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apostila curso DTM especializaçao1.doc

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Disciplina de Fisioterapia Bucomaxilofacial
Profª Ms. Itana Lisane Spinato
01 - SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO
	É uma unidade morfofuncional integrada e coordenada, constituída por um conjunto de estruturas esqueléticas, musculares, nervosas, glandulares e dentais organizadas ao redor das articulações temporomandibulares, occipito-atlanto-vertebrais da coluna cervical.
Funções do sistema estomatognático
A sucção
O primeiro reflexo do neonato é o da sucção.
Os movimentos de sucção são trabalhados e amadurecidos até o parto, intra-uterinamente.
A correta alimentação do recém-nascido necessita de uma boa coordenação entre sucção, respiração, deglutição e está relacionada com tempo de gestação e o processo de aleitamento.
Quanto mais prematura a criança, menor essa coordenação, encontrando problemas de movimentos linguais e incoordenações entre a sucção e a deglutição. 
Crianças nascidas com 33 a 34 semanas de vida intra-uterina chegavam a realizar quatro sucções por deglutição, quando o normal é de uma para uma.
Crianças nascidas com menos de 33 semanas apresentaram ligeiras apnéias e pausas respiratórias quando alimentadas.
A amamentação
Mamadeira: 
No intuito de interromper o fluxo abundante de leite de uma mamadeira (com um furo largo no bico) a criança é forçada a manter a língua contra o orifício para evitar que o leite continue saindo.
Não há tanta força de sucção e não ocorrerá o velamento labial, o que estimula a respiração oral. 
Conseqüências da respiração oral são: maxila estreita; mordida cruzada posterior; mau hálito; sono agitado; postura corporal incorreta.
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Mastigação 
Padrões de mastigação
Mastigação bilateral alternada.
Mastigação unilateral (restringida) - poderá causar assimetria facial e alteração oclusal.
Deglutição 
É uma função biológica complexa e coordenada em que ocorrem conexões neurológicas e um mecanismo em conjunto entre a musculatura envolvida.
Características da deglutição atípica 
Ausência de trabalho dos músculos masseteres;
Alteração da mastigação;
Movimentos compensatórios da cabeça em razão da não-elevação do hióide;
Cuspir ou juntar saliva nas comissuras labiais por dificuldade para deglutir;
Alteração na articulação de fonemas.
Respiração 
Respirador Oral
A síndrome do respirador oral, também conhecida como síndrome de Pierre Robin, é o conjunto de sinais e sintomas de quem respira parcial ou totalmente pela boca. 
É causado por algum tipo de obstrução nas vias aérea superiores, má oclusão dentária ou maus hábitos, levando a um padrão suplente de respiração que, por sua vez, vai gerar uma série de outras alterações importantes na dinâmica corporal.
Etiologia
 Fatores obstrutivos (hipertrofia das adenóides ou das amídalas, traumatismos faciais, corpos estranhos, sinusites, rinites, ronco, apnéia do sono, baba noturna); 
 Fatores relacionados aos maus hábitos (sucção de dedos, chupetas, mamadeiras, costume de morder tampas de canetas e outros objetos).
 Em primeiro lugar, ocorre modificação no posicionamento da língua e mandíbula, a diminuição o tônus dos músculos da face promovendo a hipoplasia maxilar.
 Todo este processo passa a refletir sobre a cabeça e o pescoço, alterando a postura corporal. 
 A respiração oral leva à protusão de cabeça visando a manutenção da via respiratória pela necessidade de uma melhor respiração, através da retificação do trajeto das vias.
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Alterações Corporais do Respirador Oral
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 Conseqüentemente, os grupos musculares (cadeias) tomam uma nova trajetória de função que passa a ser para frente e para baixo. 
 Com a musculatura do pescoço e da nuca nesta nova orientação é comum ver a coluna cervical retificada.
 Quando a cabeça se anterioriza os ombros rodam internamente, deprimindo o tórax, levando a alterações no ritmo e na capacidade respiratória, pois o diafragma passa a trabalhar numa posição mais baixa e de forma assincrônica, o que ocasiona um fluxo respiratório mais rápido e curto, criando uma deficiência de oxigenação (o volume corrente diminui associado à menor mobilidade do tórax).
 A flacidez e a distensão da musculatura abdominal e do estômago ocorrem pela excessiva deglutição de ar, podendo provocar dores na região lombar. Além deste sintoma, é comum aparecerem problemas digestivos, de fígado, incontinência urinária, dentre outros.
 O incorreto posicionamento da cabeça pode alterar a função da ATM, ocasionando a dor.
02 - ANATOMIA FUNCIONAL DO SISTEMA MASTIGATÓRIO
Dentição e Estruturas de Suporte
 A dentição humana é composta por 32 dentes permanentes
Anatomia Dental
 
Componentes Esqueléticos
A Maxila
 Dois osso maxilares se fundem na sutura palatina mediana.
 Forma o palato e os rebordos alveolares que sustentam os dentes superiores.
 Componente fixo do sistema mastigatório.
Mandíbula
 Osso em forma de U;
 Sustenta os dentes inferiores;
 Não possui ligação óssea com o crânio;
 Fixa por músculos, ligamentos e tecidos moles
Osso Temporal
 É composto pela Fossa Mandibular (fossa glenóide ou articular), côncava;
 Posterior - Fissura Timpânica;
 Anterior - Eminência Articular, convexa;
 A região superior da fossa mandibular é bastante fino - pequenas pressões;
 A eminência articular consiste em um osso espesso e suportando maiores pressões 
Articulação Temporomandibular – ATM
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 Articulação complexa;
 Proporciona um movimento de dobradiça em um plano – Gínglimo;
 Realiza movimento de deslizamento – Artroidal;
 Articulação Gínglimoartroidal;
 A ATM é considerada uma articulação composta; 
 O disco articular funcionalmente atua como o terceiro osso não calcificado;
O Disco Articular
 Composto de tecido conjuntivo fibroso denso;
 Na maior parte desprovido de vasos sanguíneos e fibras nervosas;
 Alta resistência a forças compressivas;
 Baixo poder de regeneração;
 Região Anterior;
 Zona Intermediária;
 Região Posterior.
Funções do Disco Articular
 Estabiliza o côndilo, harmonia articular
 Aumenta a congruência articular
 Amortece e distribui a pressão (cargas) na ATM
 Protege a superfície óssea
 Regula movimentos mandibulares
 Deslizamento
 Lubrificação articular
Região Retrodiscal (Zona Bilaminar ou Ligamento* Posterior)
 Tecido conjuntivo frouxo altamente vascularizado e inervado.
 A lâmina retrodiscal superior liga o disco à placa timpânica;
 Rica em fibras elásticas;
 A lâmina retrodiscal inferior liga o disco à parte posterior do côndilo;
 Fibras de colágeno não elásticas
 Anteriormente o disco é preso no ligamento capsular que envolve a maior parte da articulação em todas as direções.
 Esta fixação forma duas cavidades distintas.
* Embora o Ligamento posterior não seja um ligamento por definição esta nomenclatura é constantemente encontrado na literatura.
Inervação da ATM
V Par – Nervo trigêmeo
Nervo Auriculotemporal
 Fornece a maior parte da inervação da ATM;
 Parte do ramo mandibular passando posteriormente ao côndilo;
 A inervação adicional é fornecida pelos nervos temporais profundos e massetérico.
VII Par – Nervo Facial
Vascularização
 É fartamente irrigada por uma variedade de vasos que a circundam chamados “vasos alimentadores.”
Ligamentos
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Fonte: Graciela e Okeson, 2008
 Ligamentos Colaterais (ligamentos discais) prendem as bordas lateral e medial do disco ao côndilo;
 Ligamento Capsular atua restringindo forças excessivas em todos os sentidos;
 Retém o líquido sinovial;
 Estímulos Proprioceptivo;
 Ligamento Lateral ou Temporomandibular reforça lateralmente a cápsula articular;A porção obliqua limita a abertura rotacional;
 Protege estruturas vitais retromandibulares do pescoço;
 A porção horizontal limita o movimento posterior do côndilo protegendo a região retrodiscal e evitando distensão no músculo pterigóideo.
 Ligamento Esfenomandibular
 Ligamento Estilomandibular
Músculo Temporal
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Posicionador da ATM faz elevação e controla a retrusão mandibular
Fonte: Netter
Músculo Masseter
�
 A inervação é feita pelo nervo massetérico da divisão mandibular do nervo trigêmeo;
 É o elevador da mandíbula. 
Osso Esfenóide - tem dois processos pterigóides (“asas”)
� Fonte: Netter
					
Músculo Pterigóideo Medial
Elevador da mandíbula
Músculo Pterigóideo Lateral – porção inferior (ação bilateral)
Depressão da mandíbula e protusão
Músculo Pterigóideo Lateral – porção inferior (ação uniteral)
Lateralização				
Músculo Pterigóideo Lateral – porção superior
Tração anterior do disco durante a elevação da mandíbula
Músculo Digástrico – porção anterior
Deprime a mandíbula
Músculo Digástrico – porção posterior
Fixação posterior do osso hióide em conjunto com o músculo estilohióide
Músculos do Assoalho Bucal
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Fonte: Netter
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Fonte: Netter, ADAM
Músculos da Mímica Facial
Biomecânica 
	
O movimento mandibular é complexo e ocorre em atividades tridimensionais de rotação e translação inter-relacionadas.
Movimentos da ATM
Tipos de movimentos:
Rotação : processo de girar em torno do eixo.
Rotação da Mandíbula pode ocorrer em três planos:
Sagital 
Horizontal ou Transverso
Frontal 
Translação : Movimento no qual todas as partes de um corpo têm velocidade e direção simultânea (Protrusão) 
Movimentos funcionais da mandíbula: União entre Rotação e Translação
ROTAÇÃO NO PLANO SAGITAL	
Eixo Latero-lateral
Ocorre no movimento de abertura bucal;
É chamado de movimento de dobradiça é o único movimento de rotação “puro” que acontece na ATM;
Ocorre na cavidade inferior da articulação.
ROTAÇÃO NO PLANO HORIZONTAL OU TRANSVERSO 
Eixo vertical
Côndilo se move anteriormente e para fora com o côndilo oposto funcionando como eixo
Movimento de translação associado ao movimento de rotação
Não ocorre de maneira isolada
ROTAÇÃO NO PLANO FRONTAL 
Eixo antero-posterior
Côndilo move-se inferiormente enquanto o outro permanece funcionando como eixo
Movimento não ocorre isoladamente
03 - MOVIMENTOS FUNCIONAIS DA CABEÇA E CERVICAL COM REPERCUSSÃO NA ATM
Oclusão
Ação de fechar ou estado de estar fechado.(Dorland´s Medical Dictionary)
 Relação dos dentes maxilares e mandibulares quando estão em contato funcional durante a atividade mandibular.
Oclusão cêntrica x relação cêntrica
Oclusão cêntrica = máxima intercuspidação habitual.
Relação cêntrica = posição da mandíbula quando os côndilos estão numa posição ortopedicamente estável (posição mais ântero-superior)com discos articulares corretamente interpostos. 
Posição reprodutível. Ponto de partida dos movimentos mandibulares.
Má-oclusão ou maloclusão
Relação inadequada dos contatos dentários durante a função.
	 �
Ortodontia 
A Ortodontia é o ramo da Odontologia relacionado com o estado das anomalias faciais. 
Vem de orthos do grupo que significa reto e odontos que significa dentes.
Tentativas de correção dentária datam de 1000 a.C
Histórico Oclusão
Hipócrates foi um dos primeiros a comentar a deformidade craniofacial:
“Aqueles indivíduos com cabeças alongadas, abóbada palatina bem arqueada, dentes irregularmente posicionados, apinhando-se uns sobre os outros, e eles são incomodados por dores de cabeça e otórreia.” 
Em 1890, Edward A. Angle, foi responsável por parte do desenvolvimento de um conceito de oclusão da dentição natural. 
Ele subdividiu os principais tipos de maloclusão e incluiu a primeira definição clara e simples da oclusão normal na dentição natural.
Angle, então, descreveu três tipos de maloclusão, baseado na relação oclusal dos primeiros molares:
Classificação de Maloclusão de Angle
Classe 1 – A cúspide mesio-vestibular do primeiro molar inferior oclui na área do nicho entre o segundo pré-molar superior e o primeiro molar
Classe 2 - O molar inferior está posicionado distalmente em relação ao molar superior.
Classe 3 - O molar inferior está posicionado mesialmente em relação ao molar superior.
Relação Postural de Bricot com a Classe de maloclusão de Angle
Classe I
Bricot descreveu a associação da postura com as classes de Angle e os tipos faciais;
Relação normal das curvaturas para a classe I
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Classe II
Anteriorização da cabeça e retificação da cervical;
Ombros enrolados
�
Classe III
Posteriorização da cabeça e retificação ou hiperlordose da cervical;
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Traçado de Rocabado (1984)
Analisa-se dentre outros os seguintes fatores na cefalometria: 
1. Crânio-Vertebral: corresponde ao ângulo formado pela distância da espinha nasal posterior com a base do crânio (Plano de McGregor), e o ápice do processo odontóide com a vértebra C2 (Plano Odontóide). Normal = 101º + 5 (96 - 106º).
2. Espaço C0-C1: Espaço Funcional C1: corresponde à distância da base do crânio com a vértebra Atlas. Espaço Funcional C0-C1 = 6,5 mm + 2,5 (4 - 9 mm).
3. Espaço C1-C2: Espaço Funcional C2: corresponde à distância do ponto inferior da vértebra Atlas ao ponto superior da vértebra Axis. Espaço Funcional C1-C2 = 6,5 mm + 2,5 (4 - 9 mm).
4. Triângulo Hióide: corresponde à distância do ponto H (ponto mais posterior do hióide) com ponto D (centro do Mento) e o ponto mais inferior da vértebra C3. 
5. Curvatura Cervical: Corresponde a distância entre os corpos vertebrais à linha traçada posteriormente ao corpo vertebral de C2 à C7 (ROCABADO, 1984). 
	
Ângulo craniovertebral:
Diminuição do ângulo = rotação posterior do crânio = anteriorização da cabeça
Aumento do ângulo = rotação anterior da cabeça = posteriorização da cabeça
A posição de C2 determina o ângulo craniovertebral e o ângulo craniovertebral determina a curvatura cervical.
Diminuição do ângulo craniovertebral = rot. post. do crânio = anteriorização da cabeça = RETIFICAÇÃO DA LORDOSE CERVICAL.
Aumento do ângulo craniovertebral = rot. ant. do crânio = posteriorização da cabeça = HIPERLORDOSE CERVICAL.
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04 - TRAUMATOLOGIA DE FACE - ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA
Etiologia: Agressão interpessoal, acidente de trânsito, Acidentes no esporte e quedas
Emergência no Atendimento 
Traumas de face - advém da necessidade:
Controle das hemorragias e condições hemodinâmicas
Prevenção e controle de infecções
Restabelecimento da permeabilidade das vias aéreas (da respiração e oxigenação) devido ao risco de asfixias. 
Traumas buco-maxilo-faciais apresentam urgência relativa.
Tratamento Geral das Fraturas Faciais
Objetivos: 
Rápida reparação óssea
Retorno a função ocular e nasal
Recuperação da amplitude de abertura da boca e da função mastigatória
Recuperação da fala
Resultado estético facial e dental aceitável
Princípios Cirúrgicos Básicos
Redução da Fratura (reposição do segmentos ósseos em suas corretas posições anatômicas)
Redução fechada (Não envolvem abertura direta, a exposição e a manipulação da área fraturada)
Redução aberta (Exposição direta e redução da fratura através de incisão cirúrgica)
 Princípios Cirúrgicos Básicos
A fixação e contenção dos segmentos ósseos
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Fonte: Peterson, 2000
Imobilização dos segmentos no local da fraturas
Barras de Erich
Fixação maxilomandibular			
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Fonte: Peterson, 2000
Tipos de Fraturas Faciais – Maior incidência fratura de mandíbula
Le Fort 1 – Separação da maxila do resto do crânio
Le Fort 2 – Separação da maxila, nasal do resto do crânio
Le Fort 3 – Disjunçãocraniofacial, separação do terço inferior da face do resto do crânio.
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Fonte: Peterson, 2000
O que é Cirurgia Ortognática?
É a subespecialidade da Cirurgia Maxilofacial que tem por objetivo a reestruturação do esqueleto facial, corrigindo-lhe as deformidades e posicionando-o harmoniosamente em relação à base do crânio, de tal modo que os dentes possam relacionar-se em perfeita intercuspidação (oclusão). 
Crescimento desordenado dos ossos da face;
Posicionamento incorreto dos dentes;
Trauma de face, 
Ocasionando alterações na mastigação, respiração e fala.
Complicações Associadas
Problemas funcionais e insatisfação pessoal; 
Mal oclusão;
Modificação do espaço anatômico da cavidade oral e um posicionamento errôneo da língua; 
DTM e Dores cervicais; 
Perdas dentárias.
Relações Ósseas - Classificação Resumida 
Micrognatismo
A mandíbula pequena em relação a maxila;
Transtorno facial relacionado com ronco noturno. 
Deformidade é conhecida como Classe II, de Angle. 
Prognatismo
A mandíbula é maior do que a maxila. 
Esta deformidade é conhecida como Classe III, de Angle
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Fissuras Labiais
Trata-se de uma abertura na região do lábio e/ou palato, ocasionada pelo não fechamento destas estruturas, que ocorre entre a 4ª e a 12ª semana de gestação.
As fissuras podem ser unilaterais ou bilaterais e variam desde formas mais leves como cicatriz labial ou úvula bífida até formas mais graves como as fissuras completas de lábio e palato. Por vezes, podem ocorrer fissuras atípicas que envolvem outras áreas além do lábio superior e palato, como a região oral, nasal, ocular e craniana.
O tratamento é complexo e primeiras cirurgias são feitas, normalmente, quando a criança tem poucos meses de vida, de acordo com a gravidade do caso e a seqüência das etapas terapêuticas. 
O tratamento só termina quando o paciente está próximo de alcançar a maioridade.
 
Fonte: Peterson, 2000
05 - DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM)
Terminologia
Síndrome de Costen, 1934;
Desordens Craniomandibulares – DCM, 1980;
Síndrome Dor-disfunção Miofacial – DDM;
Enfim... Disfunção Temporomandibular - DTM.
Epidemiologia
É o estudo da distribuição, determinante e história natural da doença nas populações.
Lilienfeld & Lilienfeld, 1980
É o estudo dos fatores que determinam e influenciam a freqüência e distribuição da doença, seus eventos relacionados e causas, em uma população definida, com o objetivo de criar programas preventivos e de controle do seu desenvolvimento e alastramento.
Dorland’s Medical Dictionary
Sinais e sintomas de DTM em diferentes populações
De acordo com os estudos, sinais e sintomas são em geral comuns nas populações estudadas.
Será que quase 50% das pessoas têm algum tipo de DTM?
Considerações
• 	A maioria dos sinais reportados em estudos são sub-clínicos e não justificam a necessidade de tratamento;
• 	Em geral, menos que 10% dos indivíduos com sintomas procuram tratamento;
• 	Apenas 5% da população apresentam problemas considerados severos;
• 	Apesar de existirem sinais e sintomas em populações mais jovens, essas dificilmente se queixam ou procuram tratamento.
Epidemiologia
 Incidência em jovens que em crianças;
 Alguns sinais e sintomas tendem a diminuir com a idade;
 Incidência em mulheres.
O que é DTM?
É uma síndrome que engloba as condições dolorosas agudas e crônicas decorrentes da ATM, dos músculos mastigatórios e das estruturas associadas. 
			
Teorias que estabelecem os fatores etiológicos de DTM
Desenvolvimento dos conceitos de etiologia:
Introdução > Síndrome de Costen (1934)
	- Teoria do deslocamento mecânico
	- Teoria neuromuscular
	- Teoria muscular
	- Teoria psicofisiológica
	- Teoria psicológica
Modelo Multifatorial - (final de 1970 / início de 1980)
�
(STEENKS, WIJER, 1996; ASH, RANFJORD e SCHMDSEDER, 1998; OKESON, 2000)
Existe uma grande variação de possíveis etiologias para pacientes diagnosticados igualmente e com os mesmos sintomas.
Sintomas subjetivos (dor) ou objetivos (desvios funcionais) nem sempre são resultados de uma desordem específica, nem podem refletir um estágio na evolução da desordem. 
Wheele & Dibbets, 1986.
Modelo Multifatorial
Segundo Okeson (2008), uma fórmula simplificada pode ser utilizada para compreender o surgimento de sintomas de DTM.
�
Eventos Locais
Condição Oclusal (instabilidade ortopédica)
- Hiperatividade muscular
Trauma
- Macrotrauma
- Microtrauma
Estresse Emocional
Estímulo de Dor Profunda
Atividades Parafuncionais
- Apertamento diurno
- Bruxismo (overuse)
Eventos Sistêmicos
Artrite Reumatóide
Fibrimilagia
Sinais e Sintomas da DTM
Artromialgia facial (dor aguda e/ou crônica)
Dor muscular à palpação do aparelho mastigatório.
Cefaléias e Otalgias.
Dor a palpação da ATM. 
Ruídos articulares
Distúrbios nos movimentos mandibulares
Limitação no movimento mandibular.
Desvio mandibular (assimetria do movimento).
Fraqueza ou hiperatividade da musculatura
Alterações oclusais
Tensão emocional.
(STEENKS, WIJER, 1996; ASH, RANFJORD e SCHMDSEDER, 1998; OKESON, 2000; SIQUEIRA, TEIXEIRA, 2001)
Dor muscular e co-contração protetora
� 
Fonte: Okeson, 2008.
Cefaléias
Relacionado principalmente ao temporal.
Também pode estar relacionadas a posturas inadequadas da vida diária e problemas cervicais.
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Ruídos Articulares
Presente em mais de 70% dos indivíduos.
Um dos primeiros sinais a aparecer.
Ruído seco / choque rápido das superfícies articulares.
Pode ser uni ou bilateral, com ou sem dor.
Estalidos
Pode ocorrer concomitante com outros sinais e sintomas ou alteração isolada.
Ocorre quando há um deslocamento discal com redução.
Travamento = deslocamento anterior do disco que limita a translação condilar (Bloqueio).
Desvio Mandibular
Pode ocorrer em todos os movimentos.
Pode ser provocados por:
Alterações patológicas (inflamação articular)
Hipertonicidade de um grupo muscular.
Crepitação
Som áspero, típico de superfícies rugosas em contato (osso batendo em osso).
Relacionada com a baixa resistência orgânica dos tecidos intra-articulares (degeneração).
Pode indicar uma perfuração do disco ou ligamento posterior.
Otalgias
Mesma inervação e proximidades das estruturas.
Qualquer processo inflamatório em uma pode afetar a outra.
Hábitos Parafuncionais: 
Hipertonia do lado afetado. 
Diminuição da coordenação muscular.
Hiperatividade Muscular
Hábitos Parafuncionais:
Alterações posturais de cabeça e pescoço,
Bruxismo e apertamento,
Hábitos como mascar objetos.
Principais conseqüência do “Overuse”
Desgaste dental excessivo. Dores musculares craniofaciais. Maloclusão severa. Alterações Degenerativas. Desarranjo do disco articular. 
Bruxismo:
Hábito extremamente destrutivo, inconsciente.
Consiste em:
 Ranger os dentes durante a noite.
Apertamento dental durante o dia.
Está Associado ao Stress físico e mental.
Prolongadas contrações isométricas: Fadiga e dor. 
Altera o mecanismo de lubrificação: alterações da ATM.
Postura Inadequada:
Íntima relação cervical-ATM-dentes.
A Alteração de uma pode levar a disfunção da outra.
Leva à fadiga muscular e aparecimento de Trigger points.
Bom Trabalho!
Referências:
Okeson, J.P. Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão. Elsevier. 6a ed. 2008, São Paulo. 
Sosa, G. E. Diagnóstico e Prevenção das Disfunções Temporomandibulares. Editora Santos: 2008, São Paulo.
Carlsson, G.E. Tratamento das Disfunções Temporomandibulares na Clínica Odontológica. Quintessence Editora Ltda: 2006, São Paulo.
Alencar Jr, F.G Oclusão, dores Orofaciais e Cefaléia. Editora Santos: 2005, São Paulo.
Isberg, A. Disfunçãoda Articulação Temporomandibular, um guia para o clínico. Artes Médicas. 2ª ed. 2005, São Paulo.
Dingman, R.O. Cirurgia das Fraturas Faciais. Editora Santos. 3ª ed. 2001, São Paulo.
Paiva, H.J. Noções e conceitos básicos em Oclusão, Disfunção Temporomandibular e Oclusão. Editora Santos: 2008, São Paulo.
Dawson, P.E. Oclusão Funcional. Da ATM ao desenho do sorriso. Editora Santos: 2008, São Paulo.
Leareta, J.A Compendio de diagnostico das Patologias da ATM. Artes Medicas: 2004, São Paulo.
Tucker, P.E.H. Cirurgia Oral e MaxiloFacial Contemporânea. Guanabara Koogan: 3ª ed. 2000. Rio de Janeiro.
Souchard, Philippe-Emmanuel. Reeducação postural global : método do campo fechado. Icone. 4a ed. 2001, São Paulo. 
Starkey, Chad / Fragoso, Cintia. Recursos terapêuticos em fisioterapia. Manole. 2a ed. 2001, São Paulo. 
Steenks, M. H / Wijer, A. de. Disfunções da articulação temporomandibular do ponto de vista da fisioterapia e da odontologia : diagnostico e tratamento. Editora Santos. 1a ed. 1996, São Paulo. 
Tanaka, Clarice / Farah, Estela Adriana. Anatomia funcional das cadeias musculares. Icone. 1997, São Paulo.
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parafunção
stress
sobrecarga
patologia 
articular
FATORES 
ANATÔMICOS
FATORES 
PSICOLÓGICOS
Fatores
neuromusculares
EVENTO
FUNÇÃO NORMAL
TOLERÂNCIA FISIOLÓGICA
SINTOMAS DE DTM
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