DEGENERAÇÃO - PARTE 1

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PATOLOGIA GERAL 
Prof.a Rosa Maria Esteves Arantes 
Bloco c3 251 
Departamento de Patologia Geral 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE 
PATOLOGIA 
 
 
http://library.med.utah.edu 
Organismo 
 
 
Sistemas 
 
 
Órgãos 
 
 
Tecidos 
 
 
Células 
 
Martini (1989) 
DOENÇA 
Causa 
 
Mecanismo de ação 
 
Produzem alterações morfológica/moleculares nos 
tecidos 
 
Resultam em alterações funcionais 
 
Produzindo sintomas 
Ciências básicas 
 
Prática clínica 
Explicar causas e 
motivos dos sinais e 
sintomas 
? Técnicas: 
Moleculares, 
Microbiológicas, 
Imunológicas e morfológicas 
PATOLOGIA 
• A ciência que estuda (gr. "logos") as doenças 
sofrimento (gr. "pathos") 
 
Patologia Geral 
Patologia Especial 
 
= estuda as causas das doenças, os mecanismos que as 
produzem, as características macro e microscópicas e as 
conseqüências destas sobre o organismo. 
 
• Patologista estuda as lesões associadas às doenças 
– Bases estruturais das doenças 
 
Compreensão dos mecanismos de formação das doenças é a 
base para a boa prática clínica, potenciando diagnósticos e 
indicando terapêuticas. 
 
A patologia pode ser subclassificada em: 
 
 
1. Etiologia - Parte da patologia que estuda as causas das lesões; 
Agentes 
 
2. Patogenia - Parte da patologia estuda o mecanismo de 
formação das lesões – MECANISMOS PATOGENÉTICOS 
 
3. Morfopatologia - que se subdivide em : 
Anatomia Patológica - Parte da patologia que estuda as 
características macroscópicas das lesões;· Histopatologia - 
Parte da patologia que estuda as características 
microscópicas das lesões. 
 
4. Fisiopatologia - Parte da patologia que se dedica ao estudo 
das alterações da função de órgãos lesados. 
Causas das lesões celulares 
• Redução de oxigênio: 
• Agentes físicos: 
• Agentes químicos e drogas: 
• Agentes infecciosos: 
• Reações Imunológicas: 
• Distúrbios genéticos: 
• Desequilíbrios nutricionais: 
Isquemia #Hipóxia 
Trauma mecânico,Temperaturas  P.A., 
radiação, choque 
Glicose/sal , venenos, 
CO, alcool, narcóticos 
Vírus, bactérias, protozoários, 
fungos, etc. 
Auto-imune 
Anormalidades cromossomicas, 
falta de enzimas, etc. 
Deficiências protéico-
calóricas, de vitaminas ou 
excessos 
A capacidade de entender a doença depende do nível 
de resolução no qual as informações são captadas. 
Comprometimento 
causado pela 
agressão: 
molecular celular e 
subcelular 
tissular e 
celular 
orgânico e 
tissular 
sistêmico e 
orgânico 
Nível de resolução Bioquímico Ultraestrutural
 
Histopatológico Anátomo 
Patológico 
Clínico 
Constatação por Técnicas 
moleculares 
Microscopia 
Eletrônica 
Microscopia 
óptica 
Olho nú Sintomas 
Agressão 
• Lesões celulares 
•Alterações do interstício 
•Distúrbios da circulação 
• Inflamação 
 
 
 
O alvo dos agentes agressores são as 
moléculas 
 
Sistemas celulares mais vulneráveis à 
agressões: 
 
Membrana celular Alt. na permeabilidade de membrana e na 
pressão osmótica 
Respiração aeróbica ATP e pH, Ca
+2
, ativação de enzimas líticas 
Síntese de ezimas e proteínas  metabolismo,  potencial de adaptação 
Integridade genética Síntese de RNA, enzimas e proteínas 
Mecanismos bioquímicos gerais 
• Defeitos da permeabilidade da membrana 
• Defeito na mitocôndria -Depleção de ATP 
• Radicais livres 
• Ca2+ intracelular e perda de sua 
homeostase 
• Agressão ao DNA 
 
• Uma das manifestações 
das alterações 
metabólicas nas células 
é o acúmulo 
intracelular de 
quantidades anormais 
de várias substâncais 
DEGENERAÇÕES 
 Composição química da célula: 
 
• Água 
• Eletrólitos 
• Proteínas 
• Lípides 
• Carboidratos 
 Agressão  metabolismo celular - passa a acumular 
seus próprios componentes 
 degenerações são classificadas de acordo com a 
natureza da substancia. acumulada. 
Degenerações : 
 Para Rudolph Virchow (1898): 
• processo patológico caracterizado por modificações da 
morfologia da célula, com diminuição de funções. 
 Injúria celular reversível 
• Sinonímia: Degeneração e infiltração; 
 
• Conceito: 
Lesões reversíveis decorrentes de alterações bioquímicas que 
resultam no acúmulo de substâncias no interior das células. 
 
 
DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA: 
 Acúmulo intracelular de água e eletrólitos, em 
conseqüência de desequilíbrios no controle do 
gradiente osmótico, derivados de defeitos na 
membrana plasmatica e nos mecanismos de 
absorção e eliminação de água e eletrólitos 
intracelulares. 
Causas: 
 
• Hipóxia, inibidores da cadeia respiratória (tiroxina), lesam a 
membrana mitocôndrial, = ATP 
• infecções bacterianas e virais, 
• intoxicações endógenas (uremia) e exógenas (agrotóxicos, 
medicamentos) - inibem a ATPase de Na e K, 
• radicais livres (peroxidação de fosfolipídios), 
• Sistema do complemento 
• Agentes físicos (calor e/ou frio), 
 
 Retenção de Na, redução de K, pressão osmotica intracelular. 
 
 
Diminuição do funcionamento das bombas eletrolíticas 
 Equilíbrio hidroeletrolítico 
 
Mecanismos: 
Redução 
de O2 
Redução da 
respiração 
mitocondrial Redução da 
síntese de ATP 
Lesão da Membrana mitocondrial, inibição 
da cadeia respiratória, agentes tóxicos. 
Agressão à Membrana 
Plasmática 
Redução 
de energia 
Danos na ATPase 
AGENTE LESIVO 
ATP- TRANSPORTE 
PELA MEMBRANA; 
SÍNTESE PROTEICA, 
LIPOGÊNSE, 
INFLUXO DE CALCIO 
Defeitos na permeabilidade da 
membrana 
Desequilíbrio osmótico, perda de proteínas, 
enzimas, ácidos nucleicos, ATP 
Formação de um canal na 
membrana da mitocôndria, 
perda de prótons  respiração 
celular, 
liberação de citocromo c – 
apoptose, 
perda do potencial de 
membrana, - ATP,influxo de 
cálcio 
 
• -> A diminuição da Respiração aeróbica = 
aumenta a respiração anaeróbica, aumenta os 
lactatos e diminui o pH (gerando acidofilia 
citoplasmática com perda dos grânulos da 
matriz, condensação da cromatina nuclear). 
 
 
 
 
Redução 
de O2 
Fluxo intracelular de Cálcio 
• estoques extracelulares 
(citosol <0.1 umol 
extracelular 1.3 mmol.) 
• mitocondria e RE 
• Ativação enzimática 
 
Características macroscópicas: 
 
• Aumento de volume e peso da víscera 
(tumefação, cápsula tensa, consistência 
pastosa, superfície de corte proeminente), 
com palidez (compressão vascular pelas 
células tumefeitas) e/ou coloração 
acinzentada clara (lembrando o aspecto de 
"cozido"). 
Normal Degeneração hidrópica 
Características microscópicas: 
• No exame de rotina: degeneração hidrópica vacuolar ou 
tumefaçao turva, ou edema intracelular 
 
• Aumento do volume celular, com alteração da proporção 
citoplasma/núcleo e vacuolização citoplasmática que 
aumenta de volume, freqüência e intensidade de acordo 
com o estágio da lesão. 
 
• Os vacúolos (organelas distendidas ou rompidas) são 
pequenos ou a água se encontra compartimentalizada e, 
pode ocasionar ruptura celular