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4ª a 8ª semana de desenvolvimento

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Débora Vasconcelos de P. M. Souza – Medicina 003 - Uniredentor 2 de outubro de 2017 
 
 
1 
 
 
 4ª a 8ª semana de desenvolvimento humano: 
Da quarta à oitava semana as maiorias das estruturas internas e externas do embrião já estão prontas. 
É duramente o período embrionário é que teremos o maior número de alterações, ou seja, é a fase 
embrionária que é decisiva para o desenvolvimento do embrião. É também nesse período que temos o 
embrião deixando a forma trilaminar plana e adquirindo a forma cilíndrica e alongada, dessa forma, no final 
da oitava semana, o embrião já apresenta um aspecto nitidamente humano. Uma vez que os tecidos e 
órgãos estão se diferenciando rapidamente, a exposição a teratógenos durante este período pode causar 
grandes anomalias congênitas. 
 Fases do desenvolvimento embrionário 
O desenvolvimento embrionário no ser humano pode ser dividido em três fases, que apresentam certa 
inter-relação. A 1ª fase é a de Crescimento e está relacionado ao crescimento do embrião através da 
divisão celular (mitose) e a elaboração de produtos celulares. A 2ª fase é a da Morfogênese que envolve o 
desenvolvimento da forma, do tamanho e de outras características de um órgão ou parte do corpo. A 
morfogênese é um processo molecular complexo que é controlado pela expressão e regulação de genes 
específicos em uma sequência ordenada. A 3ª e última fase é a de Diferenciação, que resulta na 
organização de células em um padrão preciso de tecidos e órgãos que são capazes de executar funções 
especializadas. 
No período que compreende a quarta à oitava semana teremos a formação da maioria dos sistemas do 
corpo humano e esses apresentarão inicialmente funcionamento mínimo  exceto o sistema cardiovascular 
que é o primeiro sistema a surgir e o primeiro a funcionar, assim no final da terceira semana o coração já vai 
apresentar batimentos e toda a sua funcionalidade, uma vez que as estruturas precisam receber os 
nutrientes através do sistema cardiovascular. 
Para formar os órgãos e sistemas são necessárias muitas divisões celulares, além de que é nesse 
período o embrião vai praticamente dobrar de tamanho, o que faz com que exista uma proliferação celular 
muito grande que permanece durante todo o desenvolvimento fetal, para que o embrião consiga se 
desenvolver e crescer. 
Quando o período fetal terá início? Dizemos que o período fetal tem inicio quando é possível 
identificar no embrião humano características que sejam capazes de diferenciá-lo de um embrião de outra 
espécie. É no final da oitava semana que começarão a existir evidências de que o embrião é humano, 
assim, a partir da nona semana, damos início ao período fetal. 
OBS: É importante lembrar que é no período embrionário que compreende a maior parte da formação das 
“estruturas” e sistemas do embrião, porém é no período fetal que o feto sofre maturação e cresce  é por 
isso que a partir da nona semana passamos a estudar o desenvolvimento do feto de duas em duas / três 
em três semanas. 
 Dobramentos do embrião 
Na terceira semana o embrião apresenta formato trilaminar plano (apresenta três camadas, que são o 
endoderma, mesoderma e ectoderma e um formato levemente alongado). No inicio da quarta semana o 
tubo neural ainda estará sendo formado, e o fechamento dos neuroporos só ocorrerá na quarta semana. 
Simultaneamente, o embrião começará a se dobrar. Esses dobramentos ocorrerão em dois planos, o 
Mediano e o Horizontal, e eles irão alterar o formato do embrião, formando uma estrutura cilíndrica e 
curvada. 
 
Embriologia I 
Débora Vasconcelos de P. M. Souza – Medicina 003 - Uniredentor 2 de outubro de 2017 
 
 
2 
 
O dobramento do embrião se dá nos planos Mediano e Horizontal e é decorrente do rápido crescimento do 
embrião. O dobramento das extremidades cefálicas e caudal ocorre simultaneamente. Ao mesmo tempo, a 
junção do embrião com a vesícula umbilical sofre uma constrição relativa. 
 Dobramento Mediano 
No dobramento no plano médio primeiro temos um desenvolvimento do embrião na porção cefálica e na 
porção caudal mais acelerado do que ocorre nas estruturas medianas, fazendo com que essas estruturas 
se projetem ventralmente ao embrião, formando duas pregas, uma prega cefálica e outra caudal. Assim, o 
embrião começa a se curvar, porém é importante lembrar que as pregas cefálica e caudal não irão se fundir. 
Nesse contexto, as estruturas que estavam localizadas cefalicamente e caudamente ao embrião começam 
a se deslocar juntamente com o dobramento, passando a ocupar assim a porção ventral do embrião. 
 Prega Cefálica: 
No início da 4ª semana de desenvolvimento, as pregas neurais da região cefálica tornam-se mais 
espessas para formar o encéfalo. Inicialmente, o encéfalo em desenvolvimento se projeta dorsalmente na 
cavidade amniótica e posteriormente cresce em direção cefálica para além da membrana orofaríngea e 
coloca-se sobre o coração em desenvolvimento. 
Antes do nascimento, o coração apresenta-se localizado cefalicamente às pregas neurais, associado a 
elas por meio da membrana orofaríngea. Durante o dobramento mediano, parte do endoderma da vesícula 
umbilical é incorporada ao embrião como o intestino anterior (dará origem a faringe, esôfago e sistema 
respiratório inferior). O intestino anterior fica situado entre o encéfalo e o coração. Ainda durante o 
dobramento, o coração altera seu posicionamento cefálico e se desloca para a superfície ventral, junto à 
membrana orofaríngea, que agora passa a separar o intestino anterior do Estomodeu (boca primitiva). 
Após o dobramento da cabeça, o septo transverso que havia se deslocado juntamente com o coração 
primitivo, com o celoma pericárdico e a membrana orofaríngea para a superfície ventral do embrião, irá se 
situar caudamente ao coração, onde posteriormente se desenvolverá o tendão central do diafragma. 
A prega cefálica ainda influencia a formação do celoma embrionário que neste estágio de 
desenvolvimento irá se comunicar livremente por ambos os lados com o celoma extraembrionário. 
 Prega Caudal: 
O desenvolvimento da extremidade caudal do embrião é resultado do crescimento da parte distal do 
embrião. À medida que o embrião cresce, a eminência caudal se projeta sobre a membrana cloacal. 
Durante o desenvolvimento, parte da camada germinativa do endoderma é incorporada ao embrião 
formando o intestino posterior. É a porção terminal do intestino posterior que se dilata livremente e forma a 
cloaca, que é primórdio da bexiga e do reto. 
Antes do dobramento mediano, a linha primitiva situava-se cranialmente à membrana cloacal, após o 
dobramento, ela assume uma posição mais caudal. 
 Dobramento Horizontal 
O dobramento horizontal do embrião leva a formação da prega lateral direita e da prega esquerda. Os 
primórdios da parede ventrolateral dobram-se em direção ao plano mediano deslocando o disco embrionário 
ventralmente e formando o embrião cilíndrico. Com a formação das paredes abdominais, parte da camada 
germinativa do endoderma é incorporada ao embrião, formando o intestino médio. Inicialmente, o intestino 
médio estabelece ampla comunicação com a vesícula umbilical, porém depois do dobramento horizontal 
essa comunicação é reduzida a um pequeno ducto. 
Débora Vasconcelos de P. M. Souza – Medicina 003 - Uniredentor 2 de outubro de 2017 
 
 
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As pregas laterais originadas pelo dobramento horizontal inicialmente permitem a comunicação entre o 
celoma extra e intraembrionário. Como as pregas laterais se fundem, após o dobramento essa comunicação 
já não irá mais existir. Nesse contexto, as pregas laterais só não se encontram em um ponto, no pedículo, 
que é onde o cordão umbilical será originado. Com o final do dobramento, o embrião passa a sercompletamente envolto por líquido amniótico, perdendo seu formato plano, e adquirindo formato cilíndrico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – Dobramento no plano mediano e no plano horizontal. 
Débora Vasconcelos de P. M. Souza – Medicina 003 - Uniredentor 2 de outubro de 2017 
 
 
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 OBS: Esquema mostrando os órgãos e sistemas derivados das três camadas germinativas 
 
Débora Vasconcelos de P. M. Souza – Medicina 003 - Uniredentor 2 de outubro de 2017 
 
 
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4ª semana: 
 Durante a quarta semana ocorrem grandes mudanças na forma do corpo. No começo, o embrião é 
quase reto e tem de 4 a 12 somitos que produzem elevações conspícuas na superfície. O tubo 
neural forma-se em frente aos somitos, mas é amplamente aberto nos neuroporos rostral (anterior) 
e caudal (posterior); 
 Com 24 dias, os arcos faríngeos são visíveis. O primeiro arco (mandibular) e o segundo (hióideo) 
estão individualizados. A principal parte do primeiro arco dá origem à mandíbula, e uma extensão 
rostral do arco, a proeminência maxilar, contribui para a formação da maxila. O embrião está, agora, 
levemente encurvado por causa das pregas cefálica e caudal; 
 Três pares de arcos faríngeos são visíveis aos 26 dias e o neuroporo rostral já se fechou; 
 O quarto par de arcos faríngeos e os brotos dos membros inferiores são visíveis no fim da quarta 
semana; 
 O coração forma uma grande saliência ventral e bombeia sangue; 
 O encéfalo anterior produz uma elevação saliente na cabeça, enquanto o dobramento do embrião 
lhe dá uma curvatura em C; 
 Os brotos dos membros superiores tornam-se reconhecíveis aos 26 ou 27 dias como pequenas 
intumescências na parede ventrolateral do corpo; 
 As fossetas óticas, primórdios das orelhas internas, também são visíveis. Nos lados da cabeça são 
visíveis espessamentos ectodérmicos, denominados placóides do cristalino, que indicam os futuros 
cristalinos dos olhos; 
 Próximo ao fim da quarta semana, uma longa eminência caudal é uma característica típica; 
 Rudimentos de muitos sistemas de órgãos, especialmente do sistema cardiovascular, já se 
estabeleceram. 
 
 5ª semana 
 Durante a quinta semana, são pequenas as mudanças na forma do corpo em comparação com as 
que ocorrem durante a quarta semana, mas o crescimento da cabeça excede o crescimento das 
outras regiões. O aumento da cabeça é causado principalmente pelo rápido desenvolvimento do 
encéfalo e das proeminências faciais; 
 A face logo entra em contato com a proeminência cardíaca; 
 O segundo arco faríngeo, de crescimento rápido, cresce sobre o terceiro e quarto arcos, formando 
uma depressão ectodérmica lateral em ambos os lados — o seio cervical.; 
 As cristas mesonéfricas indicam o local dos rins mesonéfricos, que, nos seres humanos, são órgãos 
provisórios. 
 
 6ª semana: 
 Durante a sexta semana, os embriões apresentam respostas reflexas ao toque; 
 Com o desenvolvimento dos cotovelos e das grandes placas das mãos, os membros superiores 
começam a apresentar uma diferenciação regional; 
 Os primórdios dos dedos, denominados raios digitais, começam a se desenvolver nas placas das 
mãos, indicando a formação dos dedos; 
 Tem sido relatado que embriões na sexta semana mostram movimentos espontâneos, como 
contrações musculares dos membros e do tronco. O desenvolvimento dos membros inferiores 
ocorre 4 a 5 dias depois do desenvolvimento dos membros superiores; 
 Várias pequenas intumescências — as saliências auriculares — desenvolvem-se em torno do sulco 
ou fenda faríngea, entre os dois primeiros arcos faríngeos. Este sulco torna-se o meato acústico 
externo (canal auditivo externo), e as saliências auriculares em torno deste se fundem, formando o 
pavilhão auricular, a parte da orelha externa em forma de concha; 
 O olho agora é bem evidente, em grande parte por causa da formação do pigmento da retina. 
 A cabeça é muito maior com relação ao tronco e está encurvada sobre a grande proeminência 
cardíaca. Esta posição da cabeça resulta da flexão da região cervical (pescoço); 
Débora Vasconcelos de P. M. Souza – Medicina 003 - Uniredentor 2 de outubro de 2017 
 
 
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 O tronco e o pescoço começaram a se endireitar; 
 Os intestinos penetram no celoma extraembrionário na parte proximal do cordão umbilical. Esta 
herniação umbilical é um evento normal do embrião. A herniação ocorre porque, nesta idade, a 
cavidade abdominal é muito pequena para acomodar o rápido crescimento do intestino. 
 
 7ª semana: 
 Durante a sétima semana, os membros sofrem modificações consideráveis; 
 Aparecem chanfraduras entre os raios digitais das placas das mãos, indicando, claramente, os 
futuros dedos; 
 A comunicação entre o intestino primitivo e o saco vitelino está agora reduzida a um dueto 
relativamente estreito, o pedículo vitelino; 
 No fim da sétima semana, a ossificação dos ossos dos membros superiores já se iniciou. 
 
 8ª semana 
 No início desta última semana do período embrionário, os dedos das mãos estão separados, mas 
ainda estão claramente unidos por membranas. Chanfraduras são claramente visíveis entre os raios 
digitais dos pés; 
 A eminência em forma de cauda curta está ainda presente; 
 O plexo vascular do couro cabeludo já apareceu e forma faixa característica que envolve a cabeça. 
 No fim da oitava semana, todas as regiões dos membros são evidentes, os dedos ficaram mais 
compridos e estão totalmente separados; 
 Durante esta semana, ocorrem os primeiros movimentos voluntários dos membros. 
 A ossificação começa no fêmur; 
 Todos os sinais da eminência caudal já desapareceram no fim da oitava semana. 
 As mãos e os pés aproximam-se ventralmente uns dos outros; 
 No fim da oitava semana, o embrião apresenta características nitidamente humanas, entretanto, a 
cabeça ainda é desproporcionalmente grande, constituindo quase metade do embrião; 
 A região do pescoço já está definida e as pálpebras são mais evidentes; 
 As pálpebras estão se fechando e, no fim da oitava semana, começam a unir-se por fusão epitelial. 
 Os intestinos estão ainda na porção proximal do cordão umbilical; 
 Os pavilhões auriculares começam a assumir sua forma final; 
 Apesar de já existirem diferenças entre os sexos na aparência da genitália externa, elas não são 
suficientemente distintas para possibilitar uma identificação precisa do sexo.

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