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STAPHYLOCOCCUS E OUTROS COCOS GRAM + RELACIONADOS Murray cap. 18 Gabriela Florêncio T4 ESTAFYLOCOCCUS Cocos gram +. Não produzem endósporos. São catalase +. (catalase converte peroxido de hidrogênio em agua). Padrão tipo cacho de uva. Maioria imóvel e capaz de crescer em varias condições. Estão presentes na pele e nas membranas mucosas. Algumas espécies tem nichos específicos: S. aureus narinas S. haemolyticus e hominis áreas com glândulas apocrinas (ex: axila). Uma importante característica que distingue Staphylococcus patogênicos, dos não petogenicos ou possivelmente patogênicos é a produção de COAGULASE. Causam infecções de pele, tecidos moles, ossos, ITU e infecções oportunistas. MRSA S. aureus resistentes à meticilina. Causam infecções graves em ambiente hospitalar e extra-hospitalar. R. mediada por um gene que codifica proteína ligadora de penicilina alterada Possuem CÁPSULA POLISSACARIDICA Ação protetora (inibe a fagocitose). A maioria produz BIOFILME possibilita a ligação da bactéria aos tecidos, dispositivos médicos ou corpos estranhos (cateteres, enxertos, próteses valvulares ou articulares). PEPTÍDEOGLICANO tem atividade semelhante a endotoxina, estimulando a produção de pirogênio endógeno, ativação do complemento, produção de IL 1, formação de abcessos. PROTEÍNAS DE SUPERFICIE importantes na adesão. MP barreira osmótica. Patogênese depende da: Habilidade em evadir da fagocitose;HIALUNORIDASE FIBRINOLISINA LIPASE NUCLEASE Expressar proteínas de superfície (adesão) Produzir dano tecidual - toxinas e enzimas hidrolíticas Todas as pessoas apresentam estafilococos coagulase – na pele. Aderência ao epitélio mucoso ADESINAS. Podem ser transferidos através do contato direto ou por meio de fomites (vestimentas...) 🌿 STAPHYLOCOCCUS AUREUS O membro mais virulento é o S. aureus: Colônia cor amarelo-ouro. Produz a enzima coagulase (forma coagulo, quando suspensa em plasma, o que ajuda as bactérias se agruparem ou agregarem e ficar protegidas da fagocitose). Produz: ▫Toxinas citolíticas (lisa neutrófilos liberação de enzimas lisossômicas que danificam tecidos em volta ), ▫Esfoliativas (síndrome da pele escaldada estafilocócica. Gene vindo de um bacteriófago ou associado a plasmídeo. Quebram um dos membros da família dos desmossomos -adesão. Não são associadas a citolise ou inflamação - não encontra estafilococos e leucócitos na camada atingida). ▫Enterotoxinas (intoxicação alimentar. Produtos lácteos contaminados. Termoestáveis e resistentes a hidrolise pelas enzimas gástricas e do jejuno. Causam alterações histológicas no estomago e jejuno, como infiltração de neutrófilos e perda das bordas ciliadas). ▫Toxina-1 da síndrome do choque toxico (exotoxina. Resistente ao calor e proteólise síndrome associada a OB. ****Toxina esfoliativa A, enterotoxinas e TSST-1 são SUPERANTÍGENOS. >>>Doenças causadas por S. aureus: SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ESTAFILOCÓCICA Causada pela produção de toxinas esfoliativas. Aparecimento abrupto de um eritrema localizado (ao redor da boca) que se espalha por todo o corpo em 2 dias. Leve pressão desloca a pele e há formação de grandes vesículas ou bolhas cutâneas, seguidas de descamação do epitélio. (bolhas sem microrganismos ou leucócitos, pois a doença é causada pela toxina). Autolimitada (10 dias, quando aparece anticorpos contra a toxina). Não deixa cicatriz. + frequente em crianças , e quando ocorre em adultos há alta mortalidade. IMPETIGO BOLHOSO forma localizada da SSSS. Bolhas superficiais na pele, que apresentam microrganismo. Pele não desloca com leve pressão. MUITO contagiosa. INTOXICAÇÃO ALIMENTAR Causada por enterotoxinas (e não pela ação direta do microrganismo). Alimentos + contaminados carnes processadas, bolos recheados com creme, salada de batata e sorvete. Pode crescer em carnes salgadas. Alimentos são contaminados por algum humano (espirro, mãos contaminadas). Alimentos contaminados não possuem gosto ou aparência diferente. O aquecimento subsequente mata a bactéria mas NÃO inativa a toxina. Incubação rápida (4h). Doença de curso rápido (24h), com vomito intenso, diarreia, dor abdominal suor, dor de cabeça. (sem febre). Tratamento para aliviar dor, diarreia e repor líquidos. NÃO fazer antibioticoterapia. Pode causar ENTEROCOLITE. SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO Causado pela toxina TSST1. Cepas de S. aureus se multiplicam rapidamente em tampões menstruais e liberam a toxina. Processo: crescimento de cepas de S. aureus produtor da toxina no canal vaginal ou ferida liberação da toxina para corrente sanguínea. Sintomas iniciam abruptamente febre, hipotensão, erupção eritrematosa macular difusa. Envolve diversos órgãos e a pele inteira descama. Purpura fulminante. Morte por choque hipovolêmico que leva a falência de múltiplos órgãos. INFECÇÕES CUTÂNEAS IMPETIGO (infecção superficial). FOLICULITE (infecção dos folículos pilosos, quando ocorrer na base da pálpebra é TERÇOL) FURÚNCULO (nódulos elevados, grandes e dolorosos, com coleção de tecido morto e necrótico) CARBÚNCULO (quando furúnculos se estendem para o tecido subcutâneo mais profundo. Há febre, calafrio). Pode haver infecções de feridas (microrganismos que colonizam a pele são introduzidos na ferida). Geralmente, estafilococos NÃO são capazes de estabelecer infecção em individuo imunocompetente, a menos que um corpo estrato esteja na ferida. BACTEREMIA E ENDOCARDITE Endocardite é grave mortalidade de 50%. Pode haver febre, calafrios e dor pleurítica causada por embolia pulmonar. PNEUMONIA E EMPIEMA A pneumonia ocorre por aspiração de secreções orais ou pela disseminação do microrganismo por via hematogenica (comum em pacientes com bacteremia ou endocardite). Cepas comunitárias de MRSA causam pneumonia necrotizante, com hemoptise e choque séptico. OSTEOMIELITE E ARTRITE SÉPTICA Osteomielite resulta da disseminação hematogenica para os ossos, ou pode decorrer de trauma. Sintomas são dor repentina localizada no osso afetado e febre alta. Abcesso de brodie. Artrite séptica articulação eritrematosa dolorida, com material purulento. 🌿 STAPHYLOCOCCUS EPIDERMIDIS E OUTROS S. COAGULASE – ENDOCARDITE Podem infectar válvulas cardíacas (+ as protéticas S. epidermidis e S. lugdunensis). São introduzidos no momento da substituição das válvulas. Infecção com curso lento. INFEÇÕES DE CATETER E DERIVAÇÕES Biofilmes. INFECÇÕES DAS ARTICULAÇÕES PROTÉTICAS Tratamento substutuição da articulação e antibiótico. ITU + em mulheres jovens e sexualmente ativas. Disúria, piúria e muitos microrganismos na urina. TRATAMENTO: - de 10 % são suscetíveis à penicilina. MRSA são resistentes a todos os β-lactâmicos. Pode usar trimetoprin- sulfametoxazol (dificulta a síntese de ácido fólico), doxiclina e daptomicina. Estratégias de controle de infecções por MRSA: Vigilancia rotineira da colonização nasal em indivíduos de ↑ risco; Extremo cuidado com a higiene das mãos; Isolamento de pacientes colonizados ou infectados por MRSA. ***Nem todas as células bacterianas de uma população são capazes de expressar resistência. Pacientes com infeções localizadas de pele e tecidos moles incisão e drenagem dos abcessos. Se precisar, usar antibiótico. Vancomicina é o agente de escolha para terapia IV.
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