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RELATÓRIO DE ESTÁGIO - ENSINO Médio .docx

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CENTRO UNIVERSITÁRIO
INTERNACIONAL UNINTER
NICHOLE RIBEIRO, RU 1737291,
TURMA 02/2017
ESTÁGIO SUPERVISIONADO – ENSINO
FUNDAMENTAL:
OBSERVAÇÃO E PRÁTICA
CERQUEIRA CÉSAR
2018
CENTRO UNIVERSITÁRIO
INTERNACIONAL UNINTER
NICHOLE RIBEIRO, RU 1737291, TURMA 02/2017
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Relatório de Estagio Supervisionado – Ensino Fundamental: observação e prática, apresentado ao curso de Licenciatura em Artes Visuais do Centro Universitário Internacional UNINTER.
CERQUEIRA CÉSAR
2018
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO_______________________________________________04
A INSTITUIÇÃO ESTAGIADA___________________________________06
Localização e identificação da Instituição Estagiada__________06
Aspecto físico, humano e material da Instituição_____________07
Aspecto físico_______________________________________07
Aspecto humano_____________________________________07
Aspecto material_____________________________________09
Concepção Pedagógica da Instituição e PPP________________09
DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE ESTAGIO SUPERVISIONADO EM SALA___________________________________11
PLANO DE AULA_____________________________________________15
CONSIDERAÇÕES FINAIS_____________________________________18
REFERÊNCIAS______________________________________________20
INTRODUÇÃO 
Etimologicamente, o vocábulo “estágio” origina-se do Latim medieval stagium, e significa “residência, morada” (HOUAISS, 2017). O dicionário eletrônico Houaiss define estágio como “período de prática em posto, serviço ou empresa para que um médico, um advogado etc. se habilite a exercer bem sua profissão.” 
De acordo com a Lei 11.788/2008, Art. 1°
Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos (BRASIL, 2008).
O estágio de Licenciatura é uma exigência a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (n°9394/96). Sendo necessário para a formação profissional a fim de adequar essa formação às expectativas do mercado de trabalho onde o licenciado irá atuar. 
A finalidade desse relatório é de descrever toda a experiência e desenvolvimento do Estagio Supervisionado: Ensino Médio - Observação e Prática, desde análise do processo metodológico até a caracterização dos integrantes da instituição de ensino escolhida.
Para Francisco e Pereira (2004) o estágio surge como um processo fundamental na formação do aluno estagiário, pois é a forma de fazer a transição do aluno para professor “o aluno de tantos anos descobre-se no lugar de professor”. Este é um momento da formação em que o graduando pode vivenciar experiencias, conhecendo melhor sua área se atuação. 
O estágio realizado na Escola Estadual Professor José Leite Pinheiro, situada na cidade de Cerqueira César – SP, escola na qual tive o prazer de estudar o ensino fundamental e médio, e agora pude estagiar no período de 26 de março a 27 de abril de 2018, com a turma de 2° termo do Ensino Médio de EJA. 
Nesse relatório se fará presente a identificação da escola estagiada, bem como sua localização, seu espaço físico, seus aspectos materiais, humanos e pedagógicos. Também se evidenciará a metodologia utilizada em sala para com os alunos e a importância do ensino de Arte para a formação do aluno como pessoa, tendo uma visão critica através da observação e contemplação.
Com o principal objetivo de evidenciar a importância da Arte na vida do aluno como ser questionador e observador, sendo crítico e sensível ao mesmo tempo.
	Assim, visando fortalecer a relação teoria e prática baseado no principio metodológico de que o desenvolvimento de competências profissionais implica em utilizar conhecimentos já adquiridos, seja na vida acadêmica seja na vida profissional e pessoal. Portanto o presente relatório de estagio apresenta-se como importante instrumento de conhecimento e de integração do aluno na realidade social, econômica e do trabalho em sua área profissional.
A INSTITUIÇÃO ESTAGIADA
Localização e identificação da Instituição Estagiada
O Estagio Supervisionado Ensino Médio: Observação e Prática foi realizado na Escola Estadual Professor José Leite Pinheiro, situada à Praça Manoel Soares Nogueira, número 02, no bairro Vila Angélica, CEP 18760-000, localizada na cidade de Cerqueira César, no estado de São Paulo. O contato com a escola pode ser realizado através do telefone (14) 3714 1272 e do e mail jlpescola@ig.com.br.
A unidade de ensino oferece atendimento para crianças, adolescentes e adultos que estão cursando a Educação Básica nos níveis de Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA); nos períodos de manhã, tarde e noite. Também são atendidos 181 alunos da Fundação Casa I, II e III, Centro de Detenção Provisória; os alunos internos assistem as aulas dentro de cada instituição em que está locado. A ‘’E.E. Professor José Leite Pinheiro’’ atende a um total de 1.080 alunos, deste total 18 alunos em processo de inclusão social. O estagio foi realizado no período de 26 de março a 27 de abril de 2018, no período noturno, sendo acompanhada a turma de 2° termo do Ensino Médio (EJA). 
Figura 1 – A Instituição estagiada “E.E. Prof. José Leite Pinheiro
Fonte: RIBEIRO (2018).
Figura 2 – A Instituição Estagiada (outro angulo)
Fonte: RIBEIRO (2018).
Aspecto físico, humano e material da Instituição
Aspecto físico
Composta por Bloco Central, com 02 andares.
 No andar superior estão situadas a sala do Diretor, sanitário do Diretor, sala do Vice Diretor, sala de Coordenadoras (Ensino Fundamental e Ensino Médio), laboratório de informática, secretária, 04 sanitários do setor administrativo, 16 sanitários de alunos (sendo 08 sanitários femininos e 08 sanitários masculinos), extenso bebedouro, sala multimídia, sala dos professores (com 01 cozinha), laboratório de química, sala de arquivo de material de laboratório, sala de recursos, 01 elevador e 05 salas de aula (números de 01 ao 05).
	No andar inferior encontramos a cantina, sala de almoxarifado para a cantina, 01 salas de almoxarifado para produtos de limpeza, 08 salas de aula (numeradas 01 ao 08), sala de leitura (biblioteca).
	Segundo bloco/ Anexo: contém 05 salas de aula (numeradas do 01 ao 05), 01 sanitários masculino, 01 sanitários feminino e 01 sanitários adaptado para deficientes (masculino/ feminino). Conta, também, com 01 sala do grêmio estudantil, 01 depósitos para os materiais didáticos, 01 ambientes extensivo à biblioteca, 01 salas para os agentes da organização, 01 salas da equipe gestora (período noturno), 01 refeitórios, 01 cozinhas com dispensa.
	Terceiro bloco/ Ginásio de Esportes: quadra poliesportiva (vôlei, futsal, basquete e handebol), 01 cozinhas, 02 salas de professor, 01 sanitários para professor, 02 sanitários para alunos (masculino e feminino), 01 palcos e 02 salas anexadas a ele, 01 arquibancadas e 01 depósitos anexado à arquibancada.
Aspecto humano
O corpo administrativo da “E.E. Professor José Leite Pinheiro” é composto por 01 Diretor, 02 Vice-Diretores, 01 Secretária, 01 professores de apoio nas atividades pedagógicas, 02 Coordenadoras (01 Ensino Fundamenta e 01 Ensino Médio e EJA), 08 inspetores, 04 agentes de organização (secretaria), 03 agentes de serviços gerais e duas agentes de serviço readaptadas.
Aparentemente todos demonstram-se profissionais e empenhados para a consolidação de ensino de qualidade, partindo da ideia de que em uma escola todos são educadores. São rigorosos em questão de disciplina por parte dos alunos, porém são flexíveis e exercem uma imponência relacionada a cada nível hierárquico que possuem. Porém são muito gentis, sempre se preocupando com o bem-estar dos alunos, sem distinção.Todos, sem exceção estão abertos para a solução de dúvidas dos alunos, mesmo fora do horário de aula.
O corpo docente da “E.E. Professor José Leite Pinheiro” é composto por 80 professores (incluindo os da Fundação Casa e Centro de Detenção Provisória) aptos a lecionarem cada um em uma área de disciplina específica, são bastante elogiados pelos alunos e estão sempre a disposição para troca de experiencias, estimulam atividades diversificadas do cotidiano escolar; proporcionando assim uma dinâmica crítica e significativa para ampliar o horizonte e os conhecimentos dos educandos.
As turmas possuem, no mínimo 25 e no máximo 35 alunos. São turmas bem heterogêneas e volumosas (nos períodos da manhã e tarde principalmente; já no período noturno são poucas turmas), a maioria dos integrantes são agitados e a indisciplina esteve presente em algumas aulas observadas, exceto pela turma de EJA, onde os integrantes são pessoas que trabalham de dia e, no período noturno, mesmo cansados, levam as aulas muito a sério, pois enxergam um propósito claro para estarem em sala de aula, por serem mais maduros. Os alunos são dispostos por mapeamento, onde cada um tem seu lugar marcado na pasta da sala, exceto os alunos do EJA.
O perfil da maioria dos alunos que frequentam a escola, é de crianças e jovens carentes. Com problemas emocionais e famílias desestruturadas, por isso os funcionários são bastante acolhedores com esses jovens; a maioria dos alunos do período vespertino são da zona rural. Grande parte apresentam problemas de indisciplina e pais ausentes da escola. A escola se mostra bastante acolhedora nesse sentido, sempre se preocupando com os alunos e com o bem-estar dos mesmos. 
Aspecto material
As salas de aula são amplas, compatíveis para acomodar 40 alunos. Possuem cortinas, ventiladores, boa iluminação. Tudo é bem limpo e as salas são arejadas, as carteiras e cadeiras em bom estado, todas as salas possuem mapas geográficos e lousas à giz, sem muitos recursos tecnológicos. 
	A Secretaria de Educação, no decorrer do ano letivo, fornece à rede de escolas publicas cadernos de suporte ao aluno (“caderno do aluno”) que contribui notavelmente com o professor no momento de ensinar.
Figura 3 – “Caderno do Aluno”, EJA Ensino Médio.
Fonte: RIBEIRO (2018).
Figura 4 – “Caderno do Aluno”, Ensino Médio.
Fonte: RIBEIRO (2018).
Concepção Pedagógica da Instituição e PPP
Em entrevista com a coordenadora pedagógica Geane, responsável pelas turma de Ensino Médio e EJA, sobre a elaboração e execução do Projeto Politico Pedagógico (PPP), evidenciou-se que a instituição possui uma prática na perspectiva da vida em sociedade, em formar cidadãos e cidadãs que contribuam com a comunidade, entretanto há um foco que aprender e ensinar é responsabilidade de todos com finalidade de um desenvolvimento pleno na formação social. Mostrando, assim para esses jovens que eles são o futuro da comunidade em que estão inseridos, sempre instigando que eles podem sim fazer a diferença. ‘’temos o grêmio Estudantil que é uma chave para os alunos se inserirem na política e começarem a ser democráticos, ampliando previamente seus horizontes, de maneira a desenvolverem um existir mais autocrítico, diz Geane.
O PPP nos mostra a contribuição de cada componente escolar para o processo educacional, acompanhado pela concepção de que a família esteja sempre presente no âmbito escolar, seja nas reuniões de pais, conselhos de classe, demais eventos e tarefas de casa, como diz Veiga (2004, p.22):
A construção do Projeto Político-Pedagógico parte dos princípios de igualdade, qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização do magistério. A escola é concebida como um espaço social marcado pela manifestação de práticas contraditórias, que apontam para a luta e/ou acomodação de todos os envolvidos na organização do trabalho pedagógico.
 	O modo eminentemente pedagógico da educação no contexto escolar espelha-se numa afirmativa de que a criança e/ou adolescente estão inseridos em uma determinada situação social, mediante isso deve ser respeitada a história de vida, a classe social a cultura e a etnia dos mesmos. Nesse sentido a escola é vista como espaço para a construção coletiva de novas ciências sobre o mundo, na qual a proposta pedagógica permite a constante articulação dos conteúdos escolares com as vivências e indagações da criança e do jovem sobre a realidade em que vivem.
	 A metodologia desenvolvida compõe uma perspectiva histórico-cultural, envolvendo o processo com o meio, no qual o sujeito idealiza os modos culturalmente construídos de pensar e agir na sociedade. Esse procedimento se dá nas relações com o outro, indo do social para o individual. Na escola estagiada existem alunos com necessidades especiais (cadeirantes, deficiência intelectual, autistas, visão comprometida) e o processo de inclusão desses alunos tem sido desafiador para os profissionais da escola, pois requer um trabalho diferenciado de muito respeito e amor, com uma metodologia adaptativa, com ética e cidadania para o aluno e para a sua família.
DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE ESTAGIO SUPERVISIONADO EM SALA 
Durante o período em que permaneci estagiando na ‘’E.E. Prof. José Leite Pinheiro’’, realizei o estagio em uma turma do 2° termo de EJA. A localização da sala é no anexo do prédio, onde os alunos do noturno estudam, pois são somente três turmas nesse período. A sala é grande e arejada, muito limpa e organizada, com ventilador funcionando e cortina, sem decoração, com iluminação de qualidade – como em todas as salas da Instituição. Para o tamanho da sala, são poucos alunos, são 12 mulheres e 6 rapazes, mas somente 9 mulheres e 3 rapazes frequentam assiduamente as aulas. Onde pude observar a evasão de alunos, por se tratar do período noturno, muitos faltavam e só apareciam no período de provas devido ao cansaço de trabalhar durante o dia. Em todas as aulas a professora ressaltou a importância da Arte para uma vida produtiva em sociedade, onde se observar, contemplar e ser crítico, pois os alunos, na maioria das vezes, não se mostram interessados nos conteúdos.
A professora e a Coordenação, oferecem ao aluno todo apoio pedagógico necessário, sem deixar a desejar em nenhum quesito, se mostram democráticos e flexíveis, conversando muito com o aluno. As instalações da escola são ótimas, oferecendo muito recurso, se compararmos com outras instituições. Tendo em suas dependências uma biblioteca de tamanho razoável, com bastante títulos a fim de pesquisa acadêmica. Conta com bastante material de apoio.
	O caráter das aulas de Arte assistidas no período em que estagiei descrevem a contribuição na formação do aluno como cidadão crítico, compreendendo e utilizando a arte como expressão, mantendo uma atitude de busca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a investigação, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas. Experimentar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos diversos em arte (Artes Visuais, Dança, Teatro), de modo que os utilize nos trabalhos pessoais , identifique-os e interprete-os na apreciação e contextualize-os culturalmente; observando as relações entre a arte e a leitura da realidade, refletindo, investigando, indagando, com interesse e curiosidade exercitando a discussão, a sensibilidade, argumentando e apreciando a arte de modo sensível.
	Pude perceber, que a imaturidade dos alunos do segundo ano do ensino médio, do ensino regular, faz com que eles se tornem dispersos e agitados. Atrapalhando assim, o desenvolvimento das aulas e articulação do professor na hora de explicar. Enquanto que, a turma de segundo termo de EJA do ensino médio, na qual estagiei, se mostra muito mais interessada e compenetrada em aprender o conteúdo, questionando diversas vezes a professora, apesar de estarem exaustos, pois trabalham durante o dia. As aulas com a turma de EJA transcorreram de maneira fluida. Como iniciei o estágio nos dias de final de semestre, pude observarcomo a professora abordou com eles a revisão de conteúdo para a semana de prova, levando-os para a sala de informática com o intuito de sanar as dúvidas quanto ao conteúdo estudado durante o bimestre, através de pesquisas de imagens e vídeos, fazendo um apanhado de todo o conteúdo.
	Os alunos no decorrer do bimestre, estudaram a História da Arte. Desde Arte Rupestre até Iluminuras Góticas (Período Gótico), onde pontuaram no decorrer das aulas as principais características de cada período, através de exercícios em sala e pesquisas no laboratório de informática da escola, onde fizeram um cronograma temporal das principais passagens da Arte (Arte X Evolução do Tempo). A professora Milena (Professora de Ensino de Arte, licenciada pela faculdade FREA, formação em Artes Visuais _ licenciatura plena), se mostra muito paciente e amigável com os alunos, acolhendo os mesmo de maneira gentil e humana, abordando o conteúdo das aulas de maneira simples e clara, sem deixar a desejar em nenhum quesito. Sempre passando atividades para reforçar o conteúdo estudado e para ajudar na média dos alunos, que apresentam bastante dificuldade de memorização, por se tratar de uma sala composta por alunos que estão a um bom tempo afastados da escola. Ela sempre se mostra solicita em sanar as duvidas dos alunos, e usar todas as ferramentas que a escola pode oferecer para apresentar um ensino de qualidade e superior ao que é pedido no material que vem para os alunos, através do Governo do Estado de São Paulo (caderno do aluno). E os alunos gostam muito dela como professora e como pessoa, pelo que pude analisar no decorrer dos dias de estágio. Fazendo uso muitas vezes de recursos áudio visuais, para aprendizagem do conteúdo proposto. Elaborando sua aula a fim de complementar a apostila. As aulas são todas pautadas e articuladas, com fundamentação teórica e metodologia clara, em nenhum momento há fuga do tema.
	Depois da revisão, foi o dia da avaliação Bimestral, onde de uma maneira democrática, ela sugeriu duas opções aos alunos: fazer a prova inteira sem consulta e valer um ponto cada questão, ou fazer a avalição, porém consultar no caderno e valer somente meio ponto cada questão. Isso mostra o quanto a professora se mostra flexível quanto a realidade de seus alunos. A avaliação continha 5 questões: a primeira era para explicar as linguagens da arte, a segunda para falar sobre o primeiro período artístico da história, a terceira para falar do atual período artístico, a quarta para completar um pequeno texto que fala sobre o período gótico, e a quinta e última questão era para falar sobre as Iluminuras Góticas. Cada questão valeria dois pontos, caso optassem pela consulta valeria um ponto cada acerto. Depois de passar, na lousa, as questões da prova a professora explicou cada uma delas. Nenhum aluno consultou o caderno. Depois de feita a avaliação, os alunos fizeram uma atividade onde teriam que elaborar uma iluminura com a inicial do seu nome; essa atividade também teria peso na média. 
	Depois para os alunos faltosos, que perderam a avaliação foi proposta uma prova, também com 5 questões. Toda a aula foi para recuperação e para terminarem a iluminura, para que a professora pudesse fechar a média e dar continuidade ao plano de aula semestral, que todos os professores das instituições públicas de ensino seguem. Que é replanejado a cada semestre, através de reuniões.
Abaixo algumas imagens dos materiais utilizados pela professora de Arte, como sugestão da Coordenadora de Ensino.
Figura 5 – Material de Apoio
Fonte: RIBEIRO (2018)
Figura 6 – Material de apoio utilizado com os alunos
Fonte: RIBEIRO (2018)
Figura 7 – Material de apoio: Encontros com Artes e Cultura – Estudo e Ensino, Pag. 90, Cap. 4.
Fonte: FERRRARI, Solange dos Santos Utuari (2012).
 As imagens ilustram todo o material de suporte, do qual a professora faz uso. Sem contar as reuniões de HTPC, que contribuem muito para que as aulas sejam completas e adequadas a necessidade da turma. A hora de trabalho pedagógico coletivo (HTPC) é o tempo estabelecido pelas escolas das redes municipal e estadual de ensino, com o intuito de reunir professores e coordenadores para a discussão, análise e proposição de soluções que possam atender as necessidades educacionais coletivas apresentadas periodicamente. Este tempo está incluído na carga horária semanal dos profissionais da Educação, que devem participar a fim de atender aos objetivos próprios de uma reunião de hora de trabalho pedagógico coletivo.
 A HTPC tem como objetivo principal promover a troca de experiência profissional, possibilitando assim a reflexão sobre a prática docente para que seja viável e se torne concreto o aperfeiçoamento individual e coletivos dos educadores.
PLANO DE AULA
Estagiaria: Nichole Ribeiro
Escola: E.E. Prof. José Leite Pinheiro
Disciplina: Artes Visuais/ Arte
Turma: 2° Termo EJA – Ensino Médio 
Professor Regente: Milena Maria Moni de Sales
Horário De Aula: 19:00 as 20:40
 
TEMA DA AULA: O Pontilhismo
CONTEÚDO E OBJETIVOS DA AULA
Ampliar os conhecimentos acerca das mais variadas técnicas de pintura, tendo em vista que a noção que eles têm de artes é muito restrita a pintura;
Conhecer a história do pontilhismo;
Identificar obras artísticas;
Aprender técnicas de pontilhar, sombreamento e perspectiva;
Desenvolver a criatividade dos alunos, através de atividade prática
METODOLOGIA DE ENSINO ADOTADA
Saber ler imagens é uma exigência da sociedade contemporânea, tendo em vista a grande quantidade de informações que nos são transmitidas por meio dessa linguagem. Conhecer a “gramática visual” nos tornaria capacitados para ler e interpretar imagens com consciência. A arte-educadora Ana Mae Barbosa em seus estudos sobre o ensino de arte nas escolas, sempre defendeu o uso da gramática visual no contexto escolar, enfatizando a importância da educação formal para a alfabetização visual (BARBOSA, 1998). 
O universo das Artes Visuais é bastante abrangente e rico em conhecimentos, os professores precisam aprender a explorar esse universo, buscar meios e estratégias para disseminar esses conhecimentos entre os aprendizes, para que eles sejam capazes de adotar uma atitude crítica e reflexiva diante de uma imagem ou obra de arte.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs-1996), “ver arte” é um dos eixos da aprendizagem significativa no ensino da Arte. É preciso incluir a leitura de obras de arte e boas propostas de apreciação estética em sala de aula. (apud ARSLAN; IAVELBERG, 1996, p. 15).
DESENVOLVIMENTO DA AULA E ESTRATÉGIAS
O professor introduzirá o tema, com o texto “Pontilhismo”, chamando atenção para as origens desse movimento artístico, bem como seus principais artistas e seu desenvolvimento no Brasil. É importante que os alunos tenham acesso a imagens de diferentes períodos onde essa técnica foi empregada. 
Durante a apresentação das obras, o professor deve atentar os alunos a justaposições de cores, que através de uma ilusão de ótica permite à retina a tarefa de reconstruir o tom desejado pelo pintor, combinando as diversas impressões registradas.
Ex.: Em muitos casos, quando o pintor desejava representar o verde, ele pontilhava as áreas desejadas com pontos amarelos e azuis, deixando que o olhar do espectador mesclasse essas cores chegando ao tom verde. 
Outra característica importante na execução da técnica do pontilhismo, e que deve ser levada em conta, durante a apresentação das obras aos alunos, é o trabalho de claro/escuro através da maior ou menor concentração de pontos mesmo que sejam do mesmo tom. Retomando a aula anterior o professor pedirá para que cada aluno crie um desenho, de tema livre, usando a técnica do pontilhismo com as canetinhas hidrocor.
Os alunos devem ser desafiados a conseguir novos tons através da justaposição de cores e a buscar um efeito de claro/escuro através da maior ou menor concentração de pontos relembrando as imagens apresentadas na aula anterior.
A avaliação será realizadadurante todo o processo e em especial ao final dele, quando todos os trabalhos serão apresentados à turma. Serão levados em consideração a participação e empenho na realização das atividades, bem como o entendimento do tema abordado. Observar se o aluno é capaz de conceituar o Pontilhismo, assim como a sua história, identificando elementos dentro das obras pesquisadas e apresentadas.
RECURSOS
Quadro negro, giz, sala multimídia, data show, slides de obras, canetas hidrocor, tinta, pinceis, folha sulfite A4.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Ana Mae. Tópicos Utópicos. Belo Horizonte: Editora C/Arte, 1998. 
BARBOSA, Ana Mae (Org.). Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte. São Paulo: Editora Cortez, 4 ed., 2008. 
BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da Arte. São Paulo: Perspectiva, 2008.
CORES E PONTOS: COM AS OBRAS DE GEORGE SEURAT. Disponível em: https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/cores-e-pontos-com-as-obras-de-george-seurat/. Acesso em 27 de abril.2018.
PONTILHISMO – NOVA ESCOLA. Disponível em: <http://rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula/pontilhismo> Acesso em: 27 de abril.2018.
PONTILHISMO. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=21366>. Acesso em 27 de abril de 2018.
ANEXOS 
 Figura 1 – Livro “Poetizando linguagens, códigos e tecnologias: a Arte no Ensino Médio”. Material utilizado como base de trabalho com alunos de EJA pela professora, Milena. Um dos materiais que me foi disponibilizado.
 
Fonte: RIBEIRO, (2018).
Figura 2 - Torre Eiffel de George Seurat, Young Memorial Museum de San Francisco, Estados Unidos.
Fonte: https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/cores-e-pontos-com-as-obras-de-george-seurat/
CONSIDERACÕES FINAIS
O Estagio Supervisionado – Observação e Prática: Ensino Médio, me possibilitou conhecer melhor a escola em que fui aluna, pude vivenciar um outro ângulo, que como aluna ainda não conhecia. Através do estágio pude vivenciar o que é ser professor; as responsabilidades e dificuldades que o docente encontra no seu cotidiano, sendo inúmeras vezes desvalorizado.
Contudo, me senti maravilhada em pode aplicar meu plano de aula e contribuir com o ensino de alunos esforçados, batalhadores e com histórias incríveis de superação e perseverança; pois não é fácil trabalhar o dia todo, muitas vezes no pesado, e ainda assim ir a escola e ficar até as onze da noite. A acolhida que recebi de todos os funcionários da escola, durante o estágio, foi muito humana. E isso reflete ao tratamento humano que a gestão da escola tem com os alunos. Lá eu não era só estagiaria, era respeitada como aluna e tratada pelos alunos como professora.
Aprendi muito com a professora Milena, ela não foi só a minha supervisora em sala, foi muito mais que isso, foi, minha professora! Aprendi muito nesse curto espaço de tempo, desde a preencher diários a tratar com sabedoria e paciência alunos com uma história de vida complicada. Aprendi que o professor não é só professor, é muito mais: é um amigo, um ouvinte, psicólogo as vezes; existe uma troca muito grande. E diante de tudo que pesquisei sobre abordagem triangular (que é o que se mais usa em ensino de arte), senti na pele como se aplica; e como esse saber se faz tão natural. Com a ajuda de todos da escola em minha mente se abriu um leque de infinitas possibilidades, onde o ensino se faz presente continuamente; ainda mais no ensino de jovens e adultos.
Por fim, diante de todas as dificuldades tanto de alunos quanto de professores, não existe outra maneira de melhorar o mundo que não seja por meio da educação. Temos que perseverar sempre! O estágio foi, para mim, uma experiência rica e imensurável.
REFERENCIAS
WEB
CORES E PONTOS: COM AS OBRAS DE GEORGE SEURAT. Disponível em: https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/cores-e-pontos-com-as-obras-de-george-seurat/. Acesso em 27 de abril.2018.
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO. Disponível em: <http://www.seduc.ro.gov.br/curriculo/wp-content/uploads/2013/02/EDUCACAO-DE-JOVENS-E-ADULTOS-EJA.pdf>. Acesso em: 27 de abril.2018.
O QUE É HTPC? Disponível em: https://atividadesparaprofessores.com.br/o-que-e-htpc/. Acesso em: 27 de abril.2018.
PONTILHISMO – NOVA ESCOLA. Disponível em: <http://rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula/pontilhismo> Acesso em: 27 de abril.2018.
PONTILHISMO. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=21366>. Acesso em 27 de abril de 2018.
LIVROS 
BARBOSA, Ana Mae. Tópicos Utópicos. Belo Horizonte: Editora C/Arte, 1998. 
BARBOSA, Ana Mae (Org.). Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte. São Paulo: Editora Cortez, 4 ed., 2008. 
BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da Arte. São Paulo: Perspectiva, 2008
BRASIL. Lei Nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo DecretoLei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6o da Medida Provisória no2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Disponível em: Acesso em 16 mar. 2017.
BRIOSCHI, G. Arte Hoje. São Paulo: FTD, 2003.
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