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RESENHA DO FILME; UM ESTRANHO NO NINHO 28.09

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA- UNEB
DEPARTAMENTO CAMPUS VII
 
UELITON ALVES VIEIRA
 
FILME: UM ESTRANHO NO NINHO
Senhor do Bonfim
2017
UELITON ALVES VIEIRA 
FILME: UM ESTRANHO NO NINHO
Resenha crítica
 apresentada como atividade solicitada em sala de aula, na di
sciplina gerenciamento em enfermagem I
. C
urso Bacharelado em enfermagem da universidad
e do estado da Bahia- UNEB campus VII.
P
rofessora: Mariana de Oliveira Araújo
. 
Senhor do Bonfim
2017
RESENHA CRÍTICA SOBRE O FILME: UM ESTRANHO NO NINHO
O filme conta a história de um homem conhecido por MC Murphy acusado de cometer estupro e outros delitos que foi preso em uma cadeia rural e não gostava de trabalhar, então o mesmo decidiu fingir ser um portador de transtornos mentais para escapar da prisão. Foi encaminhado para ser internado em um hospital psiquiátrico para avaliar possíveis transtornos mentais. O novo paciente pensava que iria encontrar liberdade, mas na verdade encontra um ambiente controlado por regras e rotinas estabelecidas pela direção do hospital e colocadas em prática através da enfermagem com o apoio da força de segurança da unidade.
Os pacientes eram tratados através de técnicas que tinham como objetivos o isolamento e afastamento do convívio social. Algumas cenas do filme mostram como era realizado o tratamento a pacientes com transtornos mentais na década de 70 sendo empregado a contensão física, uso exagerado de medicação, isolamento e procedimentos cirúrgicos para conter o comportamento agressivo de alguns pacientes. 
 As rotinas e o confinamento aliado ao uso de medicações que eram distribuídas a todos os internados, deixavam os pacientes sem perspectivas de ressocialização, embora que no local tinha grupoterapia e algumas atividades como banho de piscina e área destinada para algumas atividades, porém a rígida disciplina aliada a forma de tratamento deixavam os pacientes sem chances de melhora e contribuía para a perda de identidade.
No hospital psiquiátrico podemos notar semelhanças da teoria administração científica, por conta da padronização das tarefas através de normas e rotinas, onde os pacientes tinham que se adequar a esse modelo de gestão. Os medicamentos eram administrados no mesmo horário para todos os pacientes, tendo que obedecer a uma fila como forma de organização. Os profissionais estavam organizados em sua função de acordo com a hierarquia, ou seja, do mais alto cargo ao mais baixo, tendo uma comunicação verticalizada, com sentido descendente das informações.
 O trabalho era dividido de acordo com o grau de conhecimento, sendo destinado o cargo de coordenação (comando) para a enfermagem enquanto a execução do trabalho ficava a cargo enfermeiras com menor qualificação e seguranças do hospital e também vigilantes. Esse modelo de administração tem como limites a alienação do profissional por não ter uma visão global do processo de produção e também não abre espaço para mudanças, opiniões sendo dessa forma metódica, preocupando-se em cumprir o planejamento, como ficou bem claro em algumas cenas do filme
A enfermeira supervisora tinha um poder de comando sobre as funções e atividades destinadas ao tratamento dos pacientes. Os pacientes não tinham participação quanto a decisões referente ao seu tratamento e também em relação às atividades desenvolvidas naquele ambiente. Essa forma fechada onde o paciente não tinha poder de participação e também as normas e rotinas estabelecidas por parte da administração do hospital contribuíam de forma negativa na recuperação do paciente que não consegue se expressar e fica limitado sem poder exercer seus desejos, habilidades, sentimentos e acaba se sentido inútil, perdendo sua identidade.
A partir do momento em Mc Murphy chega àquele local e começa a mudar a rotina e também a questionar as normas estabelecidas, os demais pacientes se sentem representados e renasce o ânimo dentro de si. Começam a reivindicar pequenos direitos, a exemplo, o uso de mais alguns cigarros, começam a participar de pequenas atividades e conseguem sentir prazer em realiza- lãs. Na verdade, o que estava faltando era uma forma diferenciada em gerir os serviços, falta inovação, participação do usuário contribuindo para melhoria do atendimento.
Também podemos perceber características da Teoria Clássica, na forma de organização dos serviços por setores, em que o hospital utilizava os princípios dessa teoria para dividir os espaços, a exemplo, recepção, sala de procedimentos cirúrgicos, ambulatório, local para leitos etc. O filme mostra uma cena em que Mc Murphy entra na recepção e é repreendido pois aquele local é restrito, só podendo entrar o profissional. Outra característica é em relação ao controle rígido exercido pela enfermeira para gerir o trabalho e também cuidar dos pacientes. A enfermeira seguia as regras estabelecidas pelo hospital e não aceitava que ninguém alterasse, pois a disciplina e controle deveriam prevalecer. Essa forma de gerenciamento tem como ponto negativo a fragmentação da assistência realizada, onde não ocorre uma integralidade das ações, já como ponto positivo proporciona organização no serviço e agilidade no desempenho das atividades.
Como forma de solucionar os limites que foi possível perceber quanto a administração daquele hospital, poderia- se adotar ideias da administração humanística, visando dessa forma um dialogo entre profissional e pacientes, buscando ouvir opiniões, evitando o conflitos. Uma administração aberta a mudanças, quebrando a noção do sistema fechado, fragmentado e verticalizado.
O hospital deveria adotar uma forma diferente em relação ao atendimento, ou seja, analisando se as condutas adotadas estavam surgindo efeito positivo, buscar opinião quanto aos serviços e forma de organização, buscar estabelecer vinculo e realizar acolhimento para que o paciente pudesse confiar no profissional. O trabalho através de uma equipe multidisciplinar seria de grande importância para ofertar um serviço diversificado com troca de conhecimentos entre profissionais e usuários, buscando melhoria na prestação dos serviços. Como se observa no filme, o isolamento e a medicalização aliado a tratamentos agressivos que era aplicado no hospital acabavam agravando a situação dos pacientes com transtornos mentais, visto que isolava o paciente do convívio social.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
UM ESTRANHO NO NINHO. Diretor: Milos Forman. Produtor: Micchael Douglas, Saul Zaentz. Estados Unidos da América,  Warner Home Vídeo,1975.1 vídeo (133 min).

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