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TEORIAS DO CURRÍCULO - SEMANA 03.docx

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ATIVIDADE PARA AVALIAÇÃO - SEMANA 3
Descreva o cenário e os elementos que motivaram o surgimento das teorias críticas do currículo.
O conceito de teoria crítica argumenta que não existe uma teoria neutra, já que toda teoria está baseada nas relações de poder. Isto está implícito nas disciplinas e conteúdos que reproduzem a desigualdade social, fazendo com que muitos alunos abandonem a escola antes mesmo de aprenderem as habilidades das classes dominantes. também percebe o currículo como um campo que prega a liberdade, um espaço cultural e social de lutas. Visando um currículo com abordagem pluridisciplinar de manifestação real, saindo do campo formal - como é evidente na teoria tradicional. 
A teoria critica surgiu em 1924, no contexto da sociologia alemã; com a formação da Escola de Frankfurt e do Instituto de Pesquisas Sociais. Foi fundamentada e constituída por vários cientistas sociais (dessa época, em sua primeira formação/geração) composta por Walter Benjamin, Theodor Adorno, Max Horkeimer e Hebert Marcuse - grupo de intelectuais alemães de esquerda.
Em razão do cenário político (local e mundial) da época ocorreram diversas alternâncias de intelectuais no cargo de diretor do Instituto de Pesquisas Sociais. Devido a rápida Ascenção de Adolf Hitler, ao nazismo e a forte perseguição aos judeus (maioria dos pesquisadores e corpo discente do Instituto) e Segunda Guerra Mundial - os programas de pesquisas teóricas e empíricas associadas à teoria crítica passaram por significativas mudanças no decorrer das décadas, se solidificando somente em 1940, justamente após o final da Segunda Guerra Mundial.
Devido a dispersão da primeira geração de cientistas sociais as pesquisas se tornaram comprometidas e sem consistência (levando, também, em consideração o fato de que o Instituto de Pesquisas Sociais foi transferido para Genebra, Paris e por fim Estados Unidos. Isso se deu pelas fortes perseguições políticas e nazismo, que culminavam na Alemanha. Por conta disso uma das principais características da Teoria Crítica é a sua fragmentação numa série de estudos; muitos contraditórios e antagônicos.
A ideia central (pertencente à primeira geração de cientistas) defendia que todo conhecimento social produzido no âmbito do Instituto de Pesquisas Sociais "transbordasse" e se difundisse para fora do círculo acadêmico de modo que servisse para produzir intervenções práticas na sociedade com o objetivo de provocar mudanças ou transformações sociais com abordagem crítica e autocrítica da sociedade contemporânea, por estar aliada à abordagem Marxista (popular na época).
Por fim, divergindo e se distanciando significativamente da sociologia americana que estava sendo desenvolvida, na época, pela Escola de Chicago.

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