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Rota de Aprendizagem 4 Auditoria Hospitalar

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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
Projeto Pós-graduação 
Curso MBA Gestão Hospitalar 
Disciplina Auditoria Hospitalar 
Tema A Classificação das Auditorias 
Professor Joy Ganem Longhi 
Introdução 
Nesse tema você vai conhecer as diferentes classificações das 
auditorias, compreender sua importância e as atividades que cada uma realiza. 
Como complemento a esse tema, estudará ainda a judicialização da saúde e a 
prática do home care. 
Assista ao vídeo inicial da professora Joy, disponível no material on-line, 
e comece seu estudo. Boa leitura! 
Problematização 
Um paciente de 88 anos entrou no hospital para a colocação de uma 
prótese de fêmur. Após a cirurgia, seu quadro clínico complicou devido à 
infecção do sítio cirúrgico, desse modo, foi necessária a prorrogação do 
internamento. 
Devido ao grande período acamado e com dificuldade de mobilização 
para mudança de decúbito, o paciente apresentou escaras, necessitando de 
curativos especiais. Além disso, necessitou de fisioterapia diariamente. Devido 
às dificuldades encontradas e a sua idade avançada o idoso foi a óbito após 22 
dias. 
Nesse caso clínico, é possível verificar a atuação de quais auditorias por 
parte da operadora de saúde? Não responda agora! Faça seus estudos e ao 
final escolha a melhor alternativa. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
A classificação das auditorias 
Entende-se hoje que a auditoria em saúde tem o objetivo de auxiliar as 
organizações no processo de gestão, buscando soluções de controle e 
acompanhamento dos processos internos da instituição de saúde. Isso 
propicia, às empresas, o controle dos erros, dos desperdícios e irregularidades, 
além de uma maior segurança para os usuários. 
A auditoria, na literatura (COSTA & ALEVATO, 2010) especializada, é 
entendida como uma atividade que pode ser realizada de forma retrospectiva 
(avaliação), concomitante (monitoramento) e prospectiva (gestão de risco 
e conflitos). Pode-se dizer que a auditoria atua sob dois focos (CARMINATTI, 
JR., 2012): 
 O foco financeiro-econômico dos custos assistenciais, em que visa 
atuar no controle e verificação das fraudes, verificar a quantidade e se 
os valores cobrados condizem com os normatizados e consistência 
dos procedimentos prestados pelo médico ou instituição hospitalar. 
 A análise qualitativa, observando as estruturas disponíveis, 
qualidade do atendimento e percepção do paciente. 
 
Na atual conjuntura econômica não é possível admitir, em qualquer 
hipótese, a perda de capital monetário, mesmo que seja com a finalidade de 
diminuir a incidência de doenças. Devido a isso, qualidade e custos 
constituem o binômio primordial na auditoria. A cobrança e a redução eficiente 
de custos são fatores que permitem a continuidade de uma prestação de 
serviços de saúde adequada aos clientes (SIEWERT, 2013). 
Tipos de auditoria 
Auditoria operacional 
Esse procedimento tem como objeto de análise a atuação, o controle e a 
execução da assistência, e foca-se no controle da utilização dos serviços, na 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
padronização de processos, na adequação de procedimentos e na solução de 
conflitos. Suas principais atividades (MORAIS, 2014), entre outras, são: 
 Autorização prévia de procedimentos. 
 Visitação hospitalar. 
 Busca e produção de informações relevantes em saúde. 
 Revisão de faturamento dos prestadores de serviços de saúde. 
 
Inclui-se, também, na auditoria médico-operacional a auditoria de 
contas. Classificada como visita hospitalar de alta, quando ocorre após a alta 
hospitalar do paciente, porém ainda no ambiente hospitalar, esse processo 
ocorre antes da conta ser enviada para a fonte pagadora, tendo o auditor a 
posse do prontuário médico completo para análise. 
Nesse caso, possíveis irregularidades, ou não conformidades, podem 
ser negociadas antes do envio da conta hospitalar para a fonte pagadora, com 
mútua e formal concordância (KOBUS & DIAS, 2014). 
Auditoria analítica 
Tem como foco os indicadores dos processos da assistência e da 
própria auditoria. Nesse processo os auditores devem possuir conhecimentos 
relacionados aos indicadores de saúde e administrativos, e no que tange a 
utilização de tabelas, gráficos, bancos de dados e contratos. Dessa forma são 
capazes de reunir informações relacionadas ao plano de saúde, bem como, 
quanto aos problemas detectados em cada prestador de serviços de saúde 
(KOBUS & DIAS, 2014). 
Auditoria clínica 
Essa é uma evolução da auditoria médica, pela maior abrangência de 
análise e de aplicabilidade do conhecimento (MORAIS, 2014). Tem como foco 
a melhoria da qualidade dos processos e resultados dos cuidados e é o 
processo sistemático pelo qual os profissionais de saúde continuamente 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
monitoram e avaliam suas práticas clínicas, a organização dos serviços, as 
funções gerenciais e as atividades educacionais. 
Nela analisa-se sistematicamente a qualidade dos cuidados da saúde, 
incluindo os procedimentos usados para diagnóstico, tratamento e atenção, o 
uso de recursos, os resultados da atenção e a qualidade de vida dos pacientes. 
Há três enfoques principais de auditoria clínica: 
 Auditoria implícita, que utiliza a opinião de experts para avaliar a 
prática de atenção à saúde. 
 Auditoria explícita, que avalia a atenção prestada contrastando-a com 
critérios pré-definidos, especialmente nas diretrizes clínicas. 
 Auditoria por meio de eventos-sentinelas. 
 
A auditoria clínica inclui também os procedimentos usados no 
diagnóstico, tratamento, no uso dos recursos e nos resultados de todos os 
pontos de atenção (observada a utilização dos protocolos clínicos 
estabelecidos). 
Momento de realização da auditoria 
Auditoria inicial, pré-auditoria, auditoria prospectiva, auditoria preliminar 
ou auditoria de liberação 
Trata da avaliação dos procedimentos médicos antes de sua realização 
e analisa a cobertura do plano, critérios de indicação e viabilidade do plano de 
tratamento. Pesquisas demonstram (SIEWERT, 2013) que a realização de uma 
auditoria médica antes que o procedimento aconteça e em cada análise 
individual gera uma grande diminuição dos custos para os planos de saúde. 
Assim, cabe ao auditor, responsável pela auditoria prospectiva, a análise 
das solicitações de autorização desencadeando o processo de admissão das 
guias ou comprovantes. A análise de solicitações deve levar em conta a 
necessidade e a realização das internações em locais adequados e por 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
5 
períodos compatíveis (UNIMED VITÓRIA b, 2009). 
 
O artigo a seguir, de Marcela Cardoso Siewert, comenta mais sobre os 
benefícios financeiros da auditoria médica prévia, não deixe de ler! 
http://institutodeposgraduacao.com.br/uploads/arquivos/e173bd7cdc94f7bd3ab754071c18fdd3.pdf 
 
O recomendado é buscar a concordância entre o médico assistente e o 
auditor, porém, quando não se alcança um acordo entre as partes, há uma 
determinação legal, denominada Resolução nº 8 do Conselho Nacional de 
Saúde Suplementar, que em seu artigo 4º determina a busca de uma terceira 
opinião, ou junta médica. Essa consulta deve ser feita com um profissional com 
capacidade e conhecimento médico reconhecido, escolhido em acordo pelo 
médico assistente e pela instituição responsável pela auditoria, e com o 
consentimento do paciente (MORAIS, 2014). 
Frequentemente, são considerados como de liberação prévia ao 
atendimento: 
 Procedimentos eletivos: especialmente os cirúrgicos eexames 
diagnósticos disponibilizados pelo prestador, quando não 
caracterizam atendimento de urgência e/ou emergência. 
 Uso de materiais implantáveis: órteses, próteses e materiais 
especiais. 
 Procedimentos com custos elevados: relacionados, ou não, aos 
métodos cirúrgicos dos itens anteriores e tratamentos oncológicos. 
 Sem cobertura: procedimentos que não tiverem cobertura dos planos 
ou seguros de saúde, como os estéticos e experimentais, de acordo 
com o art. 10 da Lei nº 9656. 
 Sem habilitação: procedimentos para os quais não conste habilitação 
específica do prestador. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
6 
Segundo Morais (2014), grande parte dos conflitos entre pacientes e 
gestores de serviços de saúde ocorre durante a liberação dos procedimentos, 
muitos chegam ao órgão de defesa do consumidor e, em volume 
progressivamente crescente, em determinações judiciais. As não 
conformidades mais comuns, referentes à liberação prévia, são (SOCIO, 2012): 
 Falta de código ou descrição do procedimento. 
 Ausência de justificativa do médico assistente. 
 Solicitação excessiva de códigos. 
 Solicitação de produtos que não possuem cobertura pelo plano 
contratado, ou de procedimentos não reconhecidos pelas sociedades 
médicas. 
 Resistência no envio de relatórios complementares, distorções, 
fraudes e desobediências às regras. 
 
O registro das solicitações inadequadas, ou incorretas, seus motivos e 
consequências, permite que se estabeleçam padrões quantificáveis que podem 
ser usados pelos gestores durante a renovação, ou não, de contratos e no 
estabelecimento de metas gerenciais que produzam maior qualidade nos 
processos (MORAIS, 2014). 
Enfim, o trabalho da auditoria de liberação reside fundamentalmente na 
análise e na produção de ferramentas ou de metodologias que, embasadas em 
conhecimentos sólidos, possibilitem não só a prevenção de dissabores com o 
processo, mas que conduzam a assistência para soluções de qualidade 
(MORAIS, 2014). 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
7 
A professora Joy comenta mais sobre a judicialização da saúde na 
videoaula disponível no material on-line. 
 
O artigo disponível a seguir também aborda essa questão, com a opinião de 
pesquisadores da UDESC, aproveite! 
http://www.revistas.udesc.br/index.php/udescemacao/article/download/3103/pdf_8 
 
Auditoria concorrente, de acompanhamento, pró-ativa ou supervisão 
Essa é a auditoria realizada no curso do tratamento. Trata-se de uma 
avaliação parcial, que objetiva acompanhar e documentar clinicamente o caso 
e ocorre no período em que os cuidados estão sendo executados. 
A atividade de auditoria concorrente deve focar-se na boa assistência, 
no plano de cuidados traçado para atender cada caso individualmente e na 
ação das diligências. Apenas o controle e a comprovação da realização de 
procedimentos previamente planejados não é suficiente. 
Embora essa modalidade de auditoria esteja mais frequentemente 
voltada à liberação de procedimentos eletivos, ela também tem um importante 
papel em emergências e, juntamente ao processo mais amplo de regulação, 
possibilita a disponibilização do melhor recurso para o atendimento, o que gera 
menor custo com internações não resolutivas (MORAIS, 2014). 
Trata-se de uma análise pericial ligada ao evento no qual o cliente está 
envolvido, como por exemplo, acompanhar o processo de atendimento ao 
cliente ainda internado (MOTTA, 2004). É, na realidade, o acompanhamento 
contínuo das hospitalizações, enfocando os custos e a qualidade dos serviços 
prestados. 
O auditor atua junto aos profissionais da assistência, a fim de monitorar 
o estado clínico do paciente internado, verificando a procedência, gerenciando 
o internamento, auxiliando na liberação de procedimentos, ou materiais, e 
medicamentos de alto custo. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
8 
Nesse processo, ele também verifica a qualidade da assistência 
prestada e pode indicar, com a anuência do médico assistente, outra opção de 
assistência médica ao usuário, como o atendimento domiciliar ou home care 
(JUNQUEIRA, 2001). 
De acordo com Morais (2014), o auditor, em sua atividade de visita 
hospitalar, com base nos relatórios da equipe técnica e da auditoria de 
enfermagem, tem condições de, em consonância com a equipe responsável 
pelo atendimento hospitalar, intervir no período de internamento, propondo e 
estimulando ações de atenção domiciliar. As não conformidades mais comuns 
na auditoria concorrente são (SOCIO, 2012): 
 Falta de justificativa médica para longa permanência. 
 Mudança ou inclusão de procedimentos sem liberação prévia. 
 Utilização de medicamentos especiais, órteses, próteses e materiais 
especiais (OPME) sem liberação prévia. 
 Ausência de evoluções diárias e/ou registros incompletos. 
 
Outra situação que deve ser evitada é a desospitalização precoce, a 
professora Joy comenta sobre isso e outros assuntos na próxima videoaula, 
disponível on-line. 
Auditoria final, de contas hospitalares, retrospectiva ou revisão de contas 
Auditoria realizada após o término do tratamento, em que observa-se a 
correspondência com o plano de tratamento autorizado. É uma análise pericial 
dos procedimentos médicos realizados, com ou sem análise do prontuário 
médico, respeitando parâmetros estabelecidos nas diretrizes clínicas, relativos 
à adequação técnica do tratamento. 
A qualidade da auditoria de revisão de contas é maior quando a equipe 
que a realiza é mais diversificada. É de fundamental importância a participação 
de profissionais das áreas médica e de enfermagem, mas, segundo Morais 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
9 
(2014), os farmacêuticos, bioquímicos, fisioterapeutas e nutricionistas também 
contribuem substancialmente para uma auditoria ainda mais correta. 
A auditoria de contas trata-se de um processo minucioso, no qual são 
verificados os seguintes aspectos, entre outros (KOBUS & DIAS, 2014): 
 O diagnóstico médico. 
 Os procedimentos realizados. 
 Exames e seus laudos. 
 Materiais e medicamentos gastos. 
 Taxas hospitalares diversas. 
 Relatórios de equipe multidisciplinar. 
 
A análise das contas apresentadas para a cobrança é mais consistente 
quando feita separadamente para cada componente do custo e cada 
divergência observada deve ser comunicada ao prestador. Esses comunicados 
tomam a forma de um relatório embasado, a fim esclarecer ou justificar, por 
meio de recursos, o que estiver sendo cobrado (MORAIS, 2014). 
Glosas (não pagamento pelos planos) podem ocorrer durante a auditoria 
retrospectiva, podendo ser administrativas ou técnicas (PELLEGRINI, 2004): 
 As administrativas são decorrentes de falhas operacionais no 
momento da cobrança, falha de interpretação entre o plano de saúde 
e o prestador de serviço, ou, ainda, falha no momento da análise da 
conta do prestador. 
 As técnicas estão vinculadas à apresentação dos valores de serviços 
e medicamentos utilizados e não aos procedimentos médicos 
adotados. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
10 
Local de realização da auditoria 
Auditoria externa 
O auditor será responsável pela auditoria dentro das instalações dos 
prestadores de serviço, pela análise das contas hospitalares após a alta do 
paciente. A auditoria externa in loco é o serviço de auditoria realizado dentro 
das unidades do hospital em que estão internados os pacientes e o auditor é 
responsável pela análise dos prontuários e visita ao paciente. 
São vantagens da auditoria in loco: 
 Ocorreconcomitantemente ao atendimento em saúde. 
 Favorece maior integração com os prestadores de serviço de saúde. 
 Enriquece a coleta de dados. 
 Permite avaliação ampla dos recursos. 
 Estimula o uso racional e evita desperdícios. 
 Reduz adequações e revisões desnecessárias. 
 Subsidia as autorizações. 
 Favorece a qualidade da assistência. 
 Contribui para maior satisfação dos clientes. 
 Favorece a integração, o acompanhamento da qualidade assistencial 
e minimiza possíveis riscos. 
 Otimiza o processo de auditoria retrospectiva. 
 Capta clientes para atendimento domiciliar e para programas de 
gerenciamento de pacientes crônicos (UNIMED VITÓRIA a, 2009). 
 Dispõe sobre o prontuário e de outros subsídios no momento da 
análise, evitando glosas desnecessárias. 
 
Outro ponto importante, segundo a professora Joy, é a visita aos pacientes, 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
11 
para discutir esse assunto ela preparou mais um vídeo que você pode acessar 
no material on-line. 
Auditoria interna 
A auditoria é realizada dentro das instalações da operadora pela análise 
das contas hospitalares, clínicas e laboratórios. Quanto à forma, separa-se em: 
 Auditoria direta: realizada pela equipe de auditores responsável pelo 
setor técnico da operadora. 
 Auditoria integrada: realizada por auditores dos diversos níveis de 
gestão da operadora. 
 Auditoria compartilhada: ocorre quando é solicitada a participação 
de auditores de outras instituições. 
 
Ainda existem outras classificações das atividades realizadas. Na 
auditoria de enfermagem hospitalar, por exemplo, é possível classificar: 
 Auditoria de cuidados: mensura a qualidade da assistência em 
enfermagem, verificada através de registros no prontuário ou das 
próprias condições desse. 
 Auditoria de custos: Confere e controla o faturamento enviado para 
os planos de saúde quanto aos procedimentos realizados e visitas de 
rotina, cruzando as informações recebidas com as que constam no 
prontuário. 
 
Segundo D’Inocenzo (2006), com essas auditorias é possível indicar 
alternativas preventivas e corretivas aos problemas. 
Auditoria hospitalar 
As empresas, de um modo geral, estão cada vez mais, exigindo a 
adoção de medidas e técnicas de acompanhamento e controle para diminuir 
falhas e evitar problemas que possam colocar a empresa em risco. Isso está 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
12 
proporcionando a aplicação de diversos mecanismos, oferecendo várias 
alternativas para solucionar os problemas encontrados no ambiente das 
organizações. Dentre essas medidas, está a auditoria (SOCIO, 2012). 
Para hospitais, esse procedimento tem se destacado como instrumento 
de gestão, pois constata irregularidades no prontuário médico, como também 
na área contábil e na qualidade dos serviços, analisando documentos ou 
processos. Especialmente no âmbito financeiro-comercial essas auditorias 
podem ser importantes, avaliando os consumos e cobranças realizadas pela 
instituição (SILVA & ESPÍRITO SANTO, 2013). 
A equipe de auditoria geralmente é formada por diferentes profissionais, 
que realizam a análise qualitativa e quantitativa do prontuário, previamente e 
posteriormente ao faturamento, verificando as glosas efetuadas e redigindo 
relatórios finais para a tomada de decisão (SCARPARO, 2007). 
Auditoria de prontuários 
Considerando todas as atribuições legais e responsabilidades embutidas 
no prontuário, além de seu caráter multiprofissional, esse conjunto de 
informações é susceptível a imprecisões em seus registros. Portanto, faz-se 
necessária uma análise apurada e imparcial de seu conteúdo, realizada através 
da auditoria de prontuário (RIOLINO & KLIUKAS, 2003). 
As atribuições do enfermeiro auditor de prontuário estão intimamente 
ligadas às necessidades das instituições hospitalares em garantir a 
uniformidade dos registros pela equipe multiprofissional, respeitando as 
diretrizes definidas pela instituição para o preenchimento de documentos 
(RIOLINO & KLIUKAS, 2003). 
Devido às anotações inconsistentes, elegíveis e subjetivas, as glosas 
nas contas hospitalares têm apresentado valores significativos para as 
instituições hospitalares (CAMELO et al., 2009). Desse modo, a verificação 
dessas inconsistências, deve resultar em orientação e treinamento das equipes 
e profissionais envolvidos. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
13 
Resultado da auditoria 
Dois resultados são os mais comuns, sendo: 
 Auditoria conforme: tudo que foi proposto na ficha clínica é 
exatamente realizado, ou será realizado. Verifica o respeito às 
diretrizes clínicas estabelecidas, utilizadas pela operadora, e a 
veracidade da cobrança (COSTA & ALEVATO, 2010). 
 Auditoria não conforme: trabalho que esteja em desacordo com as 
especificações da empresa, sendo administrativamente ou 
tecnicamente inaceitável. Ocorre com o não cumprimento das 
diretrizes clínicas ou em casos de cobrança indevida (COSTA & 
ALEVATO, 2010). O registro das solicitações inadequadas ou 
incorretas e seus motivos e consequências, permite que se 
estabeleçam padrões quantificáveis que podem ser usados pelos 
gestores na renovação, ou não, de contratos e no estabelecimento de 
metas gerenciais que produzam maior qualidade nos processos 
(MORAIS, 2014). 
Periodicidade das auditorias 
 Auditoria regular ou ordinária: há periodicidade regular para a 
realização da auditoria. 
 Auditoria especial ou extraordinária: ocorre quando a auditoria é 
solicitada por suspeita, comprovação de denúncias ou outras 
demandas. 
Revendo a problematização 
Agora que você já estudou mais sobre as classificações das auditorias, 
vamos retornar ao caso apresentado no início deste tema? Releia o problema e 
escolha uma das soluções a seguir. 
a. Auditoria prospectiva, auditoria concorrente e auditoria de contas. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
14 
b. Auditoria interna, auditoria externa e auditoria clínica. 
c. Auditoria clínica, auditoria de prontuários e auditoria externa. 
Os feedbacks para as alternativas estão disponíveis no material on-line. 
Síntese 
Nesse tema você pôde verificar que a auditoria possui várias 
classificações e que cada etapa possui diversas atividades a serem realizadas, 
tanto nas operadoras de saúde, quanto nos hospitais, com o intuito de melhorar 
a qualidade da assistência, diminuir o número de glosas e cumprir os termos 
estabelecidos nos contratos. 
A auditoria é um processo benéfico tanto para os clientes, pois 
possibilita a autorização de procedimentos e avaliação daquilo que haverá de 
pagar, quanto aos prestadores de saúde, no que tange à qualidade, à 
segurança de receber pelos procedimentos realizados e à uniformização de 
condutas. 
A professora Joy faz um resumo desses temas no vídeo final deste 
tema, disponível no material on-line. 
Referências 
BERWICK, D. M.; KNAPP, M. G. Theory and Practice for Measuring Health 
Care Quality. In: Graham, N. Quality Assurance in Hospitals: Strategies for 
Assessment and Implementation. Maryland: Aspen Pub. Inc. Rockville, 1990. 
CAMELO, S. H. H.; PINHEIRO, A.; CAMPOS, D.; OLIVEIRA, T. L. Auditoria de 
enfermagem e a qualidade da assistência à saúde: uma revisão de literatura. 
Rev. Elet. Enferm., 11(4), 1018-1025, 2009. Disponível em: 
http://www.fen.ufg.br/revista/v11/n4/v11n4a28.htm. Acesso em: 20 out. 2014. 
CARMINATTI JUNIOR, E. V. Controle da utilização de tecnologias de saúde: 
Estudo de Caso em um hospital materno infantil. Dissertação, 206f. USP, 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico15 
Ribeirão Preto, 2012. 
COSTA, M. T.; ALEVATO, H. Auditoria odontológica: uma ferramenta de 
gestão da saúde suplementar. VI Congresso nacional de excelência em 
gestão. ISSN 1984-9354. Niterói, 2010. 
D’INOCENZZO, M. et al. Indicadores, auditorias, certificações: ferramentas 
da qualidade para gestão da saúde. São Paulo: Martinar, 2006. 
JUNQUEIRA, W. N. G. Auditoria médica em perspectiva: presente e futuro 
de uma nova especialidade. Criciúma: Edição do Autor, 2001. 
KOBUS, L. S. G.; DIAS, J. S. Dados essenciais para a auditoria de contas 
médicas hospitalares: experiência em Curitiba-PR. PUCPR. Disponível em: 
(http://www.sbis.org.br/cbis9/arquivos/457.PDF). Acesso em: 20 out. 14. 
MORAIS, M. V. Auditoria em Saúde. São Paulo: Saraiva, 2014. 
MOTTA, A. L. C. Auditoria de enfermagem nos hospitais e operadoras de 
planos de saúde. São Paulo: Editora Iátria, 2004. 
PELLEGRINI, G. Glosas convênio x prestador. Anais do Congresso Latino 
Americano dos Serviços de Saúde e 3ª Jornada de Gestão e Clínicas 
Médicas. São Paulo, 2004. 
RIOLINO, A. N.; KLIUKAS, G. B. V. Relato de experiência de enfermeiras no 
campo de auditoria de prontuário – uma ação inovadora. Rev. Nursing, 65(6), 
p. 35-38, 2003. 
SCARPARO, A. F. Auditoria em enfermagem: Identificando sua concepção e 
métodos. Dissertação, 127f. Ribeirão Preto: USP, 2007. 
SIEWERT, M. C. Importância da redução de custos em operadoras privadas de 
plano de saúde por meio da auditoria médica prévia. Rev. Online Ipog. 
Especialize, 6(1), dezembro, 2013. 
SILVA, A. T.; ESPÌRITO SANTO, E. A auditoria como ferramenta para 
excelência da gestão hospitalar. Rev. Saude Desenvolvimento, 2(3), p. 46-60, 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
16 
2013. 
SOCIO, S. L. Relato de experiência auditoria de enfermagem: 
retrospectiva e sistematização em uma operadora de saúde. Curitiba: 
Universidade Tuiutí do Paraná, 2012. 
UNIMED VITÓRIA a. Normas de auditoria de enfermagem – Caderno 1. 
Vitória: 2009. 
UNIMED VITÓRIA b. Manual de Auditoria Médica – Legislação. Vitória: 
2009. 
Atividades 
 Um auditor, realizando a análise de contas, observou uma situação 
imprópria/irregular, com procedimentos cobrados diferentemente dos 
tratamentos realizados. Nesse caso, ele deverá sugerir a glosa do tipo: 
a. Total. 
b. Intermitente. 
c. Parcial. 
d. Administrativa. 
 
 O relatório de auditoria é um documento formal e técnico que tem por 
finalidade relatar os fatos observados nos dados obtidos e nas análises 
efetuadas sobre o desempenho do auditado, ensejando, como produto final, 
sugestões e/ou recomendações. Todas as não conformidades constatadas 
devem recomendar ações: 
a. Punitivas. 
b. Críticas. 
c. Imperativas. 
d. Corretivas. 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
17 
 Um paciente internado por uma cirurgia de apendicite, já em seu pós-
operatório, cai ao tentar sair da cama e quebra a perna, necessitando de 
uma nova cirurgia para a colocação de pinos. O auditor avalia a necessidade 
de prorrogação do internamento e vai até o paciente avaliar a necessidade 
da utilização de OPME. Nesse caso, temos: 
a. Auditoria de liberação e auditoria interna. 
b. Auditoria concorrente e auditoria externa in loco. 
c. Auditoria de contas e auditoria externa. 
d. Auditoria concorrente e auditoria interna. 
 
 Após o óbito do paciente, podemos afirmar que: 
a. Não há auditoria realizada. 
b. A auditoria realizada é apenas a auditoria prévia, caso o paciente tenha 
internado de modo eletivo e a auditoria de contas não deverá ser 
realizada, pois não haverá o que avaliar. 
c. A auditoria de prontuários não necessita ser realizada, pois, qualquer 
irregularidade identificada não poderá ser reparada, uma vez que o 
paciente foi a óbito. 
d. Mesmo o paciente indo a óbito, é possível que todas as auditorias sejam 
realizadas conforme rotina, pois mesmo em óbito, há uma conta pronta a 
ser auditada. 
 
 Para o hospital, a auditoria: 
a. Aumenta o número de punições e glosas. 
b. Melhora a qualidade e auxilia na padronização de fluxos e informações. 
c. Substitui a necessidade de educação continuada. 
d. Diminui o número de glosas, no entanto, diminui também os benefícios 
aos pacientes. 
Os feedbacks para as atividades estão disponíveis no material on-line.

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