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AULA 10 - DOR ARTICULAR E GOTA

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Polyana Túrmina Torres 
 
DOR ARTICULAR 
DOR ARTICULAR 
Sintoma frequente. 
Manifestação de diversas doenças, de naturezas 
distintas. 
 Tratamento e prognostico diferentes. 
Pode ser devido a: 
 Doença degenerativa; 
 Traumática; 
 Imuno-mediada; 
ANAMNESE E EXAME FÍSICO 
 Quem é o paciente? 
 Dor é onde? 
 Periférica (cotovelo, punho, mão, joelho e pés) 
ou axial (coluna e ombros); 
 Articular ou periarticular? É referida? 
 É o primeiro episódio? 
 Quando começou e quanto tempo dura? 
Exame físico 
 Há dor para movimentação ativa? 
 Dor a movimentação passiva? 
 Edema? Calor? Rubor? – Artrite; 
 Limitação de movimento? 
 Lesões de pele? 
 Febre? Comprometimento do estado geral? 
ARTRALGIA 
É a dor articular. 
ARTRITE 
É a dor articular acompanhada por sinais flogísticos – 
edema, rubor, calor. 
Compromete sinóvia, capsula articular. O edema é 
comum. Há dor no momento ativo e no movimento 
passivo. Pode ocorrer limitações de movimentos. 
PERIARTRITE 
Envolve tendão, bursa, êntese. A dor é mais focal e 
ocorre à movimentação ativa, mas alivia na 
movimentação passiva. O edema difuso é raro. 
ARTRITE 
A artrite possui alguns fatores que devem ser 
avaliados, como: 
1. Aguda X crônica (consideradas agudas quando 
menos de 6 semanas de duração). 
2. Monoarticular (1 art. acometida) X oligoarticular 
(até 4 art. acometidas) X poliarticular (5 ou mais 
articulações acometidas). 
3. Simétrico X assimétrico / aditivo X migratório. 
- Inflamatório infeccioso X inflamatório por deposito X 
inflamatório imunomediado X degenerativo. 
ARTRITE SÉPTICA 
 Mais periférica. Em geral monoarticular aguda, 
acompanhada por sinais flogísticos 
importantes. 
 Bacteriana, fungica, tuberculose. 
SECUNDÁRIA A UM PROCESSO INFECCIOSO SISTÊMICO 
/ VIRAIS 
 Periférica ou axial. 
 Mono ou poliarticular, aguda, simétrica, 
migratória. 
 Chikungunya, gonocócica, pós estreptocócica, 
febre reumática. 
TRAUMÁTICA 
 Monoarticular, aguda, história compatível. 
 Ruptura ligamentar, hemartrose. 
MICROCRISTALINA 
 Periférica. Monoarticular, aguda, assimétrica, 
crises. 
 Gota “pseudo-gota”. 
TODA MONOARTRITE AGUDA DEVE SER 
PUNCIONADA. 
OSTEOARTRITE PRIMÁRIA 
 Axial ou periférica; 
 Mono oi poliarticular, crônica, assimétrica; 
 Pouco inflamatória – dor predominantemente 
mecânica, rigidez matinal fugaz. 
ARTRITE REUMATOIDE 
 Periférica. 
 Poliarticular, crônica, aditiva, de pequenas 
articulacoes, simétrica; 
 Dor inflamatória com rigidez matinal 
prolongada. 
Polyana Túrmina Torres 
 
ARTRITE PSORIÁSICA 
 Axial e/ou periférica; 
 Oligo ou poliarticular, crônica, assimétrica. 
 Compromete IFD; 
 Dor inflamatória com rigidez matinal 
prolongada. 
ESPONDILOARTRITE 
 Predominantemente axial, crônica; 
 Oligoarticular, assimétrica; 
 Dor inflamatória, com rigidez matinal 
prolongada. 
 
 
 
GOTA 
É a resposta inflamatória desencadeada pela deposição 
de cristais de urato monossódico nas articulações e 
tecidos periarticulares. 
Prevalência de 5% mais em homens entre a 4ª e a 6ª 
década de vida. 
HIPERURECEMIA 
Fator necessário, mas não suficiente para a ocorrência 
da gota. 
Em geral, o ponto de saturação do urato é de 6 – 6,8 
mg/dL, tanto em homens, como em mulheres. 
Variáveis: a temperatura e o pH do meio. 
Quando altera o nível de ácido úrico e dependendo do 
pH e temperatura, ele tende a se precipitar em 
algumas articulações – se depositando e se instalando 
nas mesmas. 
Os níveis ficam estáveis excretando o ácido pelos rins 
ou fígado 
A hiperuricemia é necessária para a gora, mas não para 
o diagnóstico final. 
FATORES DE RISCO 
 História familiar (herança poligênica ou 
monogênica); 
 Sexo masculino / status pós menopausa; 
 Etnia; 
 Consumo de álcool; 
 Consumo excessivo de purinas (ex.: carne 
vermelha e branca); 
 Obesidade / sd metabólica; 
 Uso de medicações (diuréticos, inibidores da 
calcineurina). 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
i. Hiperurecemia assintomática; 
ii. Gota aguda (dor); 
iii. Episódios recorrentes; 
iv. Gota tofácia crônica. 
A segunda crise de gota ocorre 11 meses após a 
primeira crise. 
 tofo de gota. 
ANÁLISE DO LÍQUIDO SINOVIAL 
 Aumento de celularidade > 2000 – 75.000 
células, com PMN; 
 Sem bactérias coradas no Gram; 
 Pesquisa de cristais POSITIVA – cristais em 
formato de agulha com birrefringência 
NEGATIVA a luz polarizada; 
 Culturas negativas. 
NA CRISE AGUDA DE GOTA, O ÁCIDO ÚRICO SÉRICO 
PODE SER NORMAL! 
 
Polyana Túrmina Torres 
 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO DE GOTA 
Regras para diagnostico ambulatorial da gota aguda: 
CARACTERÍSTICA PONTUAÇÃO 
Sexo masculino 2 
História de artrite aguda prévia 2 
Inicio do quadro há 1 dia 0,5 
Eritema articular 1 
Envolvimento da 1ª articulação 
metatarsofalangica 
2,5 
Hipertensão arterial sistêmica ou > 1 
fator de risco cardiovascular* 
1,5 
 
Nível sérico de ácido úrico > 5,88 
mg/dL 
3,5 
 ESCORE TOTAL: 
 < 4 pontos: ausência de gota em 95%. 
 > 4 a < 8 pontos: diagnóstico incerto, realizar 
artrocentese. 
 > 8 pontos: gota em 87% dos casos. 
TRATAMENTO 
 Mudança no estilo de vida; 
 Crise aguda; 
 Tratamento profilático; 
 Terapia uricorredutora. 
Depois que trata a crise aguda, tem que tirar o ácido 
úrico do corpo com medicação, como alopurinol. 
PARA QUEM PRESCREVE ALOPURINOL? 
 > 2 crises/ano; 
 Ácido úrico > 9; 
 Dano articular documentado / tofo; 
 Doença renal crônica; 
 História de nefrolitíase. 
 TRATAMENTO PARA CRISE AGUDA 
Conduta imediata: 
 Colchicina 1mg + 0,5 mg – 8/8 horas ou; 
 AINE dose plena Naproxeno 500 mg BID ou; 
 Corticoide 0,5mg/kg (+/- 7 dias). 
**avaliar função renal. 
Conduta profilática: Colchicina 0,5 mg BID. 
Tratamento uricorredutora: alopurinol 100 mg (com 
ajuste até 800-900 mg/dia). 
**alopurinol é para SEMPRE!

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