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RECEPTORES FARMACOLÓGICOS Matheus Scortegagna Leal, Rivoneide Barbosa, Talita Kretzer Curso de graduação em Enfermagem | Departamento de Farmacologia | CCB – Centro de Ciências Biológicas RECEPTORES FARMACOLÓGICOS (Canais iônicos controlados por ligantes; Receptores acoplados à proteína G) RECEPTORES - PARTE DO ORGANISMO QUE INTERAGE COM O FÁRMACO Há quatro tipos principais de proteínas reguladoras que normalmente atuam como alvos farmacológicos primários (onde o fármaco se liga para produzir um efeito): ● Receptores ● Enzimas ● Moléculas carregadoras ● Canais iônicos Disponível em: https://slideplayer.com.br/slide/10667353/ INTERAÇÃO FÁRMACO - RECEPTOR A tendência de um fármaco de se ligar aos receptores é governada pela sua AFINIDADE, ao passo que a tendência de um fármaco de, uma vez ligado, ativar o receptor é indicado pela sua EFICÁCIA. A interação entre um fármaco e certos componentes celulares representam o mecanismo de ação do fármaco. Isto é, a ligação do fármaco e a ativação do receptor são etapas distintas. RECEPTORES = ALVOS FARMACOLÓGICOS Sinalizadores que coordenam as atividades das células de um tecido Reconhecem e respondem aos sinais químicos O sistema entre fármaco/moléculas constituem verdadeiras chaves e fechaduras, tamanha sua especificidade O fármaco deve agir de forma seletiva, possuir alta especificidade EFEITO COLATERAL Por que ocorre? Os fármacos são extremamente específicos, porém não existe um fármaco com especificidade total; ● Como não são totalmente específicos: - Os fármacos irão se ligar aos receptores corretos, que irão gerar a resposta desejada; - Os fármacos também irão se ligar em outros receptores que também serão ativados, provocando uma reação não desejada. ● DOSE DEPENDENTE: Quanto menor a potência de um fármaco, e maior a dose administrada/necessária, maior é a chance desse fármaco interagir com outros alvos celulares. Doses maiores se correlacionam com mais efeitos colaterais. CANAIS IÔNICOS 1. Dependentes de ligantes (Ionotrópicos) 2. Dependentes de voltagem 3. Dependentes de metabólitos (Metabotrópicos) (Todos os três relacionados com a condutância iônica do canal) 1 - RECEPTORES IONOTRÓPICOS - Também chamados de Canais Iônicos controlados por ligantes RECEPTORES IONOTRÓPICOS São proteínas da membrana (localização) que incorporam um sítio ao ligante (receptor/canal iônico), geralmente no domínio extracelular; Tipicamente, estes são os receptores nos quais os neurotransmissores rápidos agem (transmissão sináptica rápida); Organização heteromérica de 5 subunidades, com hélices transmembrana dispostas em torno de um canal aquoso; Estrutura pentamérica com 2 sítios de ligação para ACh. Ambos devem ligar-se a moléculas de ACh para que o receptor seja ativado. A ligação do ligante e a abertura do canal ocorrem em uma escala de tempo de milissegundos - RÁPIDA! Ex.: Receptores Nicotínicos da ACh. 2 - DEPENDENTE DE VOLTAGEM 3 - DEPENDENTES DE METABÓLITOS Receptores acoplados à proteína G (receptores metabotrópicos) RECEPTOR: ● Principal família de receptores explorados pelos fármacos; ● 1 proteína com 7 domínios transmembrana ● Alça citoplasmática interage com a proteína G ● Proteína G possui três subunidades: alfa (α), beta (β), gama (γ) ● Quando um receptor é ocupado, ele muda sua conformação criando uma afinidade a essa proteína que se acopla a esse receptor e é ativado, trocando o nucleotídeo GDP por GTP. ● Após essa troca, a parte alfa (α) se separa de beta (β) e gama (γ) e cada um migra pela membrana em busca de um alvo ● Ao se ligarem a um alvo, a subunidade alfa (α) troca novamente o GTP pelo GDP, inativando-se e se unindo a parte beta (β) e gama (γ). UM LIGANTE E SUAS VÁRIAS AÇÕES ATRAVÉS DOS DIFERENTES RECEPTORES E PROTEÍNAS G ACOPLADAS FARMACODINÂMICA DO CAPTOPRIL inibidor da ECA - Enzima Conversora de Angiotensina, que impede a angiotensina I de ser convertida em angiotensina II. Angiotensina II se liga a receptores AT1 no endotélio dos vasos, induzindo uma cascata de ativação enzimática que resulta na entrada de Ca2+ na célula muscular lisa, elevando a vasoconstrição e pressão arterial. Com a ausência da angiotensina II não há vasoconstricção periférica, promovendo uma diminuição da pressão arterial. REFERÊNCIAS: https://www.youtube.com/watch?v=iC2AlRZvQnE https://www.youtube.com/watch?v=Tjs2U3zAKc0 https://www.youtube.com/watch?v=auqzzsEdhn0 https://pt.wikipedia.org/wiki/Canal_i%C3%B3nico_dependente_de_voltagem https://pt.wikipedia.org/wiki/Captopril https://pt.wikipedia.org/wiki/Enzima_conversora_da_angiotensina https://www.bulas.med.br/p/bulas-de-medicamentos/bula/172987/captopril+eurofarma.htm Matheus, Rivoneide, Talita
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