Buscar

1ª e 2ª semana EMBRIOLOGIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Embriologia 
Gametogênese 
As células germinativas primordiais (PGC) dão origem a linhagem 
germinativa (gametas). Elas se localizam primeiramente na parede do saco 
vitelínico (4ª a 6ª semanas). Essas células migram entre a 6ª e a 11ª semana 
para as gônadas em desenvolvimento, lá se diferenciam em espermatogônias 
ou ovogônias que são células diploides. 
Os gametas são formados pelo processo de gametogênese, em que as 
espermatogônias e ovogônias sofrem meiose, reduzindo o número de 
cromossomos da célula pela metade, produzindo células haploides. 
A espermatogênese acontece nos tubos seminíferos dos testículos a 
partir da puberdade. Já a ovogênese se inicia entre o 3º e o 5º mês de vida 
intrauterina, período em que a ovogônia sofre sua primeira divisão originando 
ovócitos primários, contudo a maturação desses ovócitos é completada 
apenas a partir da puberdade em resposta ao hormônio gonadotrófico. 
Clivagem 
 A fertilização ocorre nas tubas uterinas. O ovócito primário é 
fecundado pelo espermatozoide e só então completa a segunda divisão da 
meiose formando o ovócito secundário. A “mistura” entre os cromossomos do 
pai e da mãe resulta na formação do zigoto. Em seguida, o posicionamento dos 
cromossomos na região equatorial marca o início do desenvolvimento 
embrionário. 
 Ao longo do deslocamento do embrião da tuba uterina para o útero ele 
sofre diversas divisões mitóticas (clivagem), contudo o tamanho das células 
filhas não aumenta. Esse aglomerado de células chama-se mórula e com 
cerca de 16 células elas começam a se diferenciar: a camada periférica mais 
externa chama-se trofoblasto e irá futuramente formar a placenta e a massa 
celular interna denominada embrioblasto dará origem ao embrião. 
 No estágio de 30 células o embrião começa a formar uma cavidade 
preenchida por líquido, a blastocele ou cavidade blastocística. Em torno do 
5º ao 6º dia o embrião possui cerca de 100 células formando uma esfera oca 
denominada blastocisto. É nesse estágio que ele entra na cavidade uterina e 
inicia a implantação. 
Gametogênese 
 Ovogênese 
 Espermatogênese 
Fertilização 
Clivagem 
Implantação 
 
 
 
 
 
Origem das células germinativas primordiais 
 A origem das PGCs em humanos não é muito conhecida, mas estudos 
indicam que elas têm sua formação a partir do epiblasto. 
 As PGCs se localizam na parede do saco vitelínico, migram para a 
região dorsal do embrião, onde estimulam a formação das gônadas. Durante 
sua migração as PGCs continuam em processo de mitose. 
 
Oogênese 
 Nas gônadas, em tordo do 4º mês, as células germinativas primitivas 
entram na prófase da meiose I, se diferenciando em ovócitos primários. 
Essas células entram em latência e não completam primeira divisão meiótica 
até a puberdade. 
 Os ovócitos primários são recobertos por células foliculares 
pavimentosas, derivadas que células somáticas de suporte, que secretam 
IMAS (inibidor de maturação do ovócito) sendo responsáveis por manter os 
ovócitos primários em estado diplóteno. 
 A partir da puberdade todo mês cerca de 20 folículos primordiais iniciam 
sua maturação: 
 Epitélio folicular pavimentoso se espessa e se desenvolve em um 
epitélio cúbico. 
 As células foliculares e o ovócito primário secretam um material acelular 
composta por glicoproteínas chamado zona pelúcida, formando uma 
espécie de barreira entre a camada folicular e o ovócito que é 
ultrapassada por prolongamentos das células foliculares que transmitem 
sinais e suporte metabólico ao ovócito. 
 O epitélio folicular que era simples se desenvolve em uma cápsula 
constituída por várias camadas. 
 O hormônio FSH estimula o crescimento da cápsula folicular 
principalmente pela absorção de líquido que se acumula e promove o 
crescimento de uma cavidade central chamada antro. Na fase do 
folículo antral também há secreção de estrógeno. 
 Os folículos estão no ovário e são cercados por tecido conjuntivo. 
Nesse estagio do desenvolvimento dos folículos esse tecido começa a 
se diferenciar ao redor dos folículos formando a teca interna e a teca 
externa. Essas camadas são vascularizadas, ao contrário das células 
foliculares. 
 As células foliculares que estão em contato com lâmina basal que as 
divide da teca interna são chamadas de células granulosas. 
 O ovócito, por fim, se projeta para a cavidade antral sendo revestido por 
uma fina camada de células foliculares cujo nome é cumulus ooforus. 
 Com o folículo maduro e imediatamente antes da ovulação o ovócito 
primário completa a divisão produzindo um corpo polar e o ovócito 
secundário. 
 
 
1. Folículo Primordial: ovócito primário e camada simples de células 
foliculares epiteliais pavimentosas. 
2. Folículo Primário: ovócito primário, zona pelúcida, revestimento por 
uma camada de células foliculares epiteliais cuboides. 
3. Folículo em Crescimento: ovócito primário, zona pelúcida, camada 
espessa de células foliculares epiteliais. 
4. Folículo Antral ou Vesicular: ovócito primário, zona pelúcida, células 
foliculares, cavidade antral preenchida por líquido, teca interna, teca 
externa. 
5. Folículo de Graaf: ovócito primário, zona pelúda, células foliculares, 
cavidade antral dilatada, teca interna, teca externa. 
6. Término da primeita divisão meiótica com a produção de um corpúsculo 
polar e o ovócito secundário. 
7. Ovulação: saída do ovócito secundário do ovário, surgimento do corpo 
lúteo. 
8. Fertilização 
9. Término da segunda divisão meiótica resultando no ovócito maduro ou 
definitivo e em dois corpúsculos polares. 
 
Quando o folículo está maduro (folículo de Graaf), aumento no LH e no FSH 
induz o ovócito primário a completar a primeira divisão meiótica gerando o 
ovócito secundário. Cerca de 35 horas após o surto de LH e FSH ocorre a 
divisão do ovócito primário, e cerca de 38 horas após o surto ocorre a 
ovulação. *o LH é como um disparador da ovulação. 
 
 Durante a divisão celular o cumulus ooforus se desagrega e se destaca 
para dentro da cavidade antral. Pelas próximas horas as células co comulus 
ooforus iram secretar uma abundante matriz celular rica em ácido hialurônico. 
 Em seguida ocorre a ovulação, algumas horas depois dos picos 
hormonais a vascularização dos folículos aumenta e efeitos típicos de uma 
ação inflamatória induzida por histamina e prostaglandinas podem ser 
observados. O folículo é deslocado para a superfície do ovário, onde forma 
uma protuberância, a parede projetada se afina e forma uma pequena 
protrusão chamada estigma. Por fim a pressão exercida pela musculatura lisa 
da teca externa e a presença de enzimas colagenases resulta no ovócito 
secundário sendo expelido juntamente com células do cumulus ooforus e sua 
matriz de ácido hialurônico. 
 Após a ovulação as células da membrana granulosa (células foliculares 
em contato com a membrana basal) se proliferam e dão origem as células 
luteínicas do corpo lúteo. O corpo lúteo é uma estrutura endócrina que secreta 
hormônios para promover a manutenção do endométrio uterino. Se um embrião 
não implantar, em cerca de 14 dias o corpo lúteo se degenera, sendo 
convertido em uma cicatriz (corpo albicans). 
Aspectos Hormonais 
 
Primeiramente, o FSH (hormônio folículo-estimulante) é responsável 
pela manutenção dos folículos primordiais. Além disso induz ao 
desenvolvimento da cavidade antral, influi no aumento da secreção de 
estrógeno pela teca interna e pela camada granulosa, aumenta a expressão de 
receptores para LH. 
 
 O hormônio LH (hormônio luteinizante) induz o término da primeira 
divisão meiótica que teve início no 4º mês do período embrionário. É também 
muitoimportante no processo de ruptura da parede folicular e ovariana na 
ovulação. 
 
 Entre os efeitos do LH se destacam: 
 Produção de progesterona pela teca interna e células gralulosas. 
 Liberação de colagenases que diminuem a resistência da parede 
ovariana pela teca externa. 
 Indução na liberação de prostaglandinas de resulta em vasodilatação e, 
por conseguinte, no aumento do líquido folicular (antro) fazendo com 
que a pressão exercida sobre as paredes foliculares e ovarianas cresça, 
os vasos sejam comprimidos e ocorra necrose e ruptura da parede do 
folículo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espermatogênese 
 No caso de indivíduos geneticamente masculinos as células 
germinativas primitivas permanecem latentes até a puberdade, período em que 
se diferenciam em espermatogônias. Quantidades sucessivas de 
espermatogônias sofrem meiose e dão origem a gametas da puberdae até a 
morte. 
 Durante a puberdade o hormônio testosterona começa a ser secretado 
por células de Leyding (presente no tecido conjuntivo) de forma contínua 
pelos testículos, esse hormônio é responsável pelo desenvolvimento de 
caracteres sexuais secundários, maturação dos tubos seminíferos, 
maturação dos testículos e pelo estímulo a espermatogênese. 
 A testosterona tem também a função de induzir as células de Sertoli a 
se diferenciarem formando um sistema de túbulos seminíferos. As 
espermatogônias se localizam abaixo da membrana basal que circunda as 
células de Sertoli e se dividem por 
mitose de forma que suas células 
filhas (idênticas a células mãe) 
podem tanto se diferenciar e dar 
origem a espermatócitos primários, 
quanto dar continuidade a 
população de células tronco. 
 Durante o processo de 
espermatogênese as células são 
deslocadas por entre as células de 
Sertoli, de modo que passem da 
região basal até o lúmen. Ao longo 
desse período migratório as duas 
divisões da meiose ocorrem sem 
interrupção: uma espermatogônia 
dá origem ao espermatócito 
primário que consecutivamente 
passa pela primeira divisão da 
meiose originando dois 
espermatócitos secundários que 
ao completarem a segunda divisão 
meiótica formam quatro 
espermátides que irão se 
diferenciar em espermatozoides, tal 
processo de diferenciação é 
denominado espermiogênese. 
 As células de Sertoli participam ativamente da espermiogênese, os 
espermatócitos e as espermátides estão conectadas às células de Sertoli por 
junções intercelulares como aquelas presentes entre células epiteliais. Ao 
longo da espermiogênese o citoplasma dos gametas em formação diminui 
muito, o excesso de citoplasma é transferido para as células de Sertoli, com 
isso as espermátides sofrem grandes mudanças conformacionais e 
organizacionais aproximando-as cada vez mais dos espermatozoides. 
 
 Finalmente, quando as espermátides já completaram sua diferenciação 
em espermatozoides, as conexões com as células de Sertoli são desfeitas e o 
gameta é liberado para a luz do túbulo, tal processo é denominado 
espermiação. 
 Os espermatozoides são formados por uma cabeça, uma parte 
intermediária e uma calda. A cabeça contém um núcleo condensado e é 
coberta por uma vesícula preenchida por enzimas hidrolíticas chamada 
acrossoma. A peça intermediária contém grandes mitocôndrias que geram 
energia para o batimento flagelar. A calda é formada por microtúbulos que 
fazem parte do sistema de propulsão da célula. 
 No trato genital feminino o espermatozoide sofre um processo de 
capacitação por secreções do oviduto. Essa capacitação consiste 
principalmente em mudanças no acrossoma que o preparam para liberar as 
enzimas necessárias na penetração da zona pelúcida. 
 
Atenção, slides da aula 
***Células de Sertoli: 
 Células de suporte para a espermatogênese. 
 Formam uma barreira hematotesticular, ou seja, nenhuma substância 
chega até as células germinativa diretamente. 
*** Espermiogênese: modificações estruturais para a formação dos 
espermatozoides. 
 Condensação da cromatina (inativação dos cromossomos). 
 Formação do capuz acrossômico. 
 Formação da calda (axonema: 9 pares de microtúbulos + 1 par central) 
 Eliminação de citoplasma. 
 Posicionamento das mitocôndrias na peça intermediária. 
 
 
*** Fatores hormonais: 
 LH  células de Leydig  testosterona  espermatogênese 
O LH estimula as células de Leydig a produzirem testosterona, 
hormônio que induz a maturação dos túbulos seminíferos, a 
maturação dos testículos, e estimula a espermatogênese 
(a testosterona inibe o LH) 
 
 FSH  células de Sertoli  maturação das espermátides 
(as células de sertoli inibe o FSH) 
 *** No epidídimo ocorre a maturação funcional dos espermatozoides. 
 Remodelação da membrana. 
 Aquisição de motilidade. 
 Capacidade de fertilização. 
***Comparação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INÍCIO DA PRIMEIRA SEMANA 
Fertilização 
Os espermatozoides recém ejaculados são incapazes de fecundar um 
ovócito pois devem passar pelo processo de capacitação para se tornarem 
aptos. Durante a capacitação uma cobertura de glicoproteínas e proteínas 
seminais é removida da superfície do acrossoma. 
O deslocamento dos espermatozoides se deve mais pela contração 
uterina do que por sua capacidade propulsora. Os ovócitos e células foliculares 
secretam sinais químicos que guiam os espermatozoides capacitados para o 
ovócito. 
 
As fases da fertilização são: 
1. Passagem de um espermatozoide pela coroa radiada 
Os espermatozoides capacitados são capazes de passar a coroa 
radiada que envolve o ovócito, entretanto esse processo lesiona a 
membrana acrossômica. 
 
2. Penetração na zona pelúcida 
Depois de ultapassar a coroa radiada o espermatozoide chega na zona 
pelúcida e se liga a ela através da ZP3 (uma proteína da zona pelúcida), 
como resultado dessa e de outras interações entre proteínas o 
acrossomo rompe liberando diversas enzimas que abrem caminho para 
o espermatozoide passar pela zona pelúcida. 
 
 
3. Fusão das membranas 
As membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide se fundem 
permitindo a entrada da cabeça do gameta masculino. 
 
4. Reação zonal 
Uma vez que o espermatozoide ultrapassou a zona pelúcida e fundiu 
sua membrana com a do ovócito, ocorre a reação zonal, que consiste 
em alterações na zona pelúcida que a torna impermeável a outros 
espermatozoides. Depois da fusão dois eventos são induzidos: a 
liberação de uma onda de cálcio que se irradia pela superfície do ovócito 
e a liberação de conteúdo de diversos grânulos corticais que se 
localizam logo abaixo da membrana plasmática, para a região entre a 
zona pelúcida e a membrana celular (espaço perivitelínico). 
 
5. Término da segunda divisão meiótica 
Quando o espermatozoide penetra o ovócito secundário este é ativado e 
termina a segunda divisão meiótica gerando um corpo polar e o ovócito 
maduro, cujo núcleo forma o pronúcleo feminino. 
 
 
 
 
6. Formação do pronúcleo masculino 
O núcleo do espermatozoide aumenta de tamanho e forma o pronúcleo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Clivagem 
Após aproximadamente 24 horas depois da fertilização o zigoto inicia 
divisões mitóticas sucessivas, chamadas de clivagem. Essas divisões não são 
acompanhadas de divisão celular, de modo que as células filhas são cada vez 
menores, elas são chamadas de blastômeros. O embrião como um todo 
permanece envolto pela zona pelúcida. Quando o número de células chega a 
16 o embrião é chamado de mórula. 
A clivagem ocorresimultaneamente a migração do embrião da ampola 
da tuba uterina, onde houve a fecundação, até a cavidade uterina onde o 
blastocisto eclode da zuna pelúcida e ocorre a implantação. 
 
 No blastômero ocorre a primeira divisão entre células. As células mais 
externas sofrem compactação e são chamadas de trofoblasto e é o 
componente primário da placenta, enquanto a massa celular interna é 
chamada de embrioblasto por dar origem ao embrião propriamente dito. 
 Aproximadamente no 4º dia, quando a mórula tem cerca de 30 células, 
ela começa a absorver fluido. Isso se dá pois as células do trofoblato se 
agrupam e aderem umas as outras de forma muito forte, essa adesão resulta 
da deposição de E-caderinas (molécula de adesão) nas superfícies laterais das 
células, além disso há diversas junções intercelulares (oclusão, adesão, 
comunicantes...). Além disso as células do trofoblastro expressam uma ATPase 
de sódio e potássio, que aumenta a concentração de sódio no interior da 
mórula. Com isso o fenômeno osmótico se encarrega de provocar um fluxo de 
água do meio externo para o meio interno da mórula formando um fluido 
blastocístico, quando a pressão hidrostática aumenta uma cavidade é gerada, 
a cavidade blastocística ou blastocele. Em resposta o embrioblasto forma 
uma massa compacta em um dos lados da cavidade e o trofoblasto forma um 
epitélio delgado simples. O embrião nesse estágio é chamado de blastocisto. 
 
 Uma proteína imunossupressora é secretada pelos trofoblastos entre as 
24h – 48h a partir da fecundação, essa proteína (fator inicial de gestação) é a 
base do exame de gravidez. 
 Durante a bastogênese (formação do blastocisto) o embrião já está na 
cavidade uterina e a zona pelúcida começa a se degenerar. No 5º dia a ação 
de enzimas cria uma abertura na zona pelúcida e o blastocisto eclode, saindo 
da “zp” por essa abertura. Nesse momento o blastocisto está pronto para 
interagir diretamente com o epitélio do endométrio. 
 
 
Inplantação 
 Pelo 6º dia o blastocisto adere ao endométrio. As células do endométrio 
respondem a sua presença e a progesterona secretada pelo corpo lúteo se 
diferenciando em células teciduais com característica secretora. O endométrio 
se torna extremamente vascularizado e secreta fatores de crescimento 
juntamente com metabólitos que sustentam o blastocisto. 
 O trofoblasto inicia a produção de gonadotrofina coriônica humana para 
induzir o corpo lúteo a continuar secretando progesterona. 
 
 
 FIM DA PRIMEIRA SEMANA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 INÍCIO DA SEGUNDA SEMANA 
 O contato com o endométrio induz a proliferação do trofoblasto no polo 
embrionário, algumas dessas células predem o citoplasma e se fundem 
formando o sincício, o sinciciotrofoblasto invasivo, que começa a se inserir 
por entre as células do endométrio empurrando o embrioblasto cada vez mais 
para dentro da parede uterina. O embrioblasto em forma de disco é constituído 
por uma camada voltada para a blastocele, hipoblasto, e uma camada de 
células voltada para o polo embrionário onde o sinciciotrofoblasto se insere no 
endométrio, o epiblasto. 
 
 O sinciciotrofoblasto se prolifera e uma cavidade é formada pelo 
epiblasto, a cavidade aminiótica. 
 
 Enfim, o sinciciotrofoblasto envolve completamente o embrião no 
momento em que completamente inserido na parede uterina, deixando apenas 
um tampão de coagulação indicando o local de implantação. O 
sinciciotrofoblasto forma também várias lacunas nas regiões mais interiores do 
endométrio que são preenchidas por sangue materno a partir do compimento 
de capilares. A cavidade amniótica expande e as células do hipoblasto 
começam a migrar formando a membrana de Heuser, recobrindo a blastocele. 
 
 
Recapitulando... 
 A mórula, formada a partir da clivagem do zigoto, dá origem ao 
blastocisto, constituído por uma massa celular interna ou embrioblasto e pelo 
trofoblasto, durante a primeira semana. Na cavidade uterina o blastocisto sai 
da zona pelúcida e inicia a interação com o endométrio. No início da segunda 
semana o embrioblasto divide-se em duas camadas, o hipoblasto (endoderma 
primitivo) voltado para a blastocele e o epiblasto voltado para o polo 
embrionário. Uma cavidade denominada cavidade amniótica se desenvolve 
rodeada por células do epiblasto, forma-se assim o revestimento do âmnio 
uma das quatro membranas extraembrionárias. O epiblasto e o hipoblasto 
constituem então um disco embrionário bilaminar entre a cavidade amniótica 
e a blastocele. O hipoblasto se expande formando a membrana de Heuser, 
ou saco vitelínico. 
 Na metade a segunda semana a região interna do trofoblasto, a 
superfície externa do âmnio e do saco vitelínico é revestida pelo mesoderma 
extraembrionário (tecido conjuntivo). Uma nova cavidade, cavidade 
coriônica, se desenvolve. O sinciciotrofoblasto, o trofoblasto e o 
mesoederma iniciam a formação da placenta. 
 
 
 
 
Desenvolvimento do Saco Vitelínico e da Cavidade Coriônica 
 
 
 
Uma segunda onda de proliferação de células do hipoblasto empurra o 
saco vitelínico para frente invadindo o espaço ocupado pelo mesoderma. 
 
 Conforme o saco vitelínico definitivo se desenvolve, o saco vitelínico 
primário forma vesículas que serão degradadas. 
 
 No final da segunda semana o saco vitelínico definitivo perde contato 
com os resquícios de saco vitelínico primário e o disco embrionário bilaminar 
com âmnio dorsal e saco vitelínico ventral fica suspenso na cavidade coriônica 
por um pedículo de conexão formado por mesoderma extraembrionário. 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção, slides da aula 
 ***Desenvolvimento das vilosidades coriônicas. 
1. Diferenciação da células trofoblásticas em cito-trofoblasto e sincício-
trofoblasto. 
2. Abertura de vasos capilares subepiteliais pelo sinciciotrofoblasto 
formando lacunas de sangue materno que circundam o trofoblasto. 
3. Células do citotrofoblasto se desenvolvem e revestem internamente o 
sinciciotrofoblasto, em seguida o mesoderma extraembrionário invade a 
região dos vilos e forma-se o vilo coriônico. 
4. Células do citotrofoblasto ultrapassam o sinciciotrofoblasto invadindo a 
decídua, constituindo o vilo de ancoragem e o citotrofoblasto extraviloso. 
5. Vasos umbilicais alcançam o mesoderma extraembrionário: circulação 
útero-placentária.

Continue navegando