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ADM FINANCEIRA resumo

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
AULA 1-SÍNTESE DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
A administração financeira preocupa-se com as tarefas do administrador financeiro. Estes administradores devem gerir ativamente os assuntos financeiros de qualquer tipo de empresa, mesmo se a empresa for: sem fins lucrativos, empresa pública ou privada.
Podemos definir finanças como a arte e a ciência da gestão do capital. Também podemos afirmar que todos os indivíduos e organizações recebem, gastam e investem o seu dinheiro.
A área de finanças irá preocupar-se com a dinâmica do processo entre os indivíduos, empresas e instituições. Esta área é ampla e dinâmica, e afeta todos os setores da empresa, mas principalmente os setores: financeiro e de administração financeira.
SETORES FINANCEIROS - Preocupam-se com o desenvolvimento e a entrega de serviços.
SETORES ADMINISTRATIVOS - Planejamento, captação de fundos para financiar a empresa, concessão de crédito a clientes, etc.
FUNÇÃO ADMINISTRATIVA FINANCEIRA
Para entender a função da administração financeira é importante conhecer as modalidades jurídicas de organização de empresa.
As três modalidades mais comuns são:
Estrutura da função financeira
Todos os setores da empresa interagem com o setor financeiro.
Diretor Financeiro-O tesoureiro e o controller estão subordinados ao diretor financeiro.
Tesoureiro: geralmente é responsável pela gestão de atividades financeiras, tais como planejamento financeiro e captação de fundos, tomada de decisões de investimentos, gestão de caixa e gestão de atividades de crédito, etc.
Controller: lida com atividades contábeis, tais como: contabilidade gerencial, gestão de assuntos fiscais, contabilidade financeira, etc.
Objetivo da administração financeira
Alguns dizem que o objetivo da empresa é sempre maximizar o lucro, mas para alcançar este objetivo, o administrador financeiro deveria concentrar-se apenas no lucro geral da empresa, mas não é o que acontece. As Sociedades por ações medem seus lucros em termos de lucro por ação (LPA).
Mas a Maximização do lucro não é o objetivo, pois sendo assim, ele ignoraria a distribuição dos resultados no tempo, os fluxos de caixa disponíveis aos acionistas e o risco.
A administração financeira compete à gestão racional dos recursos financeiros da empresa. Quando os recursos são escassos, cabe ao departamento financeiro tomar as decisões, a fim de obter os melhores benefícios no futuro.
O objetivo de uma empresa pode ser declarado de várias maneiras, como maximização dos lucros, participação de mercado, maximização das vendas e da riqueza dos proprietários, etc.
O principal objetivo da Administração Financeira é o de maximizar a riqueza dos sócios/acionistas. Para que isso aconteça, as atribuições do Administrador Financeiro podem ser sintetizadas em três atividades básicas:
Maximização dos lucros
A Maximização dos Lucros é o objetivo principal de uma empresa, a ideia é ter lucros cada vez maiores em um curto prazo.
Neste sentido o administrador pode tomar diferentes decisões, como minimizar as despesas com promoções de produtos, por exemplo:
Não realizar manutenção adequada em máquinas e equipamentos.
Substituir mão de obra qualificada de salários altos.
Substituir matéria prima de qualidade.
Segundo Gitman (1997), a maximização do lucro não considera o risco, porém, a maximização da riqueza considera explicitamente o risco. 
Uma premissa básica na Administração Financeira é que existe uma relação entre risco e retorno, na qual:
ACIONISTAS - Esperam perceber maiores retornos de investimento de maior risco, cada vez mais cedo.
ADMINISTRADORES FINANCEIROS - Precisam levar em conta o risco, ao avaliarem investimentos potenciais.
Uma premissa básica na Administração Financeira é que existe uma relação entre risco e retorno:
Risco x Retorno
Os acionistas esperam perceber maiores retornos de investimento de maior risco e vice-versa.
Os Administradores Financeiros precisam, portanto, levar em conta o risco ao avaliarem investimentos potenciais.
Indicar ano do autor e rever pontuação.
A Companhia Drury está estudando a expansão de sua linha de produção em um de seus dois novos produtos, C ou D.
O produto C parece ser um produto relativamente seguro para se investir.
O produto D é considerado um item de moda altamente arriscado.
Após considerar todos os custos, espera-se que os dois produtos gerem os seguintes lucros por ação ao longo de suas vidas de cinco anos.
Se ignorarmos quaisquer diferenças no risco e usarmos uma abordagem de maximização do lucro, parece que o produto D seria o preferido.
Contudo, se considerarmos que o produto D é altamente arriscado, enquanto que o produto C representa um investimento seguro, a conclusão poderá não ser tão direta. A empresa poderá apenas exigir um retorno de 10% sobre o produto C, ao passo que, como compensação para o maior risco do produto D, tenha que obter 15%.
Tendo em vista que os acionistas exigem maiores retornos para maiores riscos, é importante que o Administrador Financeiro considere adequadamente o impacto do risco sobre os retornos deles. 
A abordagem da maximização da riqueza considera o risco, enquanto que a maximização do lucro o ignora. A maximização da riqueza é, portanto, a abordagem preferida.
Relações entre finança e contabilidade
As atividades do tesoureiro (financeiro) e do controller (contador) estão intimamente relacionados e com frequência.
A diferença básica entre finanças e contabilidade é que uma está relacionada a fluxo de caixa e a outra está relacionada à tomada de decisão.
Em geral o contador trabalha com o regime de competência; ele prepara demonstrações financeiras que reconhecem receitas no momento da venda e reconhecem as despesas quando são realizadas.
A função primordial do contador = produzir e divulgar dados para a mensuração do desempenho da empresa, avaliando sua posição financeira, e para o pagamento de impostos.
Já o Administrador financeiro dá mais ênfase ao fluxo de caixa, ou seja, entrada e saída de capital, ele mantêm a solvência da empresa, sendo assim dizemos que ele trabalha com o regime de caixa.
A função primordial do administrador financeiro é manter o grau de solvência da empresa, planejando seus fluxos de caixa.
Tomada de Decisão
TESOUREIRO
O administrador avalia as demonstrações contábeis, produzindo dados para a melhor tomada de decisão, avaliando o risco e o retorno financeiro da empresa, com base em sua avaliação dos retornos e riscos correspondentes.
CONTADOR
Os contadores se dedicam na coleta e apresentação de dados financeiros.
A tomada de decisão é a segunda diferença básica entre finanças e contabilidade.
A falta de planejamento e controle financeiro faz com que muitas empresas quebrem.  Elas apresentam insuficiência e inexistência de suporte financeiro necessários para sua organização, sendo indiscutivelmente necessárias de informações do Balanço Patrimonial, no qual se contabiliza estes dados na gestão financeira, analisando-se detalhadamente para a tomada de decisão.
A preocupação com a tomada de decisão, junto ao administrador financeiro, segue devido à decisão entre os investimento e financiamentos, além de determinar recursos para a empresa. 
Entretanto, as decisões são realmente tomadas com base nos efeitos de seus fluxos de caixa sobre o valor da empresa.
Etapas do processo de decisão de investimento
1-Exemplo: Imagine uma oportunidade da abertura de uma nova empresa, o que lhe trará expansão nas vendas e consequentemente retornos financeiros. 
Mas outros problemas podem exigir investimentos, como: máquinas, equipamentos, mão de obra.
2-A busca de alternativa de investimentos deve ocorrer independentemente das preferências de investimento do investidor. Mas lembrem-se: Estas alternativas mudam de investidor para investidor, em virtude de algumas variáveis e a aceitação do risco (renda fixa, ações, etc.).
3-Após a busca  das alternativas de investimento, cabe a análise das mesmas. Esta deve ser criteriosa e tecnicamente fundamentada,utilizando os métodos de Valor Presente  Líquido, prazo de retorno do investimento e a taxa interna de retorno.
4-A seleção da melhor alternativa indicará a opção do investimento, assim será a escolha da alternativa que trará o retorno financeiro mais elevado, com o nível de risco aceitável pelo investidor.
OBJETIVOS DA EMPRESA
Maximização de Riquezas - Podemos admitir que o objetivo principal da empresa, e, por conseguinte, de todos os 
administradores e empregados, é o de maximizar a riqueza de seus proprietários. A maximização da riqueza em uma sociedade por ações é medida pelo preço da ação, ou seja, pelo valor que seria alcançado na venda dos direitos de participação no seu capital.
Minimização das despesas - O objetivo de melhorar os resultados apresentados pela empresa e aumentar o valor do 
patrimônio, por meio da geração de lucro líquido. Como a empresa pode obter rendimento com os fundos que recebe, o recebimento preferido é aquele que vem mais rápido e com resultado satisfatório.
Funções do administrador
O Administrador é o responsável pela execução das funções financeiras da empresa.
As atividades do administrador financeiro podem ser relacionadas às demonstrações financeiras básicas da empresa. Suas atividades primárias fundamentais são:
AGENCY
Quando a empresa cresce, o proprietário se afasta de algumas atividades operacionais, e para realizar essas funções contratam-se os gestores.
Quando a empresa se torna grande demais, ela recorre à abertura de capital e assim capta recursos de terceiros por meio da emissão de ações. O proprietário se torna acionista e contrata um administrador responsável por esse gerenciamento e dá a ele o poder de tomar decisões.
São contratados como agentes dos proprietários, que os contratam e delegam poderes para tomar decisões e administrar a empresa em nome deles. Este é um problema, pois muitos não se preocupam com o objetivo da empresa e sim com seus objetivos  pessoais.
Para minimizar o que chamamos de risco de custo de agency e contribuir para a maximização da riqueza do proprietário, os acionistas incorrem ao custo de monitoramento do comportamento do administrador. Como uma proteção contra os atos desonestos do administrador e a concessão de incentivos pecuniários a esses profissionais para maximizar o preço da ação.
Quando a empresa é separada entre propriedade e gestão, passamos a ter a figura do principal e do agente. O principal representa os acionistas  e o agente representa os administradores contratados.
O que se espera do Agente?
Espera-se que ele realize ações alinhadas com o modelo de gestão do principal e que suas decisões atendam os propósitos de maximização da riqueza.
Algumas situações que resultam em conflito de interesses por divergirem dos interesses próprios desses atores:
1-O principal no comando da empresa pode implementar projetos de maior risco e retorno. 
O agente deve preferir projetos de menor risco, que não lhe causem problemas.
2-O ganho que a empresa proporciona ao principal é considerado residual e ao agente cabe o ganho contratual.
3-Já que a empresa é constituída sob o pressuposto da continuidade, as ações do agente, antes desenvolvidas pelo principal, devem ser empreendidas a fim de garantir a sobrevivência da empresa no longo prazo.
Como reduzir os conflitos de agência?
Para minimizar os conflitos, ou até mesmo resolvê-los, devem ser criados mecanismos eficientes para a convergência de interesses entre o principal e o agente.
Estes mecanismos são os incentivos e o monitoramento. O incentivo é a remuneração dos agentes. Eles podem ser remunerados com o recebimento de ações da empresa, ou com a opção de compra subsidiada pelas ações.
AULA 2 – INVESTIMENTO
Analisar investimentos ou elaborar um orçamento de capital nos leva a avaliar a viabilidade financeira dos investimentos...
...e quando realizada envolve várias condições, critérios e objetivos.
O primeiro método que utilizamos é o:
O Valor presente líquido (VPL) é uma técnica que procura avaliar em valor atual os fluxos de caixa de um determinado projeto de investimento, onde todos os valores são trazidos para a data presente, por meio de uma taxa de desconto, também conhecida como taxa de atratividade.
O Valor presente líquido proporciona uma comparação entre o valor do investimento e o valor dos retornos esperados com todos os valores considerados no momento atual.
Na análise de um projeto de investimento, é a técnica mais aceita por não deixar dúvidas sobre a decisão a ser tomada.
Onde:   Fc0 ou I = investimento realizado, está no tempo 0 (ZERO) por ser desembolso.
            FCn =  fluxos de caixa líquido, esperados como retorno do investimento, portanto, uma entrada.
            I = taxa de desconto ou taxa de atratividade, a qual permite trazer o Fluxo de caixa a valor presente.
Uma empresa pretende investir em um projeto o valor de $55.000,00, que deverão proporcionar receitas líquidas a partir de 2009 conforme tabela a seguir:
Sabendo-se que o valor de revenda dos equipamentos no ano 2010 é estimado em US$9000,00 e que a taxa de retorno esperada é igual a 21% a. a., pede-se analisar se o investimento planejado é rentável.
Considerando um projeto da empresa Truke de mestre com Investimento Inicial de $ 1.500, fluxos de entrada de caixa de 200, 350, 450, 550, sabendo que o custo de capital é de 10%, e que o tempo que a empresa estipulou para recuperar o investimento é de 2 e 5 meses, pede-se: Determine o VPL.
1500 CHS g CFo
200 g CFj
350 g CFj
450 g CFj
550 g CFj
10i
F  NPV
-315,17-Neste caso, o VPL foi negativo. Desta forma o projeto de investimento deverá ser rejeitado.
Análise de Investimentos
O MELHOR INVESTIMENTO É AQUELE EM QUE SE RECUPERA O CAPITAL EM MENOR TEMPO
RISCO
Agora que relembramos tudo de análise de investimentos e entendemos a importância das ferramentas necessárias para a tomada de decisão, percebemos que nem tudo no mundo dos investimentos é só retorno positivo, e neste caso observamos que temos algo que nos leva a uma incerteza de investir em um determinado projeto, é o RISCO.
Segundo Gitman, Risco é a possibilidade de perda financeira.
Qualquer tipo de investimento gera Risco, a todo o momento podemos nos considerar nesta posição. No momento em que saímos de casa, já assumimos o risco até o nosso retorno, assim como em qualquer investimento.
AULA 03 – ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
RISCO é a possibilidade de perda financeira.
Os conceitos de risco, retorno e custo de oportunidade devem nortear as decisões sobre investimentos.
O risco pode ser considerado como sinônimo de incerteza e desta forma refere-se à variação das taxas de retorno.
Já que, quando investimos podemos ter um retorno positivo ou negativo. Desta forma, podemos afirmar que quanto mais certo é o retorno do investimento, menor será o risco que ele oferecerá.
Quando se trata de investimentos, geralmente, as pessoas apresentam um comportamento típico de aversão ao risco, mas para esta aceitação exige-se uma taxa de retorno aceitável.
No caso de um investimento no mercado acionário, o investidor poderá obter perda ou ganho.
Fontes de risco
RICOS ESPECÍFICOS DA EMPRESA
RICOS ESPECÍFICOS DOS ACIONISTAS
Retorno
Os tipos de investimentos e administradores diferem uns dos outros.
Os brasileiros geralmente são avessos a risco. Não é a toa que usamos mais os investimentos de poupança ou invés de investimentos em mercado de ações.
Alguns preferem o “pouco, mas certinho”, e o medo do risco é tanto que nem ao menos “pulveriza“ seu capital.
NIVEIS DE RISCO
Para o administrador indiferente ao risco, o retorno exigido não varia quando o nível de risco vai de x1 para x2. 
Essencialmente, não haveria nenhuma variação de retorno exigida em razão do aumento de risco. É claro que essa atitude não faz sentido em quase nenhuma situação empresarial.
Para o administrador avesso ao risco, o retorno exigido aumenta quando o risco se eleva. Comoesse administrador tem medo do risco, exige um retorno esperado mais alto para compensar o risco mais elevado.
Para o administrador propenso ao risco, o retorno exigido cai se o risco aumenta. Teoricamente, como gosta de correr riscos, esse tipo de administrador está disposto a abrir mão de algum retorno para assumir maiores riscos. Entretanto, esse comportamento não tenderia a beneficiar a empresa.
	Em sua maioria, os administradores são avessos ao risco. Para certo aumento de risco, exigem aumento de retorno. 
Geralmente, tendem a serem conservadores, e não agressivos, ao assumir riscos em nome de suas empresas. 
Portanto, neste aula será feita a suposição de que o administrador financeiro tem aversão a risco e exige retornos maiores para correr riscos mais altos.
Analise de sensibilidade
Cada investidor tem suas preferências pessoais em relação a risco.
Mais arrojados - Ou seja, aqueles que aceitam níveis mais elevados de risco, esperam ser recompensados com ganhos maiores para seus investimentos;
Mais conservadores - Ou seja, aqueles que se sujeitam a níveis mais baixos de risco, contentam-se com ganhos menores. Para avaliar o nível de risco o investidor utiliza a análise de sensibilidade de cenários e de análise estatística.
A análise de sensibilidade busca oferecer ao tomador de decisão uma percepção do risco. Para fazer a análise de sensibilidade se faz necessário a criação de cenários diferentes e a associação de retornos a eles. 
São considerados três cenários:
Otimista - Mais provável – Pessimista
A análise de sensibilidade de um determinado projeto sai a testá-lo em situações ou cenários futuros não esperados pelo investidor, mas que possuem probabilidade de ocorrência.
O risco de um ativo pode ser medido pela amplitude dos retornos e esta é encontrada apenas subtraindo o resultado do retorno pessimista do resultado do retorno otimista.
Quanto maior o resultado, maior será o RISCO do ativo.
Exemplo: A Cia. Tudo de Bom está considerando duas alternativas de investimento, para as quais fez as estimativas abaixo:
A empresa Tudo de Bom apresentou dois ativos onde cada um deles exige um dispêndio inicial de 20.000,00.
A administração fez uma estimativa pessimista e uma otimista para os retornos associados a cada investimento.
Um tomador de decisões avesso a risco preferiria ao ativo A ao ativo B, porque o A oferece o mesmo retorno mais provável que o B (15%), mas com o menor risco.
Distribuição de probabilidades
A probabilidade de um evento é a possibilidade de ele ocorrer.
Utilizando a distribuição de probabilidades temos uma visão mais quantitativa de risco de um ativo.
Imagine um evento com 70% de probabilidade de ocorrência: poderá acontecer sete vezes em cada dez.
Atenção: eventos 100% certeza total.
Eventos iguais a zero nunca ocorrem.
Uma distribuição de probabilidades é um modelo que associa a probabilidade aos eventos correspondentes.
O tipo mais comum para ilustrar é o gráfico de barras. 
Este mostra somente o número limitado das de combinações entre eventos e probabilidades.
Distribuição contínua de probabilidades é utilizada para grandes números de eventos.
A empresa Cia Tudo de Bom, indica a que em suas estimativas passadas as probabilidades dos eventos pessimistas, mais prováveis e otimistas são de 25%,50% e 25%, respectivamente.
Exemplo 2:  Uma avaliação das estimativas pessimistas, mais prováveis e otimistas dos resultados passados pela Companhia em estudo, indica que:
 
A Tabela abaixo apresenta os cálculos exigidos para se achar os valores esperados dos retornos para os ativos A e B:
Valores Esperados de Retorno para Ativos A e B
A figura abaixo apresenta um gráfico de distribuição probabilística contínua para os ativos A e B.
AULA 04 – RISCO
Imagine um empregado de uma empresa qualquer, e que ele decide sair do seu emprego e abrir seu próprio negócio. Quando ele toma esta decisão deverá incluir no custo do empreendimento o salário que não receberá mais, pois sua remuneração seria o uso alternativo de sua mão de obra.
Correlação de uma carteira (ρ)
Para construir uma carteira eficiente, o investidor deve buscar ativo cujos retornos tenham movimentações diferentes. Isso é possivel por meio de avaliação da relação entre as taxas de retornos dos ativos, utilizando a medida estatistica, chamada correlação.
É um conceito estatistico utilizado para saber como duas ou mais variáveis se relacionam e comparam o moviemnto dos retornos, ou seja, como um retorno de um ativo se movimenta em relação a outro.
Também se é utilizada quando pretendemos saber se existe alguma relação entre, por exemplo, duas variáveis.
Correlação positiva -> Os dois ativos oscilam no mesmo sentido.
Correlação negativa -> As variáveis se movem em sentido contrário.
Valor zero -> Não há relação entre os ativos.
Apesar do sentido, não podemos dizer dentro do universo estatístico que os eventos estão interconectados, ou seja, correlação não implica em causalidade.
Mesmo quando fazemos um estudo entre ativos com correlação próxima de +1 ou –1, não é possível afirmar que há uma relação entre causa e efeito, especificidade que deve ser lembrada quando o investidor iniciar a interpretação dos dados.
Em uma carteira pouca diversificada, quando os cálculos apontam para uma correlação próxima de +1, existe um potencial de risco por não diversificação.
Utilizamos o conceito de correlação
O Quadro elaborado a seguir demonstra o retorno esperado da carteira formada com diferentes participações das ações A e B e o risco da carteira adotando-se coeficientes de correlação extremos (ρAB = +1 e ρAB = - 1).
O risco da carteira (σp) foi calculado de acordo com o modelo de Markowitz, o qual leva em consideração o risco de cada ativo, sua participação na carteira e a correlação.
Assim, para:
WA = 80%, 
WB = 20% e ρAB = +1
Tipos de risco
Imagine que você coloca todo o seu dinheiro em um único investimento (ativo),o que acontece com o risco? Ele será muito maior.
Para isso “pulverizamos” nossos investimentos, pois se tivermos uma perda em um ativo em outro nos recuperamos. Mas dependendo do acontecimento poderemos não recuperar.
A carteira de ativos do mercado, por conter unicamente riso sistemático, apresenta coeficiente beta igual a 1. Assim, o coeficiente beta das ações individuais é comparável ao da carteira de ativos do mercado.
Resumindo podemos afirmar que: 
Quando o Beta é 1 (um), temos o retorno do ativo igual ao retorno de mercado.
Quando o Beta é nulo, temos o risco de um ativo igual ao retorno de um ativo livre de risco. 
Ex1: De acordo com a expectativa de retorno para uma carteira composta pelas seguintes ações, nas proporções a seguir.
Qual o valor de beta na carteira?
Resumindo podemos afirmar que: 
Quando o Beta é 1 (um), temos o retorno do ativo igual ao retorno de mercado.
Quando o Beta é nulo, temos o risco de um ativo igual ao retorno de um ativo livre de risco.
Ex 2: Uma empresa possui uma carteira composta por 40% de A, 35% de B e 25% de C. Dado o beta de A de 1,3, de B 0,5 e de C 0,3.
Resposta:
B = 0,4 x 1,3 + 0,35 x 0,5 + 0,25 x 0,3 
B = 0,52 + 0,175 + 0,075
B = 0,77
AULA 05 – MODELO DE FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ATIVOS
Modelo de Precificação de Ativos - CAPM 
Utilizamos o coeficiente beta para medir o risco não diversificável.
O Capital Asset Pricing Model (CAPM)
Modelo de Precificação de Ativos de Capital, O CAPM busca demonstrar, de maneira objetiva, o relacionamento da rentabilidade esperada de um ativo qualquer num mercado em equilíbrio, com o risco não diversificável demonstrado pelo coeficiente beta.
O CAPM é construído sobre a premissa de que a variância de retornos é  a medida de risco apropriada, mas somente a variação que é não-diversificável é recompensada.
O rendimento esperado sobre o investimento que nada mais é do que a recompensa por essa aplicação.
O CAPM mede essa variância não-diversificável utilizando uma estimativa beta; ou seja, no CAPM mede-se o investimentoem duas dimensões:
E a variância nos ganhos esperados, que reflete o risco existente no investimento.
A variância mede a diferença entre os retornos efetivos e os esperados, podendo essa medida ser capturada estatisticamente na distribuição dos ganhos. 
O modelo CAPM É o modelo que mostra que o retorno esperado de um determinado investimento ou ativo depende de três fatores:
Valor puro do dinheiro no tempo. Medido pelo retorno ou taxa livre de risco, Rf , mostra a recompensa exigida por simplesmente esperar pela devolução do dinheiro, sem assumir risco nenhum. (poupança).
Recompensa por assumir o risco não-diversificável que é medido pelo prêmio por risco de mercado. Corresponde a recompensa que o mercado oferece para se assumir um nível de risco.
Nível de risco não-diversificável que é representado pelo Beta, b.  Pode ser entendido como a reação da empresa em relação ao mercado.
O Retorno esperado de um título é a medida correta da contribuição dele ao rendimento esperado da carteira. 
A partir do coeficiente beta, o CAPM consegue medir o retorno exigido sobre o mesmo, através da seguinte equação: 
 
 
Linha de Mercado de Títulos (LMT ou SML)
Quando o modelo de formação de preços de ativos (CAPM)  é representado graficamente, recebe o nome de linha de mercado de títulos. Esta linha é uma reta e reflete o retorno exigido no mercado para cada nível de risco não – diversificável (beta).
A relação entre risco e retorno é representada pela SML.
Vamos assumir que a taxa livre de risco seja 5%, e o mercado de ações global produzirá uma taxa de retorno de 12,5% no próximo ano. A empresa possui um beta de carteira no valor de 1,7. Utilizando a formula do modelo CAPM teremos:
Kj = 5% + [ 1,7x (12,5% - 5%)]
Kj = 17,75%
Se você fizer um gráfico desta situação, ele se parecerá com isto:
A linha de mercado de títulos não permanece estável, quando o tempo passa os deslocamentos podem levar a mudança do retorno exigido. O que leva esta mudança pode ser uma expectativa de inflação ou até mesmo a aversão a risco.
A variação por expectativa de inflação pode resultar em mudanças da política monetária , afetam na importação e exportação.
O Capital
Segundo Gitman O termo capital denota os fundos de longo prazo de uma empresa, no balanço patrimonial tudo que aparece no lado do passivo é capital, sendo que se divide em capital de terceiro e capital próprio.
Ao estudar o custo de capital devemos primeiramente entender o que é capital e o seu custo.
O capital divide-se em capital proprio e capital de terceiros.
Capital próprio - É aquele que faz parte do Patrimônio Liquido da empresa registrado no balanço patrimonial.
Capital de terceiros - Que também está registrado no balanço patrimonial do lado do passivo, pode-se definir como o dinheiro que tomo emprestado para abrir uma empresa ou até mesmo aplicar nela algum recurso emprestado para melhoria de sua estrutura, ou compra de mercadorias a prazo. por exemplo.
Se eu e você abrimos uma sociedade e temos juntado R$ 50.000,00, então o nosso  Capital Próprio é de R$ 50.000,00.
Podemos concluir que: o Capital Próprio, é o dinheiro que é de propriedade do dono da empresa, ou dos sócios que a abriram.
Quando se trata de investimentos, geralmente as pessoas apresentam aversão ao risco, mas para que este investidor aceite o risco ele quer em troca um retorno satisfatório.
Vamos por em prática:
Imagine que um investidor que possui uma quantia no banco e deseja investir em um titulo, o gerente apresenta vários, e que alguns a remuneração é pré- fixada (o investidor já sabe antecipadamente quanto será a remuneração)e outros a remuneração é pós- fixada, esta ultima possui um rendimento incerto.
Considerando esse caso, se eu e meu sócio só tivéssemos  R$ 45.000,00 para iniciar um negócio e será preciso que nós tenhamos R$ 50.000,00, teremos que conseguir os R$ 5.000,00 restantes. Busca-se essa quantia através de um empréstimo bancário, por exemplo, digo que tal quantia é o Capital de Terceiros.
Ou seja, “peguei” o dinheiro de terceiros. Mas podemos também considerar capital de terceiros a água, luz, telefone, Mercadorias, ou seja, tudo que você ou utiliza primeiro para pagar depois, isso significa que você está utilizando o serviço primeiro (o crédito) para depois saldar o compromisso.
Mas o que é melhor para o empresário? Capital Próprio ou Capital de Terceiros?
Ambos são importantes para uma empresa ou para quem a administre.
O principal é saber o melhor momento para adquirir o empréstimo ou para usar o recurso próprio. Nem sempre o Capital de Terceiros será ruim, principalmente se tal aquisição acontecer numa boa negociação, onde a taxa de juros compense, e para qual finalidade será aplicada a quantia requisitada.
Quando utilizamos o capital de terceiro para pagar dividas fica complicado, pois continuamos endividados, apenas substituímos o passivo. Mas quando este capital é tomado para ampliar o negocio, ou adquirir bens, este capital é bem – vindo a nossa empresa, pois haverá um retorno.
Vale lembrar que temos como:
Fontes de capital
- Adição de capital social.
- Maior prazo nas compras com fornecedores.
- Sócio acionistas.
- Obtenção de recursos no sistema financeiro.
Fontes de financiamento em curto prazo
Com e sem garantias:
- Empréstimos com garantia.
- Caução de duplicatas a receber.
- Factoring de duplicatas a receber.
- Empréstimo com alienação de estoques.
- Empréstimo com certificado de armazenagem.
Fontes de financiamento a longo prazo
- Empréstimos.
- Debênture: com garantia e sem garantia.
- Ações.
Custo de capital
Segundo Gittman O Custo do capital é a taxa de retorno que uma empresa deve conseguir nos projetos em que investe para  manter o valor de mercado de sua ação.
Podemos enterder o custo de capital como a taxa de retorno exigida pelos investidores de capital, pois só assim eles serão atraidos para o determinado ativo.
O custo de capital é estimado em um momento específico, ele reflete o custo médio de fundos em longo prazo em uma data  futura. (Ex: Se uma empresa opta recursos de terceiros.)
As principais fontes de custo de capital
As fontes de fundo podem ser representadas em quatro:
 
Custo de capital de terceiros = este custo é formado por empréstimos e financiamentos contraídos em instituições financeiras e pelas obrigações emitidas pelas empresas, tais como as debêntures.
Custo de capital de terceiros em longo prazo ( ki) é o custo após o imposto de renda, hoje de levantar recursos emprestados a longo prazo.
Os juros pagos às fontes de capital de terceiros são dedutíveis da base de calculo do imposto de renda, o que torna o custo destas fonte menor que nos juros contratuais correspondentes.
Exemplo: Imagine que a empresa Monta TUDO tenha em sua estrutura de capital, $200 mil de empréstimos, com juros de 20% ao ano, e  que a empresa TOPA TUDO, seja totalmente financiada com capital próprio.
Exemplo: A empresa GINGA paga juros, R$ 200.000,00 ao ano, sobre um empréstimo de R$ 1.000.000,00. Calcule o seu custo de capital de terceiros, sabendo-se que o IR é de 25%.
AULA 06 – CUSTO MÉDIO PONDERADO E CUSTO MARGINAL DE CAPITAL
Custo de ações preferenciais
O custo das ações preferenciais Kp é o quociente entre o dividendo da ação e o recebimento líquido com a venda dela pela empresa.
Para calcular o custo dessas ações, utilizamos o modelo Gordon e Shapiro, descontando o fluxo de dividendos futuros esperados. 
Então para a determinação da taxa de desconto, vamos reorganizar a fórmula, ficando assim:
Custo de novas ações
Um empresa inscrita sob forma de sociedade anônima de capital aberto pode subscrever, ou seja, emitir ações. Para isso, ela adquire alguns gastos com a emissão,  e para determinar  este custo utilizamos a seguinte fórmula:
 
Imagine que a empresa TOPA TUDO S.A. pretenda lançar novas ações ordinárias, que terão o 
valor de emissão de $ 15,00, cada. Haverá um deságio de R$ 0,80 por ação, e estima-se que o total de gastos com a colocação no mercadoseja de $ 0,55 por ação. O dividendo previsto para o próximo ano é de $ 3,00 por ação e os dividendos distribuídos pela empresa têm crescido à taxa média anual de 3,5% nos últimos anos.
Desta forma, o valor líquido recebido de cada ação será de: R$ 13,65 (15,00-0.80 – 0,55).
CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL (CMPC) OU WACC
Representa o custo dos financiamentos em longo prazo da empresa, isto é, seu custo de capital.
Ele corresponde à média dos custos das fontes de capital (próprio e de terceiros), ponderados pela participação relativa de cada uma delas na estrutura de capital da empresa.
O custo médio ponderado de capital reflete o custo médio futuro de fundos esperado a longo prazo, seu calculo é bastante simples, basta que multiplicar o custo específico de cada modalidade de financiamento por sua proporção na estrutura de capital da empresa e somam-se com os valores ponderados.
 
Vamos  considerar um Balanço Patrimonial com as seguintes informações de cada fonte de capital da empresa, que se apresente desta forma:
Temos três tipos de dívidas, cada uma com um custo distinto. Podemos fazer um cálculo de média ponderada para podermos "substituir" essas três dívidas por uma que tenha um custo equivalente.O custo da dívida equivalente (Kd) pode ser calculado:
A estrutura de capital resumida, bem como o CMPC associado (destacado em amarelo), podem ser vistos abaixo.
Para calcularmos o CMPC, basta substituir os valores na fórmula:
A empresa TUDO DOCE apresenta a estrutura de capital abaixo:
 O custo de capital de 16,86% considera os recursos de longo prazo captados no passado, porém avaliados pelos atuais valores de mercado. Na verdade, ele passa a considerar as mudanças ocorridas no mercado, assim atualizando o custo.Estrutura ótima de Capital
Acredita-se que o valor da empresa é maximizado quando o custo de capital é minimizado.
Para que a empresa tenha uma estrutura ótima de capital, ela substitui o capital próprio por capital de terceiros. Quando este é mais barato, há um declínio no custo médio ponderado de capital.
O Administrador desenvolveu 7 simulações. Observe que a estrutura de número 4 foi a que apresentou menor CMPC. Sendo assim, ela é considerada uma estrutura ótima de capital.
Representação Gráfica da Estrutura Ótima de Capital,  baseada no Máximo Valor da Empresa.
De acordo com o gráfico, observamos que a faixa de estrutura ótima de capital é quando o endividamento encontra-se reduzido, assim a empresa trabalhando o seu capitpal próprio consegue uma  alavancagem.
CUSTO MARGINAL PONDERADO DE CAPITAL (CMGPC)
Imagine que uma empresa planeja realizar investimentos em novos ativos imobilizados e o administrador financeiro pode escolher as fontes para a captação dos recursos necessários. Desta forma, ele deverá escolher o menor custo de capital para financiar os projetos. Esses custos são associados aos novos financiamentos captados pela empresa.
O custo marginal ponderado de capital é muito importante para a tomada de decisões de investimento. A empresa deverá fazer em que o retorno esperado é superior ao custo médio ponderado de capital e é baseado nisso que o administrador decide se decide se o investimento ou financiamento podem ser tomados ao mesmo tempo.
O que devemos ter atenção é que o custo médio marginal ponderado de capital pode variar a qualquer momento, só dependerá do volume de capital que a empresa deseja levantar.
Desta forma, pode-se afirmar que o custo marginal ponderado de capital nada mais é do que o custo médio ponderado de capital da empresa, combinado com a próxima unidade monetária do total do novo financiamento.
Para encontrar o CMgPC, devemos encontrar o seu ponto de quebra (também conhecido por ruptura).
 
Quando a empresa exaurir seus lucros retidos disponíveis de R$ 300.000,00  (kr = 13 %), terá que usar um novo financiamento de ações ordinárias mais dispendioso (kn  = 14% ) para suprir as necessidades do seu capital próprio. Além disso, a empresa espera emprestar somente R$ 400.000,00 a um custo de 5,6 %; Um empréstimo adicional terá um custo após o IR de 8,4 %.  Assim sendo, existem dois pontos de ruptura:
ESCALA DE OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO
Em um determinado momento, a empresa dispõe de certas oportunidades de investimento.
Essas oportunidades diferem, no que diz respeito ao tamanho do investimento antecipado, do risco e do retorno (Uma vez que o custo médio ponderado de capital não é aplicável aos investimentos com risco variável).
A escala das oportunidades de investimento (POI) da empresa é mostrar as possibilidades de investimento indo do melhor, retornos mais altos, ao pior, retornos mais baixos.  
À medida que a empresa aumenta o montante de recursos disponíveis para investimento em projetos de capital, o retorno (TIR) sobre os projetos diminuirá, visto que, geralmente, o primeiro projeto aceito terá o retorno mais elevado, o projeto seguinte escolhido será o segundo com retorno mais elevado, e assim por diante.  
Ou seja, o retorno dos investimentos diminui à medida que os projetos adicionais forem aceitos.
Suponhamos que uma empresa disponha das seguintes oportunidades de investimento:
AULA 07 – ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DE CURTO PRAZO
Capital de Giro
O balanço patrimonial é uma das principais demonstrações contábeis. É por meio dele que se pode observar a saúde financeira da empresa.  
Neste demonstrativo está evidenciado o Ativo, passivo e patrimônio Liquido.
O Ativo compreende os Bens e direitos da entidade e o passivo compreende as obrigações.
Já o patrimônio Líquido é a diferença entre o ativo e passivo.
As contas registram os aumentos e diminuições nos componentes do balanço. O lançamento de uma conta é chamado débito ou crédito.
Método das partidas dobradas
É a operação que demonstra a correspondência entre crédito e débito. Onde diz que para cada crédito existe um debito de igual valor, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual aos valores creditados. Financiamento por sua proporção na estrutura de capital da empresa e somam-se com os valores ponderados. 
O capital de giro pode ser definido como o montante de recursos que a empresa precisa desembolsar para antes de receber pela venda de seus produtos ou serviços.
A gestão do capital de giro reflete como está a empresa, pois demonstra a capacidade que a empresa possui em pagar suas obrigações em dia, e de gerar retorno aos acionistas.
Uma empresa, quando se encontra “descapitalizada”, é o mesmo que não dispor de capital de giro suficiente para cumprir com seus compromissos.
Para que possamos analisar a capacidade ou necessidade de capital de giro, devemos conhecer os demonstrativos, pois é nele que nos apoiamos para tirar os indicadores que nos dará apoio nas decisões.
Mas, afinal! Por que chamamos de capital de giro?
Bem, quando uma empresa é formada, iniciamos com o capital social, ou seja, recursos dos sócios que formam a empresa). 
Uma parte deste capital é destino  à formação da empresa, no que tange o investimento fixo, ou seja, aquisição das máquinas, móveis, prédio, ferramentas, enfim, para investir em itens do ativo imobilizado.
A outra parte formará o estoque e ficará distribuído entre o caixa e banco.
Imagine uma empresa com seu Ativo Circulante no valor de $1.200,00 e seu Passivo Circulante no valor de $ 1000,00; Isto significa que seu CCL é positivo em $ 200,00; Ou seja, o valor do Ativo circulante supera o passivo circulante.
Quando o CCL POSITIVO a parcela do Ativo Circulante é financiada com recursos de Longo Prazo.
As necessidades de capital de giro, além de ser fundamental para a análise do ponto de vista financeiro (caixa), assim como também das estratégias de financiamento, crescimento e lucratividade da entidade.
Para calcular a Necessidade de capital de giro, utilizamos os demonstrativos contábeis:  BALANÇO PATRIMONIAL E DEMONSTRATIVOS DE RESULTADOS.
Ao analisar a empresa KDM, durante o ano de 2004, o ativo circulante foi de $ 650 e opassivo circulante de $ 345. No ano seguinte, o ativo circulante foi para $ 870 e o passivo circulante para $ 505. 
Calcule a variação do capital de giro em 2005.
 
Mas se no caso, a empresa KDM apresentasse durante o ano de 2004, o ativo circulante de $ 870 e o passivo circulante de $ 505.
 No ano seguinte, o ativo circulante foi para $ 650 e o passivo circulante para $ 345. 
Calcule a variação do capital de giro em 2005.
 
Mas se no caso, a empresa KDM apresentasse durante o ano de 2004, o ativo circulante de $ 870 e o passivo circulante, de $ 505. 
No ano seguinte, o ativo circulante foi para $ 770 e o passivo circulante para $ 405. 
Calcule a variação do capital de giro em 2005.
 
Necessidade de capital de giro
Para se calcular a necessidade de capital de giro de uma empresa, com base em seu balanço patrimonial, é necessário reclassificar algumas contas, tanto do ativo como do passivo.  
 A equação mostra que a NCG corresponde à diferença entre o capital de giro e
o saldo de tesouraria.
NCG = Ativo Operacional – Passivo Operacional
Quando apresentar AC = FC, ou mesmo AC < FC, não haverá necessidade da empresa buscar novas fontes de financiamento para as suas operações.
ESTRATÉGIAS DE GESTÃO DE CICLO DE CONVERSÃO DE CAIXA
Quando as empresas fazem elevado investimento no circulante podem apresentar um uso ineficiente de recursos, como:
• Manter saldos de caixa acima do mínimo necessário não traz melhoria à rentabilidade da empresa;
• Manter o saldo de duplicatas a receber elevado pode sinalizar ineficiência na cobrança, ou uma política de crédito desajustada; Por isso é importante cobrar as contas com a maior rapidez possível;
• O saldo do estoque elevado não aumenta as vendas, por isso é importante girar o estoque com a maior velocidade possível;
• Efetuar pagamentos de contas a pagar com a maior lentidão possível, sem prejudicar o crédito da empresa.
AULA 08 – ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DE CURTO PRAZO
A administração de caixa. também conhecida com administração das disponibilidades, mantém os recursos alocados no saldo de caixa e nas aplicações financeiras em títulos de alta liquidez. 
Essas disponibilidades são mantidas por vários motivos, vamos citar aqui alguns deles, como:
TRANSAÇÕES - Estes recursos são mantidos em disponibilidade para efetuar pagamentos das obrigações programadas. 
Ex.:  Duplicatas a pagar, salários, recolhimento de impostos, etc.
RESERVA - Os recursos monetários superiores às necessidades de transações mantidas por precaução em virtude de eventuais erros de previsão, não recebimento de duplicatas, assim como alguns gastos esporádicos. 
Estes recursos em geral ficam aplicados em títulos de alta liquidez, que podem ser convertidos rapidamente em caixa, quando necessário.
ESPECULAÇÃO - Recursos monetários mantidos em aplicações financeiras com a intenção de aproveitar as oportunidades de negócios. 
Ex: Compra de produtos com preço baixo.
Reciprocidade bancária, saldos mínimos mantidos em conta corrente, com o intuito de cultivar um bom relacionamento com os bancos que a empresa opera, MS expectativa de obter, operações   de descontos , linhas de credito maiores, etc.
Financiamento de capital de giro
Devido a uma gestão “apertada”, muitas empresas apresentam flutuações para maior ou menor em sua área de vendas. Uma empresa deve manter um saldo ideal nas contas das disponibilidades, das duplicatas a receber e dos estoques. Quando as vendas são menores, há redução nos saldos desses ativos.
VENDAS MENORES=REDUÇÃO SALDOS DOS ATIVOD
Para que a empresa possa manter este saldo ideal, ela implicará na contemplação do ativo circulante em uma parcela comprometida com o ciclo operacional, denominamos esta ação como ativo circulante permanente e ativo circulante sazonal, e estes serão objetos de análise para o financiamento.
Estratégia
Para que se tome a decisão de financiar, ou não, esses ativos, com recursos de longo ou curto prazo é importante que se concilie uma situação de liquidez e de rentabilidade do capital investido pela empresa. Para isso, são adotadas algumas políticas como:
CASO
Considere a estimativa de uma empresa, com relação aos valores mensais de ativos circulantes permanentes e totais, para o ano seguinte, dada nas colunas 1, 2 e 3 da tabela abaixo.
 
Observe que a relativa estabilidade do nível de ativos totais ao longo do ano reflete a ausência de crescimento da empresa. As colunas 4 e 5 apresentam a subdivisão dos recursos totais exigidos em seus componentes permanente e sazonal.  
O componente permanente (coluna 4) corresponde ao menor nível de ativos totais exigidos durante o período, ao passo que a parcela sazonal é a diferença entre os recursos totais (isto é, os ativos totais) exigidos para cada mês e a necessidade de recursos permanentes.
Uma empresa que tenha média mensal  de $ 13.800 de Necessidade Permanente de Fundos e a média mensal de $ 1.950 de Necessidade Sazonal, poderá adotar as duas estratégias: Agressiva ou conservadora.  A taxa de 3% a.a. para Recursos a Curto Prazo e 11% a.a. para o Longo Prazo provocaria o seguinte efeito nos custos:
 
ORÇAMENTO DE CAIXA
Para exercer o controle eficiente das disponibilidades, utilizamos o orçamento de caixa. Este é um instrumento que é considerado um dos principais aliados da administração de caixa, ele controla eficientemente, é como um instrumento auxiliar, pois se trata de um demonstrado onde estão discriminadas as projeções das entradas  de recursos monetários.
O orçamento de caixa dá ao administrador uma visão do que acontecerá com os recursos comentário em data futura, desta forma ele poderá planejar investimentos, financiamentos e alguma eventualidade.
Vendas - Do total das vendas, 50% são recebidas à vista e 50% são recebidas com um prazo de 30 dias.
Compras - As compras da empresa representam 60% das vendas e são pagas da seguinte forma:
40% à vista e 60% com prazo de 30 dias.
Aquisição de imobilizado: Pagamento referente à compra de imobilizado, no valor de R$ 15.000, no mês de abril.
Outras informações: Saldo inicial de caixa em janeiro = R$ 7.000,00. 
 
Desta forma, entende-se que o orçamento de caixa demonstra a sua importância, pois ele nos possibilita a visualização de um horizonte mais abrangente, que nos dá condições de tomarmos decisões financeiras com um grau de acerto muito maior, reduzindo nossos riscos de escassez de caixa.
EX: A Indústria Macapá Ltda., inaugurada em maio de 2002, está desenvolvendo um orçamento de caixa para julho, agosto e setembro de 2002. As vendas foram de $ 100.000,00 em maio e de $ 200.000,00 em junho. Estão previstas vendas de $ 400.000,00, $ 300.000,00 e $ 200.000,00, respectivamente, para julho, agosto e setembro. 
Das vendas feitas pelo setor, 20% têm sido à vista, 50% têm gerado duplicatas com prazo de um mês, e as 30% restantes, de dois meses.
Administração de recebimentos e pagamentos
Conforme observamos na aula anterior, o tempo de venda até o tempo de recebimento e a conversão deste em caixa requer uma preocupação da área de administração entre pagamentos e recebimentos.
Diante destas preocupações, utilizamos o que chamamos de FLOAT.
Estes são os fundos enviados pelo pagante, mas ainda não disponíveis ao que recebe o pagamento. 
O Float é importante tanto para pagamentos, quanto para recebimentos.
O seu objetivo é encurtar o prazo de recebimento e ampliar o prazo médio de pagamento.
Para acelerar os recebimentos diminui-se O Float do cliente e, assim diminuindo o prazo médio de recebimento da empresa, assim como também ele poderá utilizar para pagamentos. 
A boa gestão do Float está em:
• Cobrar os pagamentos o mais rápido possível, já que uma vez postos no correio, os fundos já pertencem à empresa;
• Retardar os pagamentos aos fornecedores porque uma vez remetidos, os fundos pertencem ao fornecedor. 
 Então a conclusão que chegamos é que devemos acelerar o recebimento e retardar os pagamentos. Mas lembre-se: SEM PERDER A CREDIBILIDADE DA EMPRESA.A manutenção de disponibilidades representa o seu estado de liquidez, e isso lhe dará benefícios e, ao mesmo tempo, lhe causa determinados custos
Estes custos ocorrem devido  aos  recursos monetários inativos, como aplicações e títulos e saldo mínimo de caixa, já que estes rendem juros menores do que se estivessem aplicados em investimentos de prazos mais longos.
Mas nem tudo é ruim, os benefícios correspondem aos custos que se evitam quando esses recursos monetários são mantidos em estado de liquidez, como os juros que seriam incorridos em caso de empréstimos de curto prazo junto às instituições financeiras, o custo relativo ao desconto de duplicatas para obter disponibilidades, caso os recursos fossem mantidos e aplicados.
Sabemos que o saldo mantido na tesouraria da empresa ou depositado em conta corrente bancária não proporciona nenhum tipo de remuneração, de forma que a melhor alternativa seria a empresa aplicar em títulos de curto prazo, com alta liquidez.
AULA 9 – ALAVANCAGEM
O termo alavancagem é empregado em finanças como o uso de uma alavanca, isso mesmo, aquela utilizada na física, que a partir de um apoio levantamos algo.
Lembra-se da gangorra do parquinho?
É como uma alavanca na qual  precisamos  de um ponto fixo e ter um peso maior de um lado para que o outro vá para cima.
Em finanças, o espírito da lei da física é utilizado para mensurar os efeitos decorrentes dos custos e despesas operacionais fixas das despesas financeiras, com juros no retorno para os proprietários de uma empresa. Assim, esses custos e despesas representam o ponto de apoio da alavanca e a massa, o lucro da empresa.
Gittman “Alavancagem é o produto do uso dos ativos ou fundos a custo fixo parta multiplicar os retornos dos proprietários da empresa”. 
Em administração financeira, as decisões de expansão do nível de atividades da empresa, dada uma estrutura de custos e despesas operacionais fixos, visam o aumento do lucro operacional, esta situação é denominada alavancagem operacional. Quando as decisões são associadas a alterações na estrutura de capital, que elevam o volume de capital de terceiros em relação ao capital próprio, visam o aumento  do retorno dos proprietários da empresa. Esta situação é denominada alavancagem financeira.
Entender o ponto de equilíbrio
Como já devem ter visto em outras disciplinas, a análise de ponto de equilíbrio, também conhecida como CVL- Custo, Volume, Lucro, é utilizada para cobrir todos os custos operacionais, avaliar a rentabilidade associada a níveis diversos de vendas.
O ponto de equilíbrio se faz no momento em que o nível de venda cobre os custos operacionais, ou seja, não há lucro e muito menos prejuízo. 
Neste caso, o montante das vendas possui o mesmo valor de custos e despesas.
Imagine que uma empresa fabrique e venda apenas um tipo de produto, podendo determinar o ponto de equilíbrio, tanto em quantidade quanto em valor monetário desse produto.
Para calcular a quantidade necessária do produto A para que o ponto de equilíbrio seja atingido, utilizamos a seguinte fórmula:
Alavancagem Operacional
É proporcionada pelos custos e despesas operacionais fixos, como estes tendem a permanecer constantes, mesmo com a oscilação da produção e das vendas dentro do intervalo de variação relevante, quanto maior for o volume da produção e vendas dentro desse intervalo, maior será o seu montante de margem de contribuição para um mesmo montante de custos e despesas fixos.
Desta forma, o lucro operacional ou LAJIR será maior quando se estiver esperando no limite superior do intervalo de variação relevante, e essa situação será decorrente da alavancagem operacional.
Imaginemos que a empresa JJ tenha uma capacidade instalada para o processamento de 12 mil toneladas de aço por ano, mas que, devido a flutuações da demanda, a produção e venda têm oscilado entre 10 mil e 12 mil toneladas de aço por ano. Por decisão da diretoria da empresa, a composição dos custos  e despesas fixos é considerada ideal dentro desse intervalo, que somente será modificado caso a demanda se estabilize abaixo de 10 mil ou acima de 12 mil toneladas por ano.
O preço de venda praticado pela empresa é, em média, R$ 12,00 por tonelada. Os custos e despesas fixos totalizam $ 120 mil anuais. Com base nesses dados, podemos simular o lucro operacional da JJ em diferentes quantidades dentro do intervalo apresentado.
Observando o quadro a seguir, podemos perceber.
Observamos que a JJ apresenta diferentes quantidades dentro do intervalo apresentado. No quadro, percebemos que o lucro operacional da empresa tem 10 mil, 11 mil e 12 mil toneladas de aço processadas por ano.
Levando em consideração o limite inferior deste intervalo para avaliar a evolução da margem de contribuição e do lucro operacional, temos:
 Quando a produção e vendas passam de 10 mil para 11 mil toneladas por ano:
O crescimento da margem de contribuição é de 10%. O crescimento do lucro operacional é de 30%.
Quando a produção e vendas passam de 10 mil para 12 mil toneladas por ano:
O crescimento da margem de contribuição é de 20%. O crescimento do lucro operacional é de 60%.
Nas duas situações, o lucro operacional apresenta um crescimento mais que proporcional ao crescimento da margem de contribuição. Esse é o efeito da alavancagem operacional  proporcionado pelos custos e despesas fixos.
Alavancagem financeira
É proporcionada pelas despesas financeiras relativas, incidentes sobre o capital de terceiros que integram a estrutura de capital da empresa. 
Como mesmo com a oscilação das vendas, as despesas tendem a permanecer constantes, dentro do intervalo de variação, o lucro operacional para o mesmo montante de despesas financeiras será maior, e o lucro líquido aumentará quando as vendas se situarem no limite superior a este intervalo.
Gittman - A alavancagem financeira utiliza os custos financeiros para ampliar os efeitos de variações de lucro antes de juros e imposto de renda sobre o lucro por ação. 
Os dois custos financeiros fixos que podem ser encontrados na demonstração de resultado são os juros de dívidas e os dividendos de ações preferenciais. Esses encargos devem ser pagos, Qualquer que seja o montante de Laji disponível para saldá-los.
Quanto à alavancagem financeira, podemos dispor do seguinte esquema:
 
Em todas as situações, o lucro líquido teve crescimento mais que proporcional ao crescimento do lucro operacional. A alavancagem do lucro líquido se dá em decorrência das despesas financeiras com juros, e a medida dela é dada pelo grau de alavancagem (que vamos estudar na próxima aula).
AULA 10 – GRAU DE ALAVANCAGEM
É a medida da alavancagem operacional, que representa o indicador do potencial de rentabilidade proporcionado pelo lucro operacional.
Aprendemos que em finanças a rentabilidade deve ser vista em relação ao risco, e que quando encontramos níveis mais elevados de alavancagem operacional temos o retorno do investimento comprometido pelo risco, pois ele é maior, já que com a redução nas vendas, a margem de contribuição para cobrir os custos e despesas fixos também será reduzida.
Este é um dos principais componente do risco operacional, pois contempla o risco de perdas diretas ou indiretas, já que estão incluídas as falhas ou inadequação dos processos internos, fraudes, pessoas e sistemas ou eventos externos.
O ponto de equilíbrio se faz no momento em que o nível de venda cobre os custos operacionais, ou seja, não há lucro e muito menos prejuízo. Neste caso, o montante das vendas possui o mesmo valor de custos e despesas.
Esse efeito pode ser causado no lucro líquido e pode ser calculado dividindo-se o crescimento percentual do lucro líquido pelo crescimento percentual do lucro operacional.
Á medida que o nível de produção e vendas se eleva a, até atingir o limite superior do intervalo de variação relevante, há uma redução do grau de alavancagem financeira, indicando menor risco financeiro.
Assim, para 11 mil toneladas, o GAF é 1,238 e, para12 mil toneladas é de 1,185:

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