Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Disciplina de Fisioterapia Bucomaxilofacial Profª Ms. Itana Lisane Spinato 01 - SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO É uma unidade morfofuncional integrada e coordenada, constituída por um conjunto de estruturas esqueléticas, musculares, nervosas, glandulares e dentais organizadas ao redor das articulações temporomandibulares, occipito-atlanto-vertebrais da coluna cervical. Funções do sistema estomatognático A sucção O primeiro reflexo do neonato é o da sucção. Os movimentos de sucção são trabalhados e amadurecidos até o parto, intra-uterinamente. A correta alimentação do recém-nascido necessita de uma boa coordenação entre sucção, respiração, deglutição e está relacionada com tempo de gestação e o processo de aleitamento. Quanto mais prematura a criança, menor essa coordenação, encontrando problemas de movimentos linguais e incoordenações entre a sucção e a deglutição. Crianças nascidas com 33 a 34 semanas de vida intra-uterina chegavam a realizar quatro sucções por deglutição, quando o normal é de uma para uma. Crianças nascidas com menos de 33 semanas apresentaram ligeiras apnéias e pausas respiratórias quando alimentadas. A amamentação Mamadeira: No intuito de interromper o fluxo abundante de leite de uma mamadeira (com um furo largo no bico) a criança é forçada a manter a língua contra o orifício para evitar que o leite continue saindo. Não há tanta força de sucção e não ocorrerá o velamento labial, o que estimula a respiração oral. Conseqüências da respiração oral são: maxila estreita; mordida cruzada posterior; mau hálito; sono agitado; postura corporal incorreta. � Mastigação Padrões de mastigação Mastigação bilateral alternada. Mastigação unilateral (restringida) - poderá causar assimetria facial e alteração oclusal. Deglutição É uma função biológica complexa e coordenada em que ocorrem conexões neurológicas e um mecanismo em conjunto entre a musculatura envolvida. Características da deglutição atípica Ausência de trabalho dos músculos masseteres; Alteração da mastigação; Movimentos compensatórios da cabeça em razão da não-elevação do hióide; Cuspir ou juntar saliva nas comissuras labiais por dificuldade para deglutir; Alteração na articulação de fonemas. Respiração Respirador Oral A síndrome do respirador oral, também conhecida como síndrome de Pierre Robin, é o conjunto de sinais e sintomas de quem respira parcial ou totalmente pela boca. É causado por algum tipo de obstrução nas vias aérea superiores, má oclusão dentária ou maus hábitos, levando a um padrão suplente de respiração que, por sua vez, vai gerar uma série de outras alterações importantes na dinâmica corporal. Etiologia Fatores obstrutivos (hipertrofia das adenóides ou das amídalas, traumatismos faciais, corpos estranhos, sinusites, rinites, ronco, apnéia do sono, baba noturna); Fatores relacionados aos maus hábitos (sucção de dedos, chupetas, mamadeiras, costume de morder tampas de canetas e outros objetos). Em primeiro lugar, ocorre modificação no posicionamento da língua e mandíbula, a diminuição o tônus dos músculos da face promovendo a hipoplasia maxilar. Todo este processo passa a refletir sobre a cabeça e o pescoço, alterando a postura corporal. A respiração oral leva à protusão de cabeça visando a manutenção da via respiratória pela necessidade de uma melhor respiração, através da retificação do trajeto das vias. � Alterações Corporais do Respirador Oral � Conseqüentemente, os grupos musculares (cadeias) tomam uma nova trajetória de função que passa a ser para frente e para baixo. Com a musculatura do pescoço e da nuca nesta nova orientação é comum ver a coluna cervical retificada. Quando a cabeça se anterioriza os ombros rodam internamente, deprimindo o tórax, levando a alterações no ritmo e na capacidade respiratória, pois o diafragma passa a trabalhar numa posição mais baixa e de forma assincrônica, o que ocasiona um fluxo respiratório mais rápido e curto, criando uma deficiência de oxigenação (o volume corrente diminui associado à menor mobilidade do tórax). A flacidez e a distensão da musculatura abdominal e do estômago ocorrem pela excessiva deglutição de ar, podendo provocar dores na região lombar. Além deste sintoma, é comum aparecerem problemas digestivos, de fígado, incontinência urinária, dentre outros. O incorreto posicionamento da cabeça pode alterar a função da ATM, ocasionando a dor. 02 - ANATOMIA FUNCIONAL DO SISTEMA MASTIGATÓRIO Dentição e Estruturas de Suporte A dentição humana é composta por 32 dentes permanentes Anatomia Dental Componentes Esqueléticos A Maxila Dois osso maxilares se fundem na sutura palatina mediana. Forma o palato e os rebordos alveolares que sustentam os dentes superiores. Componente fixo do sistema mastigatório. Mandíbula Osso em forma de U; Sustenta os dentes inferiores; Não possui ligação óssea com o crânio; Fixa por músculos, ligamentos e tecidos moles Osso Temporal É composto pela Fossa Mandibular (fossa glenóide ou articular), côncava; Posterior - Fissura Timpânica; Anterior - Eminência Articular, convexa; A região superior da fossa mandibular é bastante fino - pequenas pressões; A eminência articular consiste em um osso espesso e suportando maiores pressões Articulação Temporomandibular – ATM � Articulação complexa; Proporciona um movimento de dobradiça em um plano – Gínglimo; Realiza movimento de deslizamento – Artroidal; Articulação Gínglimoartroidal; A ATM é considerada uma articulação composta; O disco articular funcionalmente atua como o terceiro osso não calcificado; O Disco Articular Composto de tecido conjuntivo fibroso denso; Na maior parte desprovido de vasos sanguíneos e fibras nervosas; Alta resistência a forças compressivas; Baixo poder de regeneração; Região Anterior; Zona Intermediária; Região Posterior. Funções do Disco Articular Estabiliza o côndilo, harmonia articular Aumenta a congruência articular Amortece e distribui a pressão (cargas) na ATM Protege a superfície óssea Regula movimentos mandibulares Deslizamento Lubrificação articular Região Retrodiscal (Zona Bilaminar ou Ligamento* Posterior) Tecido conjuntivo frouxo altamente vascularizado e inervado. A lâmina retrodiscal superior liga o disco à placa timpânica; Rica em fibras elásticas; A lâmina retrodiscal inferior liga o disco à parte posterior do côndilo; Fibras de colágeno não elásticas Anteriormente o disco é preso no ligamento capsular que envolve a maior parte da articulação em todas as direções. Esta fixação forma duas cavidades distintas. * Embora o Ligamento posterior não seja um ligamento por definição esta nomenclatura é constantemente encontrado na literatura. Inervação da ATM V Par – Nervo trigêmeo Nervo Auriculotemporal Fornece a maior parte da inervação da ATM; Parte do ramo mandibular passando posteriormente ao côndilo; A inervação adicional é fornecida pelos nervos temporais profundos e massetérico. VII Par – Nervo Facial Vascularização É fartamente irrigada por uma variedade de vasos que a circundam chamados “vasos alimentadores.” Ligamentos � Fonte: Graciela e Okeson, 2008 Ligamentos Colaterais (ligamentos discais) prendem as bordas lateral e medial do disco ao côndilo; Ligamento Capsular atua restringindo forças excessivas em todos os sentidos; Retém o líquido sinovial; Estímulos Proprioceptivo; Ligamento Lateral ou Temporomandibular reforça lateralmente a cápsula articular;A porção obliqua limita a abertura rotacional; Protege estruturas vitais retromandibulares do pescoço; A porção horizontal limita o movimento posterior do côndilo protegendo a região retrodiscal e evitando distensão no músculo pterigóideo. Ligamento Esfenomandibular Ligamento Estilomandibular Músculo Temporal � Posicionador da ATM faz elevação e controla a retrusão mandibular Fonte: Netter Músculo Masseter � A inervação é feita pelo nervo massetérico da divisão mandibular do nervo trigêmeo; É o elevador da mandíbula. Osso Esfenóide - tem dois processos pterigóides (“asas”) � Fonte: Netter Músculo Pterigóideo Medial Elevador da mandíbula Músculo Pterigóideo Lateral – porção inferior (ação bilateral) Depressão da mandíbula e protusão Músculo Pterigóideo Lateral – porção inferior (ação uniteral) Lateralização Músculo Pterigóideo Lateral – porção superior Tração anterior do disco durante a elevação da mandíbula Músculo Digástrico – porção anterior Deprime a mandíbula Músculo Digástrico – porção posterior Fixação posterior do osso hióide em conjunto com o músculo estilohióide Músculos do Assoalho Bucal � � � Fonte: Netter � � Fonte: Netter, ADAM Músculos da Mímica Facial Biomecânica O movimento mandibular é complexo e ocorre em atividades tridimensionais de rotação e translação inter-relacionadas. Movimentos da ATM Tipos de movimentos: Rotação : processo de girar em torno do eixo. Rotação da Mandíbula pode ocorrer em três planos: Sagital Horizontal ou Transverso Frontal Translação : Movimento no qual todas as partes de um corpo têm velocidade e direção simultânea (Protrusão) Movimentos funcionais da mandíbula: União entre Rotação e Translação ROTAÇÃO NO PLANO SAGITAL Eixo Latero-lateral Ocorre no movimento de abertura bucal; É chamado de movimento de dobradiça é o único movimento de rotação “puro” que acontece na ATM; Ocorre na cavidade inferior da articulação. ROTAÇÃO NO PLANO HORIZONTAL OU TRANSVERSO Eixo vertical Côndilo se move anteriormente e para fora com o côndilo oposto funcionando como eixo Movimento de translação associado ao movimento de rotação Não ocorre de maneira isolada ROTAÇÃO NO PLANO FRONTAL Eixo antero-posterior Côndilo move-se inferiormente enquanto o outro permanece funcionando como eixo Movimento não ocorre isoladamente 03 - MOVIMENTOS FUNCIONAIS DA CABEÇA E CERVICAL COM REPERCUSSÃO NA ATM Oclusão Ação de fechar ou estado de estar fechado.(Dorland´s Medical Dictionary) Relação dos dentes maxilares e mandibulares quando estão em contato funcional durante a atividade mandibular. Oclusão cêntrica x relação cêntrica Oclusão cêntrica = máxima intercuspidação habitual. Relação cêntrica = posição da mandíbula quando os côndilos estão numa posição ortopedicamente estável (posição mais ântero-superior)com discos articulares corretamente interpostos. Posição reprodutível. Ponto de partida dos movimentos mandibulares. Má-oclusão ou maloclusão Relação inadequada dos contatos dentários durante a função. � Ortodontia A Ortodontia é o ramo da Odontologia relacionado com o estado das anomalias faciais. Vem de orthos do grupo que significa reto e odontos que significa dentes. Tentativas de correção dentária datam de 1000 a.C Histórico Oclusão Hipócrates foi um dos primeiros a comentar a deformidade craniofacial: “Aqueles indivíduos com cabeças alongadas, abóbada palatina bem arqueada, dentes irregularmente posicionados, apinhando-se uns sobre os outros, e eles são incomodados por dores de cabeça e otórreia.” Em 1890, Edward A. Angle, foi responsável por parte do desenvolvimento de um conceito de oclusão da dentição natural. Ele subdividiu os principais tipos de maloclusão e incluiu a primeira definição clara e simples da oclusão normal na dentição natural. Angle, então, descreveu três tipos de maloclusão, baseado na relação oclusal dos primeiros molares: Classificação de Maloclusão de Angle Classe 1 – A cúspide mesio-vestibular do primeiro molar inferior oclui na área do nicho entre o segundo pré-molar superior e o primeiro molar Classe 2 - O molar inferior está posicionado distalmente em relação ao molar superior. Classe 3 - O molar inferior está posicionado mesialmente em relação ao molar superior. Relação Postural de Bricot com a Classe de maloclusão de Angle Classe I Bricot descreveu a associação da postura com as classes de Angle e os tipos faciais; Relação normal das curvaturas para a classe I � Classe II Anteriorização da cabeça e retificação da cervical; Ombros enrolados � Classe III Posteriorização da cabeça e retificação ou hiperlordose da cervical; � Traçado de Rocabado (1984) Analisa-se dentre outros os seguintes fatores na cefalometria: 1. Crânio-Vertebral: corresponde ao ângulo formado pela distância da espinha nasal posterior com a base do crânio (Plano de McGregor), e o ápice do processo odontóide com a vértebra C2 (Plano Odontóide). Normal = 101º + 5 (96 - 106º). 2. Espaço C0-C1: Espaço Funcional C1: corresponde à distância da base do crânio com a vértebra Atlas. Espaço Funcional C0-C1 = 6,5 mm + 2,5 (4 - 9 mm). 3. Espaço C1-C2: Espaço Funcional C2: corresponde à distância do ponto inferior da vértebra Atlas ao ponto superior da vértebra Axis. Espaço Funcional C1-C2 = 6,5 mm + 2,5 (4 - 9 mm). 4. Triângulo Hióide: corresponde à distância do ponto H (ponto mais posterior do hióide) com ponto D (centro do Mento) e o ponto mais inferior da vértebra C3. 5. Curvatura Cervical: Corresponde a distância entre os corpos vertebrais à linha traçada posteriormente ao corpo vertebral de C2 à C7 (ROCABADO, 1984). Ângulo craniovertebral: Diminuição do ângulo = rotação posterior do crânio = anteriorização da cabeça Aumento do ângulo = rotação anterior da cabeça = posteriorização da cabeça A posição de C2 determina o ângulo craniovertebral e o ângulo craniovertebral determina a curvatura cervical. Diminuição do ângulo craniovertebral = rot. post. do crânio = anteriorização da cabeça = RETIFICAÇÃO DA LORDOSE CERVICAL. Aumento do ângulo craniovertebral = rot. ant. do crânio = posteriorização da cabeça = HIPERLORDOSE CERVICAL. � 04 - TRAUMATOLOGIA DE FACE - ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA Etiologia: Agressão interpessoal, acidente de trânsito, Acidentes no esporte e quedas Emergência no Atendimento Traumas de face - advém da necessidade: Controle das hemorragias e condições hemodinâmicas Prevenção e controle de infecções Restabelecimento da permeabilidade das vias aéreas (da respiração e oxigenação) devido ao risco de asfixias. Traumas buco-maxilo-faciais apresentam urgência relativa. Tratamento Geral das Fraturas Faciais Objetivos: Rápida reparação óssea Retorno a função ocular e nasal Recuperação da amplitude de abertura da boca e da função mastigatória Recuperação da fala Resultado estético facial e dental aceitável Princípios Cirúrgicos Básicos Redução da Fratura (reposição do segmentos ósseos em suas corretas posições anatômicas) Redução fechada (Não envolvem abertura direta, a exposição e a manipulação da área fraturada) Redução aberta (Exposição direta e redução da fratura através de incisão cirúrgica) Princípios Cirúrgicos Básicos A fixação e contenção dos segmentos ósseos � Fonte: Peterson, 2000 Imobilização dos segmentos no local da fraturas Barras de Erich Fixação maxilomandibular � Fonte: Peterson, 2000 Tipos de Fraturas Faciais – Maior incidência fratura de mandíbula Le Fort 1 – Separação da maxila do resto do crânio Le Fort 2 – Separação da maxila, nasal do resto do crânio Le Fort 3 – Disjunçãocraniofacial, separação do terço inferior da face do resto do crânio. � � Fonte: Peterson, 2000 O que é Cirurgia Ortognática? É a subespecialidade da Cirurgia Maxilofacial que tem por objetivo a reestruturação do esqueleto facial, corrigindo-lhe as deformidades e posicionando-o harmoniosamente em relação à base do crânio, de tal modo que os dentes possam relacionar-se em perfeita intercuspidação (oclusão). Crescimento desordenado dos ossos da face; Posicionamento incorreto dos dentes; Trauma de face, Ocasionando alterações na mastigação, respiração e fala. Complicações Associadas Problemas funcionais e insatisfação pessoal; Mal oclusão; Modificação do espaço anatômico da cavidade oral e um posicionamento errôneo da língua; DTM e Dores cervicais; Perdas dentárias. Relações Ósseas - Classificação Resumida Micrognatismo A mandíbula pequena em relação a maxila; Transtorno facial relacionado com ronco noturno. Deformidade é conhecida como Classe II, de Angle. Prognatismo A mandíbula é maior do que a maxila. Esta deformidade é conhecida como Classe III, de Angle � � Fissuras Labiais Trata-se de uma abertura na região do lábio e/ou palato, ocasionada pelo não fechamento destas estruturas, que ocorre entre a 4ª e a 12ª semana de gestação. As fissuras podem ser unilaterais ou bilaterais e variam desde formas mais leves como cicatriz labial ou úvula bífida até formas mais graves como as fissuras completas de lábio e palato. Por vezes, podem ocorrer fissuras atípicas que envolvem outras áreas além do lábio superior e palato, como a região oral, nasal, ocular e craniana. O tratamento é complexo e primeiras cirurgias são feitas, normalmente, quando a criança tem poucos meses de vida, de acordo com a gravidade do caso e a seqüência das etapas terapêuticas. O tratamento só termina quando o paciente está próximo de alcançar a maioridade. Fonte: Peterson, 2000 05 - DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM) Terminologia Síndrome de Costen, 1934; Desordens Craniomandibulares – DCM, 1980; Síndrome Dor-disfunção Miofacial – DDM; Enfim... Disfunção Temporomandibular - DTM. Epidemiologia É o estudo da distribuição, determinante e história natural da doença nas populações. Lilienfeld & Lilienfeld, 1980 É o estudo dos fatores que determinam e influenciam a freqüência e distribuição da doença, seus eventos relacionados e causas, em uma população definida, com o objetivo de criar programas preventivos e de controle do seu desenvolvimento e alastramento. Dorland’s Medical Dictionary Sinais e sintomas de DTM em diferentes populações De acordo com os estudos, sinais e sintomas são em geral comuns nas populações estudadas. Será que quase 50% das pessoas têm algum tipo de DTM? Considerações • A maioria dos sinais reportados em estudos são sub-clínicos e não justificam a necessidade de tratamento; • Em geral, menos que 10% dos indivíduos com sintomas procuram tratamento; • Apenas 5% da população apresentam problemas considerados severos; • Apesar de existirem sinais e sintomas em populações mais jovens, essas dificilmente se queixam ou procuram tratamento. Epidemiologia Incidência em jovens que em crianças; Alguns sinais e sintomas tendem a diminuir com a idade; Incidência em mulheres. O que é DTM? É uma síndrome que engloba as condições dolorosas agudas e crônicas decorrentes da ATM, dos músculos mastigatórios e das estruturas associadas. Teorias que estabelecem os fatores etiológicos de DTM Desenvolvimento dos conceitos de etiologia: Introdução > Síndrome de Costen (1934) - Teoria do deslocamento mecânico - Teoria neuromuscular - Teoria muscular - Teoria psicofisiológica - Teoria psicológica Modelo Multifatorial - (final de 1970 / início de 1980) � (STEENKS, WIJER, 1996; ASH, RANFJORD e SCHMDSEDER, 1998; OKESON, 2000) Existe uma grande variação de possíveis etiologias para pacientes diagnosticados igualmente e com os mesmos sintomas. Sintomas subjetivos (dor) ou objetivos (desvios funcionais) nem sempre são resultados de uma desordem específica, nem podem refletir um estágio na evolução da desordem. Wheele & Dibbets, 1986. Modelo Multifatorial Segundo Okeson (2008), uma fórmula simplificada pode ser utilizada para compreender o surgimento de sintomas de DTM. � Eventos Locais Condição Oclusal (instabilidade ortopédica) - Hiperatividade muscular Trauma - Macrotrauma - Microtrauma Estresse Emocional Estímulo de Dor Profunda Atividades Parafuncionais - Apertamento diurno - Bruxismo (overuse) Eventos Sistêmicos Artrite Reumatóide Fibrimilagia Sinais e Sintomas da DTM Artromialgia facial (dor aguda e/ou crônica) Dor muscular à palpação do aparelho mastigatório. Cefaléias e Otalgias. Dor a palpação da ATM. Ruídos articulares Distúrbios nos movimentos mandibulares Limitação no movimento mandibular. Desvio mandibular (assimetria do movimento). Fraqueza ou hiperatividade da musculatura Alterações oclusais Tensão emocional. (STEENKS, WIJER, 1996; ASH, RANFJORD e SCHMDSEDER, 1998; OKESON, 2000; SIQUEIRA, TEIXEIRA, 2001) Dor muscular e co-contração protetora � Fonte: Okeson, 2008. Cefaléias Relacionado principalmente ao temporal. Também pode estar relacionadas a posturas inadequadas da vida diária e problemas cervicais. � Ruídos Articulares Presente em mais de 70% dos indivíduos. Um dos primeiros sinais a aparecer. Ruído seco / choque rápido das superfícies articulares. Pode ser uni ou bilateral, com ou sem dor. Estalidos Pode ocorrer concomitante com outros sinais e sintomas ou alteração isolada. Ocorre quando há um deslocamento discal com redução. Travamento = deslocamento anterior do disco que limita a translação condilar (Bloqueio). Desvio Mandibular Pode ocorrer em todos os movimentos. Pode ser provocados por: Alterações patológicas (inflamação articular) Hipertonicidade de um grupo muscular. Crepitação Som áspero, típico de superfícies rugosas em contato (osso batendo em osso). Relacionada com a baixa resistência orgânica dos tecidos intra-articulares (degeneração). Pode indicar uma perfuração do disco ou ligamento posterior. Otalgias Mesma inervação e proximidades das estruturas. Qualquer processo inflamatório em uma pode afetar a outra. Hábitos Parafuncionais: Hipertonia do lado afetado. Diminuição da coordenação muscular. Hiperatividade Muscular Hábitos Parafuncionais: Alterações posturais de cabeça e pescoço, Bruxismo e apertamento, Hábitos como mascar objetos. Principais conseqüência do “Overuse” Desgaste dental excessivo. Dores musculares craniofaciais. Maloclusão severa. Alterações Degenerativas. Desarranjo do disco articular. Bruxismo: Hábito extremamente destrutivo, inconsciente. Consiste em: Ranger os dentes durante a noite. Apertamento dental durante o dia. Está Associado ao Stress físico e mental. Prolongadas contrações isométricas: Fadiga e dor. Altera o mecanismo de lubrificação: alterações da ATM. Postura Inadequada: Íntima relação cervical-ATM-dentes. A Alteração de uma pode levar a disfunção da outra. Leva à fadiga muscular e aparecimento de Trigger points. Bom Trabalho! Referências: Okeson, J.P. Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão. Elsevier. 6a ed. 2008, São Paulo. Sosa, G. E. Diagnóstico e Prevenção das Disfunções Temporomandibulares. Editora Santos: 2008, São Paulo. Carlsson, G.E. Tratamento das Disfunções Temporomandibulares na Clínica Odontológica. Quintessence Editora Ltda: 2006, São Paulo. Alencar Jr, F.G Oclusão, dores Orofaciais e Cefaléia. Editora Santos: 2005, São Paulo. Isberg, A. Disfunçãoda Articulação Temporomandibular, um guia para o clínico. Artes Médicas. 2ª ed. 2005, São Paulo. Dingman, R.O. Cirurgia das Fraturas Faciais. Editora Santos. 3ª ed. 2001, São Paulo. Paiva, H.J. Noções e conceitos básicos em Oclusão, Disfunção Temporomandibular e Oclusão. Editora Santos: 2008, São Paulo. Dawson, P.E. Oclusão Funcional. Da ATM ao desenho do sorriso. Editora Santos: 2008, São Paulo. Leareta, J.A Compendio de diagnostico das Patologias da ATM. Artes Medicas: 2004, São Paulo. Tucker, P.E.H. Cirurgia Oral e MaxiloFacial Contemporânea. Guanabara Koogan: 3ª ed. 2000. Rio de Janeiro. Souchard, Philippe-Emmanuel. Reeducação postural global : método do campo fechado. Icone. 4a ed. 2001, São Paulo. Starkey, Chad / Fragoso, Cintia. Recursos terapêuticos em fisioterapia. Manole. 2a ed. 2001, São Paulo. Steenks, M. H / Wijer, A. de. Disfunções da articulação temporomandibular do ponto de vista da fisioterapia e da odontologia : diagnostico e tratamento. Editora Santos. 1a ed. 1996, São Paulo. Tanaka, Clarice / Farah, Estela Adriana. Anatomia funcional das cadeias musculares. Icone. 1997, São Paulo. � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� parafunção stress sobrecarga patologia articular FATORES ANATÔMICOS FATORES PSICOLÓGICOS Fatores neuromusculares EVENTO FUNÇÃO NORMAL TOLERÂNCIA FISIOLÓGICA SINTOMAS DE DTM + > �PAGE � �PAGE �1� _1287671619/2�� _1287672440/"@�
Compartilhar