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amilase relatorio

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB 
Departamento de Ciências da Vida (DCV) – Campus I 
Disciplina: CCS018 – BIOQUÍMICA 
 
 
 
Curso: Enfermagem 
 
Curso: Enfermagem 
Docentes: Polyanna Carôzo 
Turma prática: P07 
Discentes: Alessandra Gomes, Jaiana Nascimento e Manuela Campos. 
 
 
 
 
 
 
Relatório referente à aula prática 7 : 
DOSAGEM DE AMILASE 
 
 
 
 
Salvador - BA 
2018 
1. INTRODUÇÃO 
 
As enzimas são proteínas especializadas na catálise de reações biológicas. Elas 
possuem extraordinária especificidade e poder catalítico, que são muito superiores 
aos dos catalisadores produzidos pelo homem. Aceleram a velocidade da reação 
sem participar dela como reagente ou produto. A sua atividade catalítica depende da 
integridade da sua conformação proteica nativa. 
Em algumas doenças, especialmente nas desordens genéticas herdadas, pode 
ocorrer uma deficiência ou mesmo a ausência total de uma ou mais enzimas. Outras 
condições anormais também podem ser causadas pela excessiva atividade de uma 
enzima. Medidas da atividade de enzimas no plasma sanguíneo, eritrócitos ou 
amostras de tecidos são importantes no diagnóstico de várias doenças. 
A amilase é uma enzima catalisadora da hidrólise da amilopectina, amilose e do 
glicogênio em maltose e dextrinas. 
O amido é a forma de armazenamento para a glicose nos vegetais, sendo 
constituído por uma mistura de amilose (amido não ramificado) e amilopectina 
(ramificado). A estrutura do glicogênio é similar ao da amilopectina, com maior 
número de ramificações. 
Na saliva encontra-se uma forma de alfa-amilase denominada ptialina e no 
pâncreas, a amilase pancreática. Sendo uma enzima da classe das hidrolases que 
atua extracelular para clivar o amido e o glicogênio que são ingeridos na dieta. 
A dosagem de amilase garante suas principais aplicações clínicas nas enfermidades 
pancreáticas, principalmente no diagnóstico de pancreatite aguda. (Esteves, 2017). 
Objetivo desta pratica é medir a concentração de amilase no soro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. MATERIAIS E MÉTODO 
2.1 MATERIAIS 
 Espectrofotômetro 
 Banho-maria a 37°C 
 Pipetas 
 Galeria 
 Pipetador e ponteira 
 Tubos de ensaio 
 Substrato de amido 
 Solução de iodo 
 Amostra (soro) 
 Água destilada 
 
2.2 MÉTODO 
 Caraway modificado 
 
2.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: 
Identificar dois tubos de ensaio com: “T” e “C“ (Teste e Controle) e proceder 
da seguinte forma: 
Tabela 1- Identificação dos reagentes 
Tubos Teste Padrão 
Substrato de amido 1,0 ml 1,0 ml 
Colocar em banho-maria a 37ºC por dois 
minutos. 
 
Amostra 20 μl - 
Agitar e incubar em banho-maria a 37ºC por, 
exatamente 7 minutos e 30 segundos. 
 
Solução de iodo 1,0 ml 1,0 ml 
Água destilada 8,0 ml 8,0 ml 
 
 LEITURA: Determinar as absorbâncias dos tubos Teste e Controle em 660 
nm, zerando o aparelho com um branco de água destilada. 
 CÁLCULO: Amilase (U/dl) = Abs. Controle – Abs. Teste X 800 
 Abs. Controle 
 VALORES DE REFERENCIA: 60 a 160 Unidades/dl 
 
 
 
3. RESULTADOS 
Os resultados foram obtidos através do cálculo abaixo, e o valor encontrado está 
entre o valor de referencia 60 a 160 Unidades/dl. 
Amilase (U/dL) = Abs. Controle – Abs. Teste x 800 
 Abs. Controle 
Amilase (U/dL) = 0,134 – 0,120 x 800 
 0,134 
Glicose (mg/Dl) = 83,5 U/dL 
 
 
4. DISCUSSÃO 
 
De acordo com os resultados obtidos ao compará-lo com os valores de referências 
que são de 60 a 160 U/dl, percebe-se que o nível de amilase no sangue está normal. 
 
a) Em que classe de enzimas se encontra a amilase?Justifique sua resposta. 
- A amilase é uma enzima da classe das hidrolases que catalisam o desdobramento 
do amido e glicogênio ingeridos na dieta. Hidrolisam as ligações glicosídicas que 
unem os resíduos de glucose em cadeias que compõem a macromolécula de amido. 
Existem três tipos diferentes de amilases: 
 
a) A α-amilase (E.C. 3.2.1.1) cliva aleatoriamente as ligações glicosídicas α-1,4 
internas nas cadeias de amido. A clivagem destas ligações gera produtos de baixo 
peso molecular como a glicose, a maltose (dissacarídeo composto por dois resíduos 
de glicose) e maltotriose (trissacarídeo composto por três resíduos de glicose), etc. 
Esta enzima também recebe o nome alternativo de α-1,4-glucan-4-glucano-hidrolase 
e como quebra ligações internas é classificada como uma endoamilase. A α-amilase 
é uma metaloenzima de cálcio, isto é, depende da presença do cálcio (Ca2+) para a 
sua estabilidade; o cálcio funciona como um cofator. 
 
b) A β-amilase (E.C. 3.2.1.2) é classificada como uma exo-amilase que atua a partir 
da extremidade não redutora da cadeia polissacáridea, clivando a segunda ligação 
glicosídica α-1,4, liberando, assim, sucessivas moléculas de maltose. 
 
c) A γ-amilase (E.C. 3.2.1.3) é a enzima que cliva as ligações glicosídicas α-1,6. 
Adicionalmente também hidrolisa a primeira ligação α-1,4 na extremidade não 
redutora, liberando unidades de glucose. (ESTEVES, 2017) 
 
b) Qual a importância da dosagem de Enzimas no Soro? Explique usando 
como exemplo a dosagem de amilase. 
- A determinação de enzimas no laboratório clínico tem uma grande aplicação para o 
diagnóstico, prognóstico e acompanhamento da terapia de diversas patologias, 
especialmente no caso das doenças hepáticas, cardíacas, ósseas, musculares e 
pancreáticas. Em alguns processos patológicos, as determinações enzimáticas 
contribuem significativamente para estabelecer a causa, localização e grau de 
extensão da lesão, para fazer o controle do tratamento e ainda para determinar a 
cura. Assim sendo, as dosagens enzimáticas são extremamente importantes para a 
compreensão e controle de inúmeras doenças. Na atualidade, cerca de 10 enzimas 
são dosadas nos laboratórios clínicos, compreendendo, aproximadamente, 20 a 
25% do total de exames realizados. (LOPES, 1998). 
 
c) Em que situação o exame “Dosagem de amilase” é solicitado? Explique as 
consequências de um resultado anormal. 
- O exame de amilase geralmente é solicitado quando há suspeita de pancreatite 
(inflamação no pâncreas) ou outras doenças que afetam o pâncreas. 
O nível de amilase pode aumentar até 6 vezes em casos de pancreatite aguda. O 
aumento ocorre dentro de 1 a 3 dias após o início da inflamação. Já na pancreatite 
crônica os valores de amilase podem estar um pouco elevados, mas à medida que o 
pâncreas vai sendo destruído, o nível baixa. (PORTAL SÃO FRANCISCO, 2018). 
d) Quais os principais interferentes neste tipo de exame “Dosagem de 
amilase”? Explique. 
- Algumas drogas podem interferir nos resultados laboratoriais elevando os níveis 
séricos da Amilase (morfina, meperidina, codeína, diuréticos tiazídicos) ou 
diminuindo, como nos casos de envenenamento por barbitúricos. (BIOCLIN, 2013). 
e) Além das glândulas salivares e do intestino, onde é encontrado “Atividade 
amilásica”? 
A atividade amilásica é também encontrada no sêmem, testículos, ovários, tubos de 
Fallopio, músculo estriado, pulmões e tecido adiposo. (VALTER T. MOTTA). 
f) Existem outros métodos para determinação da atividade amilásica? Caso 
afirmativo, mostre quais os métodos explicando em que se baseia cada 
método? 
- Sim. Metodologia Cinética Colorimétrica (Método do Cloro Nitrofenol) 
Fundamento Químico: A α-amilase hidrolisa o substrato 2-cloro-4-nitrofenil-α-D-
maltotriose (CNPG3), liberando 2-cloro-4-nitrofenol (CNP) e formando 2-cloro-4-
nitrofenil-α-D-maltoside (CNPG2),
maltotriose (G3) e glicose (G). A velocidade de 
formação do 2-cloro-4-nitrofenol é medida fotometricamente em 405 nm, 
possibilitando uma determinação direta da atividade da amilase na amostra 
analisada. 
 
VALORES DE REFERÊNCIA 
Soro: 22 a 80 U/L 
Urina: até 320 U/L 
Relação Amilase Urinária/Creatinina Urinária: até 400 U/g 
Relação Depuração Amilase/Depuração Creatinina: 1,0 a 4,0% 
 
 
 
5. CONCLUSÃO 
 
Através da prática para dosagem de amilase no soro, foi possível identificar que o 
paciente analisado possuía o valor de amilase 83,5 u/dl. Valor este que esta entre o 
valor de referência. 
 
Se os valores de amilase fossem altos normalmente o paciente ia apresenta sinal de 
insuficiência renal, caxumba, câncer no pâncreas, pancreatite aguda e crônica, 
obstrução dos ductos pancreáticos. 
 
Os valores de amilase baixa normalmente são sinal de lesão permanente nas 
células que produzem amilase e, por isso, estão relacionados a casos de pancreatite 
crônica. 
No entanto, a amilase baixa também podem indicar problemas nos rins, sendo 
recomendado fazer outros exames para identificar o diagnóstico correto e iniciar o 
tratamento adequado. 
 
 
6. REFERÊNCIAS 
ESTEVES, César. Amilase. Disponível em: 
http:knoow.net/ciencterravida/biologia/amilase/ Acesso em: 30 de junho 2018. 
LOPES, Homero, J. de J. Enzimas no Laboratório Clínico: Aplicações 
Diagnósticas. Belo Horizonte - MG. 1998. Disponível 
em:<http:www.goldanalisa.com.br/arquivos/ %7BD24 E41CD-601C-4721 BDA7-
E5B1CB3512B3%7D_Enzimas_no_Laboratorio _Clinico[1].pdf > Acesso em: 30 de 
junho 2018. 
PORTAL SÃO FRANNCISCO. Amilase. Disponível em: 
<https:www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/amilase> Acesso em: 30 de junho 
2018. 
VALTER T. MOTTA: Bioquímica Clínica: Princípios e Interpretações. 4° ed. Porto 
Alegre: editora, médica Missau-São Paulo: Robe Editoral, EDUCS- Caxias do Sul, 
2003. 
BIOCLIN. Instruções amilase cinética. Disponível em: 
<https://www.bioclin.com.br/sitebioclin/wordpress/wpcontent/uploads/arquivos/instruc
os/INSTRUCOES_AMILASE_CINETICA.pdf> Acesso em: 30 de junho 2018.

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