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Hermenêutica Estrutural
	A Hermenêutica Jurídica em resumo, é a interpretação do ordenamento jurídico. Os princípios e as normas devem ser interpretados e aplicados no caso concreto. Não há apenas a interpretação de uma lei específica, mas todo o ordenamento jurídico deve ser interpretado.
	A partir da compreensão da regra jurídica nos seus vários ângulos convergentes, sem esquecer a estrutura em função da execução concreta, o caminho tomado é o da interpretação, partindo do que é natural de acordo com a reciprocidade entre o ato normativo e o ato hermenêutico.
	Existem quatro formas de interpretação do Direito quanto a sua natureza, sendo elas a interpretação gramatical, interpretação teleológica, interpretação histórica e interpretação logica sistemática.
	Interpretação Gramatical desvenda o significado da norma, além de enfrentar dificuldades léxicas. Seu ponto de partida é o exame do significado e alcance das palavras do preceito legal. Para alguns autores, ela é insuficiente, pois não leva o interprete a uma interpretação conclusiva. 
	Interpretação Teleológica considera a finalidade da norma jurídica, ainda é divida em subjetiva, quando leva em consideração a intenção do autor na elaboração da norma e objetiva quando a consideração é pela finalidade da lei.
	Interpretação Histórica trata-se da pesquisa do processo evolutivo da lei, os seus precedentes auxiliam na explicação da norma. Ela ainda indaga as condições e o momento em que a lei foi elaborada.
	Interpretação Logica Sistemática extrai o conteúdo da norma a partir da analise do ordenamento jurídico. Ela analisa primeiramente a interpretação gramatical, analisa os dispositivos legais até encontrar uma conclusão interpretativa. 
	A escolha por uma hermenêutica concreta, de acordo com o reconhecimento de que a compreensão parte em função do contexto, é o último ponto de uma cadeia de integrações teóricas, de contradições agora visíveis.
	Segundo Miguel Reale: 
“[...] reconhecer que o processo interpretativo não obedece a essa ascensão mecânica das partes ao todo, mas representa antes uma forma de captação do valor das partes inserido na estrutura da lei, por sua vez inseparável da estrutura do sistema e do ordenamento. É o que se poderia denominar Hermenêutica estrutural”. (REALE. 2002, p. 290)
	Com a abertura da compreensão jurídica, a doutrina lentamente evoluiu, atendo mais a união do que as diferenças presentes entre os processos hermenêuticos particulares. Possuindo agora uma compreensão estrutural, não havendo somente uma ligação ente a lógica e a linguagem, mas uma complementariedade. Os elementos que anteriormente possuíam posições justapostas passaram a formar um processo unitário, onde tudo se complementa.
	A interpretação sistemática em seu início foi estagnada, ela indicava a dependência lógica e formal das regras de um ordenamento coerente. Mas percebeu-se, através das mudanças sociais, que o ordenamento não é apenas um sistema de proposições normativas ligadas por vínculos de subordinação ou coordenação, mas também a realidade social.
	Como a visão da experiência normativa deixou de retribuir a estrutura lógica e formal, ela passou a ser entendida pela estrutura histórica concreta. O problema hermenêutico foi resolvido, pelo pressuposto que a norma jurídica é modelo operacional de determinada classe, que sua interpretação ocorre no conjunto do ordenamento jurídico, que implica na avaliação dos fatos e valores que o constitui como também em função dos fatos e valores supervenientes. 
	Na compreensão estrutural o jurista receber as mudanças e imprevistos, fazendo uso da elasticidade, que é ligado ao modelo jurídico, mas não abandona os valores essências de segurança e de certeza. Apesar de a interpretação estar do lado da elasticidade normativa, completando os espaços do sistema, ela deve ser compatível com a lógica e ética do ordenamento jurídico positivo.
	A crise da ciência jurídica somente acabará quando a discrepância da lógica e da experiência, na linha da logica do concreto não existir. É indispensável na criação de modelos jurídicos e em sua interpretação.
	Em resumo a Hermenêutica Estrutural fundamenta-se no ganho dos valores dos segmentos que se encontram inseridos na estrutura da lei, além de ser inerente a estrutura do sistema e do ordenamento. O seu sentindo global da lei é composto pela união das analises axiológicas dos preceitos, com o aumento do sentido bipolar de todas as partes para o todo.
Referências Bibliográficas 
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. P.290. Acessado em 16/01/2015
Referências
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. 
REALE, Miguel. Para uma hermenêutica jurídica estrutural. 72. ed. São Paulo, In: Revista da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, 1977. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rfdusp/article/view/66792>. Acesso em: 17 jan. 2015.

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