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planejamento escolar um instrumento facilitador do trabalho docente

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB 
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XIV 
COLEGIADO DE LETRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
GILVANDA DO NASCIMENTO SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANEJAMENTO ESCOLAR: UM INSTRUMENTO 
FACILITADOR DO TRABALHO DOCENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceição do Coité 
2010 
 2 
 
 
GILVANDA DO NASCIMENTO SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANEJAMENTO ESCOLAR: UM INSTRUMENTO 
FACILITADOR DO TRABALHO DOCENTE 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Departamento de 
Educação da Universidade do Estado da Bahia 
(UNEB), curso de Letras Vernáculas, como parte 
do processo avaliativo para obtenção do grau de 
Licenciado em Letras. 
 
Orientador: Prof. Paulo de Tarso Vellanes 
 
 
 
 
 
 
Conceição do Coité 
2010 
 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho àqueles que contribuíram para sua 
realização. Minhas colegas professoras que se 
comprometeram a colaborar conforme minhas 
necessidades de pesquisa, em especial Solange amiga 
verdadeira para todas as horas. 
 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gosto de ser gente porque, inacabado, sei que 
sou um ser condicionado, mas consciente do 
inacabamento, sei que posso ir mais além 
dele. 
Paulo Freire 
 5 
Agradecimentos 
 
Agradeço a força superior que nos irradia luz e que nos faz fortes para 
superar etapas difíceis, transformando-as em gratificantes, aos amigos que 
acompanharam meus passos mesmo quando foi preciso correr para andarmos 
juntos, entre eles: Solange, Lissandra, Mara e Sandrinha e ao meu colega 
Luciano. Também para aqueles que esperaram minhas visitas que nunca 
acontecia. A painho que mesmo na sua simplicidade me ensinou o melhor 
caminho a seguir, os estudos. Aos amores da minha vida Na e Lu que 
suportaram com paciência minhas queixas, minhas ausências e a falta dos 
meus carinhos. Aos professores que, de coração, se dedicaram pelo melhor 
desempenho dos seus alunos em especial meu professor e orientador Paulo de 
Tarso Vellanes 
 Enfim, a todos aqueles que participaram ao meu lado desta jornada às 
vezes cansativa, mas necessária e prazerosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
RESUMO 
 
Este trabalho monográfico apresenta uma análise crítica sobre a importância 
do planejamento escolar como instrumento facilitador do trabalho docente. Se o 
mesmo ajuda a resolver os problemas da escola. A pesquisa realizou-se na 
Escola Municipal Áurea Nogueira no município de Serrinha - BA no intuito de 
investigar o planejamento escolar enquanto instrumento do trabalho do corpo 
docente, o papel do professor na elaboração do planejamento escolar e 
identificar qual a participação da comunidade escolar na construção do 
planejamento. Como referencial teórico que contribuiu para a pesquisa 
encontra-se: Vasconcellos (2006), Luck (1995) entre outros. O percurso 
metodológico se sustenta na abordagem qualitativa, na pesquisa de campo e 
no estudo de caso. A pesquisa evidenciou a relevância deste instrumento 
pedagógico, além de apresentar a insatisfação por parte de alguns educadores 
na construção do mesmo. 
 
 
Palavras chave: Professor, planejamento, comunidade escolar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
ABSTRACT 
 
This monograph presents a critical analysis of the importance of school 
planning as a facilitator of teaching. If it helps solve the problems of the school. 
The research took place at the Municipal School Áurea Nogueira in the city of 
Serrinha - BA in order to investigate the school planning as a tool of the work of 
faculty, the teacher's role in preparing the school planning and to identify which 
community participation in school construction planning. The theoretical 
discussion that contributed to the research is: Vasconcellos (2006), Luck (1995) 
among others. The methodological approach relies on a qualitative approach in 
field research and case study. The research showed the importance of this 
teaching tool, and shows the dissatisfaction of some teachers in the same 
building. 
 
 
Keywords: Educators, planning, community school 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO.....................................................................................................9 
 
 
CAPÍTULO 1– PLANEJAMENTO EM FOCO...................................................11 
 
1.1 Planejamento: conceitos e importância.......................................................12 
1.2 Planejamento Escolar..................................................................................13 
1.3 Planejamento Escolar na escola: o papel dos sujeitos ...............................18 
 
 
CAPÍTULO 2 – METODOLOGIA .....................................................................20 
 
2.1 Abordagem qualitativa ................................................................................21 
2.2 Métodos e técnicas .....................................................................................21 
2.3 Lócus da pesquisa ......................................................................................23 
 
 
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE DE DADOS .............................................................24 
 
3.1 O conceito de planejar ................................................................................24 
3.2 A ideia de planejamento escolar .................................................................25 
3.3 Planejamento e plano de aula ....................................................................27 
3.4 O papel do professor na elaboração do planejamento escolar ..................29 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................32 
 
 
REFERÊNCIAS.................................................................................................34 
 
 
 
 9 
INTRODUÇÃO 
 
 
A educação é importante para contribuir com o processo de 
desenvolvimento do homem, seja ela informal que acontece no dia a dia 
através da observação, da convivência com os grupos sociais, ou a educação 
formal que se aprende na escola. Através da educação formal, o homem 
adquire os conhecimentos essenciais para ser inserido no mercado de 
trabalho. Passa a ser cidadão consciente dos seus deveres e direitos. 
Como a sociedade passa por constantes transformações e o indivíduo 
tem que estar preparado para acompanhar essas mudanças, é na educação 
que ele acredita encontrar o caminho seguro para enfrentar tais mudanças. 
Nesse contexto de transformações, de construções, observa-se a 
importância do educador que precisa estar apto para acompanhar e tentar 
satisfazer às exigências da sociedade perante o cidadão, ter a capacidade de 
construir a própria vida, relacionar-se bem com todos viver num mundo 
competitivo etc. 
O professor sozinho não conseguirá resolver estes e outros tantos 
problemas existentes na escola. Ele precisa trabalhar em conjunto e fazer uso 
de instrumento que o auxilie na sua jornada pedagógica, a exemplo do 
planejamento escolar. 
Dentro desse contexto, surgiu o desejo de pesquisarsobre planejamento 
escolar; como ele é visto pelo educador, o papel do educador na elaboração do 
planejamento e a participação da comunidade escolar. 
A pesquisa vem traçar discussão acerca da postura de alguns 
profissionais da educação da rede pública do município de Serrinha sobre o 
planejamento. 
Nesse víeis, foram pensados objetivos como: analisar o planejamento 
escolar enquanto instrumento facilitador do trabalho docente. Além disso, 
procura-se refletir sobre a importância do planejamento enquanto objetivo 
comum da escola, analisar o papel do professor na elaboração do 
planejamento escolar e identificar qual a participação da comunidade escolar 
na elaboração do planejamento. 
Para o desenvolvimento desta investigação, fez-se uso da abordagem 
qualitativa, tendo como tipo de pesquisa a pesquisa de campo. As técnicas de 
 10 
coletas de dados foram: o questionário, a observação participante e o estudo 
de caso. 
O planejamento escolar um instrumento facilitador do trabalho docente. 
A escolha dessa temática se deu pela inquietação da pesquisadora que atua 
na área da educação e percebeu através de discussões que alguns colegas 
reconhecem a importância do planejamento, mas não executa sua construção. 
Assim este trabalho monográfico está organizado em três capítulos. O 
primeiro traz as discussões sobre o planejamento, conceitos e importância, a 
necessidade dele no ambiente escolar e o papel dos sujeitos. 
O segundo capítulo apresenta a fundamentação metodológica da 
pesquisa, o texto baseia-se em: CHAUÍ (2000), DEMO (2002), GIL (1999), 
MARCONI e LAKATOS (2002). Esse capítulo, ainda apresenta métodos e 
técnicas de coletas de dados, a observação, o questionário, os sujeitos e o 
lócus. 
O terceiro capitulo refere-se à análise de dados com o objetivo de 
analisar as falas dos professores, e está dividido em quatro categorias: 
conceito de planejar, ideia de planejamento, planejamento escolar e plano de 
aula e o papel do professor na elaboração do planejamento. 
Para finalizar o trabalho, traça-se as considerações finais a respeito do 
que foi observado sobre o tema, para que a sociedade perceba a relevância 
em se discutir e por em prática instrumentos que ajude e reconheça a prática 
do educador. 
Espera-se que esta pesquisa possa colaborar com o educador na sua 
prática pedagógica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
CAPÍTULO 1 
 
 
 O PLANEJAMENTO EM FOCO 
 
 
O ser humano está sempre idealizando um futuro e para que este futuro 
venha a se realizar de maneira mais precisa possível se faz necessário não só 
a obstinação e a perseverança, mas planejar este futuro a médio e longo prazo; 
pois ao planejar o indivíduo se vê comprometido com a ação. 
O processo de planejamento consiste em preparar, organizar, criar e 
estruturar o objetivo por meio do pensamento do sujeito. Há quem acredite no 
planejamento como uma obrigação enfadonha, mas não percebe que ao 
acordar nosso pensamento já se projeta no que se vai fazer durante o dia e ao 
mesmo tempo começa a se planejar. 
Todo planejamento precisa de uma elaboração e segundo Vasconcellos 
(2006), essa elaboração se dá tendo como referência as três dimensões da 
ação humana consciente: realidade, finalidade e mediação. 
I. Realidade – Tanto para que quanto o que estão referidos à situação, à 
realidade. Ela é o ponto de partida e o de chegada (só que já transformada). 
Ao ser conhecida, a realidade pode trazer possibilidades não 
exploradas, à medida que revela o que temos, portanto, os meios que dão 
condições para nossas eventuais realizações. 
II. Finalidade – Diz respeito aos fins, ao estado futuro de coisas, à 
direção para transformar, o que é naquilo que deve ser. 
Ao assumir finalidades, o homem nega a realidade presente e afirma 
uma outra ainda não existente. A determinação da ação passa a vir não 
simplesmente do passado ou do presente, mas também do futuro. 
III. Mediação – É a previsão das ações, do movimento, da seqüência de 
operações a serem realizadas para a transformação da realidade. 
Em qualquer instituição o planejamento deve estar sempre em foco, ser 
discutido, revisto, reelaborado, pois o planejamento é uma atividade de caráter 
político e ideológico pois representa tomada de decisões e posicionamentos e 
que vem provocar transformações. 
 12 
 
1.1 Planejamento: conceitos e importância 
 
Em seu texto “Planejamento em Orientação Educacional”, Luck, (1991), 
expõe alguns conceitos sobre planejamento, baseando-se em outros autores. 
1. “Processo permanente e metodológico de abordagem racional e 
científica de problemas” (BAPTISTA, 1981, p. 13). 
2. “Processo de tomada de decisão, execução e teste de decisões” 
(GOLDBER, 1973, p.64). 
3. “Processo de antecipação e antevisão de condições, estabelecidos ou 
situações futuras, desejadas, e a previsão de todos os aspectos 
necessários para a obtenção desses resultados” (CHRUDEN e 
SHERMAN, 1972, p.52). 
4. “Processo que consiste em preparar um conjunto de decisões tendo em 
vista agir, posteriormente, para atingir determinados objetivos”(TURRA 
et al. 1975, p.13). 
5. “Processo de direção e controle das ações de uma pessoa, em busca de 
um objetivo determinado (KAUFMAN, 1978). 
6. “Visão antecipada de estágios mais avançados de desenvolvimento e de 
qualidade de instituição e previsão dos passos necessários para atingi-
los” (JULIATTO, 1991). 
7. “Processo que se inicia com a fixação de objetivos e define as 
estratégias, as políticas e os planos detalhados para os atingir” 
(HAMPTON, 1980, p. 120). 
 
Segundo uma descrição mais específica e analítica, o planejamento é 
conceituado como sendo: 
8 Processo de estruturação e organização da ação internacional, realizado 
mediante: 
-análise de informações relevantes do presente e do passado, 
objetivando, principalmente, o estabelecimento de necessidades a 
serem atendidas;- estabelecimento de estados e situações futuros, 
desejados; 
 13 
-previsão de condições necessárias ao estabelecimento desses estados 
e situações; 
-escolha e determinação de uma linha de ação capaz de produzir os 
resultados desejados, de forma a maximizar os meios e recursos 
disponíveis para alcançá-los. (LUCK, 1991). 
 
Para Padilha (2001, p. 30), Planejamento é o processo de busca de 
equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor 
funcionamento de empresas, instituições, setores de trabalho, organizações 
grupais e outras atividades humanas. O ato de planejar é sempre processo de 
reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de 
necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos 
(humanos) disponíveis, visando à concentração de objetivos, em prazos 
determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações. 
Ao planejar, antecipamos uma série de acontecimentos que podem 
ocorrer na ação e nos preparamos para lidar com eles, diminuindo assim a 
quantidade de imprevistos e tornando as nossas ações mais precisas e de 
melhor qualidade. Além de aprendermos que o planejamento fornece a reflexão 
sobre a prática educativa e, dessa forma funciona também como um 
instrumento de aprendizagem. Quando planejamos tomamos uma série de 
decisões e fazemos uma série de relações entre conhecimentos teóricos, 
científicos e conhecimentos práticos de nossa experiência pessoal e 
profissional. O planejamento é importante, pois ele ajuda a aprender coisas tão 
importantes como à relação ensino-aprendizagem. 
 
1.2. Planejamento Escolar 
 
O planejar é uma ação indispensável à vida pessoal e também 
profissional seja na área da educaçãoou as demais áreas. Contudo a pesquisa 
vem refletir a importância do professor fazer uso do planejamento na prática 
das suas atividades profissionais já que o planejamento escolar é um 
instrumento facilitador do trabalho docente ele conduz ao debate, a reflexão e a 
melhoria da qualidade de ensino. É um instrumento importante em qualquer 
setor da vida da sociedade, pois torna possível definir o que se deseja a curto, 
 14 
médio e longo prazo e não pode ser encarado como ação puramente formal, 
mas como uma ação viva e decisiva, pois é um ato político decisório, como 
bem coloca Luckesi (1990): 
 
O planejamento, entendido como ato político, será dinâmico e 
constante, pois estará afeito a uma constante tomada de 
decisão. Não necessariamente deverá ser registrado em 
documento escrito. Poderá tão somente ser assumido como 
uma decisão e permanecer na memória viva como guia de 
ação. Aliás, só como memória viva ele faz sentido. Papéis e 
formulários são simplesmente mecanismo de registro e fixação 
gráfica do decidido. 
 
Diante desse contexto percebe-se que a escola atravessa um momento 
de grande crise e não tem conseguido preparar o homem para vida social, nem 
desenvolver sua visão de mundo, tampouco preparar-lhe para o exercício da 
cidadania, da sua profissão e consequentemente para o exercício de sua 
profissão. E nesses termos a formação profissional do educador se constitui 
em um problema: fornece técnica de ensino – receitas, mas não conhecimento 
que o embasa e conscientiza para sua prática do planejar. Portanto, pensar a 
prática pedagógica se torna um reflexo da formação do educador para que a 
mesma seja bem estruturada e bem planejada, pois enquanto parte integrante 
do processo educativo, o planejamento deve ser alvo de constantes 
indagações, quanto a sua validade, instrumento de melhoria qualitativa do 
trabalho, do professor, uma vez que não é abordada a orientação teórica 
subjacente ao planejamento. 
Além da importância do planejamento social, profissional e acadêmico o 
planejar pessoal se constitui uma situação real que estabelece o que se quer 
mudar, estruturar e organizar para que a mudança da sua realidade se 
transforme, pois o individuo muitas vezes vê o planejamento como mais uma 
tarefa a ser realizada, não como algo que venha a facilitar o seu trabalho. Por 
conta desse pensamento a vida se torna uma caixa de surpresa, em que o 
momento será sempre o presente, que as suas decisões não serão 
conscientes, articuladas de acordo às suas necessidades, o que se pretende 
alcançar, quais interesses reais da sua realidade e o resultado do que se 
espera do futuro. 
 15 
O planejamento constitui-se a instrumento utilizado pelo educador para 
direcionar a sua ação, deve partir do conhecimento da realidade concreta, deve 
está em permanente processo de avaliação e reflexão e, principalmente, deve 
ser construído coletivamente, atentando para a dimensão técnica, já que se 
define a maneira como será estruturado e também política, pois, proporcionará 
a mudança de atitude. Essa capacidade de planejar, segundo Marx, é própria 
do ser humano, quando diz: 
 
Uma aranha executa operações semelhantes ás do tecelão, e 
a abelha supera mais de um arquiteto ao construir sua 
colméia. Mas distingui o pior arquiteto da melhor abelha é que 
ele figura na mente sua construção antes de transformá-la em 
realidade. No fim do processo do trabalho aparece um 
resultado que já existia antes idealmente na imaginação do 
trabalhador. Ele não transforma apenas o material sobre o 
qual opera; ele imprime ao material o projeto que já tinha 
conscientemente em mira, o qual constitui a lei determinante 
do seu modo de operar e ao qual tem de subordinar sua 
vontade (1980, livro 1, v. 1, p.202). 
 
Nota se que a ação realizada, deve deixar a formalidade, ou obrigação 
de ser executada, como ocorre na realidade escolar e passar a ter significância 
e sentido, resgatando o seu potencial transformador. 
Fusari (1988), em seu texto O Planejamento do trabalho pedagógico: 
Algumas Indagações e Tentativas de Resposta, aborda a superação do 
planejamento enquanto instrumento tecnicista para a concepção do 
planejamento como expressão da práxis (ação/reflexão). Através de perguntas 
e respostas procura demonstrar a problemática do planejamento e a visão 
equivocada de que o mesmo serve apenas burocraticamente. 
Distingue o planejamento do plano: 
 
Enquanto o planejamento do ensino é o processo que envolve 
a atuação concreta dos educadores no cotidiano do seu 
trabalho pedagógico, envolvendo todas as suas ações e 
situações, o tempo todo, envolvendo a permanente interação 
entre os educadores e entre os próprios educandos (FUSARI, 
1989, p.10). 
 
O plano de ensino é um momento de documentação do processo 
educacional escolar como um todo. Plano de ensino é, pois, um documento 
 16 
elaborado pelo(s) docente(s), contendo a(s) sua(s) proposta(s) de trabalho, 
numa área e/ou disciplina específica. 
A sua função como meio de capacitação dos professores fica explicito 
quando diz: 
 
A ausência de um processo de planejamento do ensino nas 
escolas, aliadas às demais dificuldades enfrentadas pelos 
docentes no exercício do seu trabalho, tem levado a uma 
continua improvisação pedagógica nas aulas. Em outras 
palavras, aquilo que deveria ser uma prática eventual acaba 
sendo uma regra, prejudicando, assim, a aprendizagem dos 
alunos e o próprio trabalho escolar como um todo”. (FUSARI 
1989, p. 10) 
 
Além disso, toda a elaboração do planejamento deverá estar pautada na 
realidade concreta do ambiente escolar e é imprescindível que aja a reflexão 
das ações determinadas nos planos ou projetos com o intuito de avaliá-los. A 
práxis deve estar presente a todo o momento, como forma de análise do 
planejamento, significando, portanto, um olhar crítico do professor em ralação a 
sua própria conduta, como também do desenrolar do processo. 
Sendo o planejamento um processo permanente e contínuo de um 
processo que inclui a reflexão, a análise e a ação como componentes básicos e 
indispensáveis Luck (1995), cita algumas qualidades interdependentes do 
processo de planejamento, que comprovam a indispensável presença do 
planejamento, no ambiente escolar, proporcionando um melhor andamento do 
trabalho desenvolvido na escola, como: 
continuidade - a ininterrupção entre um objetivo e outro, um momento e 
outro, uma atividade e outra; 
 flexibilidade – a capacidade do plano ou projeto de adaptar-se a 
situações novas surgidas durante a sua execução; 
 inclusividade – assegurada na medida em que os objetivos, estratégias, 
atividades levam em consideração todos os aspectos essenciais dos 
problemas e são suficientes para resolvê-los; 
 objetividade – resulta de observações, anotações, análises, 
interpretações precisas e pertinentes dos fatos como se apresentam o 
que permite a apresentação de propostas de solução ajustadas e 
adequadas ao mesmo; 
 17 
 operacionalidade – diz respeito á sua capacidade de aplicação e de 
execução, isto é, corresponde a sua capacidade de ser viável factível e 
executável; 
 orientação - condição de apresentar clara, precisa e objetivamente 
diretrizes de ação, de especificar os efeitos que pretende produzir, o que 
se pretende fazer e em que circunstância; 
 responsabilização – perpassa pela capacidade de ser uma criação 
coletiva, definindo-se responsabilidades: quem fará o que, em que 
momento, com que objetivo, etc. 
 
A percepção da importância do planejamento enquanto resultado prático 
deve estar presente, ou seja, por possuir uma dimensão política já que 
envolverá interesses de indivíduos isoladamente ou de um grupo social,com 
ação que afeta a vida das pessoas e da sociedade envolvidas, deverá haver a 
reflexão constante daqueles que estão envolvidas no processo, com a 
finalidade de possibilitar a mudança e proporcionar ações práticas. Pode-se 
afirmar que é necessário o planejamento para nortear e garantir a coerência 
frente a uma realidade concreta e dinâmica. 
Vasconcellos (1995, p.41) relata que: 
 
Os autores mais progressistas, ao abordarem a problemática, 
lembram que, antes de ser uma mera questão técnica, o 
planejamento é uma questão política, na medida em que 
envolve posicionamentos, opções, jogos de poder, 
compromisso com a reprodução ou com a transformação, etc. 
Isso é um avanço, mas ainda não da conta da sua significação. 
Para ter sentido, o enfoque do planejamento, com a 
reprodução, com efeito, necessita desse deslocamento. 
Todavia não basta trabalhar numa nova abordagem; é preciso 
trabalhar também a descrença que o professor traz, portanto, a 
percepção, o conhecimento, as representações prévias que já 
tem quanto ao planejamento. Há, então, esta questão mais 
elementar hoje colocada, que é a valorização do planejamento, 
o estar mobilizado para fazê-lo, entendê-lo realmente como 
necessidade. Trata-se de um problema filosófico-axiológico, de 
posicionamento valorativo, de ver sentido, acreditar. O 
planejamento é político, é hora da tomada de decisões, de 
resgate dos princípios que embasam a prática pedagógica. 
Mas para chegar a isto, é preciso atribuir-lhe valor, acreditar 
nele, sentir que planejar faz sentido. O primeiro passo, 
portanto, é chegar ao ponto do: Planejamento ser necessidade 
do professor! 
 
 18 
Com tantas possibilidades de reflexão, de construção de conhecimento 
pode-se perceber a importância do planejamento na atuação do professor e 
entender que o processo de planejamento tem como uns dos principais 
objetivos evitar a rotina e a improvisação. 
 
1.3 O planejamento escolar na escola: o papel dos sujeitos 
 
 
Como já foi citado anteriormente o planejamento escolar tem uma 
importância relevante no processo de ensino aprendizagem, porém o 
planejamento escolar para a grande maioria dos professores é apenas uma 
atividade rotineira, elaborada isoladamente, que consiste em copiar algum 
objetivo do livro didático, definir conteúdo, documentar e engavetar. Ele não é 
discutindo, analisado pelo corpo docente, a comunidade escolar não participa, 
não há uma reflexão a cerca da prática dos professores, das metodologias 
utilizadas, ou mesmo a socialização das estratégias utilizadas em sala de aula, 
que são bem sucedidas. Portanto, não define um ideal de grupo, não explicita o 
desejo da comunidade escolar em torno de um desejo único de transformação 
da realidade da instituição, enquanto ação e reflexão da prática docente e 
avaliação do conjunto da instituição. 
A forma tecnicista de elaboração causa um desencontro, uma aversão 
ao planejamento, os professores não percebem um sentido ao realizá-lo 
apenas tem uma obrigação que deve ser mecanicamente comprida com a 
finalidade de ser entregue à secretaria da escola, como uma exigência 
burocrática. 
 
O planejamento é um forte aliado contra o ativismo que 
frequentimente toma conta do cotidiano escolar e que 
transforma o professor em uma máquina de dar aulas e 
executar tarefas, ás vezes sem consciência do significado das 
mesmas. É um processo que envolve discussões de questões 
básicas – e muitas vezes esquecidas – como a 
responsabilidade da educação escolar, os princípios e objetivos 
da escola e os compromissos dos professores com essas 
definições (FUSARI, 1989). 
 
Contudo, por mais que se busque aclarar a necessidade de elaboração 
e execução do planejamento escolar para que a decisão não seja meramente 
um ato burocrático é preciso que explicite, discuta suas finalidades mais 
 19 
específicas: facilitar o trabalho do professor e fornecer a reflexão sobre a 
prática educativa. 
Toda a comunidade escolar deve estar voltada na realização das ações 
do planejamento não só o professor; e esta deve reconhecer o planejamento 
escolar como movimento contínuo que não se esgota no período previsto em 
calendário escolar, mas antecede e ultrapassa esse limite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
CAPITULO 2 
 
 
METODOLOGIA 
 
 
O Ser humano durante sua existência se questiona com a realidade, 
busca entendê-la e explicá-la. Primeiro ele usa o seu conhecimento pautado 
nas suas próprias inferências, juntamente com suas hipóteses e informação, 
ele tem o senso comum como única fonte do saber e informação adquirida. 
Com o passar do tempo e diante das necessidades de cada contexto 
social, este ser a partir do seu conhecimento investigativo motiva-se a buscar 
provas concretas que ultrapassam os limites do senso comum. A pesquisa 
surge de uma vontade, de uma curiosidade de procurar provas concretas para 
se ter conclusões a respeito de suas inferências. Logo diante de sua 
curiosidade e da vontade de buscar sempre mais ele percebe que suas 
opiniões por se só não basta para confirmar suas descobertas, é preciso 
ultrapassar o senso comum, criar métodos para conhecer melhor tudo que o 
cerca. 
Para Chauí (2000) O senso comum baseia-se em hábitos e tradições, 
cristalizadas o que difere dos processos científicos de pesquisa que necessita 
de instrumentos metódicos e sistemáticos que busca rigorosamente a verdade 
das coisas. Desta forma, a racionalidade está à frente das questões subjetivas 
do senso comum. Sobre a ciência Demo (2002, p.43) acrescenta que: 
 
É possível alargar ainda mais a desmistificação do conceito 
esteriotipado de pesquisa tendo em vista que aparece 
naturalmente, porque necessariamente na formação histórica 
do sujeito social competente. Essa competência deve ser 
formal (domínio cientifico- tecnológico) e político ( construção e 
cidadania), onde dialogar crítica e produtivamente com a 
sociedade e com a realidade é própria demonstração da 
competência e da cidadania. 
 
Assim a pesquisa científica é indispensável como forma de investigação, pois a 
mesma se utiliza de métodos, de técnicas seguras que vão desde a percepção, 
formulação do problema até a apresentação dos resultados. 
 21 
O homem é um ser que constantemente esta em busca de mais, ele 
procura superar seus desafios, suas descobertas. E a pesquisa cientifica é um 
meio seguro pelo qual ele encontrará respostas. 
 
2.1 Abordagem Qualitativa 
 
A opção pela pesquisa qualitativa se faz importante porque a mesma 
compreende um conjunto de métodos e técnicas que visa descrever um 
fenômeno no campo das ciências sociais. 
Por estas questões este trabalho monográfico tem caráter qualitativo, 
pois ela estuda os sujeitos envolvidos no processo de ensino aprendizagem em 
que o planejamento escolar caracteriza-se como fenômeno que deve ser 
discutido e analisado, uma vez que ele pode ser considerado um entrave no 
processo educativo. Neste sentido, a abordagem qualitativa será uma aliada 
para a compreensão e explicação da dinâmica dos sujeitos envolvidos nesse 
processo. De acordo com Bell (2008, p.15) 
 
Os pesquisadores que adotam uma perspectiva qualitativa 
estão mais preocupados em entender as preocupações que os 
indivíduos tem do mundo. Eles põem em dúvida a existência 
de “fatos” sociais e questionam se uma abordagem “cientifica” 
pode ser utilizada ao lidarmos com seres humanos. 
 
Adotar a abordagem qualitativa de pesquisa foi necessário, já que este 
trabalho está voltado para o ensino/aprendizagem, processo em que está 
envolvida toda a comunidade escolar. Sendo, assim, essa abordagemse faz 
ideal dentro de um contexto que não deve ser quantitativo, mas refletido, 
analisado e compreendido. 
 
2.2 Métodos e técnicas 
 
A técnica utilizada para coleta de dados foi o questionário, pela 
necessidade de garantir o anonimato dos sujeitos envolvidos, já que estes são 
colegas de trabalho do lócus da pesquisa, além de esta ser uma técnica que 
ajuda o investigado responder no momento que julgar conveniente sem receber 
influência do investigador. Outro fator que levou a opção pelo questionário foi 
 22 
por estar próximo ao final do ano letivo e a possibilidade de os professores 
saírem de férias. Com o questionário, as respostas poderiam ser enviadas por 
e-mail. 
O questionário direcionado para professores teve 10 questões abertas 
voltadas para a concepção que estes professores tem sobre o planejamento 
escolar. Essas questões foram divididas em quatro categorias como: o conceito 
de planejar; a ideia de planejamento escolar; planejamento e plano de aula e o 
papel do professor na elaboração do planejamento escolar. 
A observação participante ou outra técnica de investigação desta pesquisa, 
pois como professora do quadro do lócus estudado, estou envolvida 
diretamente com a problemática em questão. 
 Segundo Marconi e Lakatos (2002) na observação participante em sua 
forma natural, o pesquisador está muito próximo à comunidade investigada, 
participando de forma real das suas atividades. 
Descombe (1998 apud BELL 2008) ainda afirma que a observação 
participante propicia aos pesquisadores o convívio com os indivíduos 
pesquisados para que os primeiros enxerguem as coisas da mesma forma que 
os segundos. De modo que compartilhem, as mesmas experiências. 
Assim, pertencer à mesma comunidade desses profissionais da educação 
é a justificativa para a adoção dessa outra técnica de pesquisa. 
Como procedimento de investigação dos instrumentos para analise dos 
dados foi utilizado o estudo de caso, que segundo Yin (apud GIL 1999, p. 73): 
“É um estudo empírico que investiga um fenômeno atual dentro do seu 
contexto de realidade, quando as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não 
são claramente definidos e no qual são utilizadas várias fontes de evidência.” 
Este método propicia um estudo mais detalhado sobre a temática abordada 
e traz oportunidades para que um problema seja estudado com mais 
profundidade dentro de um tempo limitado. O pesquisador pode se torna parte 
no caso a partir de sua constante presença ou a permanência no campo da 
pesquisa. O estudo de caso ainda ajuda a relacionar a teoria com a prática 
 
 
 
 
 23 
2.3 Lócus da pesquisa 
 
O universo da pesquisa foi a Escola Municipal Áurea Nogueira, situada na 
rua, Leovigildo Ribeiro, 434 na zona urbana do município de Serrinha- BA. 
Esta escola funciona nos turnos matutino, vespertino e noturno com 
aproximadamente 300 alunos distribuídos nos respectivos turnos. 
A escola possui uma boa estrutura física, com 07 salas de aulas, uma sala 
de leitura com um pequeno acervo, almoxarifado, sala de professor que no 
momento divide o mesmo espaço com a diretoria, 02 banheiros, uma cozinha e 
um pequeno espaço de lazer para os alunos. Na área externa foi construída em 
outubro de 2009 uma horta escolar e em novembro o início da construção de 
uma quadra poliesportiva. 
O corpo discente é oriundo da periferia da cidade. Alguns são filhos de pais 
analfabetos ou com um grau mínimo de escolaridade Muitos alunos são de 
famílias carentes e, portanto, trabalham na feira livre aos sábados para ajudar 
no sustento da família. Mesmo assim todos eles frequentam regularmente as 
aulas. 
O corpo docente é composto por 12 professores, sendo que 10 são 
concursados. Destes, 8 possuem graduação em Pedagogia e 2 em Letras 
Vernáculas. Todos com jornada de trabalho superior ou igual a 40 horas 
semanais. 
Como modalidade de ensino a escola oferece o ensino fundamental I 
escolhido para a aplicação da pesquisa e EJA I. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 24 
CAPÍTULO 3 
 
 
ANÁLISE DE DADOS 
 
 
Com a finalização da pesquisa que teve como temática, planejamento 
escolar um instrumento facilitador do trabalho docente realizado na escola 
municipal Áurea Nogueira em Serrinha – Bahia e aplicada através de 
questionário com 10 perguntas abertas e da observação participante, parte-se 
para a análise de dados que: 
Segundo (GIL 1999) a análise tem o objetivo de organizar e sumariar os 
dados de forma que estes possibilitem o fornecimento de respostas ao 
problema proposto para investigação. 
A análise possibilitou respostas ao problema desta investigação, 
planejamento escolar realmente colabora no trabalho do professor e se ajuda 
a resolver os problemas da escola. 
A partir do questionário, da observação participante foi possível decidir 
em quatro categorias, para obter respostas à problemática da pesquisa. Cada 
categoria será analisada a partir das falas dos sujeitos investigados que serão 
classificados como P1, P2, P3 e P4. Todas as discussões serão pautadas a luz 
de teóricos como, Luck (1995), Vasconcellos (2006), entre outros. 
 
3.1 O conceito de planejar 
 
Este ponto se faz relevante por fazer conhecer melhor que pensamento 
o professor da escola Áurea Nogueira tem sobre a questão abordada e se ele a 
utiliza na sua vida profissional e pessoal. 
Quanto a este questionamento a fala de P1 vem demonstrar que: 
“Planejar significa traçar caminhos para se chegar a determinado objetivo, 
significa prever uma ação futura”. 
Os demais professores parecem seguir o mesmo conceito de P1. 
 25 
P2: “Planejar é a tentativa de construir um caminho seguro para a 
aprendizagem significativa é organizar estratégias a ser aplicada em sala de 
aula, envolvendo questões diversas é o caminho que conduz a metas e 
objetivos a serem alcançados “. 
P3: “Planejar significa traçar meios sobre ações que se deseja alcançar 
no futuro.” 
P4: “É projetar o que desejamos desenvolver durante um curto e longo 
prazo, é programar suas ações para que seu objetivo seja alcançado”. 
A partir das falas citadas pelos professores acima, observa-se que eles 
comungam das mesmas ideias quanto ao conceito de planejar. Que para LUCK 
(1995, p. 25) “Planejar vem levantar a situação presente para estabelecer o 
que se quer, organizar a ação futura para se chegar a uma maior eficiência, 
certeza, além de determinar melhores resultados dos esforços.” 
É notável que os depoimentos dos professores P1, P2, P3 e P4 apontam 
o planejar como algo essencial para se obter certa segurança nos objetivos que 
se deseja alcançar tanto na vida profissional como pessoal. Vasconcellos 
(1995) diz que: “Planejar é antecipar uma interferência na realidade buscando 
sua mudança.” 
Ao planejar o indivíduo antecede suas ações, traça os objetivos e 
começa a estabelecer mudanças no ambiente familiar e profissional. Esta 
concepção de planejar ficar clara nas falas dos professores do lócus da 
pesquisa, porém foi observado que na prática os professores realizam com 
freqüência suas ações na improvisação, isto no ambiente escolar. 
 
3.2 A ideia de planejamento escolar 
 
Este ponto traz, mais uma vez, a discussão no âmbito educacional 
sobre a elaboração e importância do planejamento escolar para o professor. 
Temos na fala do P1 que: “Planejamento escolar é um instrumento que auxilia 
na resolução de resultados de problemas que surgem na e da escola, 
envolvendo todos que nela trabalham.” 
Nota-se na fala do professor 1 que ele entende que o planejamento 
escolar é realmente um instrumento importante para auxiliá-lo nas suas 
atividades educativas comotambém pode ajudar ou alcançar objetivos tanto 
 26 
individual como coletivo. O que é percebido na fala de P2: “O planejamento 
norteia e evita a improvisação, além de ajudar a intermediação dialógica entre 
professor e aluno, como também colabora com toda a comunidade local..” 
Para estes educadores o planejamento é uma atividade que se faz 
notória, pois envolve a comunidade na qual a escola encontra-se inserida 
através de elaboração e execução de atividades diversas, demonstrando desta 
forma que este instrumento não se restringe a aspecto teóricos, mas sim 
enfatiza também a realidade vigente. 
O professor 3, ao se referir ao planejamento escolar, esclarece o 
seguinte: “Não posso responder sobre algo que nunca fiz. Nas escolas em que 
trabalhei não havia planejamento escolar. Sempre realizei o plano de aula, que 
acredito ser o suficiente para ajudar nas minhas aulas.” 
Nota-se no depoimento deste professor que ele não vê tanta importância 
no planejamento, já que ele acredita ser o plano de aula suficiente. Ele afirma 
não conhecer o planejamento escolar, talvez por falta de interesse ou de 
compromisso do próprio professor, pois é importante salientar que ele atua na 
área a cerca de 10 anos, seis em sala de aula como educador. 
Às vezes fica difícil acreditar que ainda exista professor com formação 
acadêmica na área da educação que diz desconhecer instrumentos 
pedagógicos. Principalmente por que no município onde atua este educador 
sempre é realizada a jornada pedagógica além de outros encontros de 
educadores com temas que sempre englobam tais instrumentos. 
Até onde se sabe, é correto afirmar que no lócus da pesquisa até 2008 
não havia documentos como matriz curricular, projeto político pedagógico e 
planejamento escolar. Em março de 2009, a matriz curricular foi entregue a 
escola pela Secretaria de Educação do município que diz pretender junto com 
os funcionários da escola elaborar o PPP. O planejamento escolar, no período 
da jornada pedagógica foi discutido com professores do ensino fundamental I. 
Mas até o final do ano letivo de 2009 o que se pode constatar na escola foi: 
matriz curricular guardada, PPP e planejamento em discussões raras e 
superficiais. 
Pode se levar em conta também que a ação para construção do 
planejamento envolve habilidades de trabalho em grupo, está ciente que nem 
sempre sua opinião será acatada, saber articular com os outros, e o professor 
 27 
3 muitas vezes se mostrou introspectivo, intolerante. Provavelmente problemas 
como estes incentivem o professor a não ir além do que já conhece. 
 Para P4 “É um guia para a realização de uma aula inovadora e 
envolvente e que evita a rotina e a improvisação num ambiente tão dinâmico 
como a escola.” Constata-se que, os professores 1,2 e 4 vê o planejamento 
escolar como instrumento necessário, algo que visa objetivos, desejos e que irá 
ajudar o educador a estar sempre inovando, não deixando que suas aulas 
sejam repetitivas e monótonas. Sobre esta questão Luck (1995, p. 38) “afirma 
que o planejamento feito com responsabilidade, serenidade e determinação de 
aplicação, resulta uma série de contribuições que recompensa todo o esforço 
do professor e o seu tempo gasto na função de organização.” 
A autora vem comprovar que o planejamento vai além de uma mera 
atividade escolar, ele salienta um desejo, uma satisfação de torna algo real. 
Sobre a questão discutida anteriormente, os professores admitem que 
pela complexidade na elaboração do planejamento, por ter tantas outras 
atividades escolares a cumprir além da falta de tempo já que todos trabalham 
40 ou mais horas semanais o planejamento escolar se torna uma atividade a 
não ser realizada. Vasconcellos (2006, p. 16) afirma que: “Há uma ambigüidade 
na prática dos professores, Pois ao mesmo tempo em que não negam a 
importância do planejamento, percebem sérias limitações em sua realização.” 
O que se percebe é que a construção do planejamento nesta unidade de 
pesquisa demonstra ser uma atividade, uma situação não desempenha, nem 
produzida pelos sujeitos entrevistados. O que vai confirmar na observação do 
pesquisador na categoria 3.2 O conceito de planejar em que o professor na 
prática não planeja, mas reconhece sua importância. 
 
3.3 Planejamento e plano de aula 
 
Esta categoria vem tentar esclarecer se existe realmente diferença para 
o educador entre planejamento escolar e plano de aula. 
Ao se pronunciar sobre esta questão o professor 1 cita: “Planejamento 
escolar é mais global, prevê ações mais coletivas. Plano de aula é mais 
específico, prevê ações mais direcionadas.” 
 28 
O professor 2 segue o mesmo raciocínio que o professor anterior 
quando diz: “Planejamento escolar é mais amplo, mais global, suas ações são 
coletivas e o plano de aula é mais específico com ações mais direcionadas.” 
Estes professores, tem a concepção que planejamento e plano de aula 
são diferentes. Enquanto um é construído em conjunto, o outro é particular, 
uma atividade elaborada quase que exclusivamente pelo professor. 
No depoimento do professor 3 ele acredita que: “O escolar é o 
planejamento coletivo e o plano de aula é o individual, logo deixa o professor 
mais livre para executar as atividades a sua maneira.” 
É possível identificar na fala de P3 a ideia que ele faz sobre plano de 
aula, para ele parece ser algo que lhe dá liberdade para escolher quando fazer, 
como fazer. 
É evidente que existe distinção entre estes dois instrumentos. Porém 
para elaborá-los o sujeito envolvido deve reconhecer a realidade em que está e 
que se deseja melhorar, fazendo em grupo uma leitura do contexto em que se 
vive. O plano de aula como afirma P3 dá ao professor mais liberdade, mas isso 
não implica fazê-lo a sua maneira, porque como o planejamento escolar, sua 
construção está voltada para a prática do professor e para a aprendizagem do 
corpo docente. Logo deve ser compartilhado, discutido. Fusari (1989) esclarece 
que: ”Planejamento e plano são coisas diferentes se completam e interpretam 
no cotidiano da prática dos professores.” 
Assim como os demais professores P4 também concorda que há 
diferença entre plano e planejamento, pois ele acredita que: “Plano de aula é 
mais restrito a objetivos referentes a determinados conteúdos e o planejamento 
escolar é mais amplo que diz respeito à comunidade escolar.” 
Através dos depoimentos dos professores e da colaboração do autor 
citado fica claro que planejamento escolar representa o processo, a ação 
planejada a longo prazo, a rota que deve seguir o curso e o plano de aula a 
atividade de curto prazo, o objeto diário. Portanto, instrumentos distintos. 
 
 
 
 
 
 29 
3.4 O papel do professor na elaboração do planejamento escolar 
 
Em seu depoimento P1 aponta: “O professor juntamente com a 
comunidade escolar representa o “conjunto” que deve planejar coletivamente. 
Todos os envolvidos no processo, contribuem para a aprendizagem do aluno.” 
Para Vasconcellos (2006. p, 50) “Embora o professor entre só na sala de 
aula, esta imbuído nele um projeto coletivo da sociedade no sentido da 
formação das novas gerações. Tornando o exercício do professor de caráter 
publico.” 
 P2 assim como P1 mostra a importância do professor na elaboração do 
planejamento e que o ato de construí-lo não é apenas responsabilidade do 
corpo docente. 
 
O papel do professor é o de possibilitar caminhos ao 
conhecimento, às mudanças e as transformações que são os 
objetivos da educação. O planejamento deve estar de acordo 
com o nível dos estudantes. Relacionando os conteúdos, os 
conhecimentos próprios e a realidade de forma a criar novos 
conhecimentos que auxiliem na vida cotidianado educando. E 
que a construção do planejamento deve ser em conjunto 
 
Percebe-se, ainda na fala de P2, que o planejamento escolar precisa 
está pautado na realidade do aluno, assim projetar novos conhecimentos que 
os ajude no seu dia a dia a superar melhor seus desafios. P3 demonstra 
também ter a mesma opinião que seus colegas, pois ele explica: “O professor 
tem um papel importante na elaboração do planejamento, mas ele precisa da 
colaboração dos demais funcionários: diretor, vice, coordenador e outros.” 
Acredita-se que o planejamento deva ser um ato coletivo construído a 
partir de experiências individuais. Ele é considerado um ato político 
pedagógico, necessita ser pensado, repensado, discutido e colocado em 
prática com todos os atores sociais inseridos na escola. 
O planejamento escolar não deve seguir uma tendência descendente, 
com posturas e ideologias determinadas e estáticas, mas sim de forma 
ascendente e horizontal em que todos tenham a oportunidade de expressão e 
que sejam respeitadas as experiências alheias. Seria vantajoso envolver na 
elaboração, discussão, e execução alguns pais de alunos, gestores entre 
 30 
outros funcionários, afinal cada um tem suas particularidades e ricas 
contribuições. Talvez assim o planejamento tenha maior impacto na escola. 
Quando questionado sobre o papel do professor na elaboração do 
planejamento P4 explicitou: 
 
O professor constitui um integrante fundamental, pois conhece 
a realidade da sala de aula e o comportamento dos alunos, já 
que estão em contato direto com este ambiente. Assim, 
quando o professor participa da discussão, da elaboração e 
execução do planejamento escolar, ele se sente integrante 
deste, fazendo o possível para que os objetivos sejam 
alcançados. Trago uma metáfora que relaciono com este tema 
é através do livro a Águia e a Galinha, Boff(1997), onde há o 
confronto entre duas dimensões fundamentais da existência 
humana: a dimensão do enraizamento, do cotidiano, do 
limitado, que seria o símbolo da galinha e a dimensão da 
abertura, do desejo, do ilimitado, o qual seja o símbolo da 
águia. Ocorre o questionamento de como equilibrar essas 
duas dimensões e como impedir que a cultura da 
homogeneização afogue a águia dentro de nós e nos impeça 
de voar. A história da águia e a galinha evoca dimensões 
profundas do espírito, indispensáveis para o processo de 
realização humana: o sentimento da auto-estima, a 
capacidade de dar a volta por cima nas dificuldades quase 
insuperáveis, a criatividade diante de situações de opressão 
coletiva que ameaçam o horizonte da esperança. Assim, o 
professor se sente parte integrante do processo quando atua 
em todas as fases da elaboração do planejamento escolar. 
 
Ao passar para o relato de P4, nota-se que há uma relação com os 
depoimentos dos professores anteriores, porém P4 enfatiza que este agente é 
uma peça muito importante porque ao notar que está de fato inserido no ato de 
planejar ele se sente comprometido com o planejamento. 
Um indivíduo que se percebe parte significante de um processo que tem 
por finalidade, como deixa cloro Vasconcellos (2006, p. 60): 
 
Resgatar a intencionalidade da ação (marca essencialmente 
humana), possibilitando a (re)significação do trabalho, o 
resgate do sentido da ação educativa. Combater a alienação: 
explicitar e criticar as pressões sociais e os compromissos 
ideológicos; tomar consciência de que projeto está envolvido. 
Dar coerência à ação da instituição, integrando e mobilizando 
o coletivo em torno de consensos (provisórios); superar o 
caráter fragmentário das práticas em educação, a mera 
justaposição. 
 
 31 
Sente-se capaz de tomar decisões, de ter opiniões, de atuar melhor no 
seu contexto educacional. Ele realiza passos que se complementam e se 
interpenetram na ação didática pedagógica. 
Se o professor é um sujeito principal na construção do planejamento 
escolar ele por está diretamente em contato com o aluno passa a conhecer 
suas maiores necessidades de aprendizagem. Este contato leva o professor a 
ser ou a se tornar mais dinâmico, original àquele que cria e inova a sua prática 
em sala de aula, ou seja, um sujeito que acredita em si e junto com seus 
alunos produzirá conhecimento. 
Este indivíduo irá produzir o planejamento escolar consciente e imbuído 
na melhoria dos índices educacionais brasileiros. 
Nas falas dos educadores, identifica-se que ele é o elo principal na 
construção do planejamento escolar, mas também é primordial a participação 
de todos os funcionários, pois o corpo docente não é o único responsável pela 
aprendizagem e o desenvolvimento do aluno. Ele é o sujeito que aprende e 
media o objeto de aprendizagem e o estudante, portanto as atividades 
pedagógicas devem ser construída coletivamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 32 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Durante a pesquisa pode se observar que o planejamento escolar tem 
sido constantemente discutido na área da educação. Principalmente no período 
da jornada pedagógica, o que traz a idéia de que apesar deste instrumento às 
vezes parecer para alguns professores apenas um atividade corriqueira que 
não tem utilidade. Além do mais, não resolve os problemas da escola, pode vir 
sim a atrapalhar já que a sua construção toma o pouco tempo que o professor 
tem para resolver questões mais urgente como repetência e evasão escolar. 
 
Com tantas queixas ou limitações, fica difícil mesmo o 
envolvimento do professor com qualquer coisa que diz respeito 
a planejar. Podemos perceber, pois, no discurso dos 
professores uma série de eventos obstáculos epistemológicos 
(cf.Bachelard,1884-1962) em relação ao planejamento, que 
devem ser trabalhado.(VASCONCELLOS 2006,p.20) 
 
Mas a pesquisa também constatou que existem professores como os do 
lócus pesquisado que veem no planejamento qualidades como as enumeradas 
por Luck (1995 ) que são: continuidade, flexibilidade, inclusividade, 
objetividade, responsabilização entre outras. 
Estas qualidades fazem do planejamento escolar um instrumento tão 
importante quanto outros, que tem finalidades iguais ou semelhantes, como é o 
caso do PPP, Projeto Político Pedagógico. 
Os professores acreditam que o planejamento evita as centralizações, 
por que cada membro da comunidade escolar irá decidir de acordo a sua 
especificidade, mas as iniciativas serão tomadas em conjunto. 
Infelizmente, a pesquisa constatou também que o comportamento dos 
professores não condiz com suas falas, seus desejos em relação ao 
planejamento escolar. Talvez por ser o instrumento de exigências burocráticas, 
vertical e por tantos outros entraves, paralisa a ação do professor. 
Sendo assim parece correto afirmar que o planejamento facilita, porém, 
não resolve todos os problemas da escola. De certa forma ameniza-os, 
direciona a comunidade escolar a melhor maneira de solucioná-los. 
 33 
Basta ao educador ir além desta consciência e não ausentar-se deste 
momento, nem tão pouco, estar nele de forma superficial. Não esperar para 
quando instâncias superiores venham decidir o momento de por em ação 
atividades que dever ser de praxe do educador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 34 
REFERÊNCIAS 
 
 
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planejamento social. São Paulo: Moraes, 1981, p. 13. 
 
BELL, Judith. Projeto de pesquisa: guia para pesquisadores iniciantes em 
educação, saúde e ciências sociais. 4. ed. Porto Alegre: Artmede, 2008. 
 
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 7 ed. São Paulo: Ática, 2000. 
 
DEMO, Pedro.Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 
2002. 
 
FUSARI, J.C. O papel do planejamento na formação do educador. São 
Paulo: [s.n.], 1988. 
 
_____. O planejamento da educação escolar: subsídios para ação-reflexão-
ação. São Paulo, SE/COGESP, 1989. 
 
GANDIN, Danilo. A prática do planejamento participativo. 2 ed. Petrópolis: 
Vozes, 1994. 
 
_____. Planejamento como prática educativa. 7 ed. São Paulo. Loyola, 
1994. 
 
GIL. Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: 
Atlas, 1999. 
 
LÜCK, Heloisa. Planejamento em orientação educacional. Petrópolis. Vozes, 
1991. 
_____._____.Petrópolis. Vozes, 1995. 
 
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem escolar: estudos e 
proposições. São Paulo: Cortez, 1990. 
 
MARCONI. Marina de Andrade; LAKATOS. Eva Maria. Técnicas de pesquisa. 
São Paulo: Atlas, 2002. 
 
MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e 
dissertações. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002. 
 
MARTINS, Jorge dos Santos. Guia para elaboração de Projetos de 
Pesquisa. Salvador: [s.n], 1998. 
 
MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Rio de Janeiro: 
Civilização Brasileira, 1980, livro 1, v, 1 e 2. 
 
 35 
MENEGOLLA, Maximiliano; SANT’ANNA, Ilza Martins. Porque planejar? 
Como planejar?: currículo área – aula. 4. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1996. 
 
PADILHA, R. P. Planejamento dialógico: como construir o projeto político 
pedagógico da escola. São Paulo: Cortez /Instituto Paulo Freire, 2001. 
 
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento, plano de ensino-
aprendizagem e projeto educativo: elementos metodológicos para 
elaboração e realização. São Paulo: Libertad, 1997. 
 
______. Planejamento: Projeto de Ensino-Aprendizagem e Projeto 
Político-Pedagógico – elementos metodológicos para elaboração e realização 
São Paulo: Libertad, 1995. 
 
______.______. 16 ed. São Paulo: Libertad, 2006. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37 
 Questionário para educadores 
 
 
Tempo de trabalho:________________________________________________ 
 
Formação:_______________________________________________________ 
 
 
 
1 – O que significa planejar? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
 
2 – Na sua vida profissional e pessoal é necessário planejar? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
 
3 – A escola em que você atua possui planejamento escolar? Este instrumento 
ajuda a resolver os problemas da escola? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
 
4 – O planejamento escolar é um instrumento facilitador do trabalho docente? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
 
5 – O planejamento escolar deve ser um ato coletivo ou individual? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
 
6 – Há diferença entre planejamento escolar e plano de aula? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 38 
 
7 – O planejamento evita a rotina e a improvisação? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
 
8 – O planejamento favorece a reflexão sobre a prática educativa? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
 
9 – Qual o papel do professor na elaboração do planejamento escolar? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
 
10 – Planejamento é uma atividade de caráter político e ideológico? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

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