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RESUMO COMEX II 1ª Prova

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RESUMO COMEX II – 1ª Prova 
O Brasil que exporta 
- alimentos, principais elementos de exportação 
- Embraer – de 10 aviões produzidos, 9 são exportados 
 - sucesso: confiabilidade e credibilidade da produção 
- Exportação de alta tecnologia é boa para o país, geram empregos com salários maiores, pois 
exigem maior qualificação 
Efeitos da má gestão pública no comércio exterior 
ferrovias e portos 
- 20% do preço do produto é o preço do transporte 
- maneira mais barata e eficiente de se exportar: ferrovia 
- obras ferroviárias do brasil são superfaturadas e mal feitas, ou seja, gastos extraordinários a toa, 
pois não podem ser usadas. 
- Não há pátios de manobra, ou seja, lugares de carregamento e descarregamento, além de não 
haver lugar para cruzamento de trens 
- Brasil precisa fazer obras bem feitas para se desenvolver 
- prejuízo é contabilizado pelos distritos industriais 
- transporte = 30% dos custos da empresa 
- obras sem projeto executivo, falta de planejamento 
- desorganização - porta aberta para a corrupção 
- Ferrovias evitariam engarrafamentos de caminhões nos portos 
- atrasos no transporte causam prejuízo aos produtores 
- Brasil fica em ultimo lugar dos BRICS no quesito transportes 
- Brasil não tem condições de respeitar prazos definidos 
- Navios tem que ficar esperando nos portos gerando muitos custos 
- a infraestrutura do porto de santos não permite carga plena 
- Se as ferrovias funcionassem, os cofres públicos ganhariam dinheiro 
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Beatriz Sartori Bernabé
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Importância da Exportação e Importação: Brasil 
Não existem reduções das desigualdades e da miséria e desenvolvimento econômico e social do 
nosso País sem comércio exterior. A economia brasileira é hoje globalizada, em que as exportações 
de bens e serviços são determinantes dentro de nossas estratégias. Portanto, todo o desenvolvimento 
de nossa economia passa pelo setor externo”. 
A discussão sobre as políticas de comercio exterior no Brasil tem como referencial a questão do 
desenvolvimento econômico. 
Brasil conheceu, desde o pós-Guerra, considerável alternância entre períodos de maior ou menor 
crescimento, não sendo a expansão da economia necessariamente concomitante com a do comércio 
exterior. Estes períodos foram intercalados por crises (cambiais e financeiras) e desequilíbrios 
macroeconômicos. 
Foi o País do milagre à estagnação, antes da abertura comercial na década de noventa. Desde então, 
tem procurado consolidar a estabilização econômica e fundamentar um crescimento sustentado. 
O desenvolvimento econômico do Brasil esteve desde sempre relacionado às políticas de comércio 
exterior, refletindo o elevado grau de dependência do país em face dos mercados exteriores. Se por 
um lado isso poderá indicar uma forte tendência à assimilação, pelo Brasil, do fenômeno da 
globalização, não deixa de alertar muitos defensores de políticas desenvolvimentistas para os riscos 
das aberturas amplas de mercado, sobretudo quando não existe o controle da comercialização. 
1930-1964: acentuado sentido de introversão. Política voltada para a restrição de importação. 
Política cambial inadequada e desestimulante. Fortalecimento dos controles administrativos 
1965-1973: a partir de 77 houve estratégia de exportação e crescimento do PIB. criação de 
incentivos fiscais à exportação e liberação de importações. 
1974-1975: desacelaração do crescimento, crise internacional. política restritiva das importações, 
manutenção e ampliação dos incentivos à exportação 
1976-1992: significativo crescimento das exportações, contratação e posterior expansão das 
importações. 
1993-2000: abertura comercial, crescimento das importações e das exportações de produtos 
manufaturados 
2001-2005: ritmo acelerado das exportações e diminuição das importações, com ajustes de 
mercados, superávit comercial e envolvimento acentuado da logística, problemas de infraestrutura 
operacional 
2005-2007: consolidação de investimentos brasileiros no exterior e preocupação em atrair 
investimento. 
após 2008: introdução das políticas de desenvolvimento produtivo com foco na redução de 
dependência externa, descentralização da produção e investimentos em tecnologia, visando as MPE. 
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Nos últimos anos assiste-se ao desmantelamento de várias empresas brasileiras que passaram a 
integrar grupos internacionais. Outras começaram a investir no exterior, como as grandes empresas 
de obras públicas e construção civil, as siderúrgicas, os frigoríficos e mesmo as empresas 
aeronáuticas, entre outras, pressupondo o início de mudança na atitude. Internamente, a atração ao 
investimento estrangeiro está dando frutos, com fortes investimentos em vários setores da nossa 
atividade econômica. No entanto, os números não demonstram avanços significativos no quinto 
maior país do mundo. É necessário que as políticas de desenvolvi- mento, que tardiamente 
chegaram, possam agora ser aproveitadas pelos empresários e alavanquem de forma sustentável o 
crescimento e a pene- tração das empresas brasileiras nos mercados internacionais. 
Ao abrir-se para o exterior, a empresa desenvolve nova cultura e aprimora seus métodos 
administrativos e organizacionais. A diversificação de mercados conduzirá ao aperfeiçoamento da 
estratégia mercadológica, à assimilação de novas técnicas de produção e de comercialização e à 
utilização de planos de marketing mais sofisticados. Maior competitividade da empresa tanto no 
plano interno quanto internacional.Um aumento de exportações induz um aumento de emprego. O 
efeito positivo da exportação total atinge mais intensamente o emprego dos trabalhadores 
qualificados. 
A história da economia brasileira foi sempre influenciada pelas tendências e políticas do comércio 
internacional. Os sucessivos ciclos de booms exportadores em commodities tais como açúcar, ouro e 
diamantes, borracha e café jogaram os papéis principais no desenvolvimento do Brasil no período 
anterior à 2a Grande Guerra. Em 1930 o colapso dos preços do café assinalou uma inversão e 
ocasionou uma industrialização nascente nas décadas seguintes. O desenvolvimento industrial foi 
impulsionado deliberadamente por políticas restritivas (protecionistas), tornando o Brasil uma 
economia relativamente fechada em meados dos anos 1960. 
Somente no começo dos anos 1990 o Brasil conseguiu uma significante liberalização das suas 
políticas comerciais, e mesmo assim as reformas introduzidas foram modestas quando comparadas 
com as dos demais países da América latina. 
Nos últimos anos o comércio exterior brasileiro tem crescido a taxas muito elevadas, 
acompanhando o aumento verificado nas transações internacionais de produtos em âmbito mundial. 
Todavia, a matriz exportadora brasileira apresenta baixa porcentagem de produtos manufaturados, 
quando comparada a outras de países emergentes. 
Entre os aspectos que têm dificultado uma inflexão do tipo de produtos exportados estão: a 
excessiva concentração das exportações brasileiras em grandes empresas de trading, os obstáculos 
que as pequenas e médias empresas encontram nos seus processos de internacionalizaçãoe, 
sobretudo, a cultura demasiado etnocêntrica da maioria dos empresários brasileiros. a Política de 
desenvolvimento Produtivo apresentada em 2008 poderá inflectir a tendência até agora verificada e 
levar o Brasil a aumentar sua cota no comércio internacional. 
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É inquestionável a importância do comércio internacional no desenvolvimento das nações. a 
crescente integração dos países por meio de acordos bi ou multilaterais e da constituição de blocos 
econômicos tem impulsionado o aumento dos fluxos comerciais entre eles, o que por sua vez 
proporciona aumento de emprego e bem-estar às populações. a riqueza de um país deve ser medida 
não somente em função de seus recursos tangíveis (naturais e de capital) e humanos (mão-de-obra), 
mas principalmente da forma como são aproveitados e traduzidos em desenvolvimento para suas 
populações. 
Apesar das integrações e da liberalização progressiva do comércio internacional, muitos países 
ainda adotam políticas protecionistas motivadas pelas assimetrias do desenvolvimento verificadas 
em alguns setores de atividade, que podem afetar o emprego ou mesmo a sobrevivência de certas 
atividades econômicas. 
Também para que se possam levar a cabo as operações de com- pra e venda de produtos e serviços 
em mercados internacionais, torna-se necessário regulamentar as transações financeiras entre países, 
em regra com moedas distintas. as finanças internacionais em geral e o estudo dos sistemas 
monetários internacionais levam à compreensão do processo de transferências internacionais de 
divisas e dos sistemas cambiais. 
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O comércio exterior brasileiro tem crescido na década de 2000 a taxas muito elevadas; no entanto, 
essa taxa de crescimento não tem sido acompanhada pelo aumento de empresas que participam nas 
operações de importação e exportação. muitas empresas se queixam de que o grande obstáculo às 
suas operações no comércio internacional é a burocracia existente, e no cerne dessa burocracia as 
alfândegas são apontadas como o grande obstáculo às exportações e importações. No entanto, não é 
possível trilhar o caminho do desenvolvimento em qualquer país sem aumento de fluxos do 
comércio exterior. 
Os aspectos administrativos utilizados pelas alfândegas brasileiras têm evoluído significativamente, 
a ponto de internacionalmente o Sistema integrado de Comércio exterior (Siscomex) ser 
considerado um dos mais evoluídos. a realidade do comércio exterior brasileiro é bem diferente, 
pois os empresários encontram muitas dificuldades nos procedimentos aduaneiros, nas importações 
e também nas exportações. Quando se analisa comparativa- mente o comércio internacional, o 
Brasil aparece em posições secundárias quase sempre apoiadas no elevado custo com que 
importadores e exportadores arcam pelos processos administrativos e tributários aplicados às suas 
mercadorias. Uma das formas que as empresas têm para contornar essa situação pode ser a 
contratação de profissionais qualificados com visão sistêmica de todo o processo, e não a entrega a 
empresas do controle total dos procedimentos aduaneiros. 
para o entendimento dos procedimentos aduaneiros é essencial entender os principais conceitos que 
enquadram os procedimentos administrativos do comércio exterior; nesse contexto, as noções de 
território aduaneiro, de despacho aduaneiro e de terminais alfandegados são fundamentais. outro 
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aspecto importante é o conhecimento da legislação e das regras que regem os procedi- mentos e, 
nesse caso específico, do regulamento aduaneiro cria- do pelo Decreto n. 6.759, de 5/2/2009. 
O Estado na ordem internacional e o caso da OMC 
Governança compartilhada 
- proteção dos mercados nacionais 
- tirar proveito da abertura de mercados 
Organizações internacionais 
Surgiu da transformação na sociedade internacional clássica. Os problemas globais passaram a ser 
resolvidos por soluções multilaterais. As OI’s são pessoas jurídicas de direito internacional, e têm 
seu ato constitutivo em um tratado. Normalmente a estrutura se dá por Assembleia Geral ou 
conselho ministerial, Secretário Geral, Órgãos específicos, órgãos de solução de controvérsias. Os 
membros podem ser permanentes, temporários ou observadores. 
As OI’s possuem autonomia jurídica, capacidade e poder de agir para o fim que foram criadas, ou 
seja, celebrar tratados, envia e receber representantes diplomáticos e chefes de Estado e promover e 
participar de conferencias internacionais. 
Conferencias internacionais Ad Hoc – soluções multilaterais 
Essas conferencias tem um alcance restrito, pois a cada novo problema deve ser convocada uma 
nova conferencia. Essas serviam como fóruns de negociações de interesses nacionais para serem 
ambiente para resolução de conflitos globais. 
Há também a inexistência de regulamentações que exijam o cumprimento das obrigações e 
responsabilidades assumidas. Há assim, prevalência das vontades e determinações dos países 
patrocinadores das conferencias. A regra usada para a tomada de decisão é a da unanimidade, e é 
ligada aos aspectos diplomáticos (políticos) em detrimento dos jurídicos. 
Sociedade Internacional 
Existência de conferências internacionais periódicas e estabelecimento de estruturas institucionais 
internacionais permanentes. 
Com a 2ª GM, houve ampliação da cooperação internacional, criação de uma colaboração 
duradoura entre os Estados e confirmação do principio da especialidade das OI’s. 
OMC 
Etapa provisional: Conferência de Bretton Woods, Rodada de Genebra, Rodada de Annecy e 
Rodada de Torquay. 
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Etapa de desenvolvimento: Rodada de Genebra, Rodada de Dilon, Rodada de Kennedy 
Etapa de maturidade: rodada de tóquio. Nessa rodada houve acordos parciais e plurilaterais: 
subsídios e medidas compensatórias, barreiras técnicas ao comercio, direitos antidumping e 
comercio de aeronaves civis. 
Etapa de reconstrução: Rodada do Uruguai. 
A conferencia de Bretton Woods resultou no GATT 1947, a Organização Internacional do Comércio 
não frutificou. já o acordo de Marraqueche é o acordo constitutivo da OMC, que entrou em vigor 
em 1995. 
Os objetivos da OMC são: elevação dos níveis de vida, pleno emprego, aumento da produção e do 
comercio de bens e serviços, utilização ótima dos recursos mundiais em conformidade com o 
objetivo de um desenvolvimento sustentável, proteger e preservar o meio ambiente e incrementar os 
meios para faze-lo, de maneira compatível com suas respectivas necessidades e interesses segundo 
os diferentes níveis de desenvolvimento econômico, administrar e implementar os Acordos da 
OMC, atuar como fórum para negociações comerciais, administrar o sistema de solução de 
controvérsias, supervisionar e monitorar as políticas comerciais e cooperar com outras OI’s. 
Quanto ao TRIPS, os Membros assumiram o compromisso de estender aos direitos de propriedade 
intelectual estrangeiros a proteção que já concediam aos direitos nacionais, ademais, Foram 
definidos níveis mínimos de proteção para cada direito de propriedade intelectual. Por exemplo, no 
acordo consta que as patentes serão protegidas por, pelos menos, 20 anos a contar da data do 
depósito 
As salvaguardas são medidas de emergência em razão de importações que atuam em condiçõesde 
livre concorrência; o prejuízo é decorrente e conseqüência da imaturidade ou deficiências 
estruturais do mercado doméstico. 
Os direitos de dumping e medidas compensatórias têm por objetivo combater e anular praticas 
abusivas e prejudiciais ao comercio. 
Quanto a estrutura institucional, a OMC é composta por: 
- Conferências Ministeriais: mais alto nível de processo de tomada de decisão da OMC. Defini-se 
os temas das rodadas de negociações 
- Conselho Geral: órgão permanente composto pelos embaixadores de todos países 
- OSC – sistema de resolução de litígios. 
- Órgão de Revisão de Política Comercial (Controle das políticas comerciais – estabelece um 
cronograma anual de entrega de relatórios periódicos dos Membros da OMC: objetivo – verificar 
a consistência das políticas econômicas dos países. 
- GATT, GATS e TRIPS 
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- Comitês e grupos de trabalho que tratam de diversos temas 
Na Prática, o GATT é o órgão capaz de apreciar e aplicar as normas atinentes ao Comércio 
internacional da OMC. É capaz de observar três exigências: aplicar a lei, por fim ao litígio e emitir 
decisões obrigatórias. 
OSC 
O OSC tem natureza jurisdicional – natureza jurídica das decisões e implementação das decisões. 
Sua natureza jurídica é marcada pela a multiplicação e o reforço das normas substanciais expressas 
nos acordos constitutivos da OMC, caracteriza-se também pela evolução dos mecanismos de 
monitoramento e implementação das normas presentes nos acordos constitutivos. 
Um órgão jurisdicional internacional deve apresentar 3 elementos: primeiro estrutural, que diz 
respeito à composição do órgão; um critério formal , ou seja, está submetido a procedimentos e 
princípios amparados pelo direito internacional; um critério material que obriga o órgão a 
interpretar e a aplicar o direito internacional. 
Os membros têm se inserido no processo, mesmo que lento, de adaptação das legislações internas a 
obrigações assumidas no âmbito da OMC. A juridicialização do OSC tem cada vez mais contribuído 
para essa efetivação da aplicação das obrigações da OMC nos ordenamentos internos dos membros. 
Os métodos político-diplomático são as consultas, e os métodos jurisdicionais são os painéis, 
apelações e implementações. 
Consultas: A parte demandante solicita à parte demandada informações sobre sua legislação e suas 
práticas comerciais. A parte demandada tem o prazo de até 10 dias para dar resposta. As consultas 
devem se realizar em até 30 dias. Disputa não solucionada em até 60 dias – estabelecimento Painel. 
Painel – grupo especial – ad hoc: A reclamação deverá ser enviada por escrito ao OSC e ela deve 
conter a exposição dos motivos bem como a descrição das medidas contrárias aos acordos da OMC. 
Grupo especial é constituído por três pessoas (podendo ser também cinco especialistas). Formado 
por especialistas com experiência os temas relacionados ao direito, política comercial e 
internacional, dentre outros. 
Apelação – órgão permanente: Seus membros são sete e estes são magistrados designados a 
partir de proposições dos membros da OMC. A escolha dos membros do Órgão de apelação ocorre 
nas Conferências Ministeriais e são designados para um mandato de quatro anos com possibilidade 
de renovação. Nos casos levados ao Órgão, participarão apenas 3 membros em cada controvérsia. 
Quanto a presença de experts, Indivíduos ou organizações dotados de conhecimentos especiais e 
reconhecidos por seu notório saber profissional são competentes em determinados domínios, e 
acabam auxiliando o OSC na tomada de decisão. Esses experts têm acesso a todas as fontes, mesmo 
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que sigilosas (respeitando as devidas exigências de não divulgação), que julgarem necessárias e 
apropriadas para o aconselhamento técnico a ser dado ao OSC. 
Implementação: O objetivo primordial do mecanismo de solução de controvérsias é, de maneira 
geral, o de conseguir a supressão das medidas de que se trata, caso se verifique que estas são 
incompatíveis com as disposições de quaisquer acordos abrangidos. O pronto cumprimento das 
recomendações e decisões do OSC é fundamental para assegurar a efetiva solução das 
controvérsias, em benefício de todos os Membros. A implementação das decisões ocorre de forma 
lenta e gradual após sucessivas negociações. 
Caderno de COMEX 2 
Organização Mundial do Comércio
- instrumentos para o cumprimento das regras da instituição
- quando um país descumpre uma regra ele sofre retaliação de todos os outros membros
- Órgão de solução de controvérsia - maior instrumento da instituição
- Propriedade Intelectual
- Serviços
- antidumping
- subsídios
- barreiras técnicas
- medidas compensatórias
- criação de pacotes - diversos pacotes sobre todos os temas abordados pela OMC
Princípio da Especialidade das OI’s - cada OI cuida de um setor específico - OIT, OMS, OMC…
Política Comercial brasileira e OMC
- histórico: criação OMC
- instrumentos/ estrutura OMC
- OSC: órgão jurisdicional: aplicação regras OMC
- regras/principios tratamento diferenciado e promoção do desenvolvimento
OMC
- negociações política comerciais [setor em declínio] - bali - desbloquear as negociações
- OSC - resolver conflitos entre membros
Órgão de Solução de Controvérsias - OSC
- não é um órgão obrigatório para um instituição
- foi criado coma particularidade de não ser um tribunal - ao contrário das outras OI’s, que 
preferem tribunais
- 2 fases obrigatórias: 
- fase diplomática (riqueza e problema desse órgão) - não é estritamente jurisdicional 1
- implementação e monitoramento dos acordos
- regras de natureza jurisdicional - o país tem que pagar multa até mudar a lei que descumpre a 
regra da OMC - isso faz com que os estados cumpram os acordos
 ver pag 29 do slide OMC_aula_11
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17/03
- Proteger e preservar o meio ambiente e incrementar os meios para faze-lo, de maneira 
compatível com suas respectivas necessidades e interesses segundo os diferentes níveis de 
desenvolvimento econômico.
- Incoterms - FOB por ex.
- Facilitação do comércio - GATT
- outro tratado: Gestão dos estoques alimentares
- Arbitragem
- Solução de controvérsias
- Ler documentos da UNCTAD e OMC
21/03
- O pilar da OMC é o órgão de solução de controvérsias
- ele resolve conflitos e a solução definida é efetivamente cumprida, ele é capaz de emitir 
decisões obrigatórias
- Natureza jurisdicional para as decisões do OSC. 
- Casos práticos - ver slides.
- Painel da OMC: parte sigilosa, países envolvidos e países terceiros participantes. É como se 
fosse uma corte. Quem analisa as contendas comerciais são os especialistas nos acordos na 
área do caso, e não um juiz. A tecnicidade é grande na OMC, esse é um dos fatores que dá 
credibilidade à organização. Quando necessário os expertsda OMC solicitam ajuda de outros 
especialistas, ex.: laboratórios, acadêmicos, professores, outras Organizações… Os 
especialistas solicitados tem um prazo de 6 meses para se reunirem e dar uma resposta sobre 
o caso, se necessário é concedido mais tempo para se atingir o resultado. Há prazos, e eles 
são respeitados. Quando mais rápido se resolverem os problemas na area comercial melhor é 
para ambas as partes.
- Órgão de Apelação: É um órgão permanente, participam os especialistas na area de direito, são 
magistrados. 
- Patentes - Propriedade Intelectual.
- Comércio não pode estar acima de questões de Saúde - ex.: remédios genéricos, coquetel anti-
aids gratuito.
- há excessões do cumprimento das solução do OSC.: caso Antigua e barbuda x EUA. EUA não 
cumpriu o estipulado pelo painel só que a Antigua e Barbuda não tinham força para fazer uma 
retaliação.
- Retaliação cruzada, mecanismo usado pelos países que não tem força para fazer retaliações. 
Pesquisar melhor sobre. Quando se parte para a retaliação se pode utilizar qualquer acordo do 
GATS. Nem sempre o acordo que o país ganha tem força para retaliar nele mesmo. O país 
pode retaliar os outros países pelo TRIPS, GATT, OTL, fitossanitário…
- a OMC é tão eficaz que os países se adaptam antes de chegar ao nível de retaliação, pois 
essas realmente são prejudiciais ao país. A OMC concede os prazos solicitados pelo país para 
mudar o que está errado, mas a OMC fiscaliza o progresso dessas mudanças.
- Brasil é um grande utilizador da OMC
- Briga entre EUA, UE X China - no âmbito dos direitos da OMC – o período de adaptação da 
China à OMC já acabou.
UNCITRAL – Comissão da Nações Unidas para o Direito Comercial Internacional 
A UNCITRAL foi estabelecida pela ONU em 1966. Foi inicialmente composta por 29 países, mas 
atualmente é composta de 60. Pela Assembléia Geral, são eleitos representantes que representam as 
5 grandes regiões do mundo para mandato de 6 anos. 
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A missão da Comissão é coordenar, sistematizar e acelerar os processos de uniformização e 
padronização das regulamentações do comércio internacional. Seus objetivos são promover a 
harmonização e unificação das normas relativas ao direito do comercio e trabalhar para a redução 
de obstáculos jurídicos ao comercio. 
A Comissão visa oferecer treinamento e assistência técnica aos países em desenvolvimento; 
presume-se que tais países possuem sistemas jurídicos incipientes, com forte influência 
governamental e medidas protecionistas. 
Suas funções são: Coordenar os trabalhos dos organismos internacionais relativos aos tema do 
comércio internacional, encorajando a cooperação mútua; Promover maior participação nas 
convenções internacionais e defender a ampla aceitação dos modelos jurídicos já existentes; 
promover a adoção de padrões e a codificação dos termos jurídicos, práticas recomendadas e 
procedimentos aduaneiros, em colaboração com as organizações especializadas; Promover 
mecanismos de interpretação uniforme das convenções relacionadas ao direito do comércio 
internacional; Coletar e disseminar informações sobre as legislações nacionais; Estabelecer e 
manter estreitas relações com a UNCTAD e outros organismos das Nações Unidas relacionadas à 
questão comercial. 
A UNCITRAL possui 2 principios: Harmonização – processo pelo qual as leis domésticas de cada 
país devem ser modificadas, no intuito de aumentar a previsibilidade nas transações comerciais – e 
unificação – padrão jurídico proposto pela UNCITRAL a ser adotado pelos países com a finalidade 
de promover uma padronização no tratamento legal do comércio internacional. 
Quanto a estrutura, a Secretaria de Direito do Comércio internacional do Departamento Jurídico da 
ONU se ocupa de toda parte administrativa da UNCITRAL. A Comissão se ocupa basicamente das 
pesquisas realizadas pelos grupos de Trabalho: Grupo de Trabalho I: Contratos Públicos; Grupo de 
Trabalho II: Arbitragem e conciliação; Grupo de Trabalho III: Resolução d Litígios Online; Grupo 
de Trabalho IV: Comércio Eletrônico; Grupo de Trabalho V: Direito Falimentar (falência); Grupo de 
Trabalho VI: Questões de Segurança. 
Os textos adotados pelos GT’s são Convenção – acordo entre Estados que define as obrigações 
relativas ao comércio internacionais. Essas obrigações existem somente para os Estados que 
ratificaram ou aderiram à convenção –, lei modelo – série de dispositivos legislativos que poderão 
ser adotados pelos Estados em suas legislações nacionais –; Guia Legislativo – texto que fornece 
instruções, indicações para a elaboração de textos legislativos nacionais; discute e explica os pontos 
sensíveis ligados aos tema do guia –; Regras contratuais – cláusulas ou regras padronizadas a serem 
inseridas nos contratos internacionais – e Guia Jurídico – texto que contém indicações referentes à 
redação de contratos. 
UNCITRAL X OI’s 
Há a participação, nas sessões anuais da UNCITRAL, de outras organizações internacionais ligadas 
aos temas do comércio internacional. Os Estados não membros da UNCITRAL bem como 
organizações regionais também podem participar. As decisões são tomadas por consenso e não por 
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voto, e as propostas finais dos Grupos de Trabalho são adotadas nas reuniões anuais da 
UNCITRAL. 
Radiografia do Comercio Exterior 
O comércio exterior brasileiro vem obtendo nos últimos 10 anos excelente desempenho, com 
destaque para as exportações, que estão aproveitando o ciclo virtuoso das commodities, iniciado no 
ano 2000 com elevação das cotações e seguindo em 2001 com aumento do quantum, cenário que 
pode estar mudando em 2012, devido à ameaça de crise que ronda a Europa e que pode contaminar 
a economia mundial. 
A dependência de fatores externos está relacionada ao fato de mais de 70% das exportações 
brasileiras serem compostas por commodities, mercadorias que o Brasil não detém qualquer 
controle sobre suas cotações internacionais, e muito menos sobre as quantidades a serem 
exportadas. 
Face à subordinação das commodities descrita, projetar o futuro das exportações brasileiras não 
depende apenas da tomada de decisões internas, mas do comportamento do mercado e do cenário 
econômico externos, ambos fatores fora de controle e influência do Brasil. 
Em contrapartida, fazer previsão das importações, compostas majoritariamente por produtos 
manufaturados, tem maior potencial de acerto, pois depende da demanda doméstica, disponibilidade 
de crédito interno e taxa de câmbio, em princípio, fatores decorrentes de ações governamentais. 
As importações poderão ter pequeno crescimento, dependendo do nível da demanda doméstica, da 
disponibilidade de financiamento interno, da taxa cambial e do resultado das medidas fiscais e 
monetárias que tem sido tomadas pelo Governo para manter aquecido o mercado doméstico. 
Nos últimos anos as commodities foram responsáveis pelo acelerado crescimento das receitas de 
exportação brasileiras, contribuindo decisivamente para quitar a dívida externa, eliminar a 
vulnerabilidade internacional e engordar as reservas cambiais.Esta sólida conjugação de aumentos de preço e de quantidade faz com que a defasagem cambial 
gerada pela valorização do real seja absorvida e tenha reflexo apenas sobre a rentabilidade das 
exportações de commodities, sem afetar sua competitividade externa. 
Situação oposta é observada na exportação de produtos manufaturados, cujos preços não 
apresentam elevação nos padrões explosivos das commodities e o aumento das quantidades 
exportadas, quando existe, situa-se dentro de parâmetros civilizados. 
Além disso, com os custos de produção aumentando em reais e a valorização da taxa de câmbio do 
real frente ao dólar, os produtos manufaturados estão sendo duplamente penalizados, e, a 
conseqüência natural é a redução, e até mesmo eliminação, da competitividade dos produtos 
manufaturados na exportação, cenário que tem sido observado nos recentes últimos anos. 
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A maior participação dos produtos manufaturados na pauta de importação, em muitos casos 
configura um aspecto negativo, pois equivale à geração de desemprego no Brasil, em contrapartida 
à criação de empregos no exterior. 
Além disso, o crescimento das importações de produtos manufaturados também pode significar que 
um silencioso processo de desindustrialização está em curso, seja porque é mais barato produzir no 
exterior, seja devido aos elevados custos de pessoal, tributário, financeiro, burocrático, logístico, 
etc. vigentes no Brasil. O atual nível de participação dos produtos básicos é idêntico ao de 1978, 
enquanto o índice de produtos manufaturados é inferior, época em que o Brasil começava a se 
inserir no mercado internacional através das commodities. O cenário atual sinaliza que o Brasil 
pode estar passando por um processo de reprimarização, exatamente o oposto dos objetivos que 
vigoravam na década de 70, que era ampliar a participação de produtos manufaturados na pauta de 
exportação. 
Os produtos brasileiros exportados são classificados pelo MDIC/SECEX em quatro fatores 
agregados: básicos, semimanufaturados, manufaturados e operações especiais. 
Os básicos, denominados “commodities brutas”, são mercadorias sem beneficiamento industrial, 
tais como, minérios de ferro, alumínio, manganês e cobre; petróleo bruto; soja em grão e farelo de 
soja; café em grão; fumo em folhas; carnes bovina, suína e de frango fresca “in natura”; milho em 
grão; algodão em bruto; frutas; etc. Todos estes produtos são comercializados internacionalmente 
como commodity, com seus preços de exportação sendo fixados em bolsas de mercadorias ou pelo 
mercado internacional, sem qualquer ingerência do exportador brasileiro. 
Os semimanufaturados, identificados como “commodities beneficiadas”, são produtos submetidos a 
pequenos processos de beneficiamento industrial no Brasil. Neste grupo estão produtos como 
açúcar em bruto; celulose; alumínio em bruto, ouro não monetário, ferro gusa, semimanufaturados 
de ferro e aço; catodos de cobre e de níquel; óleo de soja em bruto; madeira serrada ou em estilhas; 
borracha sintética e artificial; etc, também comercializados no mercado externo como commodities 
e com suas cotações sendo definidas em bolsas de mercadorias ou pelo mercado internacional, 
igualmente sem controle ou influência do exportador brasileiro. 
Os manufaturados, como o próprio nome indica, são produtos submetidos a processo de 
industrialização. Todavia, fazem parte deste grupo mercadorias como açúcar refinado; suco de 
laranja; óleos combustíveis; gasolina; café solúvel; etanol; alumínio em barras; laminados de ferro 
ou aço; óxidos e hidróxidos de alumínio; madeira perfilada; compensados; etc, que embora sejam 
classificadas como manufaturados, são comercializadas como commodities, em que o exportador 
brasileiro não tem qualquer participação na fixação de seus preços de exportação, os quais são 
fixados em bolsas de mercadorias ou pelo mercado internacional. 
Por fim, as operações especiais são compostas pela reexportação de produtos anteriormente 
importados, equivalente a 4%, transações especiais, correspondendo a 2%, e consumo de bordo, 
representando 94%, integrado por fornecimento de combustíveis, lubrificantes e outras mercadorias 
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para uso ou consumo a bordo, exclusivamente em embarcações ou aeronaves em viagens 
internacionais, em que predominam produtos identificados como commodities. 
Nesse sentido, para definir a efetiva participação das commodities nas exportações brasileiras, os 
seguintes fatores agregados foram assim considerados; 
- básicos: pelo seu valor integral; 
- semimanufaturados: pelo seu valor integral; 
- manufaturados: apenas pelo valor dos produtos comercializados como commodities; - operações 
especiais: pelo valor equivalente a 60% de seu total. 
Devido a esta realidade e ao fato de as commodities terem como características principais serem 
volumosas e pesadas, a principal e única via de transporte internacional utilizada para sua 
exportação é a marítima, sem possibilidade de recorrer a outro meio de transporte. 
No início de 1999, o Brasil adotou o sistema de câmbio livre, que passou a flutuar conforme as 
forças do mercado, e, como primeiro impacto, ocorreu a desvalorização do real, provocando a 
elevação da taxa de câmbio. Como resultado desta mudança, o sistema cambial foi adequado até o 
ano de 2006, mantendo a competitividade das exportações, sob o aspecto preço. Embora o processo 
de valorização do real tenha começado em 2003, somente a partir de 2007 os primeiros sinais de 
problemas nas exportações começaram a aparecer, perdurando até os dias atuais, e agravando-se a 
cada dia que passa. 
Contencioso das Aeronaves – OMC
Após sua privatização, no início dos anos 90, a Embraer tornou-se uma empresa mais competitiva, 
em condições de enfrentar, com apoio do governo brasileiro, às grandes companhias do setor, 
particularmente aquelas atuantes no mercado de aviões de médio porte. Recebeu incentivos através 
do programa de exportações denominado PROEX24, o que permitiu que triunfasse em uma 
concorrência internacional para a venda de aviões a empresas dos Estados Unidos. “A grande 
derrotada nessa concorrência foi a Bombardier (Canadá), detentora na ocasião de mais de 50% do 
mercado mundial dessas aeronaves de porte médio” (CELLI25 Jr., 2007). 
A cifra da concorrência ascendia a US$ 4 bilhões de dólares, valor este que impulsionou à empresa 
derrotada pressionar o governo canadense para que junto com o governo do Brasil investigassem a 
existência, conforme alegação da Bombardier, de subsídios governamentais do tipo “apoio à 
exportação”. O governo brasileiro negou que tivesse concedido qualquer forma de subsídio 
contrária às regras da OMC, previstas no Acordo de Subsídios e Medidas Compensatórias (CELLI 
Jr., 2007). 
Basicamente, o eixo da argumentação canadense foi que o PROEX constituía um subsídio vedado 
pelo ASCM26, já que funcionava como um indisfarçável e direto incentivo às exportações da 
Embraer. O Canadá insistiu afirmando que mesmo havendo no ASCM previsão para tratamento 
especial a países emergentes, de forma que em algumas situações, tais países adotem instrumentos 
de políticas de desenvolvimento, o Brasil: “[...] na visão canadense, não poderia se beneficiar desse 
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mecanismo, pois havia concedido subvenção de valor expressivo, isto é, muito superior ao limite 
normalmente aceitável” (CELLI JR., 2007). 
as empresas que importam produtos cujaprocedência advenha de países do primeiro mundo, por 
exemplo - a Suécia -, beneficiam-se com a obtenção de financiamento internacional pagando uma 
taxa de juros muito menor que aquela com a qual se remuneram financiamentos de importações 
originadas no Brasil, face ao denominado “risco país”. 
Para a OMC o subsídio do Proex era inconsistente com o ASCM, isto é, tratava-se de subsídio ilegal 
em face dos dispositivos do ASCM. O Brasil recorreu ao Órgão de Apelação, o qual, 
essencialmente, ratificou o que já tinha sido disposto. O Brasil teria, portanto, de retirar os subsídios 
concedidos via PROEX, sob pena de que o governo canadense fosse autorizado a adotar medidas 
compensatórias contra o Brasil (CELLI JR., 2007). 
Como o País não podia descumprir os contratos com as instituições financeiras internacionais, e 
uma nova versão do PROEX não foi aceita pela OMC, finalmente o Canadá ficou autorizado a 
adotar medidas compensatórias por um valor aproximado a US$ 3,6 bilhões de dólares sendo 
escolhido o setor têxtil para aplicar as medidas elevando suas tarifas de importação sobre produtos 
oriundos daquela indústria (CELLI JR., 2007). 
Mas, o que tornou este caso em um tema de interesse foi o fato que o Canadá, ao mesmo tempo em 
que lutava na OMC contra o Brasil pelo PROEX, incentivava à Bombardier com repasses de 
recursos através de: algumas instituições denominadas de fomento, como, por exemplo, a Export 
Development Corporation, [...] o que a levou, inclusive, a superar a Embraer em nova concorrência 
internacional. 
Sobre este aspecto, o Brasil conseguiu reunir algumas provas e iniciou processo contra o Canadá na 
OMC. Argumentou que, por meio dessas instituições de 
fomento, a Bombardier havia recebido subsídios ilegais vis-à-vis27 o ASCM (CELLI JR., 2007). 
Finalmente, a OMC concedeu parcialmente a razão ao Brasil e determinou que parte dos subsídios 
fosse retirada pelo governo canadense. Em termos de dinheiro foi mais uma vitória simbólica que 
efetiva, embora seja o começo da experiência para “jogar forte” no comércio internacional e do 
desempenho em defesa dos interesses do Brasil na OMC. 
PROEX 
O Programa de Financiamento às Exportações – PROEX é um programa do Governo Federal de 
apoio às exportações brasileiras de bens e serviços, viabilizando financiamento em condições 
equivalentes às praticadas no mercado internacional. O Banco do Brasil S.A é o agente exclusivo da 
União para o PROEX. 
O PROEX oferece duas modalidades de apoio à exportação: 
PROEX Financiamento: financiamento direto ao exportador brasileiro ou ao importador com 
recursos do Tesouro Nacional. Essa modalidade apoia exportações brasileiras de empresas com 
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faturamento bruto anual até R$600 milhões. Os prazos de financiamento variam de 60 dias a 10 
anos de pagamento, definidos de acordo com o conteúdo tecnológico da mercadoria exportada ou a 
complexidade do serviço prestado. Para os financiamentos com prazo até 2 anos, o percentual 
financiado pode chegar a 100% do valor da exportação. Nas operações com prazo superior, o 
parcela financiada fica limitada a 85% do valor das exportações. 
PROEX Equalização: exportação financiada pelas instituições financeiras no país e no exterior, na 
qual o PROEX assume parte dos encargos financeiros, tornando-os equivalentes àqueles praticados 
no mercado internacional. Esta modalidade pode ser contratada por empresas brasileiras de 
qualquer porte. A equalização pode ser concedida nos financiamentos ao importador, para 
pagamento à vista ao exportador brasileiro, e nos refinanciamentos concedidos ao exportador. Os 
prazos de equalização variam de 60 dias a 15 anos, definidos de acordo com o valor agregado da 
mercadoria ou a complexidade dos serviços prestados, e o percentual equalizável pode chegar a até 
100% do valor da exportação. 
Informativos AEB 
O apito final de 2015 deixou em campo a economia em maior recessão, com estimativa de queda ao 
redor de 4%, in ação passando dos 10%, crescente desemprego, juros nas alturas, consumo, 
produção e receitas tributárias despencando, portanto, sem recesso das crises, agora com novas 
incertezas sobre o que acontecerá após a mudança da equipe econômica. 
Quanto à balança comercial, em si, especificamente falando do per l das exportações brasileiras, 
mantêm-se incertezas sobre o encaminhamento de reformas e políticas macroeconômicas voltadas a 
eliminar a contínua perda de dinamismo da indústria, indicativo de vulnerabilidade do país, refletida 
na constante redução da participação de produtos de maior valor agregado e conteúdo de alta 
intensidade tecnológica na pauta de exportação, o que amplifica os impactos de choques externos 
sobre as exportações do país, como a atual depressão dos preços de commodities. 
Segundo dados da OMC, produtos agrícolas, combustíveis e produtos minerais têm participação 
minoritária, vis-à-vis o comércio global de bens, correspondendo a 24% (9% agrícolas + 15% 
combustíveis e minerais), em 2004, e a 31% (10% agrícola + 21% combustíveis e minerais), em 
2014. Dos 100% de participação do grupo de combustíveis + produtos minerais, em 2014, os 
produtos minerais contribuíram com apenas 22%, com os restantes 78% referindo-se às exportações 
de combustíveis. No caso do Brasil, com base em dados do MDIC, as exportações brasileiras de 
produtos básicos passaram a ter participação majoritária, evoluindo de 29,6% para mais de 40%, a 
partir de 2009, e chegando a 48,7%, em 2014. 
Com os manufaturados, a situação brasileira foi, e continua sendo, bem distinta, com o setor 
industrial passando a produzir déficits comerciais. O comércio mundial de manufaturados - bens de 
maior valor agregado e de elevado conteúdo tecnológico, próprios dos países mais desenvolvidos - 
elevou-se em 85%, passando de US% 6,6 trilhões, em 2004, para US$ 12,2 trilhões, em 2014, 
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equivalendo a 76% e 69%, respectivamente, das exportações mundiais de todos os gêneros de 
mercadorias. 
A participação brasileira no comércio mundial evoluiu muito pouco, tendo atingido o ápice de 
1,43%, em 2011, período de “vacas gordas”, indicando que o Brasil continua com economia 
fechada, caindo para 1,19% em 2014, com provável nova queda em 2015 e, talvez, outra em 2016. 
–– 
A recente desvalorização do real determina um novo paradigma cambial que já está pro- movendo 
uma crescente expansão das exportações de manufaturados. Porém, este efeito pode ser mitigado 
devido à elevada in ação doméstica, como também diante da simultânea desvalorização, mesmo que 
em menor es- cala, de outras moedas de países concorrentes e/ou consumidores dos produtos 
exportáveis brasileiros. A desinflação em episódios de realinhamento do câmbio é essencial para 
que se possa realmente estimular o crescimento. 
–– 
Segundo a AEB, a desaceleração do cresci- mento chinês tem causado efeitos negativos no Brasil, 
já que o menor apetite do país asiático fez com que o preço de commodities atingisse o menor nível 
deste século. Essa volatilidade, juntamente com a recente desvalorização do Yuan, atinge 
siderúrgicas, mineradoras e petroleiras brasileiras. Com uma pauta baseada, principal- mente, em 
minério de ferro, soja e petróleo, as exportações brasileiras tiveram um baque em valores 
negociados. Mesmo com o dólar elevado e o aumento da quantidade vendida, o valor dos produtos 
exportados para a China caiu 19,4% em um ano - quando comparados os dados de janeiro a julho de 
2014 e 2015. Já os preços de commodities caíram21% entre 2010 e julho de 2015, após subirem 
incríveis 113% nos oito anos anteriores. 
–– 
Reduzir a burocracia e os longos prazos exigidos para obtenção de resposta formal, que, além de 
ensejarem insegurança jurídica, no extremo, podem inviabilizar a operação. Nesse sentido, o 
legislador deve assegurar um prazo máximo para pronunciamento dos órgãos anuentes, para que as 
empresas não sejam oneradas com custos adicionais. 
Quanto à questão da segurança jurídica, é necessário harmonizar a legislação e conferir tempo 
adequado para sua entrada em vigor. Há casos em que a norma tem vigência imediata, sem que haja 
prazo para as empresas se adaptarem e efetuarem ajustes nos seus procedimentos internos. 
A consolidação normativa também é imperativa como forma de eliminar a enxurrada de 
atos legais, muitos conflitantes, e conferir a necessária clareza normativa para viabilizar segurança 
jurídica, evitando-se multas por omissões e erros involuntários, que se refletem em custos 
adicionais para os exportadores e importadores, retirando competitividade. 
A busca de maior produtividade deve ser perseguida, constantemente, pelo setor privado, mas, 
também, pela autoridade pública, em atendimento ao princípio constitucional da e ciência. A 
parceria público–privada deve ser valorizada na formação de órgãos colegiados, especialmente nos 
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consultivos. Hoje, muitas instâncias (Conselhos, Fóruns, Comissões etc.) já incluem representantes 
do setor privado, mas outras ainda não contam com essa coope- ração, como é o caso da Conaportos 
(Comissão Nacional das Autoridades nos Portos)… 
––– 
O ano de 2016 começou com os faróis indicando mais problemas e menos oportunidades em vista, 
tanto do quadro interno quanto do cenário externo. Os mecanismos de suporte e indução ao 
comércio exterior, como câmbio e financiamento, mostram-se pouco e cientes, na atual conjuntura. 
Mas, observando-se atentamente a economia nacional, com ênfase em nosso comércio exterior, 
vislumbra-se uma oportunidade favorável ao crescimento de nossas vendas externas, como uma 
saída para o atual quadro, a partir de que as nossas exportações, favorecidas pela taxa de câmbio, 
podem ser beneficiadas, também, se o custo para levar a mercadoria até o porto de embarque seja 
priorizado via rodovias em condições normais e racionais de acesso, valendo o mesmo por ferrovias 
e por água, com portos aptos a receberem os navios com tamanho que são hoje construídos. 
Em síntese, tempo é dinheiro e, lembre-se, quando o navio tem atrasada a sua data de (saída) 
prevista ou acertada, para continuar viagem, vem a “demurrage” cobrada dos do- nos das cargas, 
valor alto, em torno de US$ 60 mil/dia. Quem paga? O consumidor final da importação. 
–– 
Mais uma vez, embora abertas importantes oportunidades para nossas exportações, o Comércio 
Exterior se depara com a barreira dos nossos elevados custos logísticos. À exceção de algumas 
companhias, cujo porte econômico lhes permitiu efetivar soluções que melhor atendem à 
exportação de seus produtos, a grande parte dos exportadores brasileiros continua, 
independentemente de sua localização, perto ou longe do porto de embarque, dependente do frete 
rodoviário e das complexas situações geradas pela conservação inadequada (ou melhor, inexistente) 
de nossa malha rodoviária. Como consequência, nossa produção, além de enfrentar forte 
concorrência internacional, ainda é gravada pelo elevado custo logístico do transporte praticamente 
exclusivo por rodovia. 
–– 
O índice geral de pontos, indicador da posição do país no ranking, é aquele resultante da média de 
pontos atribuídos aos quesitos a seguir nominados, em tradução: 
• E ciência dos processos de despacho aduaneiro/desembaraço de cargas, considerados, dentre 
outros aspectos, agilidade, simplicidade e previsibilidade de procedimentos; 
• Qualidade da infraestrutura relacionada ao comércio e ao transporte, como por- tos, aeroportos, 
rodovias, ferrovias e re- cursos de tecnologia da informação; 
• Facilidade de negociação de embarques a preços competitivos de transporte; 
• Competência e qualidade dos prestadores de serviços de logística, como operadores de transporte 
e despachantes aduaneiros; 
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• Capacidade de localizar e rastrear a carga embarcada; 
• Frequência com que os embarques chegam aos seus consignatários dentro do tempo programado 
ou previsto. 
Embora sejam diversos os fatores que implicam no grau de competitividade da economia de um 
país, e na busca daquele que lhe assegure posição de player comercial de significativa participação 
no comércio global, em especial de bens manufaturados com elevado nível de tecnologia e valor 
agrega- do, não deve ser coincidência que aqueles mais bem posicionados sob este aspecto são, 
também, em regra, os melhores avaliados no ranking da logística do transporte, interno e 
internacional. Outros fatores são determinantes da competitividade, também espelhada na 
diversificação da pauta de exportação do país, como fator indutor da maior ou menor participação 
do país no comércio externo. 
o Brasil perdeu 20 posições no rank mundial de qualidade do ambiente logístico, segundo avaliação 
do Banco Mundial. 
- Custos envolvidos – ca claro o aumento dos que consideram que, a partir de 2009, se elevaram os 
considerados altos e mui- to altos custos aduaneiros, em portos e aeroportos, bem como de taxas 
de transporte, de armazenagem e de agentes. Estes aumentos, infere-se pelo conjunto de 
respostas, foram de expressões bem superiores às que poderiam corresponder a melhoras de 
qualidade, quando sentidas; 
- Qualidade em infraestrutura – aumentaram os entrevistados que consideravam ruim, ou muito 
ruim, a infraestrutura ligada à logística do transporte, mais marcadamente no caso da 
infraestrutura portuária. O cenário é preocupante para um país que tem algo como 95% de seu 
comércio externo fluindo via portos, os quais, em 2015, estima-se, movimentaram cerca de 1 
bilhão de toneladas brutas de cargas, aumentando, em decorrência, demanda por serviços de 
logística de qualidade, a menor preço/custo que os praticados; 
- Competência e qualidade dos serviços – Aumentou o contingente dos que consideram alta a 
qualidade dos serviços relativos ao transporte rodoviário, mas decresceu o contingente, embora 
permaneça acima dos 50%, para o caso dos serviços de transportes aéreos e marítimos, e caiu à 
metade os 33% que, em 2009, opinavam como de alta qualidade os serviços das ferrovias; 
- Eficiência dos processos – Na média, aproximadamente 47% dos entrevistados consideravam 
que, em 2014, foi “frequente, ou quase sempre frequente” a e ciência dos processos nos 
desembaraços e despachos de mercadorias (importadas ou exportadas); quanto à transparência e 
aos normativos, aumentaram os percentuais (50% e 41%, respectivamente) dos que definiram 
como “frequente” a prática de e ciente transparência e divulgação das alterações nas legislações. 
Transparência, de fato, é o mínimo, ante o desejável, no que respeita à edição de novos 
normativos e mudanças nos existentes, de que fossem, previamente, discutidos com os setores 
envolvidos, postura que, aliás, registre-se, tem adotado o MDIC, com relação às ações do PNE, 
por exemplo, no que respeita à negociação de acordos comerciais, de bens e serviços. 
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A modernização dos processos que in- tegram o sistema aduaneiro (e demais rela- cionados às 
operações de exportação e im- portação) são positivos, do ponto-de-vista da redução de custos no 
comércio exterior, ao desburocratizar procedimentos, eliminar uso do papel substituído por 
facilidades da tecnológica de informação. 
–– 
Neste sentido, o Fórum Permanente de Exportação de Serviços de Engenharia da AEB constitui 
canal importante de interação com o Governo, na tarefa de manter esforço conjunto, público-
privado, voltado à harmonização de conceitos, ajustes de normas, procedimentos e demais 
condições que permitam substancial redução de custos em prol do desenvolvimento das exportações 
de serviços brasileiros, acrescendo maior e oportuna contribuição do setor terciário da economia à 
geração de em- prego e renda para brasileiros, no interesse econômico-social do Brasil. 
O mundo rural 
Este artigo recolhe a experiência, relativamente longa, de quatro pesquisadores do “mundo rural 
brasileiro” e propõe sete teses sobre o desenvolvimento recente da agropecuária, também 
comentando sobre aspectos sociais das regiões rurais do País. São pro- posições que têm, em 
especial, um inquestionável lastro empírico para sustentá-las como argumentos gerais que 
mereceriam a atenção dos responsáveis e tomadores de decisão sobre os rumos de uma atividade 
econômica que, de fato, vem “salvando” a economia brasileira desde a grande crise econômica do 
início da década de 1980. 
Confirmadas definitivamente as teses propostas, inúmeras consequências poderão ser antevistas. 
Entre as diversas leituras possíveis, diretas e indiretas, que o conjunto de teses arroladas permite 
inferir, a mensagem principal deste artigo pretendeu apontar dois grandes focos relacionados ao 
desenvolvimento agrário brasileiro. Ambos clamam por um urgente debate nacional entre os 
interessados. Primeiramente, salienta-se a natureza equivocada da ação governamental, em suas 
facetas mais gerais – ou seja, ocasionalmente pode estar acertando no varejo, mas está largamente 
incorreta no atacado, pois não percebe com nitidez a verdadeira revolução econômica e social em 
andamento no campo brasileiro. Sob tal percepção equivocada, suas políticas e projetos precisariam 
sofrer radical mudança operacional. Em segundo lugar, e em decorrência do relativo imobilismo 
governamental, o artigo pretendeu indicar, com ênfase e insistência, em diversas partes, que a maior 
parte dos estabelecimentos rurais – aqueles de menor porte econômico – encontra- se em crescente 
encurralamento. São produtores que vão sendo deixados para trás em um ambiente produtivo e 
tecnológico cujo acirramento concorrencial vem sendo acelerado rapidamente, na nova fase que ora 
experimenta a agropecuária brasileira. 
O desempenho de setores da agropecuária brasileira, nos últimos 30 anos, apesar das inúmeras 
políticas erráticas, tem conseguido se manter com desenvoltura econômica e produtiva – e, mais 
ainda, tem observado espetacular crescimento de sua e ciência econômica, elevando com 
brilhantismo sua produtividade total. Vem, assim, correspondendo mais do que satisfatoriamente ao 
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que Barros, no livro inicialmente citado, intitulou de “funções da agricultura”, e se tornando um 
destacado espaço de produção de riqueza social. Mas vem também encontrando crescentes desafios 
e encruzilhadas a serem ultrapassados, para manter seu papel social e econômico. Espera-se que o 
conjunto de teses aqui submetido ao debate possa contribuir para uma fértil e plural discussão, a 
qual aponte rumos mais robustos para a história agrária brasileira. 
Revista época negócios 
Líderes empresariais de diversos setores da economia indicam soluções para a crise institucional na 
qual o país mergulhou. Eles propõem as seguintes medidas para destravar o país: 
- criar condições para um choque de competitividade 
- buscar o equilibrio fiscal 
- fim do capitalismo de laços 
- pontes para facilitar o acesso do Brasil ao mercado global 
- unir empresarios em um think tank para elaborar um plano de longo prazo 
- estabelecer medidas macroeconômicas bem sucedidas 
- facilitar a vida de quem corre risco para gerar investimento e empregos 
- recuperar o pescado de capitais 
- realizar as reformas providenciaria, trabalhista, fiscal e política 
- melhorar a infraestrutura do país – ferrovias, porto, estradas… 
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