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Semiologia Geriátrica

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SEMIOLOGIA GERIÁTRICA
Rychard Arruda
FAMERV
ANAMNESE 
ANAMNESE
Os pacientes idosos podem sofrer de deficiências sensoriais tais como perda de audição, da visão, interferindo, portanto, no processo da entrevista.
A entrevista deve ser feita de acordo com cada paciente.
ANAMNESE
A anamnese dirigida pode ser útil (interrogatório pronto).
Se a história for prejudicada por alterações na memória, deve-se consultar outras fontes para obtenção dos dados (membro da família, assistente social, dados de outro médico ou hospital).
ANAMNESE
Às vezes a queixa principal do paciente pode ser diferente daquilo que a família encara como o principal problema.
Em função das múltiplas patologias é difícil objetivar a entrevista.
ANAMNESE
Para complicar ainda mais, os idosos podem deixar de relatar seus sintomas, porque consideram a sua doença como parte do envelhecimento normal, por exemplo, podem não contar sintomas de dispneia, perda de audição e visão, incontinência, distúrbios de marcha, constipação, tonturas ou quedas.
NENHUMA DOENÇA DEVE SER ATRIBUÍDA
AO ENVELHECIMENTO NORMAL.
TÉCNICAS
DE
ENTREVISTA
ENTREVISTA
Apresentação.
Avaliação superficial do estado mental no início da entrevista.
Os parentes não devem responder as perguntas, a menos que o médico solicite.
Se o paciente não for capaz de fornecer uma história confiável, isso deverá ser feito por parente ou outra pessoa (empregada, secretária, cuidador).
ENTREVISTA
Para superar os problemas de comunicação que incluam deficiências visuais ou auditivas, o examinador deve permanecer próximo ao paciente, encará-lo de frente e falar devagar.
A sala deve estar bem iluminada e isenta de ruídos estranhos.
HISTÓRIA
MÉDICA
HISTÓRIA
DOS
MEDICAMENTOS
HISTÓRIA
SOCIAL
HISTÓRIA
NUTRICIONAL
Capacidade Funcional
Equilíbrio e Mobilidade
Tinetti – Performance Oriented Mobility Assesment (POMA) Brasil
Timed Get up and Go ou GUG
 Velocidade de Marcha
ESTADO FUNCIONAL (AVD-AIVD)
A avaliação funcional deve incluir uma avaliação da mobilidade, continência, estado mental e auto-suficiência.
O paciente pode andar sozinho ou pode exigir o auxílio de uma bengala, um aparelho ou de outra pessoa. 
A sua capacidade para caminhar e fazer a sua higiene pessoal deve ser avaliada, assim como a necessidade de ajuda para cozinhar, fazer limpeza ou compras.
Capacidade Funcional
 Medida do nível de preservação do indivíduo para realizar atividades de vida diária (AVDs) e atividades instrumentais de vida diária (AIVDs).
 AVDs - autocuidado (tomar banho, vestir-se, higiene pessoal, locomover-se, usar o banheiro, alimentar-se).
 AIVDs – permitem a vida independente na comunidade (fazer compras, cozinhar, arrumar a casa, telefonar, lavar roupa, entre outras.
AAVDs – não fundamentais para a vida independente, sua presença é indicativa de maior capacidade funcional e melhor saúde física e mental (dirigir, dançar, viajar, andar de bicicleta, entre outras).
Aykawa e Neri (2005)
Escala de Katz (AVDs)
Adaptado de Katz, Downs, Cash et al. Gerontologist, 1970; 10:20-30 
Escala de Katz (AVDs)
Escore
 Total = somatório de respostas tipo “sim”. 
 6 pontos = independência para AVDs
 4 pontos = dependência parcial 
 2 pontos = dependência importante.
 Tempo aplicação = 2 a 4 minutos
Índice de Barthel (AVDs)
Avalia o potencial funcional e os resultados do tratamento de reabilitação dos pacientes que sofreram um acidente vascular cerebral e mede o grau de assistência exigido pelo indivíduo em 10 itens de AVDs envolvendo mobilidade e cuidados pessoais (alimentação, banho, higiene pessoal, vestir-se, controle de bexiga, do intestino, transferência, deambulação e subir escada).
Cada item é avaliado por uma escala ordinal de 0 a 100.
Abaixo de 50 significa dependência nas AVDs.
Mahoney (1965) 
Escala de Lawton (AIVDs)
Adaptado de Lawton, Moss, Fulcomer et al. J Gerontol, 1982; 37:91-99 
Escala de Lawton (AIVDs)
Escores
 Sem ajuda (3) = independência
 Com ajuda parcial (2) = capacidade com ajuda
 Não consegue (1) = dependência
 Pontuação máxima = 27 pontos
 Escore tem significado apenas para o paciente individual, servindo como base para comparação.
 Questões 4 e 7 podem ser adaptadas, conforme o sexo (ex.: subir escadas, cuidar do jardim).
 Tempo de aplicação = 3 a 5 minutos
ESTADO MENTAL
A avaliação do estado mental é um componente chave da história e do exame físico.
A avaliação do estado mental, em um paciente que tenha um distúrbio da fala ou linguagem é difícil.
Principais Funções Cognitivas
Atenção
Função executiva (habilidades necessárias para o desempenho de comportamentos complexos) 
Memória
Habilidades visuo-espaciais
Linguagem
Avaliação Cognitiva
	Principais instrumentos utilizados no Brasil
Mini-Exame do Estado Mental (MEEM)
Teste do relógio (TR)
Prova de Fluência Verbal (categoria animais)
Lista de palavras do CERAD (Consortium to Establish a Registry for Alzheimer’s Disease)
Nitrini, Caramelli, Bottino et al. (2005) 
Arq Neuropsiquiatr;2005, 63 (3-A):720-727
Mini-Exame do Estado Mental
 O Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) foi elaborado por Folstein et al (1975). 
 É a escala mais utilizada para avaliar a função cognitiva de idosos (Almeida, 2000).
Pode ser usado isoladamente ou incorporado a instrumentos mais amplos.
 Permite a avaliação da função cognitiva e rastreamento de quadros demenciais.
Brucki,Nitrini, Caramelli, Bertolucci e Okamoto (2003) 
Arq Neuropsiquiatr;61(3-B):777-781
Mini-Exame do Estado Mental
Forte influência da escolaridade sobre os escores totais do MEM.
Foram feitas algumas adaptações para o uso em nosso meio.
Fácil e rápida aplicação (5-10 minutos).
Composto por diversas questões agrupadas em 7 categorias: orientação para o tempo, orientação para local, registro de três palavras, atenção e cálculo, lembranças das três palavras, linguagem e capacidade construtiva visual (Almeida, 2000).
Brucki,Nitrini, Caramelli, Bertolucci e Okamoto (2003) 
Arq Neuropsiquiatr;61(3-B):777-781
Mini-Exame do Estado Mental
1. Orientação temporal (0-5): ANO – ESTAÇÃO - MÊS – DIA - DIA DA SEMANA
2. Orientação espacial (0-5): ESTADO – RUA - CIDADE - LOCAL - ANDAR
3. Registro (0-3): nomear: PENTE - RUA – CANETA
4. Cálculo- tirar 7 (0-5): 100-93-86-79-65
5. Evocação (0-3): três palavras anteriores: PENTE – RUA - CANETA
6. Linguagem 1 (0-2): nomear um RELÓGIO e uma CANETA
7. Linguagem 2 (0-1): repetir: NEM AQUI, NEM ALI, NEM LÁ
8. Linguagem 3 (0-3): siga o comando: Pegue o papel com a mão direita, dobre-o ao meio, coloque-o em cima da mesa.
9. Linguagem 4 (0-1): ler e obedecer: FECHE OS OLHOS
10. Linguagem 5 (0-1): escreva uma frase completa
11. Linguagem 6 (0-1): copiar o desenho.
 Minimental State Examination – MMSE (Folstein et al., 1975) 
 Tradução de Bertolucci et al. (1994)
Mini-Exame do Estado Mental
Escore total depende do nível educacional.
Escores diferenciados para idosos com e sem escolaridade.
Pontos de corte - 13 para analfabetos, 18 para escolaridade baixa/média e 26 para alta escolaridade (Bertolucci et al., 1994).
Pontos de corte – 19/20 para idosos sem escolaridade e 23/24 para idosos com educação escolar (Almeida, 1998 e validade por Lourenço em 2005).
Pontos de Corte – Herrera et al., 2002
			Analfabetos – 19
			1 a 3 anos – 23
			4 a 7 anos – 24
			>7anos - 28
Teste do Relógio
Avalia a função cognitiva (função visuo-espacial e função executiva).
É um teste simples que pode ser facilmente incorporado à prática clínica, melhorando a detecção de quadros de déficit cognitivo.
Menor influência do grau de escolaridade na realização do teste. 
É um teste totalmente qualitativo.
Tempo de aplicação = 2 minutos
Teste do Relógio
O TR possui boa confiabilidade entre observadores e teste-reteste.
Boa correlação com o MEM.
Estudos mostram pior desempenho no TR com o aumento da idade, com a redução da escolaridade
e no sexo feminino. 
Fuzikawa, Uchôa, Lima-Costa (2003)
Teste do Relógio
	Aplicação
Solicitar ao paciente que desenhe os números do relógio, marcando determinada hora, sem mencionar a necessidade de ponteiros. 
O círculo pode ou não ser oferecido previamente. 
O teste é considerado completo quando o paciente desenha todos os números do relógio, espacialmente bem distribuídos, e os ponteiros marcando a hora solicitada.
 O teste não é cronometrado e pode ser repetido quantas vezes forem necessárias. 
Teste do Relógio
	"Este círculo é um relógio. Desenhe todos os números marcando 9 horas e 20 minutos."
Teste do Relógio
	Interpretação
0 = Inabilidade absoluta de representar o relógio.
1 = O desenho tem algo a ver com o relógio, mas com desorganização visuo-espacial grave.
2 = Desorganização visuo-espacial moderada que leva a uma marcação de hora incorreta, perseveração, confusão esquerda-direita, números faltando, números repetidos, sem ponteiros, com ponteiros em excesso.
3 = Distribuição visuo-espacial correta com marcação errada da hora.
4 = Pequenos erros espaciais com dígitos e hora corretos.
5 = Relógio perfeito
Shulman (2000)
Teste do Relógio
O paciente foi solicitado a desenhar um relógio marcando 2h 45. 
Teste do Relógio
Figura 1. Imagem espelhada dos números e insucesso ao marcar a hora (10h30).
Figura 2. Faltam os números do lado esquerdo do relógio.
Teste do Relógio
Figura 1. Omissão do número 5 e preserveração do número 3.
Figura 2. Disposição simétrica dos números nos dois lados do relógio.
Fluência Verbal
	Categoria Animais
Avalia a função executiva 
Instrução – Pede-se ao paciente para dizer o maior número de animais possíveis em 1 minuto. “Fale todos os animais que conseguir lembrar. Vale qualquer bicho.”
Quando são lembrados animais cuja denominação de gênero é semelhante (gato e gata), um deles não é pontuado.
Quando a denominação é diferente de gênero é diferente (cavalo e égua), ambos são pontuados
Isaacs e Kennie (1973)
Fluência Verbal
	Categoria Animais
É pontuada a denominação genérica de subcategorias de animais (peixe ou pássaros), mas apenas quando não seguidas por exemplos de classe.
A seqüência “gato, cavalo, peixe, vaca” receberia 4 pontos.
A seqüência “gato, gata, peixe, tubarão, baleia” receberia 3 pontos.
Isaacs e Kennie (1973)
Fluência Verbal
	Escores
Indivíduos normais com escolaridade de 8 anos ou mais são capazes de evocar pelo menos 13 animais.
Indivíduos normais com menos de 8 anos de estudo são capazes de evocar pelo menos 9 animais.
Isaacs e Kennie (1973)
Fluência Verbal
Grupo controle (média de 75,9 anos) = 15 pontos
Grupo DA (média de 69,0 anos) = 7 pontos
	Estágio 1 (Escala de Pontuação Clínica de Demência CDR). Essas pessoas pareciam normais a um exame causal.
	Ponto de corte = 12
Bertolucci, Okamoto, Neto, Ramos e Brucki, 1998
Lista de Palavras
São apresentadas, uma a uma, dez palavras não relacionadas para serem lidas em voz alta pelo examinando (ou examinador, caso a leitura esteja prejudicada) a um ritmo de uma palavra a cada 2 segundos.
Após é feita a evocação, por um período máximo de 90 segundos. O procedimento é repetido, com as palavras em outra ordem, mais duas vezes. 
Pontuação – é obtida pela soma das palavras evocadas nas três tentativas, com um escore máximo de 30 pontos.
Atkinson e Shiffrin (1971)
Lista de Palavras
Grupo controle (média de 75,9 anos) = 18 pontos
Grupo DA (média de 69,0 anos) = 9 pontos
	Estágio 1 (Escala de Pontuação Clínica de Demência CDR). Essas pessoas pareciam normais a um exame causal.
	Ponto de Corte = 14
Bertolucci, Okamoto, Neto, Ramos e Brucki, 1998
Lista de Palavras
Lista de palavras:
MANTEIGA
BRAÇO
PRAIA
CARTA
RAINHA
CABANA
POSTE
BILHETE
ERVA
MOTOR
Atkinson e Shiffrin (1971)
HISTÓRIA PSIQUIÁTRICA
Os problemas psiquiátricos nos idosos podem não ser detectados com a mesma frequência que nos pacientes jovens.
A insônia, constipação, mudanças na cognição ou queixas somáticas podem ser os primeiros sinais.
Deve ser indagado sobre sensações de tristeza, depressão e desespero. Episódios de choro podem indicar depressão. Deve ser levantada a história de tratamento psiquiátrico, psicoterapia, uso de drogas antidepressivas.
Depressão
A Escala de Depressão Geriátrica (GDS) é uma medida utilizada para o rastreamento de depressão em idosos.
É um dos instrumentos mais frequêntes utilizados para este fim. 
É composta por 30 itens na versão original e por 15 itens na versão curta. 
Foi desenvolvida especialmente para o rastreamento dos transtornos de humor em idosos, com perguntas que evitam a esfera das queixas somáticas. 
É composta por perguntas fechadas, apresentando respostas tipo sim ou não. Pode ser auto-aplicada ou aplicada por um entrevistador treinado.
Escala de Depressão Geriátrica (GDS – 15)
Adaptado de Yesavage et al. J Psychiat Res, 1983; 17 (1): 37-49
Escala de Depressão Geriátrica (GDS – 15)
Escores
 As seguintes respostas valem 1 ponto:
(1) não, (4) sim, (7) não, (10) sim, (13) não, (2) sim, (5) não, (8) sim, (11) não, (14) sim, (3) sim, (6) sim, (9) sim, (12) sim e (15) sim.
 Escores inferiores a 5 são normais
 5-10 indicam depressão leve a moderada
 Escores acima de 10 indicam depressão grave.
GDS - 30
Adaptado de Yesavage et al. J Psychiat Res, 1983; 17 (1): 37-49
GDS - 30
	Escores
1 ponto para cada resposta depressiva
0 - 10 normal 
11- 20 depressão média 
21 - 30 depressão severa 
EXAME FÍSICO
O exame físico assume maior importância nos idosos do que nos pacientes jovens, já que uma história médica completa pode não ser inicialmente disponível. 
O exame deve ser realizado em um ambiente agradável com temperatura confortável e iluminação adequada. A privacidade é essencial. 
A presença de um parente deve ser indagada.
SINAIS VITAIS
Medida da TA em três posições.
A TA pode ser alterada pela ansiedade, dor, refeições, fumo, mudanças na temperatura ambiental ou esforço físico. 
A TA pode ser sobrestimada nos pacientes idosos devido a rigidez arterial.
Exame físico
Deve- se se suspeitar de PSEUDO-HIPERTENSÃO, se a artéria radial ainda for palpável, depois que o manguito tiver sido inflada a um ponto maior do que a pressão sistólica (Sinal de Osler).
Exame físico
Observar hipotensão postural.
A TA elevada deve ser registrada em pelo menos 3 ocasiões distintas.
Exame físico
A frequência cardíaca sofre um decréscimo sem fugir da normalidade.
De forma similar a temperatura, pode não ser detectada taquicardia em uma situação clínica na qual seria esperada, inclusive como mecanismo compensatório diante de uma mudança rápida de postura.
Exame físico
A temperatura varia dentro da mesma faixa de normalidade do jovem, mas é importante saber que processos que em outra idade cursariam um aumento de temperatura podem não se comportar desta maneira no idoso. 
As hipotermias são mais frequentes e mais graves.
CARDIOVASCULAR
À inspeção e à palpação os sinais cardíacos são menos evidentes, podendo-se esperar diminuição da intensidade do choque na ponta do coração.
As bulhas são frequentemente hipofonéticas.
Cardiovascular
Sopros sistólicos são audíveis em 60% dos idosos, geralmente sem corresponder a comprometimento importante. O mais comum dos sopros é o de ejeção, localizado em área aórtica, que pode estar relacionado a fluxo turbulento devido a dilatação e ao enrijecimento da aorta.
CARDIOVASCULAR
Sopro sistólico de regurgitação e localizado em área mitral pode ser causado por dilatação de músculos papilares ou outras alterações própria da valva em virtude do envelhecimento.
CARDIOVASCULAR
Os sopros diastólicos são patológicos.
Pulsos periféricos devem ser palpados de rotina.
Pulsos diminuídos ou ausentes são indicativos de doença vascular.
CARDIOVASCULAR
Dispnéia e dispnéia paroxística noturna lembrar não só da insuficiência cardíaca mas também
do refluxo gastroesofágico.
Edema de tornozelo:insuficiência cardíaca, insuficiência venosa, hipoalbuminemia, efeito colateral de drogas.
PESO E ALTURA
A altura é menor do que alcançou na fase de crescimento (encurtamento da coluna por redução da altura das vértebras e dos discos intervertebrais e aumento de todas suas curvaturas).
O peso diminui fisiologicamente pela diminuição do número de células e diminuição da água corporal.
PELE
Podem ocorrer alterações quanto a textura, elasticidade, espessura, pigmentação, secreção sebácea, conteúdo hídrico, presença de nevos, etc.
 
Prurido na pele seca, alergia, escabiose, icterícia, uremia, carcinoma.
OUVIDOS
Diminuição da audição (presbiacusia, neuroma acústico, cerume, traumatismo por ruído, ototoxicidade por medicamento (aminoglicosídeos, aspirina).
BOCA
Observar as condições dos dentes e estado das gengivas.
Em caso de próteses nunca deve ser esquecido que sob elas podem estar ocultas lesões neoplásicas.
Boca seca por medicamentos (diuréticos, anti-hipertensivos, anti-histamínicos, lesão de glândula salivar, doenças auto imunes).
BOCA
Perda do paladar por infecções na boca ou nariz, neoplasias, fármacos, fumo, limitação do movimento da língua por câncer oral. 
Sensação de queimação na língua por anemia perniciosa. 
Dor causada por dentaduras mal ajustadas, câncer oral.
PESCOÇO
Palpação da tireóide. Procura de nódulos e irregularidades. Ausculta de artérias em busca de sinais de doença obstrutiva de vasos locais.
Procura de nódulos e gânglios. Dor na região cervical por artrite, polimialgia reumática.
TÓRAX
A caixa torácica do idoso torna-se mais fixa, com menor capacidade de expandir-se interferindo com a fisiologia pulmonar e alterando a pressão intratorácica. 
Dor torácica faz pensar em angina, ansiedade, herpes zoster, refluxo gastroesofágicos, distúrbios da motilidade esofágica, neurite.
Ruídos adventícios podem ser ouvidos na ausência de doenças pulmonares .
Exame físico
A frequência respiratória em idosos é de 16 a 25 mpm. Uma freqüência respiratória acima de 25 mpm sugere a possibilidade de uma infecção do trato respiratório.
GASTRINTESTINAL
Pulsação aórtica proeminente - aneurisma abdominal.
Alteração de hábito intestinal - carcinoma.
Constipação - hipotireoidismo, desidratação, hipocalemia, dieta pobre em fibras, medicamentos (antiácidos com alumínio, anticolinérgicos), abuso de laxantes.
Sangramento retal - angiodisplasia, colite isquêmica, diverticulose, carcinoma coloretal, hemorróidas, pólipos.
GASTRINTESTINAL
Incontinência fecal - disfunção cerebral, lesões da medula, carcinoma de reto.
Dor abdominal súbita em região hipogástrica - colite isquêmica.
Dor abdominal pós-prandial (15-30 minutos, após a refeição, durando de 1 a 3 horas )-isquemia intestinal crônica.
A área anorretal deve ser examinada quanto a fissuras e hemorróidas. O toque retal pode revelar massa ou acúmulo fecal.
A inatividade e a imobilidade são os piores inimigos do idoso.
Sarcopenia: nova síndrome geriátrica
Critérios para diagnóstico da sarcopenia
Diminuição da massa muscular
Diminuição da força muscular
Diminuição do desempenho físico
Sarcopenia
Sarcopenia
Fragilidade
Conclusão
É necessário, antes de mais nada, compreendê-los aceitando suas “manias” e agindo com paciência e delicadeza.
	Atividade
	Independente
	Sim
	Não
	1. Banho 
	Não recebe ajuda ou somente recebe ajuda para uma parte do corpo
	
	
	2. Vestir-se
	Pega as roupas e se veste sem qualquer ajuda, exceto para arrumar os sapatos
	
	
	3. Higiene Pessoal
	Vai ao banheiro, usa o banheiro, veste-se e retorna sem qualquer ajuda (pode usar andador ou bengala)
	
	
	4. Transferência
	Consegue deitar na cama, sentar na cadeira e levantar sem ajuda (pode usar andador ou bengala)
	
	
	5. Continência
	Controla completamente urina e fezes
	
	
	6. Alimentação
	Come sem ajuda (exceto para cortar carne ou passar manteiga no pão)
	
	
	1. Consegue usar o telefone?
	sem ajuda
com ajuda parcial
não consegue
	3
2
1
	2. Consegue ir a locais distantes, usando algum transporte,s em necessidade de planejamento especiais?
	sem ajuda
com ajuda parcial
não consegue
	3
2
1
	3. Consegue fazer compras?
	sem ajuda
com ajuda parcial
não consegue
	3
2
1
	4. Consegue preparar suas próprias refeições?
	sem ajuda
com ajuda parcial
não consegue
	3
2
1
	5. Consegue arrumar a casa?
	sem ajuda
com ajuda parcial
não consegue
	3
2
1
	6. Consegue fazer trabalhos manuais domésticos, como pequenos reparos?
	sem ajuda
com ajuda parcial
não consegue
	3
2
1
	7. Consegue lavar e passar sua roupa?
	sem ajuda
com ajuda parcial
não consegue
	3
2
1
	8. Consegue tomar seus remédios na dose certa e no horário correto?
	sem ajuda
com ajuda parcial
não consegue
	3
2
1
	9. Consegue administrar suas finanças?
	sem ajuda
com ajuda parcial
não consegue
	3
2
1
Miniexame do estado mental – Folstein
Paciente --------------------------------------------------------------------------- Data: ___/___/____
Escolaridade ____________________________
ORIENTAÇÃO
Qual o ano que estamos? ____________________		(1)
Qual a estação do ano? _______________________		(1)
Que dia da semana estamos? _________________		(1)
Qual a data? _________________________________		(1)
Que mês estamos? ___________________________		(1)
Que estado estamos? _________________________		(1)
Que país vivemos? ___________________________		(1)
Que cidade estamos? _________________________		(1)
Que lugar estamos (consultório)? _______________		(1)
Que andar estamos? ___________________________		(1)
REGISTRO
Registrar 3 objetos. Demore 1 segundo para dizer cada um (chave, caneta, copo). Perguntar ao paciente quais os três objetos depois de ter dito.
Chave				(1)
Caneta				(1)
Copo				(1)
Repetir até que ele aprenda os três.
ATENÇÃO E CÁLCULO
100-7= 93				(1)
93-7= 86				(1)
86-7= 79				(1)
79-7= 72				(1)
72-7=65				(1)
MEMÓRIA
Perguntar pelos três objetos citados anteriormente
Chave				(1)
Caneta				(1)
Copo				(1)
LINGUAGEM
Nomear um lápis				(1)
Nomear um relógio				(1)
Repetir NÃO TEM SE NEM MAS	(1)
Pegar papel com a mão direita		(1)
Dobrar o papel ao meio			(1)
Colocar o papel no chão			(1)
Leia e obedeça: FECHE OS OLHOS	(1)
Escreva uma frase com sentido		(1)
Copiar o desenho				(1)
TOTAL DE PONTOS _______________
Idoso normal= 24 – 30 pontos. Igual ou inferior a 24= declínio mental. Abaixo de 17= demência
	1. Em geral, você está satisfeito(a) com sua vida?
	sim/não
	2. Você abandonou várias de suas atividades ou interesses?
	sim/não
	3. Você sente que sua vida está vazia?
	sim/não
	4. Você se sente aborrecido(a) com freqüência?
	sim/não
	5. Você está de bom humor durante a maior parte do tempo?
	sim/não
	6. Você teme que algo de ruim aconteça com você?
	sim/não
	7. Você se sente feliz durante a maior parte do tempo?
	sim/não
	8. Você se sente desamparado(a) com freqüência?
	sim/não
	9. Você prefere ficar em casa a sair e fazer coisas novas?
	sim/não
	10. Você acha que apresenta mais problemas de memória do que antes?
	sim/não
	11. Atualmente, você acha maravilhoso estar vivo(a)?
	sim/não
	12. Você considera inútil a forma em que se encontra agora?
	sim/não
	13. Você se sente cheio(a) de energia?
	sim/não
	14. Você considera sem esperança a situação em que se encontra?
	sim/não
	15. Você considera que a maioria das pessoas está melhor do que você?
	sim/não
	Total
	
	1. Você está satisfeito com sua vida?
	( ) Sim
	(X) Não
	2. Abandonou muitos de seus interesses e atividades?
	(X) Sim
	( ) Não
	3. Sente que a sua vida está vazia?
	(X) Sim
	( ) Não
	4. Sente-se freqüentemente aborrecido (a)?
	(X) Sim
	( )
Não
	5. Você tem esperança quanto ao futuro?
	( ) Sim
	(X) Não
	6. Tem pensamentos negativos com freqüência? 
	(X) Sim
	( ) Não
	7. Está de bom humor na maior parte do tempo?
	( ) Sim
	(X) Não
	8. Teme que algo ruim lhe aconteça?
	(X) Sim
	( ) Não
	9. Sente-se feliz na maioria do tempo?
	( ) Sim
	(X) Não
	10. Sente-se desamparado (a) freqüentemente?
	(X) Sim
	( ) Não
	11. Sente-se inquieto (a) freqüentemente?
	(X) Sim
	( ) Não
	12. Prefere ficar em casa a sair e fazer coisas novas?
	(X) Sim
	( ) Não
	13. Preocupa-se muito com o futuro?
	(X) Sim
	( ) Não
	14. Tem mais problema de memória do que os outros?
	(X) Sim
	( ) Não
	15. Acha bom estar vivo?
	( ) Sim
	(X) Não
	16. Fica triste freqüentemente?
	(X) Sim
	( ) Não
	17. Sente-se inútil?
	(X) Sim
	( ) Não
	18. Preocupa-se muito com o passado?
	(X) Sim
	( ) Não
	19. Acha a vida interessante?
	( ) Sim
	(X) Não
	20. Para você é difícil começar novos projetos?
	(X) Sim
	( ) Não
	21. Sente-se cheio de energia?
	( ) Sim
	(X) Não
	22. Sente-se sem esperança?
	(X) Sim
	( ) Não
	23. Acha que os outros têm mais sorte que você?
	(X) Sim
	( ) Não
	24. Preocupa-se com coisas sem importância?
	(X) Sim
	( ) Não
	25. Sente vontade de chorar freqüentemente?
	(X) Sim
	( ) Não
	26. É difícil para você se concentrar?
	(X) Sim
	( ) Não
	27. Sente-se bem ao acordar?
	( ) Sim
	(X) Não
	28. Prefere evitar reuniões sociais?
	(X) Sim
	( ) Não
	29. É fácil para você tomar decisões?
	( ) Sim
	(X) Não
	30. O seu raciocínio está tão claro como antes?
	( ) Sim
	(X) Não

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