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MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 1 MODELAGEM Modelo, definido de forma ampla, é alguma forma de representar algo. Também pode ser definido como o resultado do processo de produzir uma representação abstrata, conceitual, gráfica ou visual, de fenômenos, sistemas ou processos com o propósito de analisar, descrever, explicar, simular – em geral, explorar, controlar e predizer estes fenômenos ou processos. Considera-se que a criação de um modelo é uma parte essencial de qualquer atividade científica e tecnológica. Os modelos geralmente são representações simplificadas da realidade. Embora seja necessário um grande número de dados para explicar ou prever um fenômeno, muitas vezes um pequeno número deles já permite chegar a uma explicação satisfatória. O processo de modelagem tem como ponto de partida o objeto real que está sendo considerado. Na modelagem, o objeto real é substituído por outro entre abstrato, ou modelo mais simples, geralmente com a mesma designação, em forma gráfica, textual ou simbólica. O conhecimento do mundo real, considerado como domínio de conhecimento, é estruturado no modelo, sendo todas as características do objeto real reduzidas aos fenômenos e aspectos considerados importantes. PROPÓSITO DOS MODELOS Os modelos são criados com os seguintes propósitos: Explicar: são modelos empregados para descrever o comportamento de natureza ou da humanidade. São exemplos os modelos físicos do cosmo, termodinâmica, do espaço-tempo (teoria da relatividade), modelos biológicos predador-presa e epidemiológicos, modelo econômico, entre outros. Prever: os modelos desenvolvidos para explicar certos fenômenos podem ser usados para prever o desenvolvimento futuro de determinado fenômeno. Por exemplo, especialistas em recursos hídricos fazem modelos de bacias hidrográficas para prever a ocorrência de enchentes para determinadas precipitações. Tomada de decisão: são aqueles empregados para decidir a melhor decisão a tomar para atingir o objetivo de forma menos dispendiosa e/ou rápida. Por exemplo, são empregados modelos hidrológicos incluídos métodos de otimização para a tomada de decisão de controlar a produção de energia em cada hidrelétrica do sistema brasileiro, de forma a aperfeiçoar o consumo de água das barragens e a capacidade de carga das linhas. Comunicação: informar e descrever as características do sistema em estudo para outras pessoas interpretá- las. MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 2 A modelagem matemática de um sistema dinâmico é constituída por um conjunto de equações diferenciais que representam a dinâmica do sistema com precisão ou, pelo menos, de uma forma aceitável. Existem dois métodos básicos de modelagem: 1- Modelagem Teórica (ou Analítica): utiliza os princípios da física e da química para obter as equações diferenciais que regem o processo a ser modelado. 2- Modelagem Experimental (ou Empírica): usa a observação direta dos dados operacionais do processo para obter as equações diferenciais que o descrevem. Geralmente aplica-se um sinal de entrada conhecido e mede-se a saída correspondente. Um modelo matemático analítico de um sistema dinâmico é gerado em duas etapas: 1- Especificar o sistema e imaginar um modelo físico cujo comportamento se ajuste suficientemente bem ao comportamento do sistema real 2- Derivar um modelo matemático para representar o modelo físico, isto é, escrever as equações dinâmicas do modelo físico. Para tanto, as leis físicas e/ou químicas apropriadas são aplicadas para gerar um conjunto de equações diferenciais ordinárias nas variáveis de entrada e de saída. Com o modelo matemático obtido analiticamente, pode-se estudar o comportamento dinâmico do sistema, através da solução das equações diferenciais que o descrevem e projetar estratégias de controle para obter- se o comportamento desejado. Um modelo físico representa um sistema físico imaginário que se assemelha ao sistema físico real em suas características mais importantes, mas que é mais simples (uma idealização) e, portanto, mais propício ao estudo. A habilidade para simplificar a ponto de não invalidar o modelo é o ponto crucial em sua elaboração. Os seguintes tipos de aproximação são possíveis: 1- Desprezar pequenos defeitos 2- Assumir que o ambiente em torno do sistema não seja afetado por ele 3- Substituir características distribuídas por concentradas 4- Assumir relações lineares de causa-efeito entre as variáveis físicas 5- Assumir que os parâmetros físicos não variem com o tempo 6- Desprezar incertezas e ruídos Para obter as equações dinâmicas de um processo, os seguintes passos devem ser seguidos: 1- Definição das variáveis de entrada e de saída MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 3 2- Escrever as relações sistêmicas (relações de equilíbrio ou de compatibilidade inter-elementos) 3- Escrever as relações constitutivas para cada elemento (são puramente empíricas) 4- Combinar as relações obtidas, obtendo as equações dinâmicas. EQUACIONAMENTO DE SISTEMAS FÍSICOS (MODELAGEM) Os sistemas dinâmicos, independente de serem mecânicos, elétricos, térmicos, hidráulicos, biológicos ou econômicos podem ser caracterizados por equações diferenciais. A resposta destes sistemas a uma determinada entrada ou excitação pode ser obtida se estas equações são resolvidas. VARIÁVEIS DE ESTADO Estado de um sistema se refere as condições passadas, presentes e futuras do sistema. Matematicamente, um conjunto de variáveis, x1(t), x2(t),..., xn(t), podem definir as características escolhidas para descrever as características dinâmicas de um sistema. Para que estas variáveis possam ser definidas como variáveis de estado algumas condições devem ser satisfeitas: - Em qualquer instante t = t0, as variáveis de estado x1(t0), x2(t0),..., xn(t0), definem os estados do sistema no instante escolhido; - Uma vez especificadas as entradas para t 0 e os estados iniciais para t = t0, as variáveis de estado devem definir completamente o comportamento futuro do sistema; Ou seja, as variáveis de estado de um sistema são o conjunto mínimo de variáveis que conhecidos seus valores para um tempo inicial t0, bem como a excitação a ser aplicada subsequentemente, pode-se determinar o estado do sistema para t t0. As variáveis de estado não são a saída de um sistema. A saída de um sistema pode ser medida, enquanto que as variáveis de estado, muitas vezes, não podem ser medidas. A saída de um sistema é normalmente definida como uma função das variáveis de estado. As variáveis de estado estão diretamente relacionadas com os elementos armazenadores de energia do sistema. A tabela 1 apresenta alguns elementos armazenadores de energia encontrados em sistemas físicos. MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 4 TABELA 1 - Elementos armazenadores de energia. ELEMENTO ENERGIA VARIÁVEL FÍSICA Capacitância C Cv 2 2 Tensão v Indutância L Li 2 2 Corrente i Massa M Mv 2 2 Velocidade de translação v Momento de inércia J Jw 2 2 Velocidade angular w Elastância KKx 2 2 Deslocamento x O conjunto das variáveis de estado pode ser representado por um vetor n-dimencional x(t): x(t) nx 2 x 1 x (t)nx (t) 2 x (t) 1 x x [1] CIRCUITOS ELÉTRICOS Conceitos: Leis de Kirchhoff (somatório das tensões em um circuito fechado e somatório das correntes em um nó); Tensão (V), corrente (A); Resistência (Ohm) - lei de Ohm , )Ri(t(t)rv ; [2] Indutância (H) - lei de Faraday, dt di(t) L(t) l v ; [3] Capacitância (F) - t o i(t)dt C 1 (t)cv [4] MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 5 a) Circuito RL - série FIGURA .1 - Circuito RC série Considerando-se uma fonte de tensão como função do tempo, e(t) , pode-se escrever: vr (t) + vl(t) = e(t) ou e(t) dt di(t) L+Ri(t) . [5] Considerando-se que o único elemento armazenador de energia é o indutor, que a variável de estado é x1= i(t) = i e fazendo-se e(t) = u, tem-se de [5]: u 1 xL 1 Rx ou u L 1 + 1 x L R 1 x [6] A equação [6] é a equação de estado do sistema e é suficiente para representar o desempenho futuro do sistema. O termo u é a notação convencional para a função de excitação, chamada de variável de controle. b) Circuito RLC - série FIGURA 2 - Circuito RLC série e(t) R Li(t) + _ e(t) R Li(t) + _ C . a MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 6 Pode-se escrever: vr (t) + vl(t) + vc = e(t) ou e(t)cvdt di(t) L+Ri(t) , [7] )i(t dt dv(t) C (sobre o nó a) [8] Variáveis de estado : indutor no corrente , l i 2 x capacitor no tesão , cv1 x Reescrevendo as equações [7] e [8], tem-se: 2 x C 1 1 x ou 2 x 1 xC [9] u L 1 + 2 x L R - 1 x L 1 2 x ou u = 1 x 2 Rx 2 xL [10] Em notação matricial: u L 1 0 2 x 1 x L R L 1 C 1 0 2 x 1 x [11] De modo mais geral: BuAxx [12] Onde: A é a matriz de evolução do processo ou matriz de estado; x é o vetor de estado; B é a matriz de controle ou matriz de entrada; u é um vetor de controle. MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 7 Supondo que a grandeza de saída y(t), seja a tensão no capacitor, vc: y(t) = vc = x1 ou 2 x 1 x 01y(t) . [11] De modo mais geral: y = Cx+Du, [12] onde: C é a matriz resposta ou matriz de saída; y é o vetor resposta; D é a matriz de transmissão direta. Exercício 1 : Dado o circuito da figura 3, obtenha as equações de estado e de resposta do sistema, onde a resposta do sistema é i2. FIGURA 3 - Circuito elétrico do exercício 1. Considere as seguintes variáveis de estado: x1 = i1, x2 = i2 e x3 = vc. Pode-se escrever as seguintes equações: u = 3 x+ 1 x 1 L 1 Rx [13] 0 = 2 x 2 L 2 x 2 R 3 x [14] e(t) R1 i1(t) + _ C i2(t)C L1 L2 R2 .a MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 8 0 = 3 xC 2 x 1 x [15] Equação de estado na forma matricial: u 0 0 1 L 1 x 0 C 1 C 1 L 1 2 L 2 R 0 L 1 0 1 L 1 R x [16] Equação de resposta do sistema: x010y [17] Exercício 2: Dado o circuito da figura 4, obtenha as equações de estado e de resposta do sistema na forma matricial, onde a resposta do sistema é a tensão vc, sobre o capacitor C. FIGURA 4 - Circuito elétrico do exercício 2. Variáveis de Estado: x1 = i1 - i2 e x3 = vc. Equações diferenciais: u) 2 i+ 1 (x 1 R 1 xL [18] 0 2 x+ 2 i 2 R 1 Lx- [19] 2 xC 2 i [20] Substituindo-se [20] em [18] e [19]: e(t) R1 i1(t) + C i2(t) R2 L C - MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 9 u 2 xC 1 R+ 1 x 1 R 1 xL ou 1 x 1 RuC) 1 (R 2 x(L) 1 x [21] 0x+xCRLx- 2221 ou 2221 xC)(Rx(-L)x [22] Resolvendo o sistema formado por [21] e [22]: u )RL(R R x )RL(R R x )RL(R RR- =x 21 2 2 21 1 1 21 21 1 [23] u ) 2 R 1 C(R 1 2 x ) 2 R 1 C(R 1 1 x ) 2 R 1 C(R 1 R- = 2 x [24] Equação de estado do sistema: u )RC(R 1 )RL(R R x x )RC(R 1 )RC(R R- )RL(R R )RL(R RR- =x 21 21 2 2 1 2121 1 21 1 21 21 [25] Equação de resposta do sistema: xy 10 [26] SISTEMAS MECÂNICOS DE TRANSLAÇÃO Conceitos: Lei de Newton (F = Ma); Massa (kg); Força (N); Elastância, rigidez ou constante elástica K (N/m) - mola linear; Amortecimento ou coeficiente de atrito viscoso B ( N/m/s) - amortecedor. MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 10 a) Sistema Massa – mola – amortecedor. A figura 5 apresenta representa um sistema mecânico de translação com uma massa, uma mola e um amortecedor. K M B y U = f(t) , função excitação FIGURA 5 – Sistema massa-mola-amortecedor. A equação diferencial do sistema é encontrada aplicando-se a 2a lei de Newton sobre a massa: yBkyyMf(t) [27] Os elementos que armazenam energia no sistema são M e K. B só dissipa energia. As equações de energia são 2 2yM para a massa e 2 2yK para a mola. Logo, as variáveis de estado são: y 2 x y 1 x Em função das variáveis de estado propostas, as equações de estado do sistema são: 1 x 2 x [28] f(t) M 1 1 x M B 2 x M K 1 x 1 Bx2 Kx 1 xMf(t) [29] Na forma matricial: MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 11 ) 001 f(tM 1 2 x 1 x M K M B 2 x 1 x [30] Um sistema mecânico possui grandezas análogas com um sistema elétrico. Esta analogia é baseada na similaridade das equações diferenciais obtidas para sistemas elétricos e mecânicos. A tabela 2 apresenta os elementos análogos. TABELA 2 - Elementos análogos em sistemas mecânicos e elétricos. SISTEMA MECÂNICO SISTEMA ELÉTRICO força F tensão e massa M indutância L amortecimento B resistência R elastância K capacitância C deslocamento x carga elétrica q velocidade v corrente i A massa é um elemento armazenador de energia cinética e a mola é um armazenador de energia potencial. Exemplo 3 – Para o sistema da figura 6 encontre: a) Equações diferenciais do sistema. Sobre a massa M2: ) 1 y 2 y( 2 B 2 y 2 k 2 y 2 Mf(t) [31] Sobre a massa M1: 1 y 1 B 1 y 1 k 1 y 1 M) 1 y 2 y( 2 B [32] MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 12 K1 M1 M2 B1 K2 y1 y2 U = f(t) - função excitação B2 FIGURA 6 – Figura do exemplo 3 b) Equações diferenciais do sistema. Sobre a massa M2: ) 1 y 2 y( 2 B 2 y 2 k 2 y 2 Mf(t) [33] Sobre a massa M1: 1 y 1 B 1 y 1 k 1 y 1 M) 1 y 2 y( 2 B [34] c) proposta de variáveis de estado para o sistema. Os elementos que armazenam energia no sistema são M1, M2, K1 e K2. B1 e B2 só dissipam energia. As equações de energia são 2 2 1 y 1 M e 2 2 2 y 2 M para as massas , 2 2 1 y 1 K e 2 2 2 y 2 K para as molas. Logo, sejam as variáveis de estado: MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 13 2 y 4 x 1 y 3 x 2 y 2 x 1 y 1 x d) em função das variáveis de estado propostas, as equações de estado do sistema. Substituindo-se as variáveis de estado nas equações diferenciais: f(t) 2 M 1 4 x 2 M 2 B 3 x 2 M 2 B 2 x 2 M 2 K 4 x) 3 x 4 (x 2 B 2 x 2 K 4 x 2 Mf(t) 4 x 1 M 2 B 3 x 1 M ) 2 B 1 (B 1 x 1 M 1 K 3 x 3 x 1 B 1 x 1 k 3 x 1 M) 3 x 4 (x 2 B Temos ainda: 4 x 2 x 3 x 1 x Na forma matricial: )f(t 2 M 1 0 0 0 4 x 3 x 2 x 1 x 2 M 2 B 2 M 2 B 2 M 2 K 0 1 M 2 B 1 M ) 2 B 1 (B 0 1 M 1 K 1000 0100 4 x 3 x 2 x 1 x [35] e) equação resposta para a saída sendo o deslocamento da massa 2 (y2). 4 x 3 x 2 x 1 x 0010y [36] MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 14 f) circuito elétrico equivalente. As equações diferenciais resultantes usando a analogia entre força e tensão são: ) 1 i 2 (i 2 R 2 i 2 Ldt 2 i 2 C 1 e(t) e 1 i 1 R 1 i 1 Ldt 1 i 1 C 1 ) 1 i 2 (i 2 R , que são as duas equações de malha do circuito da figura 7 u(t) R1 i1(t) + i2(t) R2 L2 - C2 C1 L1 FIGURA 7 – Circuito elétrico equivalente do exemplo 3. Exemplo 4– O sistema da figura 8 representa de forma simplificada a suspensão de uma da rodas de um automóvel. Encontre: a) Equações diferenciais do sistema. Sobre a massa M2: )( 1 y 2 y 1 K) 1 y 2 yB( 2 y 2 k 2 y 2 Mf(t) [37] Sobre a massa M1: MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 15 1 y 1 M) 1 y 2 (y 1 K) 1 y 2 yB( [38] K1 M1 M2 B K2 y1(t) y2(t) f(t) 2 FIGURA 8 – Figura do exemplo 4 b) Uma representação por diagrama de blocos do sistema. Considere que a entrada seja a força f(t) e a saída seja o deslocamento y1(t). Aplicando-se a transformada de Laplace às equações [37] e [38] e considerando-se as condições iniciais nulas, tem-se: (s)) 1 Y- (s) 2 (Y 1 k(s)) 1 Y-(s) 2 Bs(Y(s) 2 Y 2 k (s) 2 Y2s 2 M F(s) [39] (s) 1 Y2s 1 M (s)) 1 Y- (s) 2 (Y 1 K (s)) 1 Y- (s) 2 Bs(Y [40] De [39]: (s) 1 Y 2 k 1 kBs2s 1 M 1 kBs F(s) 2 k 1 kBs2s 2 M 1 (s) 2 Y [41] M1 – massa do carro M2 – massa do pneu B – amortecedor K1 – mola K2 – elasticidade do pneu MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 16 De [40]: (s) 2 Y 1 kBs2s 1 M 1 kBs (s) 1 Y [42] Chamando: 1 kBs2s 1 M 1 kBs (s) 1 G , 2 k 1 kBs2s 2 M 1 (s) 2 G e 2 k 1 kBs2s 1 M 1 kBs (s) 3 G , Tem-se: (s) 2 (s)Y 1 G(s) 1 Y [43] (s) 1 (s)Y 3 G(s)F(s) 2 G(s) 2 Y [44] O que permite obter a representação por diagrama de blocos da figura 9: G1(s) G3(s) + + G2(s) F(s) Y1(s) Y2(s) FIGURA 9 – Possível representação do sistema na forma de diagrama de blocos. c) A função de transferência considerando que a entrada seja a força f(t) e a saída seja o deslocamento y1(t). MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 17 A função de transferência do sistema será: (s) 2 (s)G 1 G-1 (s) 1 (s)G 2 G F(s) (s) 1 Y [45] SISTEMAS MECÂNICOS DE ROTAÇÃO Os sistemas mecânicos com translação são similares aos sistemas mecânicos de trasnlação. Escrever a equação do torque é semelhante a escrever a equação de força. Neste caso o deslocamento, a velocidade e a aceleraçãoserão angulares. São aqueles construídos a partir da combinação de três componentes básicos, que representam idealizações de fenômenos físicos que ocorrem nos sistemas reais: massa em rotação (inércia), mola torcional e amortecedor rotacional. Conceitos: - posição angular (rad) w – velocidade angular (rad/s) - aceleração angular (rad/s2) K – elastância ou rigidez da mola – (N.m/rad) B – coeficiente de amortecimento viscoso (N.m/rad/s) J – momento de inércia (kg.m2) Equação de torque: T = J. Sobre uma mola : Tk = K(a - b) Sobre um amortecedor: Tb = B(wa-wb) Equação de energia sobre a mola: Ek = K2/2 Equação de energia sobre o momento de inércia: Ej =Jw2/2 A figura 10 apresenta um exemplo de sistema de segunda ordem rotacional: B B K T(t ) K T( t ) 2 J FIGURA 10 – Exemplo de sistema rotacional mecânico. MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 18 Balanço de torques: a soma de todos os torques externos agindo em uma massa rotacional é igual ao torque inercial agindo na mesma massa. Lei dos Deslocamentos: se dois corpos estão unidos, então os mesmos são forçados a se deslocarem com a mesma posição, velocidade e aceleração angular. MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 19 SISTEMAS ELETROMECÂNICOS São sistemas que convertem energia elétrica em mecânica e vice-versa. MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 20 São extensivamente utilizados em engenharia e automação, como por exemplo: motores, geradores, sensores, microfones, alto-falantes. MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 21 MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 22 MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 23 MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 24 MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 25 MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 26 MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 27 MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 28 MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 29 OBS: MAIORES DETALHES, EXEMPLOS E EXERCÍCIOS ENCONTRAM-SE NOS CAPÍTULOS 3 E 4 DO LIVRO OGATA PASSADO PARA A TURMA. MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 30 EXEMPLOS RESOLVIDOS MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 31 MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 32 MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 33 MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 34 MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 35 Ex: Ache a função de transferência do sistema mecânico translacional abaixo Ex: Ache as equações de estado do sistema MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 36 MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 37 MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 38 MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 39 MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS MODELAGEM DE SISTEMAS FÍSICOS Professora Elizabeth Lopes Pimenta -AULAS 09 e 10- Página 40
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