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CONTRATURA E ENCURTAMENTO

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CONTRATURA E ENCURTAMENTO 
A restrição dos movimentos pode variar de um leve encurtamento muscular até contraturas 
irreversíveis. Contratura é definida como o encurtamento adaptativa da unidade 
musculotendínea e outros tecidos moles que cruzam ou cercam uma articulação e resulta em 
resistência significativa ao alongamento passivo ou ativo na limitação da ADM, podendo 
comprometer as habilidades funcionais. 
Não há um delineamento claro de quanta limitação de movimento causado pela perda de 
extensibilidade dos tecidos moles precisa existir para que uma limitação de movimento seja 
considerada uma contratura. Em um estudo de referência, a contratura é definida como uma 
perda quase completa de mobilidade, e o termo encurtamento é usado para denotar perda 
parcial da mobilidade. A mesma referência desencoraja o uso do termo retração para descrever 
a mobilidade restrita em razão do encurtamento adaptativo dos tecidos moles, apesar de seu 
uso ser comum na clínica e nas academias para descrever um encurtamento muscular leve. 
Contudo, outro autor utiliza o termo retração muscular para denotar o encurtamento 
adaptativo dos elementos contrateis e não-contrateis do músculo. 
DESIGNAÇÃO DAS CONTRATURAS PELA LOCALIZAÇÃO 
As contraturas são descritas por meio da identificação da ação dos músculos encurtados. Se o 
paciente tem músculos flexores de cotovelo encurtados e não pode estendê-los totalmente, 
pode se dizer que ele tem uma contratura de flexão de cotovelo. Quando um paciente não pode 
abduzir totalmente a perna por causa dos músculos adutores de quadril encurtados, pode se 
dizer que ele tem uma contratura na adução do quadril. 
CONTRATURA VERSUS CONTRAÇÃO 
Os termos contratura e contração (o processo de desenvolvimento de tensão em um músculo 
durante o encurtamento ou alongamento) não são sinônimos e não devem ser usados 
indiscriminadamente. 
 
TIPOS DE CONTRATURA 
Um modo de esclarecer o significado do termo contratura é descrever as contraturas por meio 
das alterações patológicas nos diferentes tipos de tecido moles envolvidos. 
CONTRATURA MIOSTÁTICA 
É uma contratura miostática (miogênica), embora a unidade musculotendínea esteja 
adaptativamente encurtada e haja uma perda significativa de ADM, não há uma patologia 
muscular especifica presente. De uma perspectiva morfológica, embora possa haver uma 
redução no número de unidades de sarcômeros em série, não há diminuição no comprimento 
individual de cada sarcômero. As contraturas miostáticas podem ser resolvidas em um período 
relativamente curto, por meio de exercícios de alongamento. 
CONTRATURA PSEUDOMIOSTÁTICA 
O comprometimento da mobilidade e a limitação de ADM podem ser também resultado de 
hipertonicidade (espasticidade ou rigidez) associada a uma lesão do SNC como acidente vascular 
encefálico, lesão medular ou traumatismo craniano. O espasma muscular ou defesa e dor 
podem também causar uma contratura pseudomiostática. Nas duas situações, os músculos 
envolvidos parecem estar em um estado de contração constante, dando origem a uma 
resistência excessiva ao alongamento passivo. Por isso, utiliza se o termo contratura 
pseudomiostático ou aparente. Quando são aplicados procedimentos de inibição para reduzir 
temporariamente a tensão muscular, é um possível um alongamento passivo completo do 
musculo uqe aparentemente estava encurtado. 
CONTRATURA ARTROGÊNICAS OU PERIARTICULARES 
Uma contratura artrogênica é resultado de patologia intra-articular. Essas alterações podem 
incluir aderências, proliferação sinovial, edema articular, irregularidades na cartilagem articular 
ou formação de osteófitos. Uma contratura periarticular se desenvolve quando a capsula 
articular ou os tecidos conjuntivos que cruzam ou se inserem em uma articulação perdem a 
mobilidade, restringindo assim o movimento artrocinemático normal. 
CONTRATURA FIBRÓTICA E CONTRATURA IRREVERSÍVEL 
As alterações fibróticas no tecido conjuntivo do musculo e estruturas periarticulares podem 
causar aderências desses tecidos e subsequente uma contratura fibrótica. Embora seja possível 
alongar uma contratura fibrótica, aumentando por consequência a ADM, em geral e difícil 
reestabelecer o comprimento ideal do tecido. 
A perda permanente da extensibilidade dos tecidos moles, que não podem ser revertidas por 
meio de intervenções não cirúrgicas, podem ocorrer quando o tecido muscular normal e o tecido 
conjuntivo organizado são substituídos por grandes quantidades de aderências fibróticas e 
tecido cicatricial relativamente não extensível, ou mesmo osso heterotópico. Essas alterações 
podem ocorrer após longos períodos de imobilização do tecido em uma posição encurtada ou 
após trauma tecidual e subsequente resposta inflamatória. Quanto maior o tempo de existência 
de uma contratura fibrótica ou maior a substituição de tecido muscular e conjuntivo normal por 
aderências não-extensíveis e tecido cicatricial ósseo, mais difícil se torna a recuperar a 
mobilidade ideal dos tecidos moles e mais provavelmente a contratura se tornara irreversível. 
BIBLIOGRÁFIA: EXERCICIOS TERAPEUTICOS – FUNDAMENTOS E TECNICAS 
AUTOR: CAROLYN KISNER/ LYNN ALLEN COLBY

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