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SEMIOLOGIA GERIÁTRICA Rychard Arruda FAMERV ANAMNESE ANAMNESE Os pacientes idosos podem sofrer de deficiências sensoriais tais como perda de audição, da visão, interferindo, portanto, no processo da entrevista. A entrevista deve ser feita de acordo com cada paciente. ANAMNESE A anamnese dirigida pode ser útil (interrogatório pronto). Se a história for prejudicada por alterações na memória, deve-se consultar outras fontes para obtenção dos dados (membro da família, assistente social, dados de outro médico ou hospital). ANAMNESE Às vezes a queixa principal do paciente pode ser diferente daquilo que a família encara como o principal problema. Em função das múltiplas patologias é difícil objetivar a entrevista. ANAMNESE Para complicar ainda mais, os idosos podem deixar de relatar seus sintomas, porque consideram a sua doença como parte do envelhecimento normal, por exemplo, podem não contar sintomas de dispneia, perda de audição e visão, incontinência, distúrbios de marcha, constipação, tonturas ou quedas. NENHUMA DOENÇA DEVE SER ATRIBUÍDA AO ENVELHECIMENTO NORMAL. TÉCNICAS DE ENTREVISTA ENTREVISTA Apresentação. Avaliação superficial do estado mental no início da entrevista. Os parentes não devem responder as perguntas, a menos que o médico solicite. Se o paciente não for capaz de fornecer uma história confiável, isso deverá ser feito por parente ou outra pessoa (empregada, secretária, cuidador). ENTREVISTA Para superar os problemas de comunicação que incluam deficiências visuais ou auditivas, o examinador deve permanecer próximo ao paciente, encará-lo de frente e falar devagar. A sala deve estar bem iluminada e isenta de ruídos estranhos. HISTÓRIA MÉDICA HISTÓRIA DOS MEDICAMENTOS HISTÓRIA SOCIAL HISTÓRIA NUTRICIONAL Capacidade Funcional Equilíbrio e Mobilidade Tinetti – Performance Oriented Mobility Assesment (POMA) Brasil Timed Get up and Go ou GUG Velocidade de Marcha ESTADO FUNCIONAL (AVD-AIVD) A avaliação funcional deve incluir uma avaliação da mobilidade, continência, estado mental e auto-suficiência. O paciente pode andar sozinho ou pode exigir o auxílio de uma bengala, um aparelho ou de outra pessoa. A sua capacidade para caminhar e fazer a sua higiene pessoal deve ser avaliada, assim como a necessidade de ajuda para cozinhar, fazer limpeza ou compras. Capacidade Funcional Medida do nível de preservação do indivíduo para realizar atividades de vida diária (AVDs) e atividades instrumentais de vida diária (AIVDs). AVDs - autocuidado (tomar banho, vestir-se, higiene pessoal, locomover-se, usar o banheiro, alimentar-se). AIVDs – permitem a vida independente na comunidade (fazer compras, cozinhar, arrumar a casa, telefonar, lavar roupa, entre outras. AAVDs – não fundamentais para a vida independente, sua presença é indicativa de maior capacidade funcional e melhor saúde física e mental (dirigir, dançar, viajar, andar de bicicleta, entre outras). Aykawa e Neri (2005) Escala de Katz (AVDs) Adaptado de Katz, Downs, Cash et al. Gerontologist, 1970; 10:20-30 Escala de Katz (AVDs) Escore Total = somatório de respostas tipo “sim”. 6 pontos = independência para AVDs 4 pontos = dependência parcial 2 pontos = dependência importante. Tempo aplicação = 2 a 4 minutos Índice de Barthel (AVDs) Avalia o potencial funcional e os resultados do tratamento de reabilitação dos pacientes que sofreram um acidente vascular cerebral e mede o grau de assistência exigido pelo indivíduo em 10 itens de AVDs envolvendo mobilidade e cuidados pessoais (alimentação, banho, higiene pessoal, vestir-se, controle de bexiga, do intestino, transferência, deambulação e subir escada). Cada item é avaliado por uma escala ordinal de 0 a 100. Abaixo de 50 significa dependência nas AVDs. Mahoney (1965) Escala de Lawton (AIVDs) Adaptado de Lawton, Moss, Fulcomer et al. J Gerontol, 1982; 37:91-99 Escala de Lawton (AIVDs) Escores Sem ajuda (3) = independência Com ajuda parcial (2) = capacidade com ajuda Não consegue (1) = dependência Pontuação máxima = 27 pontos Escore tem significado apenas para o paciente individual, servindo como base para comparação. Questões 4 e 7 podem ser adaptadas, conforme o sexo (ex.: subir escadas, cuidar do jardim). Tempo de aplicação = 3 a 5 minutos ESTADO MENTAL A avaliação do estado mental é um componente chave da história e do exame físico. A avaliação do estado mental, em um paciente que tenha um distúrbio da fala ou linguagem é difícil. Principais Funções Cognitivas Atenção Função executiva (habilidades necessárias para o desempenho de comportamentos complexos) Memória Habilidades visuo-espaciais Linguagem Avaliação Cognitiva Principais instrumentos utilizados no Brasil Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) Teste do relógio (TR) Prova de Fluência Verbal (categoria animais) Lista de palavras do CERAD (Consortium to Establish a Registry for Alzheimer’s Disease) Nitrini, Caramelli, Bottino et al. (2005) Arq Neuropsiquiatr;2005, 63 (3-A):720-727 Mini-Exame do Estado Mental O Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) foi elaborado por Folstein et al (1975). É a escala mais utilizada para avaliar a função cognitiva de idosos (Almeida, 2000). Pode ser usado isoladamente ou incorporado a instrumentos mais amplos. Permite a avaliação da função cognitiva e rastreamento de quadros demenciais. Brucki,Nitrini, Caramelli, Bertolucci e Okamoto (2003) Arq Neuropsiquiatr;61(3-B):777-781 Mini-Exame do Estado Mental Forte influência da escolaridade sobre os escores totais do MEM. Foram feitas algumas adaptações para o uso em nosso meio. Fácil e rápida aplicação (5-10 minutos). Composto por diversas questões agrupadas em 7 categorias: orientação para o tempo, orientação para local, registro de três palavras, atenção e cálculo, lembranças das três palavras, linguagem e capacidade construtiva visual (Almeida, 2000). Brucki,Nitrini, Caramelli, Bertolucci e Okamoto (2003) Arq Neuropsiquiatr;61(3-B):777-781 Mini-Exame do Estado Mental 1. Orientação temporal (0-5): ANO – ESTAÇÃO - MÊS – DIA - DIA DA SEMANA 2. Orientação espacial (0-5): ESTADO – RUA - CIDADE - LOCAL - ANDAR 3. Registro (0-3): nomear: PENTE - RUA – CANETA 4. Cálculo- tirar 7 (0-5): 100-93-86-79-65 5. Evocação (0-3): três palavras anteriores: PENTE – RUA - CANETA 6. Linguagem 1 (0-2): nomear um RELÓGIO e uma CANETA 7. Linguagem 2 (0-1): repetir: NEM AQUI, NEM ALI, NEM LÁ 8. Linguagem 3 (0-3): siga o comando: Pegue o papel com a mão direita, dobre-o ao meio, coloque-o em cima da mesa. 9. Linguagem 4 (0-1): ler e obedecer: FECHE OS OLHOS 10. Linguagem 5 (0-1): escreva uma frase completa 11. Linguagem 6 (0-1): copiar o desenho. Minimental State Examination – MMSE (Folstein et al., 1975) Tradução de Bertolucci et al. (1994) Mini-Exame do Estado Mental Escore total depende do nível educacional. Escores diferenciados para idosos com e sem escolaridade. Pontos de corte - 13 para analfabetos, 18 para escolaridade baixa/média e 26 para alta escolaridade (Bertolucci et al., 1994). Pontos de corte – 19/20 para idosos sem escolaridade e 23/24 para idosos com educação escolar (Almeida, 1998 e validade por Lourenço em 2005). Pontos de Corte – Herrera et al., 2002 Analfabetos – 19 1 a 3 anos – 23 4 a 7 anos – 24 >7anos - 28 Teste do Relógio Avalia a função cognitiva (função visuo-espacial e função executiva). É um teste simples que pode ser facilmente incorporado à prática clínica, melhorando a detecção de quadros de déficit cognitivo. Menor influência do grau de escolaridade na realização do teste. É um teste totalmente qualitativo. Tempo de aplicação = 2 minutos Teste do Relógio O TR possui boa confiabilidade entre observadores e teste-reteste. Boa correlação com o MEM. Estudos mostram pior desempenho no TR com o aumento da idade, com a redução da escolaridade e no sexo feminino. Fuzikawa, Uchôa, Lima-Costa (2003) Teste do Relógio Aplicação Solicitar ao paciente que desenhe os números do relógio, marcando determinada hora, sem mencionar a necessidade de ponteiros. O círculo pode ou não ser oferecido previamente. O teste é considerado completo quando o paciente desenha todos os números do relógio, espacialmente bem distribuídos, e os ponteiros marcando a hora solicitada. O teste não é cronometrado e pode ser repetido quantas vezes forem necessárias. Teste do Relógio "Este círculo é um relógio. Desenhe todos os números marcando 9 horas e 20 minutos." Teste do Relógio Interpretação 0 = Inabilidade absoluta de representar o relógio. 1 = O desenho tem algo a ver com o relógio, mas com desorganização visuo-espacial grave. 2 = Desorganização visuo-espacial moderada que leva a uma marcação de hora incorreta, perseveração, confusão esquerda-direita, números faltando, números repetidos, sem ponteiros, com ponteiros em excesso. 3 = Distribuição visuo-espacial correta com marcação errada da hora. 4 = Pequenos erros espaciais com dígitos e hora corretos. 5 = Relógio perfeito Shulman (2000) Teste do Relógio O paciente foi solicitado a desenhar um relógio marcando 2h 45. Teste do Relógio Figura 1. Imagem espelhada dos números e insucesso ao marcar a hora (10h30). Figura 2. Faltam os números do lado esquerdo do relógio. Teste do Relógio Figura 1. Omissão do número 5 e preserveração do número 3. Figura 2. Disposição simétrica dos números nos dois lados do relógio. Fluência Verbal Categoria Animais Avalia a função executiva Instrução – Pede-se ao paciente para dizer o maior número de animais possíveis em 1 minuto. “Fale todos os animais que conseguir lembrar. Vale qualquer bicho.” Quando são lembrados animais cuja denominação de gênero é semelhante (gato e gata), um deles não é pontuado. Quando a denominação é diferente de gênero é diferente (cavalo e égua), ambos são pontuados Isaacs e Kennie (1973) Fluência Verbal Categoria Animais É pontuada a denominação genérica de subcategorias de animais (peixe ou pássaros), mas apenas quando não seguidas por exemplos de classe. A seqüência “gato, cavalo, peixe, vaca” receberia 4 pontos. A seqüência “gato, gata, peixe, tubarão, baleia” receberia 3 pontos. Isaacs e Kennie (1973) Fluência Verbal Escores Indivíduos normais com escolaridade de 8 anos ou mais são capazes de evocar pelo menos 13 animais. Indivíduos normais com menos de 8 anos de estudo são capazes de evocar pelo menos 9 animais. Isaacs e Kennie (1973) Fluência Verbal Grupo controle (média de 75,9 anos) = 15 pontos Grupo DA (média de 69,0 anos) = 7 pontos Estágio 1 (Escala de Pontuação Clínica de Demência CDR). Essas pessoas pareciam normais a um exame causal. Ponto de corte = 12 Bertolucci, Okamoto, Neto, Ramos e Brucki, 1998 Lista de Palavras São apresentadas, uma a uma, dez palavras não relacionadas para serem lidas em voz alta pelo examinando (ou examinador, caso a leitura esteja prejudicada) a um ritmo de uma palavra a cada 2 segundos. Após é feita a evocação, por um período máximo de 90 segundos. O procedimento é repetido, com as palavras em outra ordem, mais duas vezes. Pontuação – é obtida pela soma das palavras evocadas nas três tentativas, com um escore máximo de 30 pontos. Atkinson e Shiffrin (1971) Lista de Palavras Grupo controle (média de 75,9 anos) = 18 pontos Grupo DA (média de 69,0 anos) = 9 pontos Estágio 1 (Escala de Pontuação Clínica de Demência CDR). Essas pessoas pareciam normais a um exame causal. Ponto de Corte = 14 Bertolucci, Okamoto, Neto, Ramos e Brucki, 1998 Lista de Palavras Lista de palavras: MANTEIGA BRAÇO PRAIA CARTA RAINHA CABANA POSTE BILHETE ERVA MOTOR Atkinson e Shiffrin (1971) HISTÓRIA PSIQUIÁTRICA Os problemas psiquiátricos nos idosos podem não ser detectados com a mesma frequência que nos pacientes jovens. A insônia, constipação, mudanças na cognição ou queixas somáticas podem ser os primeiros sinais. Deve ser indagado sobre sensações de tristeza, depressão e desespero. Episódios de choro podem indicar depressão. Deve ser levantada a história de tratamento psiquiátrico, psicoterapia, uso de drogas antidepressivas. Depressão A Escala de Depressão Geriátrica (GDS) é uma medida utilizada para o rastreamento de depressão em idosos. É um dos instrumentos mais frequêntes utilizados para este fim. É composta por 30 itens na versão original e por 15 itens na versão curta. Foi desenvolvida especialmente para o rastreamento dos transtornos de humor em idosos, com perguntas que evitam a esfera das queixas somáticas. É composta por perguntas fechadas, apresentando respostas tipo sim ou não. Pode ser auto-aplicada ou aplicada por um entrevistador treinado. Escala de Depressão Geriátrica (GDS – 15) Adaptado de Yesavage et al. J Psychiat Res, 1983; 17 (1): 37-49 Escala de Depressão Geriátrica (GDS – 15) Escores As seguintes respostas valem 1 ponto: (1) não, (4) sim, (7) não, (10) sim, (13) não, (2) sim, (5) não, (8) sim, (11) não, (14) sim, (3) sim, (6) sim, (9) sim, (12) sim e (15) sim. Escores inferiores a 5 são normais 5-10 indicam depressão leve a moderada Escores acima de 10 indicam depressão grave. GDS - 30 Adaptado de Yesavage et al. J Psychiat Res, 1983; 17 (1): 37-49 GDS - 30 Escores 1 ponto para cada resposta depressiva 0 - 10 normal 11- 20 depressão média 21 - 30 depressão severa EXAME FÍSICO O exame físico assume maior importância nos idosos do que nos pacientes jovens, já que uma história médica completa pode não ser inicialmente disponível. O exame deve ser realizado em um ambiente agradável com temperatura confortável e iluminação adequada. A privacidade é essencial. A presença de um parente deve ser indagada. SINAIS VITAIS Medida da TA em três posições. A TA pode ser alterada pela ansiedade, dor, refeições, fumo, mudanças na temperatura ambiental ou esforço físico. A TA pode ser sobrestimada nos pacientes idosos devido a rigidez arterial. Exame físico Deve- se se suspeitar de PSEUDO-HIPERTENSÃO, se a artéria radial ainda for palpável, depois que o manguito tiver sido inflada a um ponto maior do que a pressão sistólica (Sinal de Osler). Exame físico Observar hipotensão postural. A TA elevada deve ser registrada em pelo menos 3 ocasiões distintas. Exame físico A frequência cardíaca sofre um decréscimo sem fugir da normalidade. De forma similar a temperatura, pode não ser detectada taquicardia em uma situação clínica na qual seria esperada, inclusive como mecanismo compensatório diante de uma mudança rápida de postura. Exame físico A temperatura varia dentro da mesma faixa de normalidade do jovem, mas é importante saber que processos que em outra idade cursariam um aumento de temperatura podem não se comportar desta maneira no idoso. As hipotermias são mais frequentes e mais graves. CARDIOVASCULAR À inspeção e à palpação os sinais cardíacos são menos evidentes, podendo-se esperar diminuição da intensidade do choque na ponta do coração. As bulhas são frequentemente hipofonéticas. Cardiovascular Sopros sistólicos são audíveis em 60% dos idosos, geralmente sem corresponder a comprometimento importante. O mais comum dos sopros é o de ejeção, localizado em área aórtica, que pode estar relacionado a fluxo turbulento devido a dilatação e ao enrijecimento da aorta. CARDIOVASCULAR Sopro sistólico de regurgitação e localizado em área mitral pode ser causado por dilatação de músculos papilares ou outras alterações própria da valva em virtude do envelhecimento. CARDIOVASCULAR Os sopros diastólicos são patológicos. Pulsos periféricos devem ser palpados de rotina. Pulsos diminuídos ou ausentes são indicativos de doença vascular. CARDIOVASCULAR Dispnéia e dispnéia paroxística noturna lembrar não só da insuficiência cardíaca mas também do refluxo gastroesofágico. Edema de tornozelo:insuficiência cardíaca, insuficiência venosa, hipoalbuminemia, efeito colateral de drogas. PESO E ALTURA A altura é menor do que alcançou na fase de crescimento (encurtamento da coluna por redução da altura das vértebras e dos discos intervertebrais e aumento de todas suas curvaturas). O peso diminui fisiologicamente pela diminuição do número de células e diminuição da água corporal. PELE Podem ocorrer alterações quanto a textura, elasticidade, espessura, pigmentação, secreção sebácea, conteúdo hídrico, presença de nevos, etc. Prurido na pele seca, alergia, escabiose, icterícia, uremia, carcinoma. OUVIDOS Diminuição da audição (presbiacusia, neuroma acústico, cerume, traumatismo por ruído, ototoxicidade por medicamento (aminoglicosídeos, aspirina). BOCA Observar as condições dos dentes e estado das gengivas. Em caso de próteses nunca deve ser esquecido que sob elas podem estar ocultas lesões neoplásicas. Boca seca por medicamentos (diuréticos, anti-hipertensivos, anti-histamínicos, lesão de glândula salivar, doenças auto imunes). BOCA Perda do paladar por infecções na boca ou nariz, neoplasias, fármacos, fumo, limitação do movimento da língua por câncer oral. Sensação de queimação na língua por anemia perniciosa. Dor causada por dentaduras mal ajustadas, câncer oral. PESCOÇO Palpação da tireóide. Procura de nódulos e irregularidades. Ausculta de artérias em busca de sinais de doença obstrutiva de vasos locais. Procura de nódulos e gânglios. Dor na região cervical por artrite, polimialgia reumática. TÓRAX A caixa torácica do idoso torna-se mais fixa, com menor capacidade de expandir-se interferindo com a fisiologia pulmonar e alterando a pressão intratorácica. Dor torácica faz pensar em angina, ansiedade, herpes zoster, refluxo gastroesofágicos, distúrbios da motilidade esofágica, neurite. Ruídos adventícios podem ser ouvidos na ausência de doenças pulmonares . Exame físico A frequência respiratória em idosos é de 16 a 25 mpm. Uma freqüência respiratória acima de 25 mpm sugere a possibilidade de uma infecção do trato respiratório. GASTRINTESTINAL Pulsação aórtica proeminente - aneurisma abdominal. Alteração de hábito intestinal - carcinoma. Constipação - hipotireoidismo, desidratação, hipocalemia, dieta pobre em fibras, medicamentos (antiácidos com alumínio, anticolinérgicos), abuso de laxantes. Sangramento retal - angiodisplasia, colite isquêmica, diverticulose, carcinoma coloretal, hemorróidas, pólipos. GASTRINTESTINAL Incontinência fecal - disfunção cerebral, lesões da medula, carcinoma de reto. Dor abdominal súbita em região hipogástrica - colite isquêmica. Dor abdominal pós-prandial (15-30 minutos, após a refeição, durando de 1 a 3 horas )-isquemia intestinal crônica. A área anorretal deve ser examinada quanto a fissuras e hemorróidas. O toque retal pode revelar massa ou acúmulo fecal. A inatividade e a imobilidade são os piores inimigos do idoso. Sarcopenia: nova síndrome geriátrica Critérios para diagnóstico da sarcopenia Diminuição da massa muscular Diminuição da força muscular Diminuição do desempenho físico Sarcopenia Sarcopenia Fragilidade Conclusão É necessário, antes de mais nada, compreendê-los aceitando suas “manias” e agindo com paciência e delicadeza. Atividade Independente Sim Não 1. Banho Não recebe ajuda ou somente recebe ajuda para uma parte do corpo 2. Vestir-se Pega as roupas e se veste sem qualquer ajuda, exceto para arrumar os sapatos 3. Higiene Pessoal Vai ao banheiro, usa o banheiro, veste-se e retorna sem qualquer ajuda (pode usar andador ou bengala) 4. Transferência Consegue deitar na cama, sentar na cadeira e levantar sem ajuda (pode usar andador ou bengala) 5. Continência Controla completamente urina e fezes 6. Alimentação Come sem ajuda (exceto para cortar carne ou passar manteiga no pão) 1. Consegue usar o telefone? sem ajuda com ajuda parcial não consegue 3 2 1 2. Consegue ir a locais distantes, usando algum transporte,s em necessidade de planejamento especiais? sem ajuda com ajuda parcial não consegue 3 2 1 3. Consegue fazer compras? sem ajuda com ajuda parcial não consegue 3 2 1 4. Consegue preparar suas próprias refeições? sem ajuda com ajuda parcial não consegue 3 2 1 5. Consegue arrumar a casa? sem ajuda com ajuda parcial não consegue 3 2 1 6. Consegue fazer trabalhos manuais domésticos, como pequenos reparos? sem ajuda com ajuda parcial não consegue 3 2 1 7. Consegue lavar e passar sua roupa? sem ajuda com ajuda parcial não consegue 3 2 1 8. Consegue tomar seus remédios na dose certa e no horário correto? sem ajuda com ajuda parcial não consegue 3 2 1 9. Consegue administrar suas finanças? sem ajuda com ajuda parcial não consegue 3 2 1 Miniexame do estado mental – Folstein Paciente --------------------------------------------------------------------------- Data: ___/___/____ Escolaridade ____________________________ ORIENTAÇÃO Qual o ano que estamos? ____________________ (1) Qual a estação do ano? _______________________ (1) Que dia da semana estamos? _________________ (1) Qual a data? _________________________________ (1) Que mês estamos? ___________________________ (1) Que estado estamos? _________________________ (1) Que país vivemos? ___________________________ (1) Que cidade estamos? _________________________ (1) Que lugar estamos (consultório)? _______________ (1) Que andar estamos? ___________________________ (1) REGISTRO Registrar 3 objetos. Demore 1 segundo para dizer cada um (chave, caneta, copo). Perguntar ao paciente quais os três objetos depois de ter dito. Chave (1) Caneta (1) Copo (1) Repetir até que ele aprenda os três. ATENÇÃO E CÁLCULO 100-7= 93 (1) 93-7= 86 (1) 86-7= 79 (1) 79-7= 72 (1) 72-7=65 (1) MEMÓRIA Perguntar pelos três objetos citados anteriormente Chave (1) Caneta (1) Copo (1) LINGUAGEM Nomear um lápis (1) Nomear um relógio (1) Repetir NÃO TEM SE NEM MAS (1) Pegar papel com a mão direita (1) Dobrar o papel ao meio (1) Colocar o papel no chão (1) Leia e obedeça: FECHE OS OLHOS (1) Escreva uma frase com sentido (1) Copiar o desenho (1) TOTAL DE PONTOS _______________ Idoso normal= 24 – 30 pontos. Igual ou inferior a 24= declínio mental. Abaixo de 17= demência 1. Em geral, você está satisfeito(a) com sua vida? sim/não 2. Você abandonou várias de suas atividades ou interesses? sim/não 3. Você sente que sua vida está vazia? sim/não 4. Você se sente aborrecido(a) com freqüência? sim/não 5. Você está de bom humor durante a maior parte do tempo? sim/não 6. Você teme que algo de ruim aconteça com você? sim/não 7. Você se sente feliz durante a maior parte do tempo? sim/não 8. Você se sente desamparado(a) com freqüência? sim/não 9. Você prefere ficar em casa a sair e fazer coisas novas? sim/não 10. Você acha que apresenta mais problemas de memória do que antes? sim/não 11. Atualmente, você acha maravilhoso estar vivo(a)? sim/não 12. Você considera inútil a forma em que se encontra agora? sim/não 13. Você se sente cheio(a) de energia? sim/não 14. Você considera sem esperança a situação em que se encontra? sim/não 15. Você considera que a maioria das pessoas está melhor do que você? sim/não Total 1. Você está satisfeito com sua vida? ( ) Sim (X) Não 2. Abandonou muitos de seus interesses e atividades? (X) Sim ( ) Não 3. Sente que a sua vida está vazia? (X) Sim ( ) Não 4. Sente-se freqüentemente aborrecido (a)? (X) Sim ( ) Não 5. Você tem esperança quanto ao futuro? ( ) Sim (X) Não 6. Tem pensamentos negativos com freqüência? (X) Sim ( ) Não 7. Está de bom humor na maior parte do tempo? ( ) Sim (X) Não 8. Teme que algo ruim lhe aconteça? (X) Sim ( ) Não 9. Sente-se feliz na maioria do tempo? ( ) Sim (X) Não 10. Sente-se desamparado (a) freqüentemente? (X) Sim ( ) Não 11. Sente-se inquieto (a) freqüentemente? (X) Sim ( ) Não 12. Prefere ficar em casa a sair e fazer coisas novas? (X) Sim ( ) Não 13. Preocupa-se muito com o futuro? (X) Sim ( ) Não 14. Tem mais problema de memória do que os outros? (X) Sim ( ) Não 15. Acha bom estar vivo? ( ) Sim (X) Não 16. Fica triste freqüentemente? (X) Sim ( ) Não 17. Sente-se inútil? (X) Sim ( ) Não 18. Preocupa-se muito com o passado? (X) Sim ( ) Não 19. Acha a vida interessante? ( ) Sim (X) Não 20. Para você é difícil começar novos projetos? (X) Sim ( ) Não 21. Sente-se cheio de energia? ( ) Sim (X) Não 22. Sente-se sem esperança? (X) Sim ( ) Não 23. Acha que os outros têm mais sorte que você? (X) Sim ( ) Não 24. Preocupa-se com coisas sem importância? (X) Sim ( ) Não 25. Sente vontade de chorar freqüentemente? (X) Sim ( ) Não 26. É difícil para você se concentrar? (X) Sim ( ) Não 27. Sente-se bem ao acordar? ( ) Sim (X) Não 28. Prefere evitar reuniões sociais? (X) Sim ( ) Não 29. É fácil para você tomar decisões? ( ) Sim (X) Não 30. O seu raciocínio está tão claro como antes? ( ) Sim (X) Não
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