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PRATICA 11 TRABALHISTA 2

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DA 99ª VARA DO TRABALHO 
DE SALVADOR/BA.
RECURSO ORDINÁRIO
PROCESSO Nº: XXXXXXXXX
Aeroduto Empresa Pública de Gerenciamento de Aeroportos, empresa 
pública, já qualificada nos autos do processo em epígrafe, vem, 
respeitosamente, através de seu advogado já devidamente qualificado na 
espécie, à presença de vossa excelência, demonstrar o inconformismo com a 
sentença proferida nos presentes autos, a qual julgou integralmente 
procedentes os pedidos formulados pela Autor, interpor 
RECURSO ORDINÁRIO
com arrimo no artigo 895, inciso I, do Estatuto Obreiro e amparado nas razões 
adiante expendidas. 
Nesses termos, requer que seja recebido o presente recurso e, após 
cumpridas as formalidades de estilo, que seja este remetido para o Colendo 
Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, a fim de que este profira seu 
superior julgamento. 
Espera deferimento.
Cidade, 24 de outubro de 2017.
Advogado
OAB/UF. Nº XXX-XXX
COLENDO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 5ª REGIÃO
RECURSO ORDINÁRIO
PROCESSO Nº: XX.
RECORRENTE: AERODUTO EMPRESA PÚBLICA DE GERENCIAMENTO DE 
 AEROPORTOS
RECORRIDO: PAULO
I. DA TEMPESTIVIDADE
Cumpre registrar a tempestividade do instrumento recursal aqui utilizado, 
visto a sentença ter sido publicada na data xx/xx/xxxx, razão pela qual o prazo 
para interposição do Recurso Ordinário iniciou dia xx/xx/xxxx, findando então 
dia xx/xx/xxxx, e interposto o presente recurso dia xx/xx/xxxx, por então, resta-
se demonstrado a regular temporalidade do seguinte instrumento, conforme 
interpretação do artigo 895,I, da consolidação das leis trabalhistas.
II. DAS RAZÕES RECURSAIS
 Em que pese o reconhecido saber jurídico do douto juízo de primeira 
instância prolator da sentença ora vergastada, carece de reforma a decisão 
que julgou procedente os pedidos do reclamante, ante os fatos e fundamentos 
jurídicos a seguir expostos.
III. DA SÍNTESE DA DEMANDA
O ora recorrido fora empregado da microempresa Tudo Limpo Ltda de 
22/02/15 a 15/03/16. Prestava serviço como auxiliar de serviços gerais, 
atuando na limpeza de parte da pista de um aeroporto de pequeno porte. 
Durante todo o contrato, prestou serviços na Aeroduto Empresa Pública de 
Gerenciamento de Aeroportos, tomadora dos serviços, e ora recorrente. 
Ao ser dispensado e receber as verbas rescisórias, o recorrido ajuizou 
reclamação trabalhista em face da microempresa Tudo Limpo Ltda e da 
tomadora dos serviços, pretendendo adicional de insalubridade, alegando que 
trabalhava em local de barulho, bem como a incidência de correção monetária 
sobre o valor dos salários, vez que recebia sempre até o quinto dia útil do mês 
subsequente ao vencido. Logo, tendo mudado o mês de competência, deveria 
haver a correção monetária, dado o momento, na época, de inflação galopante. 
A ação foi distribuída para a 99ª Vara de Trabalho de Salvador. No dia da 
audiência, a 1ª reclamada fez-se representar pelo seu contador, assistido por 
advogado. A segunda reclamada, por preposto empregado e advogado. Foram 
entregues defesas e prova documental, sendo que, pela segunda ré, foi juntada 
toda a documentação relacionada à fiscalização do contrato entre as rés, o 
qual ainda se encontra em vigor, bem como exames médicos de rotina 
realizados nos empregados, inclusive o autor, os quais não demonstravam 
nenhuma alteração de saúde ao longo de todo o contrato, além dos recibos do 
autor de fornecimento de EPI para audição. 
Superada a possibilidade de acordo, o juiz indeferiu os requerimentos da 
segunda ré para a produção de provas testemunhal e pericial, o que fora de 
logo consignado em ata os protestos da segunda ré, pois visava, com isso, 
comprovar que o EPI eliminava a insalubridade. O processo seguiu concluso 
para a sentença, a qual decretou a revelia e confissão da primeira ré por não 
estar representada regularmente. Julgou procedentes os pedidos de 
pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, bem como de 
incidência de correção monetária sobre o valor do salário mensal pago após a 
“virada do mês”. Outrossim, condenou a segunda ré, subsidiariamente, em 
todos os pedidos, fundamentando a procedência na revelia e confissão da 1ª 
ré.
IV. DO CERCEAMENTO DE DEFESA
Colenda câmara, resta-se nítido após simples leitura do resumo fático da 
presente demanda o injusto cerceamento de defesa que se dera na espécie. 
Tendo o douto juiz de primeiro grau impossibilitado, de modo completamente 
injustificado, acrescente-se, que a segunda reclamada, ora recorrente, 
produzisse prova a fim de confirmar a efetiva entrega dos materiais de proteção 
EPI ao obreiro, e de que tais instrumentos foram adequados à proteção do 
trabalhador nos serviços prestados. 
Portanto, à vista da clara afronta aos princípios da ampla defesa e do 
contraditório, previstos no artigo 5º, LV, da CF, com disposição também nos 
artigos 7º e 369 do CPC/15, da pertinência da prova testemunhal e pericial 
requerida com o caso em tela, e do tamanho do prejuízo sofrido pela 
recorrente, visto ter sido condenada subsidiariamente em todos os pedidos do 
autor. Requer-se, Excelências, desde logo, a decretação da nulidade da 
sentença proferida pelo juízo “a quo”, vez que fora claramente prolatada em 
avilto a preceitos fundamentais de defesa e liberdade processual. 
V. DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA
O douto juízo de primeira instância condenou a recorrente como 
responsável subsidiária em todos os pedidos do reclamante. Em que pese a 
indiscutível capacidade analítica e julgadora do MM. Juiz, se faz necessário 
afirmar que neste ponto também laborou em erro o ínclito magistrado, uma 
vez que a sua decisão fora proferida em total afastamento com o contexto 
fático da demanda, e da jurisprudência aplicável em casos análogos.
Em sua sentença, o juízo de primeiro grau olvida que a empresa pública 
Aeroduto, aqui recorrente, demonstrara efetivamente em todo o caminho do 
feito, o seu zelo e cumprimento integral a todos os termos contratuais que 
carecem na execução de um contrato administrativo. 
A recorrente, de modo tempestivo, juntou toda a documentação 
relacionada à fiscalização do contrato, bem como exames médicos de rotina 
realizados nos empregados da primeira reclamada, sendo inclusive dentre 
eles o autor, os quais não demonstraram nenhuma alteração de saúde ao 
longo de todo o contrato. Cumpre ainda registrar a presença nos autos dos 
recibos subscritos pelo autor sobre o fornecimento de EPI para audição. 
Visto que o mesmo reclama a indenização por insalubridade, todavia, vê-se 
que o mesmo sempre dispôs dos equipamentos cruciais de proteção 
auditiva. E se não os utilizasse, fora por culpa exclusiva do mesmo. Aqui 
mostra-se atendido o que se detém da súmula 80 do TST, que assim 
dispõe:
Súmula nº 80 do TST
INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 
21.11.2003 
A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de 
aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do 
Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. 
Ademais, tudo o que fora exposto tanto neste tópico, como em todo o 
feito, resta-se em consonância ao artigo 71, parágrafo 1º da lei 8.666/93, e 
a súmula 331, V, do TST, quando aduzem, em suma, sobre a 
impossibilidade da administração pública, aqui indireta, ser responsável pela 
inadimplência do contratado em obrigações trabalhistas, fiscais e 
comerciais, e ainda, quanto àquelas primeiras, o inciso quinto da súmula do 
TST já referida, firmou entendimento peremptório sobre a reponsabilidade 
da entidade pública, que somente ocorrerá quando restar-se 
inequivocamente comprovada a falta de fiscalização, ainda que culposa, no 
cumprimento das obrigações da lei nº 8.666/93, e nas responsabilidades 
oriundas do contrato firmado com empresa prestadora de serviço. O que se 
denotaque não ocorrerá uma única vez na espécie. Vejamos então o que 
diz os regramentos aludidos:
 Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos 
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais 
resultantes da execução do contrato.
§ 1º A inadimplência do contratado, com referência aos 
encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à 
Administração Pública a responsabilidade por seu 
pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou 
restringir a regularização e o uso das obras e edificações, 
inclusive perante o Registro de Imóveis. (Lei nº 8.966/93)
Súmula nº 331 do TST
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. 
LEGALIDADE (nova redação do item IV e inseridos os 
itens V e VI à redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado 
em 27, 30 e 31.05.2011 
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta 
é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o 
tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho 
temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). 
 
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante 
empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os 
órgãos da Administração Pública direta, indireta ou 
fundacional (art. 37, II, da CF/1988). 
 
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a 
contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 
20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de 
serviços especializados ligados à atividade-meio do 
tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a 
subordinação direta. 
 
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por 
parte do empregador, implica a responsabilidade 
subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas 
obrigações, desde que haja participado da relação 
processual e conste também do título executivo judicial. 
 
V - Os entes integrantes da Administração Pública 
direta e indireta respondem subsidiariamente, nas 
mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua 
conduta culposa no cumprimento das obrigações da 
Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na 
fiscalização do cumprimento das obrigações 
contratuais e legais da prestadora de serviço como 
empregadora. A aludida responsabilidade não decorre 
de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas 
assumidas pela empresa regularmente contratada. 
 
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de 
serviços abrange todas as verbas decorrentes da 
condenação referentes ao período da prestação laboral.
Pelo exposto, Excelências, nota-se que a modificação da sentença ora 
vergastada é medida que se faz extremamente necessária. Por ocasião da 
força probante de todos os documentos que demonstram a efetiva vigilância e 
cuidado em que sempre esteve o ente público perante aos empregados da 
prestadora de serviços contratada, todos devidamente juntado aos presentes 
autos, mas que foram, ao que parece, notadamente esquecidos pelo juízo de 
primeiro grau ao proferir sua decisão. Assim, desde logo, passa-se a requerer a 
exclusão da responsabilidade subsidiária da segunda reclamada, nos termos 
da fundamentação supra. 
VI. DA REVELIA DA 1ª RECLAMADA
Em razão da aplicabilidade escorreita da lei, mesmo que o fundamento 
do tópico favoreça a primeira reclamada, faz-se necessário citar que o juízo de 
primeira instância, ao decretar a revelia da mesma, não se ateve ao 
mandamento expresso na súmula 377 do TST, quando aduz sobre a não 
obrigatoriedade de o preposto ser empregado da empresa reclamada, quando 
se trata de microempresa. O se mostra, então, necessário a reforma quanto a 
este tópico na sentença atacada. Nesses termos:
Súmula nº 377 do TST
PREPOSTO. EXIGÊNCIA DA CONDIÇÃO DE EMPREGADO 
(nova redação) - Res. 146/2008, DJ 28.04.2008, 02 e 
05.05.2008
Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou 
contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser 
necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 
843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 
14 de dezembro de 2006. 
VII. DA IMPOSSIBILIDADE DE FIXAÇÃO DE INSALUBRIDADE PELO 
JUÍZO SEM PERÍCIA PRÉVIA.
Mais uma vez resta-se patente a necessidade de modificação na 
sentença que se mostra completamente desordenada dos preceitos da lei 
especial aplicável, levando agora em consideração que o MM. Juiz fixou o grau 
máximo de periculosidade no caso em tela, quando o mandamento expresso 
da consolidação das leis do trabalho, exige o laudo técnico elaborado por perito 
oficial previamente habilitado. 
Assim, não poderia o magistrado arbitrar ex officio qualquer grau de 
periculosidade em total arrepio da lei pertinente. Assim é expressão do artigo 
195, parágrafo 2º, da CLT:
Art. . 195 - A caracterização e a classificação da 
insalubridade e da periculosidade, segundo as 
normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através 
de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou 
Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do 
Trabalho.
§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou 
periculosidade, seja por empregado, seja por 
Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz 
designará perito habilitado na forma deste artigo, e, 
onde não houver, requisitará perícia ao órgão 
competente do Ministério do Trabalho. (Redação dada 
pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) (CLT)
VIII. DA NÃO SUJEIÇÃO À CORREÇÃO MONETÁRIA DO SALÁRIO 
DO OBREIRO.
O douto juiz do trabalho fixou na condenação a correção monetária no 
salário do Reclamante, sob o argumento de que haveria corrosão inflacionária 
nos vencimentos do autor por decorrência do pagamento ter se dado sempre 
no quinto dia útil do mês. Ocorre que mais uma vez labora em erro o 
Excelentíssimo magistrado, visto entendimento consagrado na súmula 381 do 
TST, sobre a impossibilidade de se aplicar correção monetária quando o 
pagamento dá-se até o quinto dia útil de cada mês, o que sempre ocorrera no 
caso em análise. E mais, a súmula referida diz que só se torna exigível a 
correção quando ultrapassado o período temporal supra referido, tendo-se aqui 
a atualização do valor para o mês subsequente, o que ainda assim não fora 
aplicado na presente reclamação. Nesse sentido:
Súmula nº 381 do TST
CORREÇÃO MONETÁRIA. SALÁRIO. ART. 459 DA CLT 
(conversão da Orientação Jurisprudencial nº 124 da 
SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
O pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês 
subseqüente ao vencido não está sujeito à correção 
monetária. Se essa data limite for ultrapassada, 
incidirá o índice da correção monetária do mês 
subseqüente ao da prestação dos serviços, a partir do 
dia 1º. (ex-OJ nº 124 da SBDI-1 - inserida em 
20.04.1998)
IX. DOS PEDIDOS
Ante ao exposto, colenda câmara, pelo mais que dos autos consta, 
doutrina, jurisprudência e princípios gerais do direito, espera e requer o 
recorrente o provimento do presente recurso ordinário para:
I. Que seja decretada a nulidade da sentença proferida 
pelo juízo “a quo”, vez que fora prolatada em avilto a 
preceitos fundamentais de defesa e liberdade processual, 
em afronta aos princípios da ampla defesa e do 
contraditório, previstos no artigo 5º, LV, da CF, com 
disposição também nos artigos 7º e 369 do CPC/15, e da 
pertinência da prova testemunhal e pericial requerida, 
com o caso em tela, as quais foram imotivadamente 
obstadas pelo juízo de primeira instância, em nítido 
cerceamento de defesa a parte requerente, o que 
resultara em grave prejuízo a esta, visto ter sido 
condenada subsidiariamente em todos os pedidos do 
autor;
II. Sendo superado o pedido do item "I", que seja 
modificada a sentença vergastada afim de que se exclua 
a responsabilidade subsidiária da segunda reclamada, por 
ocasião da força probante de todos os documentos que 
demonstram a efetiva vigilância e cuidado em que sempre 
esteve o ente público perante aos empregados da 
prestadora de serviços contratada, todos devidamente 
juntados aos presentes autos, mas que foram, ao que 
parece,notadamente esquecidos pelo juízo de primeiro 
grau ao proferir sua decisão, em consonância ao artigo 
71, parágrafo 1º da lei 8.666/93, e da súmula 331, V, do 
TST;
III. Seja afastada a revelia da 1ª reclamada, visto que a 
sentença não se ateve ao mandamento expresso na 
súmula 377 do tst, quando aduz sobre a não 
obrigatoriedade de o preposto ser empregado da empresa 
reclamada, quando se trata de microempresa;
IV. Seja reconhecida a impossibilidade de fixação de 
grau de insalubridade pelo juízo sem perícia prévia, vez 
que fora fixado o grau máximo de periculosidade no caso 
em tela, quando o mandamento expresso da consolidação 
das leis do trabalho, exige o laudo técnico elaborado por 
perito oficial previamente habilitado, nos termos do artigo 
195, parágrafo 2º da clt;
V. Seja excluída a correção monetária do salário do 
obreiro, visto entendimento consagrado na súmula 381 do 
tst, sobre a impossibilidade de se aplicar correção 
monetária quando o pagamento dá-se até o quinto dia útil 
de cada mês, o que sempre ocorrera no caso em análise. 
E mais, a súmula referida diz que só se torna exigível a 
correção quando ultrapassado o período temporal supra 
referido, tendo-se aqui a atualização do valor para o mês 
subsequente, o que ainda assim não fora aplicado no 
julgamento da presente reclamação.
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Cidade-Estado, quinta-feira, 25 de setembro de 2017.
NOME DO ADVOGADO
OAB/UF 
Nº. XX.XXX-X.

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