontade. Proceder ao clampeamento do cordão 
umbilical, após cessadas suas pulsações (aproximadamente de 1 a 3 minutos). Em casos 
de mães isoimunizadas ou HIV HTLV positivas, o clampeamento deve ser imediato. 
II. Estimular o aleitamento materno na primeira hora de vida, exceto em casos de mães 
HIV ou HTLV positivas. 
III. Postergar os procedimentos de rotina do recém-nascido na primeira hora de vida, tais 
como pesagem e outras medidas antropométricas, profilaxia da oftalmia neonatal e 
vacinação, entre outros procedimentos. 
Estão CORRETAS as afirmativas: 
a) I e II, apenas. 
b) I e III, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) I, II e III.
 
Comentário: 
Todos os cuidados estão corretos. 
 
Resposta Correta: 
d) I, II e III. 
 
21 
 
Observações importantes: 
O RN com boa vitalidade deve ser limpo e posicionado sobre o abdome da mãe ou ao nível 
da placenta por 1 a 3 minutos ou até o término da pulsação do cordão umbilical para só 
após realizar o clampeamento; 
A avaliação da coloração da pele e das mucosas do RN não é mais utilizada para decidir 
procedimentos na sala de parto; 
Estudos revelam que a avaliação da cor das extremidades, do tronco e das mucosas é 
subjetiva e não tem relação com a saturação de oxigênio ao nascimento. Além disso, o RN 
com esforço respiratório e FC adequados pode demorar alguns minutos para ficar rosado; 
Para os RN que não precisam de procedimentos de reanimação ao nascer, a saturação de 
oxigênio com um minuto de vida situa-se ao redor de 60 - 65%, só atingindo valores de 
87% - 92% no 5º minuto de vida. 
 
 
(CESGRANRIO UNIRIO 2016) Define-se como síndrome da morte súbita do lactente o 
óbito com menos de 1 ano de idade que não for esclarecido por laudo de necropsia, 
investigação da cena do óbito e revisão do histórico do caso. 
São fatores de risco para a morte súbita do lactente: 
(A) dormir em decúbito dorsal e em colchão macio. 
(B) usar chupeta e ser do sexo masculino. 
(C) dormir em decúbito dorsal e ser do sexo feminino. 
(D) dormir em decúbito ventral e usar chupeta. 
(E) dormir em decúbito ventral e ter histórico de tabagismo materno. 
 
Comentário: 
Um artigo da Sociedade brasileira de cardiologia 
http://www.sbp.com.br/img/documentos/doc_sindrome_msl.pdf nos mostra os fatores de risco 
de morte súbita, dentre os quais temos: 
1 - Tabagismo materno duplica o risco de SMSL mas a relação é possivelmente casual. 
2 - Existem fortes evidências de que o risco de SIDS é maior quando os lactentes dormem na 
posição prona (decúbito ventral). 
Resposta Correta: 
(E) dormir em decúbito ventral e ter histórico de tabagismo materno. 
 
22 
 
CLASSIFICAÇÕES 
 
a) Quanto à idade Gestacional 
 
• Pré-termos: idade gestacional inferior a 37semanas. 
• Prematuridade extrema - menor que 28 semanas de gestação. Os bebês encontram-se no 
limite de viabilidade e necessitam de cuidados sofisticados e intensivos. 
• Prematuridade grave – 28 a 30 semanas de gestação. Apresentam algumas vantagens 
fisiológicas, entretanto exigem a mesma qualidade na assistência. 
• Prematuridade moderada - 31 a 33 semanas de gestação. 
• Prematuridade quase-termo – 34 a 36 semanas. 
• A termo: idade gestacional entre 37 e 41 semanas e 6 dias. 
• Pós-termo: idade gestacional igual ou maior que 42 semanas. 
 
 
b) Quanto ao peso e idade Gestacional 
 
Quando associamos o peso à idade gestacional, o RN é classificado segundo o seu 
crescimento intra-uterino em: 
 
• RN grandepara a idade gestacional (GIG): peso acima do percentil 90; 
• RN adequado para a idade gestacional (AIG): peso entre o percentil 10 e 90; 
• RN Pequeno para a Idade Gestacional (PIG): peso abaixo do percentil 10. 
 
 
 
 
 
23 
 
Foi cobrado em prova! 
 
 
(FAFIPA 2014) Recém-nascidos podem ser classificados genericamente como de baixo 
peso ao nascer, quando: 
 
 a) o peso for menor de 3.000 gramas. 
 b) o peso for menor de 2.500 gramas. 
 c) o peso for menor de 3.500 gramas. 
 d) o peso for menor de 4.000 gramas. 
 
Comentários: 
Baixo peso ao nascer é caracterizado com peso menor que 2.500 gramas. 
 
Resposta Correta: 
b) o peso for menor de 2.500 gramas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
ESCALA DE APGAR 
 
O índice de Apgar – também reconhecido popularmente pelos pais como a “nota” 
que o bebê recebe logo após nascer – no 5º minuto entre 7 e 10 é considerado normal. 
Apgar 4, 5 ou 6 é considerado intermediário e relaciona-se, por exemplo, com 
prematuridade, medicamentos usados pela mãe, malformação congênita, o que não 
significa maior risco para disfunção neurológica. Índices de 0 a 3 no 5º minuto relacionam-
se a maior risco de mortalidade e leve aumento de risco para paralisia cerebral. No 
entanto, um baixo índice de Apgar, isoladamente, não prediz disfunção neurológica tardia. 
 
 
Decore! 
Valor normalidade: 7 a 10 
Se valor < 7 faz a cada 5 min por 20 min. 
Moderada: 4-6 
Depressão severa: 0 
 
 
(AOCP EBSERH 2015) A respeito do Boletim de Apgar, é correto afirmar que os sinais 
avaliados são: 
 a) frequência cardíaca, saturação de O2, tônus muscular, irritabilidade reflexa e cor da 
pele. 
 b) frequência cardíaca, frequência respiratória, choro, presença de mecônio e cor da 
pele. 
 c) frequência respiratória, irritabilidade reflexa, tônus muscular, choro e Ortolani. 
 d) frequência cardíaca, saturação de O2, presença de mecônio, choro e Babinski. 
 e) frequência cardíaca, respiração, tônus muscular, irritabilidade reflexa e cor da pele. 
 
25 
 
Comentário: 
Letra A, exceto a saturação. 
Letra B. Não estão incluídos: choro, presença de mecônio e cor da pele. 
Letra C. Não estão incluídos: choro e Ortolani. 
Letra D. Exceto saturação de O2, presença de mecônio, choro e Babinski. 
 
Resposta Correta: 
e) frequência cardíaca, respiração, tônus muscular, irritabilidade reflexa e cor da pele. 
 
 
(CESGRARIO 2016) O Índice de Apgar é um método de avaliação do neonato realizado, 
imediatamente após o nascimento. 
 
Qual sinal NÃO integra o Índice de Apgar? 
a) Esforços respiratórios 
b) Frequência cardíaca 
c) Temperatura da pele 
d) Tônus muscular 
e) Irritabilidade reflexa 
 
Comentário: 
A temperatura da pele não é incluída nessa avaliação. 
 
Resposta Correta: 
c) Temperatura da pele. 
 
 
(FUNCAB 2014) O Boletim de Apgar é útil para avaliar a resposta do recém-nascido 
(RN) às manobras de reanimação nos 1º e 5º minutos de vida e, se necessário, nos 10º, 
15º e 20º minutos. De igual modo, o Boletim de Apgar serve como um relatório 
numérico e muito prático para descrever a condição de nascimento e a recuperação do 
RN, quando reanimado. No Boletim de Apgar, avaliam-se: 
 
 
26 
 
A) coto umbilical, fenda ocular, fontanelas,frequência respiratória e cardíaca. 
B) pilosidade, lanugem, abertura ocular, flexão de membros e reflexo de sucção., exceto 
em casos de mães HIV ou HTLV positivas. 
C) frequência cardíaca, respiração, tônus muscular, reflexos (estímulo nasal) e cor. 
D) doença da membrana hialina, prematuridade, peso ao nascer, fontanelas e cor. 
E) choro ao nascer, glicemia, transmissão vertical, idade gestacional e tipo de parto. 
 
Resposta Correta: 
C) frequência cardíaca, respiração, tônus muscular, reflexos (estímulo nasal) e cor. 
 
 
(VUNESP 2015) A escala de Apgar é um dos parâmetros utilizados na avaliação do 
recém-nascido na sala de parto. É correto afirmar que: 
a) é aplicada após o quinto minuto de vida do recém-nascido. 
b) os sinais avaliados são: frequência cardíaca, esforço respiratório, tônus muscular, 
irritabilidade reflexa e coloração da pele. 
c) os escores atribuídos por esse índice são de 0 a 3, de acordo com os aspectos avaliados, 
somando um total de doze pontos finais. 
d) Apgar menor que sete é esperado em um recém-nascido a termo, com boa vitalidade 
no oitavo minuto de vida. 
e) a anoxia neonatal ocorre quando o escore de Apgar estiver entre 7 e 8, no oitavo minuto 
de vida do recém-nascido. 
 
Resposta Correta: 
b) os sinais avaliados são: frequência cardíaca, esforço respiratório, tônus muscular, 
irritabilidade reflexa e coloração da pele. 
 
 
(IBFC EBSERH 2016) Considerando a assistência de enfermagem ao recém-nascido na 
sala de parto, assinale a alternativa correta. 
a) A pontuação do escore de Apgar varia de 0 a 5, considerando que a nota 5 indica melhor 
sucesso neonatal. 
b) O escore de Apgar tem a finalidade de avaliar a vitalidade neonatal. 
 
27 
 
c) O escore de Apgar deve ser realizado obrigatoriamente antes de iniciada a reanimação 
cardiopulmonar (RCP), pois é um parâmetro para determinar a necessidade de RCP. 
d) O escore de Apagar avalia três sinais: frequência cardíaca, esforço respiratório e cor. 
e) O escore de Apgar deve ser realizado no terceiro e décimo minutos de vida. 
 
Comentário: 
A pontuação varia de 0 a 10. 
O índice de apgar não é usado para decidir a reanimação cardiopulmonar. Mas serve como 
avaliação da resposta após instituídas as manobras. 
São avaliados 5 sinais. 
Deve ser feito no primeiro e no quinto minuto. 
 
Resposta Correta: 
b) O escore de Apgar tem a finalidade de avaliar a vitalidade neonatal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
AVALIAÇÃO NEUROCOGNITIVAS 
 
Os reflexos primitivos característicos do RN devem ser avaliados, pois podem 
trazer informações importantes sobre seu estado de saúde. São caracterizados por 
resposta motora involuntária a um estímulo e estão presentes em bebês desde antes do 
nascimento até por volta dos 6 meses de vida. São mediados por mecanismos 
neuromusculares subcorticais, que se encontram desenvolvidos desde o período pré-
natal. O desaparecimento desses reflexos durante o curso normal de maturação do 
sistema neuromuscular nos primeiros 6 meses de vida é atribuído ao desenvolvimento de 
mecanismos corticais inibitórios. 
 
São diversos os reflexos primitivos encontrados no RN, porém não há necessidade 
de avaliação de todos durante o exame físico rotineiro do RN a termo. Os que 
habitualmente devem ser avaliados são: 
 
a) Busca ou Procura 
Quando a mãe vai amamentar o bebê e o bico do seio toca a região próxima a boca 
do bebê, o bebê vira a cabeça em direção ao seio. 
 Este reflexo está presente ao nascimento e vai diminuindo a partir do 4º mês, 
quando a criança começa a levar a mão à boca e inicia-se um processo de adequação da 
sensibilidade oral. 
 Desenvolvido ainda no útero, após a 35ª semana de gestação, após 4º meses 
começa a tornar-se voluntário. É uma continuidade do reflexo de busca. 
Após a criança introduzir o bico do seio na sua cavidade oral, o contato deste com 
a porção anterior da língua, desencadeia um processo de movimentos rítmicos de sucção. 
Veja no Manual de Assistência ao RN que esse reflexo é também chamado de 
Voracidade: 
a²) Voracidade 
O reflexo da voracidade ou de procura manifesta-se quando é tocada a bochecha 
perto da boca, fazendo com que a criança desloque a face e a bocapara o lado do estímulo. 
 
29 
 
Este reflexo não deve ser procurado logo após a amamentação, pois a resposta ao 
estímulo pode ser débil ou não ocorrer. Está presente no bebê até os 3 meses de idade. 
 
b) Sucção 
A sucção reflexa manifesta-se quando os lábios da criança são tocados por algum 
objeto, desencadeando-se movimentos de sucção dos lábios e da língua. Somente após 32 
a 34 semanas de gestação é que o bebê desenvolve sincronia entre respiração, sucção e 
deglutição, o que torna a alimentação por via oral difícil em RN pré-termo. 
Desenvolvido ainda no útero, após a 35ª semana de gestação, após 4º meses 
começa a tornar-se voluntário. 
É uma continuidade do reflexo de busca. 
Após a criança introduzir o bico do seio na sua cavidade oral, o contato deste com 
a porção anterior da língua, desencadeia um processo de movimentos rítmicos de sucção. 
Prepara a criança para se alimentar. 
Este movimento de sucção já envolve outros movimentos coordenados em que 
intervêm a língua e os lábios. 
Todo RN a termo o possuem e sua ausência indica prematuridade notável ou grave 
defeito no desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
30 
 
c) Deglutição 
É o ato de engolir alimentos que começa na vida fetal. É uma ação automática, que 
é comandada pelo tronco cerebral e serve para transportar o bolo alimentar para o 
estômago e realizar a limpeza do trato respiratório. 
Também presente ao nascimento e tornando-se mais voluntário a partir do quarto 
mês, quando vai se aprimorando um processo mais coordenado com a sucção e a 
respiração. 
 
d) Preensão 
A preensão palmoplantar se obtém com leve pressão do dedo do examinador na 
palma das mãos da criança e abaixo dos dedos do pé. 
As mãos, ao terem um objeto, seja ele qual for, junto a sua palma, causam o 
fechamento involuntário da mão (flexão dos dedos), com significativa força. O mesmo se 
dá na planta dos pés causando flexão dos dedos dos pés. 
O reflexo palmar desaparece entre o 4º e o 6º mês. O reflexo plantar desaparece 
até os 6 meses. 
 
 
e) Marcha 
A marcha reflexa e o apoio plantar podem ser pesquisados segurando-se a criança 
pelas axilas em posição ortostática. Ao contato das plantas do pé com a superfície, a 
criança estende as pernas até então fletidas. Se a criança for inclinada para a frente, inicia 
a marcha reflexa. 
 
31 
 
É visível a partir da segunda semana de vida e normalmente desaparece ao 
segundo mês. 
 
f) Fuga à asfixia 
O reflexo de fuga à asfixia é avaliado colocando-se a criança em decúbito ventral 
no leito, com a face voltada para o colchão. Em alguns segundos o RN deverá virar o rosto 
liberando o nariz para respirar adequadamente. 
 
 
g) Moro 
O reflexo de Moro é um dos mais importantes a serem avaliados, devido à grande 
quantidade de informações que pode trazer. É desencadeado por algum estímulo brusco 
como bater palmas, estirar bruscamente o lençol onde a criança está deitada, ou soltar os 
braços semiesticados quando se faz a avaliação da preensão palmar. 
O reflexo consiste numa resposta de extensão-abdução dos membros superiores 
(eventualmente dos inferiores), ou seja, numa primeira fase os braços ficam estendidos e 
abertos, com abertura dos dedos da mão, e em seguida de flexão-adução dos braços, com 
retorno à posição original. Tem início a partir de 28 semanas de gestação e costuma 
 
32 
 
desaparecer por volta dos seis meses de idade. A assimetria ou ausência do reflexo pode 
indicar lesões nervosas, musculares ou ósseas, que devem ser avaliadas. 
O bebê pode apresentar uma aparência “assustada” e os braços se abrem para os 
lados com as palmas para cima e os polegares flexionados. Desaparece por volta do 
segundo ou terceiro mês. 
 
 
h) Reflexo de Babinski ou Cutâneo-plantar 
O reflexo cutâneo-plantar em extensão é obtido fazendo-se estímulo contínuo da 
planta do pé a partir do calcâneo no sentido dos artelhos. Os dedos adquirem postura em 
extensão. 
A presença do reflexo (extensão do hálux) é uma reação normal em crianças até 2 
anos de idade. Em adultos indica lesão neurológica. 
Caracteriza-se por uma extensão do hálux (dedão do pé), quando um firme 
estímulo tátil (que não deve ser chegar a ser doloroso, nem causar desconforto ou lesão 
na pele) é aplicado à sola lateral do pé. Junto com a extensão do hálux, os outros dedos do 
pé afastam-se entre si. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
Existem 3 respostas possíveis: 
1. Flexão: os dedos do pé curvam-se para baixo. Esta é a resposta normal 
observada em adultos sãos. 
2. Indiferente: Não há resposta ou difícil de classificar. 
3. Extensão: o hálux realiza uma extensão para cima. A esta resposta, atribui-se o 
nome de sinal de Babinski. 
 
 
 
Vamos fazer umas questões sobre esses reflexos? 
 
 
(FGV 2015) Os reflexos do recém-nascido devem ser avaliados, pois podem trazer 
informações importantes sobre seu estado de saúde. Em relação ao reflexo do “moro”, 
assinale a afirmativa correta. 
 
a) É obtido fazendo-se estímulo contínuo da planta do pé a partir do calcâneo no sentido 
dos artelhos. Os dedos adquirem postura em extensão. 
b) A assimetria ou ausência desse reflexo pode indica lesões nervosas, musculares ou 
ósseas, que devem ser avaliadas. 
c) É avaliado colocando-se a criança em decúbito ventral no leito, com a face voltada para 
o colchão. 
d) Manifesta-se quando é tocada a bochecha perto da boca, fazendo com que a criança 
desloque a face e a boca para o lado do estímulo. 
e) Obtém-se com leve pressão do dedo do examinador na palma das mãos da criança e 
abaixo dos dedos do pé. 
 
Comentário: 
O reflexo de moro avalia a função neuromuscular A assimetria ou ausência do reflexo pode 
indicar lesões nervosas, musculares ou ósseas, que devem ser avaliadas. 
 
34 
 
Letra A é o reflexo de Babinski. 
Letra C. Esse é reflexo de fuga à asfixia. 
Letra D. Esse é o reflexo de busca. 
Letra E esse é reflexo de preensão. 
 
Resposta Correta: 
b) A assimetria ou ausência desse reflexo pode indica lesões nervosas, musculares ou 
ósseas, que devem ser avaliadas. 
 
 
(AOCP EBSERH 2015) São reflexos identificados no recém-nascido a termo, EXCETO: 
 
 a) moro. 
 b) voracidade ou procura. 
 c) sucção. 
 d) extensão palmar e plantar 
 e) marcha. 
 
Comentário: 
Letra D, o nome correto é preensão palmar e plantar e não extensão. 
 
Resposta Correta: 
d) extensão palmar e plantar 
 
 
(FGV SUSAN 2014) Os reflexos primitivos característicos do RN devem ser avaliados, 
pois podem trazer informações importantes sobre seu estado de saúde. 
 
O reflexo obtido por meio do estímulo contínuo na planta do pé, a partir do calcâneo, 
no sentido dos artelhos, é denominado: 
 
 a) Reflexo de Babkin. 
 b) Reflexo de Moro. 
 c) Reflexo tendinoso. 
 d) Reflexo cutâneo-plantar. 
 e) Reflexo patelar. 
 
 
35 
 
Comentário: 
Letra D. Esse é o reflexo cutâneo-plantar. 
Letra A. O reflexo de Babkin é uma reação à pressão simultânea das palmas das mãos do bebê. 
Com esse estímulo a criança abre a boca e mantém a cabeça na linha média levantando sua 
cabeça. Pode também haver fechamento dos olhos e flexão do antebraço do bebê. 
 
Resposta Correta: 
d) Reflexo cutâneo-plantar. 
 
 
(CESPE TCE-PA 2016) Com relação a quadro clínico, avaliação diagnóstica e aspectos 
diversos relacionados à infecção pelo vírus Zika, julgue o item a seguir. 
 
O reflexo primitivo de Moro deve ser considerado em um exame neurológico do recém-
nascido e sua assimetria ou ausência será um possível indicativo de lesõesnervosas, 
musculares ou ósseas. 
 
Comentário: 
A questão descreve perfeitamente o reflexo de moro e sua importância na avaliação 
neuromuscular. 
 
Resposta Correta: 
Certo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
MÉTODO CANGURU 
 
O método canguru surgiu em Bogotá, Colômbia, no ano de 1979, no Instituto 
Materno Infantil de Bogotá, visando reduzir os custos da assistência perinatal e 
promover, através do contato pele a pele precoce entre a mãe e o seu bebê, maior vínculo 
afetivo, maior estabilidade térmica e melhor desenvolvimento. 
 
 
 
 
No Brasil, a prática vem sendo gradativamente adotada e os primeiros relatos são 
da década de 1990, com o Instituto Materno-Infantil de Pernambuco (IMIP) e o Hospital 
Guilherme Álvaro em Santos/SP. Em 1999 o IMIP sediou o 1º Encontro Nacional Mãe 
Canguru. 
 A legislação acompanhou o estabelecimento do método canguru e em julho do ano 
2000 foi publicada a Portaria SAS/MS Nº 693 aprovando a Atenção Humanizada ao 
Recém-nascido de Baixo Peso – Método Canguru. Posteriormente, em 12 de julho de 
2007, essa portaria foi atualizada com a publicação da Portaria SAS/MS no 1.683. Em 
2013, o Ministério da Saúde (MS) publicou o Manual Técnico de Atenção Humanizada ao 
Recém-Nascido de Baixo Peso – Método Canguru. 
 
Vamos resumir, agora, as principais informações acerca desse tema, trazendo os 
pontos principais que te ajudarão no processo de aprovação. Prontos? Então vamos lá! 
 
Definição 
O Método Canguru é um modelo de assistência perinatal voltado para o cuidado 
humanizado que reúne estratégias de intervenção bio-psico-social. É desenvolvido em 3 
 
37 
 
etapas e tem como ponto fundamental o contato pele-a-pele, que começa com o toque 
evoluindo até a posição canguru. Inicia-se de forma precoce e crescente, por livre escolha 
da família, pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente. Esse Método 
permite uma maior participação dos pais e da família nos cuidados neonatais. 
Está descrito nas normas gerais da Portaria 1683/2007 que a adoção do método 
visa a uma mudança na abordagem do recém-nascido de baixo peso, implicando em 
hospitalização. O MS esclarece que a metodologia não é uma forma de economizar 
recursos humanos ou substituir as unidades de terapia intensiva e reafirma a necessidade 
de suporte assistencial de uma equipe treinada. 
 
Vantagens 
- Aumenta o vínculo mãe-filho 
- Reduz o tempo de separação mãe-filho 
- Melhora a qualidade do desenvolvimento neurocomportamental e psico-afetivo do RN 
de baixo-peso. 
- Estimula o aleitamento materno, permitindo maior freqüência, precocidade e duração 
- Permite um controle térmico adequado 
- Favorece a estimulação sensorial adequada do RN 
- Contribui para a redução do risco de infecção hospitalar 
- Reduz o estresse e a dor dos RN de baixo peso 
- Propicia um melhor relacionamento da família com a equipe de saúde 
- Possibilita maior competência e confiança dos pais no manuseio do seu filho de baixo 
peso, inclusive após a alta hospitalar 
- Contribui para a otimização dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva e de Cuidados 
Intermediários devido à maior rotatividade de leitos 
 
Atribuições da equipe de saúde: 
- Orientar a mãe e a família em todas as etapas do método 
- Oferecer suporte emocional e estimular os pais em todos os momentos 
- Encorajar o aleitamento materno 
- Desenvolver ações educativas abordando conceitos de higiene, controle de saúde e 
nutrição 
 
38 
 
- Desenvolver atividades recreativas para as mães durante o período de permanência 
hospitalar 
- Participar de treinamento em serviço como condição básica para garantir a qualidade da 
atenção 
- Orientar a família na hora da alta hospitalar, criando condições de comunicação com a 
equipe, e garantir todas as possibilidades já enumeradas de atendimento continuado. 
 
População a ser atendida: 
- Gestantes de risco para o nascimento de crianças de baixo peso 
- Recém-nascidos de baixo peso 
- Mãe, pai e família do recém-nascido de baixo peso 
 
As Etapas de Aplicação do Método 
Primeira etapa 
 
Inicia-se antes do nascimento do bebê pré-termo ou de baixo peso. Nessa fase é 
necessário identificar as gestantes que apresentam risco desse acontecimento. A futura 
mãe deve, então, receber orientações e cuidados específicos, sendo encaminhada para os 
cuidados de referência. Compreende o pré-natal da gestação de alto-risco seguido da 
internação do RN na Unidade Neonatal. 
Nessa etapa, os procedimentos deverão seguir os seguintes cuidados especiais: 
- Acolher os pais e a família na Unidade Neonatal. 
- Esclarecer sobre as condições de saúde do RN e sobre os cuidados dispensados, sobre a 
equipe, as rotinas e o funcionamento da Unidade Neonatal. 
- Estimular o livre e precoce acesso dos pais à Unidade Neonatal, sem restrições de 
horário. 
- Propiciar sempre que possível o contato com o bebê. 
- Garantir que a primeira visita dos pais seja acompanhada pela equipe de profissionais. 
- Oferecer suporte para a amamentação. 
- Estimular a participação do pai em todas as atividades desenvolvidas na Unidade 
- Assegurar a atuação dos pais e da família como importantes moduladores para o bem-
estar do bebê. 
 
39 
 
- Comunicar aos pais as peculiaridades do seu bebê e demonstrar continuamente as suas 
competências. 
- Garantir à puérpera a permanência na unidade hospitalar pelo menos nos primeiros 
cinco dias, oferecendo o suporte assistencial necessário. 
- Diminuir os níveis de estímulos ambientais adversos da unidade neonatal, tais como 
odores, luzes e ruídos. 
- Adequar o cuidar de acordo com as necessidades individuais comunicadas pelo bebê. 
- Garantir ao bebê medidas de proteção do estresse e da dor. 
- Utilizar o posicionamento adequado do bebê, propiciando maior conforto, organização 
e melhor padrão de sono, favorecendo assim o desenvolvimento. 
- Assegurar a permanência da puérpera, durante a primeira etapa: 
- Auxílio transporte, para a vinda diária à unidade pelos Estados e/ou Municípios 
- Refeições durante a permanência na unidade pelos Estados e/ou Municípios 
- Assento (Cadeira) adequado para a permanência ao lado de seu bebê e espaço que 
permita seu descanso. 
- Atividades complementares que contribuam para melhor ambientação, desenvolvidas 
pela equipe e voluntários. 
 
Segunda Etapa 
Na segunda etapa o bebê permanece de maneira contínua com sua mãe e a posição 
canguru será realizada pelo maior tempo possível. Esse período funcionará como um 
“estágio” pré-alta hospitalar. 
São critérios de elegibilidade para a permanência nessa etapa: 
 
Do bebê 
- Estabilidade clínica 
- Nutrição enteral plena (peito, sonda gástrica ou copo) 
- Peso mínimo de 1.250g 
 
Da mãe 
- Desejo de participar, disponibilidade de tempo e de rede social de apoio 
- Consenso entre mãe, familiares e profissionais da saúde 
 
40 
 
- Capacidade de reconhecer os sinais de estresse e as situações de risco do recém-
nascido. 
- Conhecimento e habilidade para manejar o bebê em posição canguru 
 
Nesta etapa, deve ser permitido o afastamento temporário da mãe de acordo com 
suas necessidades. A evolução clínica e o ganho de peso devem ser acompanhados 
diariamente, sendo que cada serviço deve utilizar rotinas nutricionais de acordo com as 
evidências científicas atuais. O texto ressalta, ainda, que o uso de medicações orais, 
intramusculares ou endovenosas intermitentes não contraindicam a permanência nessa 
etapa. 
 
Terceira etapa 
Se inicia com a alta hospitalar, e exige acompanhamento ambulatorial criterioso do 
bebê e de sua família atéque o bebê atinja o peso de 2.500g. 
 
São critérios para a alta hospitalar com transferência para a 3ª etapa: 
 
 Mãe segura, psicologicamente motivada, bem orientada e familiares conscientes 
quanto ao cuidado domiciliar do bebê 
 
 Compromisso materno e familiar para a realização da posição pelo maior tempo 
possível 
 
 Peso mínimo de 1.600g 
 
 Ganho de peso adequado nos três dias que antecederem a alta 
 
 Sucção exclusiva ao peito ou, em situações especiais, mãe e família habilitados a 
realizar a complementação 
 
 Assegurar acompanhamento ambulatorial até o peso de 2500g 
 
 A primeira consulta deverá ser realizada até 48 horas da alta e as demais no mínimo 
uma vez por semana 
 
 Garantir atendimento na unidade hospitalar de origem, a qualquer momento, até a 
alta da terceira etapa. 
 
 
 
41 
 
As atribuições do ambulatório de acompanhamento compreendem: 
- Realizar exame físico completo da criança tomando como referências básicas o grau de 
desenvolvimento, o ganho de peso, o comprimento e o perímetro cefálico, levando-se em 
conta a idade gestacional corrigida 
- Avaliar o equilíbrio psicoafetivo entre a criança e a família e oferecer o devido suporte 
- Apoiar a manutenção de rede social de apoio 
- Corrigir as situações de risco, como ganho inadequado de peso, sinais de refluxo, 
infecção e apneias 
- Orientar e acompanhar tratamentos especializados 
- Orientar esquema adequado de imunizações 
 
O seguimento ambulatorial deve apresentar as seguintes características: 
- Ser realizado por médico e/ou enfermeiro, que, de preferência, tenha acompanhado o 
bebê e a família nas etapas anteriores 
- O atendimento, quando necessário deverá envolver outros membros da equipe 
interdisciplinar 
- Ter agenda aberta, permitindo retorno não agendado, caso o bebê necessite 
- O tempo de permanência em posição canguru será determinado individualmente por 
cada díade 
- Após o peso de 2.500g, o seguimento ambulatorial deverá seguir as normas de 
crescimento e desenvolvimento do Ministério da Saúde 
 
Agora que você já conhece os pontos principais a respeito das 3 fases do Método 
Canguru, vejamos como isso pode ser cobrado em prova. Preparado? 
 
 
(AOCP 2015 EBSERH) São critérios para a indicação do método canguru para o recém-
nascido de baixo peso: 
 
a) estabilidade clínica do recém-nascido, nutrição enteral plena e peso mínimo de 2 kg. 
b) a mãe ter desejo em participar, receber apoio da rede social e familiar, além de ter a 
capacidade de reconhecer os sinais de estresse e as situações de risco do recém-nascido; 
peso do recém-nascido estar entre 1.100g e 2.150g. 
 
42 
 
c) estabilidade clínica do recém-nascido, nutrição enteral plena, peso mínimo de 1.250 g; 
a mãe ter desejo em participar, receber apoio da rede social e familiar, além de ter a 
capacidade de reconhecer os sinais de estresse e as situações de risco do recém-nascido. 
d) ser empregado em instituições públicas, por receber um maior número de recém-
nascidos de baixo peso. 
 e) a mãe ter depressão pós-parto, desejo em participar, receber apoio da rede social e 
familiar, além de ter a capacidade de reconhecer os sinais de estresse e as situações de 
risco do recém-nascido. 
 
Comentário: 
Essa questão traz os critérios de elegibilidade para a segunda fase do Método Canguru. 
 
Resposta Correta: 
c) estabilidade clínica do recém-nascido, nutrição enteral plena, peso mínimo de 1.250 
g; a mãe ter desejo em participar, receber apoio da rede social e familiar, além de ter a 
capacidade de reconhecer os sinais de estresse e as situações de risco do recém-
nascido. 
 
 
(IBFC/2016 – Prefeitura de São Paulo) O Método Canguru foi idealizado em 1978 na 
Colômbia e trazido para o Brasil em 1991, sendo que no ano de 2000, o Ministério da 
Saúde, normatizou este método como assistência humanizada ao recém-nascido de 
baixo peso. Considerando o Método Canguru, leia as frases abaixo e a seguir assinale a 
alternativa correta. 
 
I. Consiste em manter o recém-nascido levemente vestido em decúbito prono, na posição 
vertical e contra o peito de um adulto. 
II. Este método tem a vantagem de criar e fortalecer o vínculo afetivo. 
III. Este método não permite o aleitamento materno. 
IV. Este método contribui para a redução da morbidade do recém-nascido. 
 
43 
 
A) As frases I, II, III e IV estão corretas. 
B) As frases I,II e IV estão corretas. 
C) Apenas a frase II está correta. 
D) Apenas a frase IV está correta. 
E) As frases I, III e IV estão corretas. 
 
Comentário: 
Segundo o manual do MS, de 2013, o vestuário da criança deve ser “apenas fralda, toucas, luvas 
e meias. Uma camiseta poderá ser utilizada se a mãe desejar, porém a abertura deverá ser 
colocada na frente, permitindo o contato pele a pele.” Além disso, o método permite o 
fortalecimento do vínculo afetivo, reduz a morbidade e contribui para o aleitamento materno. 
 
Resposta Correta: 
B) As frases I,II e IV estão corretas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
TRIAGEM 
Triagem neonatal 
• Teste do pezinho; 
• Teste da orelhinha (teste de emissão otoacústica); 
• Teste do olhinho (detectar doenças oculares, como a catarata congênita e o 
retinoblastoma); 
• Teste do coração (cardiopatias congênitas); 
 
 
(AMEOSC Prefeitura de Palma Sola – SC 2016) O Programa Nacional de Triagem 
Neonatal (recém-nascido) indica que sejam realizados os seguintes testes nos bebês: 
 
 a) Teste do pezinho, da orelhinha e do olhinho. 
 b) Teste do pezinho, do narizinho e da mãozinha. 
 c) Teste do pezinho, do dedinho e do olhinho. 
 d) Teste do pezinho, do olhinho e da mãozinha. 
 
Comentário: 
A triagem detecta precocemente o diagnóstico de doenças genéticas, metabólicas, endócrinas, 
infecciosas que possam prejudicar o desenvolvimento somático, neurológico e/ou psíquico do 
RN e seu tratamento. 
Deve ser feito a partir do 3º dia de vida, quando já ocorreu uma ingestão adequada de proteínas 
e é possível analisar com mais segurança o metabolismo da fenilalanina, evitando-se falsos 
resultados negativos para fenilcetonúria. 
Além disso, a dosagem de TSH nas primeiras 24 horas de vida pode levar a um aumento de falsos 
positivos para hipotireoidismo congênito. Assim, o exame deve ser coletado entre o 3º e 7º dia 
de vida. Embora não seja o ideal, aceita-se que seja coletado até o 30º dia de vida. 
Em 2016 o Ministério da Saúde modificou esse período para até o 5° dia de vida. 
A realização do teste neste período é importante porque é capaz de identificar seis doenças 
genéticas ou congênitas passíveis de tratamento, mas que não apresentam evidências clínicas 
ao nascimento. Quanto mais cedo as doenças forem identificadas e tratadas, maior a 
possibilidade de evitar sequelas nas crianças, como deficiência mental, microcefalia, convulsões, 
 
45 
 
comportamento autista, fibrosamento do pulmão, crises epiléticas, entre outras complicações e 
até a morte. 
 
Resposta Correta: 
a) Teste do pezinho, da orelhinha e do olhinho. 
 
 
(BIO-RIO 2014) A coleta de material para o Teste do Pezinho deve ser realizada: 
 
a) no primeiro dia de vida da criança. 
b) entre o 3º e o 7º dia de vida da criança. 
c) com 45 dias de vida da criança. 
d) com 60 dias de vida da criança. 
e) com 90 dias de vida da criança. 
 
Comentário: 
Fique Atento! Foi o gabarito, mas já sabemos que houve atualização em 2016 e esse período 
hoje é até o 5° dia de vida do bebê. 
 
Resposta Correta: 
a) no primeiro dia de vida da criança. 
 
 
(FGV TJ PI 2015) Aoorientar uma puérpera a respeito dos cuidados com o recém-
nascido, o enfermeiro falou sobre a importância do teste do pezinho, ressaltando que 
este deve ser realizado, após o nascimento, no prazo de até: 
 
 a) 7 dias; 
 b) 10 dias; 
 c) 15 dias; 
 d) 20 dias; 
 e) 30 dias. 
 
Resposta Correta 
e) 30 dias. 
 
46 
 
Realização do teste do pezinho, feito na criança logo após o seu nascimento, conforme 
estabelece o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), permite a detecção das 
seguintes doenças: 
1. Fenilcetonúria 
2. Hipotireoidismo congênito 
3. Hemoglobinopatias, doenças que podem ser tratadas, prevenindo o retardo 
mental (que as duas primeiras enfermidades podem ocasionar) e as infecções e 
outras complicações que frequentemente podem ocasionar a morte de crianças 
com hemoglobinopatias. A pesquisa de hemoglobinopatias inclui a detecção de 
anemia falciforme e do traço falciforme, que, mesmo assintomático, traz 
implicação genética para a família. 
4. Fibrose cística (ou mucoviscidose). 
 
Com a reformulação do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), iniciada em 
2012, o SUS passou a testar 6 doenças com o exame do pezinho (deficiência de 
biotinidase e hiperplasia adrenal congênita) e universalizou a triagem neonatal a todo o 
território brasileiro. Além disso, criou programa de capacitação técnica e gerencial para 
médicos, técnicos de laboratórios e coordenadores de triagem neonatal de todos estados. 
 
 
(NUCEPE FMS 2015) “Teste do Pezinho” faz parte do Programa Nacional de Triagem 
Neonatal (PNTN), um programa de saúde publica que foi implantado em 2001, através 
da Portaria Ministerial Nº 822, de 06/06/01 do Ministério de Saúde e que determina a 
gratuidade e obrigatoriedade da realização dos testes. Segundo o tema, assinale a 
alternativa INCORRETA. 
 
 a) A punção deve ser executada numa das laterais da região plantar do calcanhar. 
 b) A punção de ser realizado no centro do calcanhar. 
 c) Evite o uso de agulhas, pois elas podem atingir estruturas mais profundas do pé como 
ossos ou vasos de maior calibre. 
 d) O sangramento abundante dificulta a absorção pelo papel, sendo este outro motivo 
muito frequente de devolução de amostras por coleta inadequada. 
 
47 
 
 e) Segure o pé e o tornozelo da criança, envolvendo com o dedo indicador e o polegar 
todo o calcanhar, de forma a imobilizar, mas não prender a circulação. 
 
Comentário: 
O erro está na alternativa B, pois a punção não pode ser realizada no centro do calcanhar, pois 
tem risco de puncionar uma artéria. 
 
Resposta Correta: 
 b) A punção de ser realizado no centro do calcanhar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
DOENÇAS TRIADAS NO TESTE DO PEZINHO 
 
Fenilcetonúria: É um dos erros inatos do metabolismo de herança genética. O 
defeito metabólico gerado leva ao acúmulo do aminoácido Fenilalanina (FAL) no sangue. 
Sem o diagnóstico precoce e do tratamento antes dos 3 meses de vida, a criança com 
Fenilcetonúria apresenta um quadro clínico clássico, caracterizado por atraso global do 
desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), deficiência mental, comportamento agitado 
ou padrão autista, convulsões, alterações eletroencefalográficas e odor característico na 
urina. 
 
 
(AOCP 2015) Para evitar resultados falso-negativos para fenilcetonúria, o teste do 
pezinho deve ser realizado: 
 
 a) a partir do 3º dia de vida da criança. 
 b) imediatamente após o nascimento da criança. 
 c) a partir do 2º dia de vida da criança. 
 d) a partir do 1º dia de vida da criança. 
 e) com 12 horas de vida da criança. 
 
Comentário: 
Letra A, já vimos que o bebê precisa ter contato com o leite materno e as proteínas presentes 
nele para entrar em contato com o aminoácido fenilalanina. 
 
Resposta Correta: 
a) a partir do 3º dia de vida da criança. 
 
 
Hipotireoidismo congênito – É uma emergência pediátrica causada pela 
incapacidade da glândula tireóide do recém-nascido em produzir quantidades adequadas 
de hormônios tireoideanos, que resulta numa redução generalizada dos processos 
metabólicos. Sem o diagnóstico e tratamento precoce, a criança terá o crescimento e 
desenvolvimento mental seriamente comprometidos. O tratamento da doença consiste 
 
49 
 
na reposição dos hormônios tireóideos deficitários, no caso, reposição de levotiroxina 
sódica (hormônio sintético). 
 
Doença falciforme e outras hemoglobinopatias – A Doença Falciforme (DF) é 
causada por um defeito na estrutura da Hemoglobina, que leva as hemácias a assumirem 
forma de lua minguante, quando exposta a determinadas condições como febre alta, baixa 
tensão de oxigênio, infecções etc. As alterações genéticas na hemoglobina são 
transmitidas de geração em geração. O paciente afetado apresenta as seguintes 
alterações clínicas: anemia hemolítica, crises vaso-oclusivas, crises de dor, insuficiência 
renal progressiva, acidente vascular cerebral, maior susceptibilidade a infecções e 
sequestro esplênico. O ideal é que o tratamento seja iniciado antes dos quatro meses de 
vida. As principais medidas preconizadas são: administração de antibióticoterapia 
profilática (esquema especial de vacinação), suplementação com ácido fólico, além do 
seguimento clínico especializado. 
 
Fibrose cística – A Fibrose Cística (FC) ou Mucoviscidose, como também é 
conhecida, é uma das doenças hereditárias consideradas graves e afeta especialmente os 
pulmões e o pâncreas, num processo obstrutivo causado pelo aumento da viscosidade do 
muco. Nos pulmões, esse aumento na viscosidade bloqueia as vias aéreas propiciando a 
proliferação bacteriana, o que leva à infecção crônica, à lesão pulmonar e ao óbito por 
disfunção respiratória. 
No pâncreas, quando os ductos estão obstruídos pela secreção espessa, há uma perda de 
enzimas digestivas, levando à má nutrição. Sintomas mais graves e complicações incluem 
a desnutrição, o diabetes, a insuficiência hepática e a osteoporose. Dentre os demais 
sintomas podem estar incluídos: dificuldade de ganho de peso, problemas respiratórios, 
perda de sal pelo suor, dor abdominal recorrente, icterícia prolongada, pancreatite 
recorrente, cirrose biliar e retardo no desenvolvimento somático. O tratamento do 
paciente com Fibrose Cística consiste em acompanhamento médico regular, suporte 
dietético, utilização de enzimas pancreáticas, suplementação vitamínica (vitaminas A, D, 
E, K) e fisioterapia respiratória. Quando em presença complicações infecciosas, está 
indicada a antibióticoterapia de amplo espectro. Além do esquema vacinal habitual, as 
crianças devem receber também imunização anti-pneumocócica e anti-hemófilos. 
 
50 
 
Hiperplasia adrenal congênita – A denominação hiperplasia adrenal congênita 
(HAC) engloba um conjunto de síndromes transmitidas geneticamente, que se 
caracterizam por diferentes deficiências enzimáticas na síntese dos esteroides adrenais. 
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado melhoram o padrão de crescimento 
podendo normalizá-lo na maior parte dos casos. As manifestações clínicas na HAC 
dependem da enzima envolvida e do grau de deficiência enzimática (total ou parcial). O 
diagnóstico precoce e o tratamento adequado melhoram o padrão de crescimento 
podendo normalizá-lo na maior parte dos casos. O tratamento deve ser contínuo ao longo 
da vida. 
 
Deficiência de biotinidase – A deficiência de biotinidase (DBT) é uma doença 
metabólica hereditária na qual há um defeito no metabolismo da biotina. Clinicamente, 
manifesta-se a partir da sétima semana de vida com distúrbios neurológicose cutâneos 
tais como crises epiléticas, hipotonia, microcefalia, atraso do desenvolvimento 
neuropsicomotor, alopecia e dermatite eczematóide. Nos pacientes com diagnóstico 
tardio observam-se, distúrbios visuais, auditivos assim como atraso motor e de 
linguagem. O tratamento medicamentoso é muito simples, de baixo custo e consiste na 
utilização de biotina (vitamina) em doses diárias. 
 
A equipe de saúde, perante resultados alterados, deve contatar o serviço de 
referência estadual de triagem neonatal, ocasião em que nova coleta será provavelmente 
orientada, conforme cada situação. 
 
Vamos entender essas doenças por meio de uma tabela? 
 
 
(FUNCAB 2013) O Programa Nacional de Triagem Neonatal compreende a realização 
de procedimentos visando à detecção precoce dos casos suspeitos de doenças como: 
a) Cistecercose. 
b) Tuberculose infantil. 
c) Fibrose Cística. 
d) Agenesia renal. 
e) Síndrome de Down. 
 
51 
 
Comentário: 
A fibrose cística é uma doença detectada no teste do pezinho assim como: 
1. Fenilcetonúria 
2. Hipotireoidismo congênito 
3. Hemoglobinopatias 
4. Hiperplasia adrenal congênita 
5. Deficiência de biotinidase 
 
Resposta Correta: 
c) Fibrose Cística. 
 
Outros testes em recém-nascidos realizados no SUS 
 
Teste da Orelhinha: realizado por meio de exames fisiológicos e eletrofisiológicos 
da audição, para identificar o mais precocemente possível as deficiências auditivas em 
recém-nascidos e lactentes e encaminhar para intervenções adequadas à criança e sua 
família. Realizado, preferencialmente, nos primeiros dias de vida (24h às 48h) na 
maternidade, e no máximo, durante o primeiro mês de vida, a não ser em casos quando a 
saúda da criança não permita a realização dos exames. 
 
 
(AOCP 2015) Sobre a Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU), assinale a 
alternativa INCORRETA. 
 
a) É uma avaliação que busca detectar a perda auditiva congênita e/ou adquirida no 
período neonatal o mais precocemente possível. 
b) Deve ser realizada em todos os recém-nascidos, preferencialmente nos primeiros dias 
de vida (24 a 48 horas) e, no máximo, durante o primeiro mês de vida. 
c) Dentre os fatores de risco, está a história familiar de perda auditiva congênita. 
d) O teste da orelhinha consiste em procedimentos eletrofisiológicos, não causando dor 
ou desconforto. 
e) O teste pode ser realizado por qualquer profissional de saúde capacitado. 
 
52 
 
Comentário: 
Letra E, é um teste feito por fonoaudiólogo. 
 
Resposta Correta: 
e) O teste pode ser realizado por qualquer profissional de saúde capacitado. 
 
 
Vamos conferir os detalhes desse teste pelo CAB 33 do MS. 
 
Avaliação da audição: 
 
A triagem auditiva neonatal (TAN), mais conhecida como teste da orelhinha, é uma 
avaliação que objetiva detectar o mais precocemente possível a perda auditiva congênita 
e/ou adquirida no período. Se o teste for realizado nos recém-nascidos preferencialmente 
até o final do 1º mês, ele possibilitará um diagnóstico mais definitivo por volta do 4º e 5º 
mês, bem como o início da reabilitação até os 6 meses de idade. Dessa forma, maiores 
serão as possibilidades de diagnóstico e intervenção adequados e, com isso, menores 
serão também as sequelas decorrentes da privação auditiva. 
 
 
 
De acordo com a Lei Federal nº 12.303, de 2 de agosto de 2010, é obrigatória a 
realização gratuita do exame de emissões otoacústicas evocadas em todos os hospitais e 
maternidades para as crianças nascidas em suas dependências. Também no sentido de 
 
53 
 
detectar alterações auditivas, o profissional de atenção básica deverá orientar as mães 
para acompanhar os marcos do desenvolvimento de seus filhos até os 12 meses de vida, 
de acordo com a Caderneta de Saúde da Criança. 
 
Os indicadores de risco para perdas auditivas congênitas no período neonatal ou 
progressivas na infância são os seguintes: 
• História familiar de perda auditiva congênita; 
• Permanência na UTI por mais de cinco dias em situação que envolva: circulação 
extracorpórea, ventilação assistida, exposição a medicamentos ototóxicos e diuréticos de 
alça, hiperbilirrubinemia com níveis de exsanguineotransfusão e infecções intrauterinas 
(tais como: citomegalovirose, herpes, rubéola, sífilis e toxoplasmose); 
• Anomalias craniofaciais; 
• Síndromes com perda auditiva sensorioneural ou condutiva associadas, entre as quais: 
Waardenburg, Alport, Pendred, Jervell e Lange-Nielson; 
• Doenças neurodegenerativas, como neuropatias sensoriomotoras, síndrome de 
Hunter, ataxia de Friedreich e síndrome de Charcot-Marie-Tooth; • Infecções pós-natais 
associadas à perda auditiva sensorioneural, incluindo meningites bacterianas e virais 
confirmadas (especialmente herpesvírus e varicela); 
• Traumatismos cranioencefálicos (TCE), especialmente fraturas do osso temporal; 
• Quimioterapia. 
 
O teste da orelhinha consiste em procedimentos eletrofisiológicos objetivos que 
não causam dor ou desconforto. Portanto, não necessitam da participação ativa da 
criança. São recomendadas técnicas associadas de potencial evocado auditivo de tronco 
encefálico automático (Peate) – mais conhecido como Bera – e emissões otoacústicas 
(EOA), que tecnicamente são testes de triagem de alta acurácia. 
O critério utilizado é o passa-falha, ou seja, o bebê “passa” no exame quando há 
presença de otoemissões, o que indica funcionamento coclear adequado (das células 
ciliadas externas). Quando falha, por ausência de otoemissões, é porque há 
funcionamento coclear alterado ou presença de componente condutivo (como vernix, 
líquido na orelha média, alteração na pressão da tuba auditiva ou anatomia desfavorável 
do conduto auditivo externo). 
 
54 
 
Nos casos de bebês que apresentam fatores de risco para perda de audição, a 
indicação é que seja realizada a associação das técnicas de EOA e Bera de triagem, com o 
objetivo de investigar também a integridade da via auditiva. Os exames são realizados por 
intermédio de aparelho portátil. Já as condições ideais para a realização do teste 
envolvem um ambiente silencioso, com o bebê tranquilo e preferencialmente dormindo. 
A efetividade em longo prazo dos programas de triagem auditiva não depende somente 
do diagnóstico precoce da perda auditiva, mas principalmente da intervenção precoce e 
dos recursos adequados que devem ser aplicados para otimizar cada tratamento e definir 
a melhor intervenção. 
Crianças com perda auditiva diagnosticada devem ser encaminhadas para 
protetização e terapia fonoaudiológica o mais precocemente possível, a fim de se 
maximizar as potencialidades, possibilitando formas de comunicação e prevenindo assim 
possíveis agravos à saúde e ao desenvolvimento. 
Uma criança que falha no reteste deve ser encaminhada, pelo fonoaudiólogo que 
realiza o exame, à avaliação conjunta de otorrinolaringologia e fonoaudiologia para um 
serviço de referência. A partir dessa avaliação, define-se nova conduta: bebês que 
apresentam alterações condutivas recebem tratamento otorrinolaringológico e seguem 
em acompanhamento após a conclusão da intervenção. Aqueles que não apresentam 
alterações condutivas têm seguimento por intermédio de avaliações auditivas completas 
até a conclusão do diagnóstico, que não deve ultrapassar os 6 meses. Nos casos em que 
for detectada perda auditiva, inicia-se o processo de reabilitação auditiva com o aparelho 
de amplificação sonora individual (Aasi ou prótese auditiva), acompanhamento e terapia 
fonoaudiológica. 
 
Teste do Olhinho: Com oftalmoscópio ou qualquer instrumento com fecho de luz, 
como caneta de luz, o exame busca identificar

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