Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

SUMÁRIO 
Vulva .................................................................................................................. 1 
Monte pubiano ................................................................................................ 1 
Lábios maiores (Grandes lábios) .................................................................... 2 
Lábios menores (Pequenos lábios) ................................................................ 2 
Vestíbulo ......................................................................................................... 3 
Uretra .......................................................................................................... 3 
Bulbos do vestíbulo ..................................................................................... 3 
Glândulas de Bartholin ................................................................................ 4 
Clitóris ............................................................................................................. 4 
Vascularização e drenagem linfática da vulva ................................................ 5 
Artérias ........................................................................................................ 5 
Veias ........................................................................................................... 5 
Drenagem linfática ...................................................................................... 5 
Inervação ........................................................................................................ 6 
Vagina ................................................................................................................ 7 
Dimensões e relações .................................................................................... 7 
Hímen ............................................................................................................. 7 
Ducto de Gartner ............................................................................................ 8 
Vascularização e Drenagem linfática da Vagina ............................................. 8 
Artérias ........................................................................................................ 8 
Veias ........................................................................................................... 8 
Vasos linfáticos ........................................................................................... 8 
Inervação ........................................................................................................ 8 
Útero .................................................................................................................. 9 
Corpo .............................................................................................................. 9 
Cérvice.......................................................................................................... 10 
Ligamento largo ............................................................................................ 11 
Mesossalpinge .......................................................................................... 11 
Mesovário .................................................................................................. 11 
Mesométrio ............................................................................................... 11 
Ligamento redondo ....................................................................................... 11 
Vascularização e Drenagem linfática ............................................................ 12 
Artérias ...................................................................................................... 12 
Veias ......................................................................................................... 12 
 
Drenagem linfática .................................................................................... 13 
Inervação ...................................................................................................... 13 
Tubas uterinas (Trompas de Falópio) .............................................................. 14 
Suprimento vascular e Drenagem linfática ................................................... 14 
Artérias ...................................................................................................... 14 
Veias ......................................................................................................... 14 
Inervação ...................................................................................................... 15 
Ovários ............................................................................................................. 15 
Ligamento infundibulopélvico (suspensor) .................................................... 15 
Ligamento ovariano ...................................................................................... 15 
Mesovário ..................................................................................................... 16 
Suprimento vascular e Drenagem linfática ................................................... 16 
Artérias ...................................................................................................... 16 
Veias ......................................................................................................... 16 
Drenagem linfática .................................................................................... 16 
Inervação ...................................................................................................... 16 
 
O Sistema Genital Feminino é dividido em: 
1. Trato genital inferior: 
i. Vulva; 
ii. Vagina. 
2. Trato genital superior: 
i. Útero; 
ii. Tubas uterinas (ou Trompas 
de Falópio); 
iii. Ovários. 
 
 
 
 
 
 
VULVA 
A genitália externa feminina, ou vulva, inclui: 
1. Monte pubiano; 
2. Lábios maiores (ou grandes lábios); 
3. Lábios menores (ou pequenos lábios); 
4. Clitóris; 
5. Vestíbulo; 
6. Bulbo vestibular; 
7. Glândulas vestibulares maiores. 
MONTE PUBIANO 
O monte pubiano é a área arredondada de pele, coberta de pelos, sobre a sínfise púbica e o osso 
púbis adjacente. 
É formado por uma massa de tecido adiposo subcutâneo. 
 
Antes da puberdade é relativamente plano e os lábios menores são malformados. Durante a 
adolescência, grossos pelos se formam sobre o monte pubiano, e os lábios maiores e menores se 
tornam mais proeminentes, semelhantes a abas. 
Em adultos, a cobertura de pelos grossos do monte pubiano está usualmente delimitada acima por 
um limite horizontal (nos homens os pelos púbicos são contínuos até o umbigo). 
Após a menopausa, os pelos púbicos se tornam mais delgados e o tecido labial se atrofia 
levemente. 
 
LÁBIOS MAIORES (GRANDES LÁBIOS) 
Os lábios maiores são duas pregas longitudinais de pele que se estendem do monte pubiano até o 
períneo. 
Eles formam os limites laterais da vulva. 
Cada lábio tem uma superfície externa 
pigmentada coberta com pelos e uma 
superfície interna lisa e rosada, com grandes 
glândulas sebáceas. 
Entre essas superfícies existem tecido 
conjuntivo frouxo e tecido adiposo, misturados 
a músculo liso, vasos, nervos e glândulas. 
Os lábios são mais espessos anteriormente, 
onde eles se unem para formar a comissura 
anterior. Posteriormente eles não se unem e 
fundem-se com a pele adjacente, terminando 
próximos e quase paralelamente. 
A pele que faz a conexão entre eles 
posteriormente forma uma crista, a comissura 
posterior, que se sobrepõe ao corpo perineal, 
e é o limite posterior da vulva. A distância entre 
esta e o ânus é de 2,5 – 3 cm e é denominada 
de “períneo” ginecológico. 
LÁBIOS MENORES (PEQUENOS LÁBIOS) 
Os lábios menores são duas pequenas pregas cutâneas, desprovidas de gordura, que se 
encontram entre os lábios maiores.Se estendem lateralmente a partir do clitóris, obliquamente para baixo e para trás, flanqueando o 
orifício vaginal. 
Anteriormente, cada lábio menor se bifurca. 
A camada superior de cada lado passa acima do clitóris para formar uma prega, capuz ou prepúcio, 
o qual recobre a glande do clitóris. 
 
A camada inferior de cada lado passa abaixo do clitóris para formar o frênulo do clitóris. 
Folículos sebáceos são numerosos nas superfícies labiais justapostas. 
Às vezes uma prega labial extra (terceiro lábio) é encontrada em um ou ambos os lados entre os 
lábios menores e maiores. 
VESTÍBULO 
O vestíbulo é o espaço que se localiza entre os lábios menores. 
Contém os orifícios vaginal e uretral externo, e as aberturas das duas glândulas vestibulares 
maiores (ou de Bartholin) e de numerosas glândulas mucosas vestibulares menores. 
Existe uma rasa fossa vestibular entre o orifício vaginal e o frênulo dos lábios menores. 
Uretra 
A uretra se abre no vestíbulo cerca de 2,5 cm abaixo do clitóris e acima da abertura vaginal, através 
de uma fenda sagital com margens ligeiramente elevadas, o meato uretral. 
O meato é muito distensível e varia de formato. 
Os ductos das glândulas parauretrais (glândulas de Skene) se abrem a cada lado das margens 
laterais da uretra. 
Bulbos do vestíbulo 
Os bulbos do vestíbulo se localizam a cada lado do vestíbulo. 
Eles são duas massas alongadas de tecido erétil, com 3 cm de comprimento, os quais flanqueiam 
o orifício vaginal e se unem anteriormente a ele através de uma estreita comissura do bulbo. 
Suas extremidades posteriores são expandidas e estão em contato com as glândulas vestibulares 
maiores. 
Suas extremidades anteriores se afilam e estão unidas por uma comissura e também ao clitóris por 
duas delicadas faixas de tecido erétil. 
 
Glândulas de Bartholin 
As glândulas vestibulares maiores são 
homólogas das glândulas bulbouretrais 
masculinas. 
Consistem em duas pequenas massas 
arredondadas ou ovais, de tonalidade 
vermelho-amarelada que flanqueiam o 
orifício vaginal, em contato com as 
extremidades posteriores dos bulbos do 
vestíbulo e frequentemente sobrepostas por 
estas. 
Cada uma se abre na parte posterolateral 
do vestíbulo por um ducto de 2 cm, situado 
no sulco entre o hímen e o lábio menor. 
As glândulas são compostas por tecido 
tubuloacinar. As células secretoras são cilíndricas e secretam um muco claro ou esbranquiçado 
com propriedades lubrificantes. 
Elas são estimuladas pela excitação sexual. 
CLITÓRIS 
O clitóris é uma estrutura erétil parcialmente envolvida pelas extremidades anteriores bifurcadas 
dos lábios menores. 
Tem raiz, corpo e glande. O corpo pode ser palpado através da pele. 
Contém dois corpos cavernosos, compostos de 
tecido erétil, envolvidos em tecido conjuntivo 
fibroso denso e separados medialmente por um 
incompleto septo fibroso pectiniforme. 
O tecido conjuntivo fibroso forma um ligamento 
suspensor que está preso superiormente à 
sínfise púbica. 
Cada corpo cavernoso está preso a seu ramo 
isquiopúbico por um pilar que se estende a partir 
da raiz do clitóris. 
A glande do clitóris é um pequeno tubérculo 
arredondado de tecido erétil esponjoso na 
extremidade do corpo do clitóris e conectado aos 
bulbos do vestíbulo por delicadas faixas de 
tecido erétil. 
Ela é exposta entre as extremidades anteriores dos lábios menores. 
Seu epitélio tem uma alta sensibilidade cutânea, importante em respostas sexuais. 
 
VASCULARIZAÇÃO E DRENAGEM LINFÁTICA DA VULVA 
 
Artérias 
O suprimento sanguíneo arterial da genitália externa feminina é derivado dos ramos pudendos 
externos superficial e profundo da artéria femoral e da artéria pudenda interna a cada lado. 
 
Veias 
A drenagem venosa da pele vulvar ocorre através das veias pudendas externas para a veia safena 
magna. 
A drenagem venosa do clitóris 
ocorre através de veias dorsais 
profundas para a veia pudenda 
interna, e de veias dorsais 
superficiais para as veias pudenda 
externa e safena magna. 
 
Drenagem linfática 
Uma trama de vasos conectantes se 
une para formar três ou quatro 
troncos coletores ao redor do monte 
pubiano, os quais drenam para 
linfonodos inguinais superficiais 
dispostos sobre a fáscia cribriforme 
que cobre a artéria e a veia 
femorais; esses nodos drenam 
através da fáscia cribriforme até os 
linfonodos inguinais profundos 
dispostos medialmente à veia 
femoral. 
Os linfonodos inguinais profundos 
drenam através do canal femoral para os linfonodos pélvicos. 
O último dos linfonodos inguinais profundos se localiza sob o ligamento inguinal dentro do canal 
femoral e é frequentemente denominado de linfonodo de Cloquet. 
Os vasos linfáticos no períneo e na parte inferior dos lábios maiores drenam para o plexo linfático 
retal. 
 
Os vasos linfáticos derivados do clitóris e dos 
lábios menores drenam para os linfonodos 
inguinais profundos e os vasos eferentes 
diretos podem passar para os linfonodos 
ilíacos internos. 
 
INERVAÇÃO 
A inervação para o trato genital inferior está 
mostrada na Tabela 1 e na figura ao lado. 
A inervação sensitiva das partes anterior e 
posterior dos lábios maiores difere. 
O terço anterior do lábio maior é suprido pelo 
nervo ilioinguinal (L1), os dois terços 
posteriores são supridos pelos ramos labiais 
do nervo perineal (S3), e a face lateral é 
também inervada pelo ramo perineal do nervo 
cutâneo posterior da coxa (S2). 
 
 
VAGINA 
A vagina é um tubo fibromuscular revestido por um epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado. 
Ela se estende a partir do vestíbulo até o útero. 
A extremidade superior da vagina circunda a projeção vaginal da cérvice uterina. 
O recesso anular entre a cérvice e a vagina é o fórnice. 
A vagina sobe posterior e superiormente em um ângulo de cerca de 90° com o eixo uterino: esse 
ângulo varia com o conteúdo da bexiga e do reto. 
A largura da vagina aumenta à medida que ela sobe. 
Acima do nível do hímen, as superfícies internas das paredes vaginais anterior e posterior se 
encontram normalmente em contato entre si e formam uma fenda transversal. 
A vagina se abre externamente através de um introito sagital, posicionado abaixo do meato uretral. 
O tamanho do introito varia e é capaz de distensão durante o intercurso sexual e durante o parto. 
DIMENSÕES E RELAÇÕES 
A mucosa vaginal está presa à cérvice uterina em uma posição mais alta na parede cervical 
posterior do que na anterior. 
A parede anterior da vagina está relacionada à base da bexiga em suas porções média e superior, 
e à uretra inferiormente. 
A parede posterior é coberta por peritônio em seu quarto superior. Está separada do reto pela 
escavação retouterina superiormente e por tecido conjuntivo moderadamente frouxo (fáscia de 
Denonvillier) em sua metade intermediária. 
Em seu quarto inferior, ela está separada do canal anal pelo corpo perineal fibromuscular. 
Lateralmente encontram-se o músculo levantador do ânus e a fáscia pélvica. 
À medida que os ureteres passam anteromedialmente para atingir o fundo da bexiga, eles seguem 
próximo aos fórnices laterais. Ao entrarem na bexiga, os ureteres encontram-se normalmente 
anteriores à vagina, e neste ponto, cada ureter é cruzado transversalmente pela artéria uterina. 
HÍMEN 
O hímen é uma delgada prega de membrana mucosa localizada justamente no orifício vaginal. 
As superfícies internas das pregas estão normalmente em contato e a abertura vaginal aparece 
como uma fenda entre elas. 
O hímen varia grandemente de formato e dimensões. 
Quando distendido, ele é anular e mais largo posteriormente; ele pode também ser semilunar e 
côncavo em direção ao monte pubiano, cribriforme, franjado, ausente ou completo e imperfurado. 
O anel himenal normalmente se rompe após o primeiro intercurso sexual, mas pode se romper mais 
cedo durante uma atividade físicanão sexual. 
 
Pequenas carúnculas himenais arredondadas (também conhecidas como carúnculas mirtiformes) 
são seus remanescentes após rompimento. 
O hímen não tem função estabelecida. 
DUCTO DE GARTNER 
Os remanescentes do ducto de Gartner (embriologicamente, a extremidade caudal do ducto 
mesonéfrico), são ocasionalmente vistos ao se projetarem através dos fórnices laterais ou partes 
laterais da vagina; estes podem causar cistos (cistos de Gartner). 
 
VASCULARIZAÇÃO E DRENAGEM LINFÁTICA DA VAGINA 
Artérias 
O suprimento arterial da vagina é derivado das artérias ilíacas internas. 
As artérias vaginais formam dois vasos longitudinais medianos, as artérias ázigos da vagina, as 
quais descem anterior e posteriormente à vagina. Elas descem sobre a vagina e suprem a 
membrana mucosa. 
Ramos também são enviados para os bulbos, para o fundo da bexiga e para a parte adjacente do 
reto. 
Os ramos uterino, pudendo interno e retal médio da artéria ilíaca interna também podem contribuir 
para seu suprimento sanguíneo. 
Veias 
As veias vaginais, uma a cada lado, formam-se a partir de plexos laterais que se conectam aos 
plexos uterino, vesical e retal, e drenam para as veias ilíacas internas. Os plexos uterinos e vaginal 
podem fornecer uma drenagem venosa colateral ao membro inferior. 
Vasos linfáticos 
Os vasos linfáticos vaginais se unem com os da cérvice, do reto e da vulva. 
Eles formam três grupos, mas as regiões drenadas não são nitidamente demarcadas. 
Os vasos superiores acompanham a artéria uterina até os linfonodos ilíacos externos e internos. 
Os vasos intermediários acompanham a artéria vaginal até os linfonodos ilíacos internos. 
Os vasos que drenam a vagina abaixo do hímen, e a partir d vulva e da pele perineal, seguem para 
os linfonodos inguinais superficiais. 
INERVAÇÃO 
A parte inferior da vagina é suprida pelo nervo pudendo (S2, S3 e S4). 
 
A parte superior da vagina é suprida pelos nervos esplâncnicos (S2, S3 e às vezes S4). 
 
ÚTERO 
O útero é um órgão muscular de paredes espessas, localizado na pelve, entre a bexiga urinária e 
o reto. 
Ele se localiza posteriormente à bexiga e ao espaço uterovesical, e anteriormente ao reto e à 
escavação retouterina: ele é móvel, sua posição varia com a distensão da bexiga e do reto. 
Os ligamentos largos encontram-se lateralmente ao útero. 
O útero é dividido em duas regiões principais: 
1. Corpo; 
2. Cérvice. 
O corpo do útero forma os dois terços superiores e a cérvice forma o terço inferior. 
Em mulheres adultas nulíparas, a cérvice se dobra para a frente em relação ao eixo da vagina 
(anteversão), e o corpo do útero se dobra para a frente em relação à cérvice (anteflexão). 
Em 10 a 15% das mulheres, todo o útero se inclina para trás em um ângulo com a vagina e é dito 
como retrovertido (retroversão). 
Um útero que forma um ângulo para trás com a Cérvice é descrito como retrofletido (retroflexão). 
CORPO 
O corpo do útero tem um formato piriforme e se estende do fundo superiormente até a cérvice 
inferiormente. 
Próximo à sua extremidade superior, as tubas uterinas entram no útero a ambos os lados nos 
cornos uterinos. 
Inferoanteriormente a cada corno encontra-se o ligamento redondo e inferoposteriormente está o 
ligamento ovariano. 
O fundo em formato de cúpula encontra-se superiormente aos pontos de entrada das tubas uterinas 
e é coberto por peritônio. 
O fundo está em contato com as alças do intestino delgado e ocasionalmente com o colo sigmoide 
em estado distendido. 
As margens laterais do corpo são convexas, e a cada lado seu peritônio é refletido lateralmente 
para forma o ligamento largo, o qual se estende como uma lâmina em direção à parede pélvica. 
A cavidade do corpo do útero normalmente mede 6 cm a partir do óstio externo da cérvice até a 
parede do fundo e é achatada anteroposteriormente. Em corte coronal, ela é triangular, larga acima 
do local em que as duas tubas uterinas se unem ao útero e estreita abaixo do óstio interno da 
cérvice. 
 
Podem haver: 
1. Uma falha na fusão dos ductos paramesonéfricos (de Müller) = Útero não piriforme; 
2. Um septo no meio da cavidade uterina = Útero septado; 
3. Uma fenda parcial dividindo o útero = Útero bicornual; 
4. Um septo até a vagina (exemplo mais extremo), apresentando duas cérvices e dois úteros 
distintos, cada um com uma tuba = Útero didelfo. 
CÉRVICE 
A cérvice de uma mulher adulta e não grávida é mais estreita e mais cilíndrica que o corpo do útero, 
e tem tipicamente 2,5 cm de comprimento. 
O óstio interno da cérvice fica na extremidade superior, comunicando a cérvice com o corpo do 
útero. O óstio externo fica na extremidade inferior e se abre na vagina. 
Duas cristas longitudinais em suas paredes anterior e posterior, originam pequenas pregas 
palmadas oblíquas que sobem lateralmente. As pregas nas paredes opostas se interdigitam para 
fechar o canal cervical. 
O istmo, uma porção mais estreita, forma o terço superior da cérvice. 
Embora inalterado no primeiro mês de gestação, ele é incorporado pelo corpo do útero durante o 
segundo mês para formar o “segmento uterino inferior”. 
A extremidade externa da cérvice entra na extremidade superior da vagina, o que a divide em partes 
supravaginal e vaginal. 
 
A parte supravaginal é separada anteriormente da bexiga por tecido conjuntivo frouxo bastante 
celularizado, o paramétrio. 
LIGAMENTO LARGO 
As pregas laterais ou ligamentos largos se estendem a cada lado a partir do útero em direção às 
paredes pélvicas laterais. 
A borda superior é livre e a borda inferior é contínua com o peritônio. 
Uma tuba uterina se encontra na borda livre superior a cada lado. 
O ligamento largo é dividido em um mesossalpinge superior, um mesovário posterior e um 
mesométrio inferior. 
Mesossalpinge 
O mesossalpinge está preso acima à tuba uterina e posteroinferiormente ao mesovário. Superior e 
lateralmente ele está preso ao ligamento suspensor do ovário, e medialmente está preso ao 
ligamento ovariano. 
As fímbrias do infundíbulo da tuba uterina se projetam a partir de sua extremidade lateral livre. 
Entre o ovário e a tuba uterina, o mesossalpinge contém anastomoses entre os vasos uterinos e 
ovarianos, o epoóforo e o paraoóforo. 
Mesovário 
O mesovário se projeta da face posterior do ligamento largo, do qual ele é a parte menor. 
Ele está preso ao hilo do ovário e carreia vasos e nervos para o ovário. 
Mesométrio 
O mesométrio é a maior parte do ligamento largo se estende do assoalho pélvico até o ligamento 
ovariano e o corpo do útero. 
A artéria uterina segue entre suas duas camadas peritoneais. 
Entre a pirâmide formada pelo infundíbulo da tuba, o polo superior o ovário e a parede pélvica 
lateral, o mesométrio contém os vasos ovarianos e os nervos dispostos dentro do ligamento 
suspensor fibroso do ovário (ou ligamento infundibulopélvico). 
Esse ligamento se continua lateralmente sobre os vasos ilíacos externos como uma prega distinta. 
O mesométrio também envolve a parte proximal do ligamento redondo do útero, além de músculo 
liso e tecido conjuntivo frouxo. 
LIGAMENTO REDONDO 
 
Os ligamentos redondos são estreitas faixas, um pouco achatadas, de 10-12 cm de comprimento. 
Cada um está preso medialmente à parte superior do útero, logo abaixo e anteriormente aos cornos 
laterais. 
Daqui cada um segue lateralmente dentro da parte superior do ligamento largo até a parede pélvica 
lateral. 
Próximo ao início da artéria epigástrica inferior, o ligamento redondo entra no anel inguinal 
profundo. Ele atravessa o canal inguinal e se divide em faixas que se fundem com o tecido 
conjuntivo circunjacente antes de terminar no monte pubiano, acima do lábio maior. 
Próximo ao útero, o ligamento redondo contém uma considerável quantidade de músculo liso, 
porém este gradualmente diminui, e a porção terminal é puramente fibrosa. 
O ligamentoredondo contém vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos. 
 
VASCULARIZAÇÃO E DRENAGEM LINFÁTICA 
Artérias 
O suprimento arterial para o útero advém da artéria uterina. Esta se origina como um ramo da 
divisão anterior da artéria ilíaca interna. 
A partir de sua origem, a artéria uterina cruza o ureter no ligamento largo antes de se ramificar à 
medida que atinge o útero na junção cervicouterina. 
Um ramo principal sobe pelo útero tortuosamente dentro do ligamento largo, até que ele atinja a 
região do hilo do ovário, onde se anastomosa com ramos da artéria ovariana. 
Outro ramo desce para suprir a cérvice e se anastomosa com ramos da artéria vaginal para formar 
as artérias ázigos da vagina. 
As árvores arteriais esquerda e direita se anastomosam através da linha mediana. 
Muitos ramos arteriolares espiralados seguem para o interior do endométrio. Sua aparência 
específica muda durante o ciclo menstrual. Na fase proliferativa, as arteríolas espiraladas se tornam 
menos proeminentes, enquanto na fase secretora elas crescem em comprimento e calibre e se 
tornam cada vez mais tortuosas. 
Veias 
As veias uterinas se estendem lateralmente nos ligamentos largos, seguem adjacentes às artérias 
e passam sobre os ureteres. 
Elas drenam para as veias ilíacas internas. 
O plexo venoso uterino se anastomosa com os plexos venosos vaginal e ovariano. 
 
 
 
Drenagem linfática 
Os vasos linfáticos uterinos existem nas partes superficial (subperitoneal) e profunda da parede 
uterina. 
Vasos coletores derivados do corpo do útero e da cérvice seguem lateralmente no paramétrio para 
três principais grupos de linfonodos: 
1. Linfonodos ilíacos externos; 
2. Linfonodos ilíacos internos; 
3. Linfonodos obturatórios. 
Os linfonodos ilíacos internos e externos circundam as artérias correspondentes. 
Os linfonodos obturatórios se localizam na fossa obturatória entre os vasos ilíacos externos e 
internos; o nervo obturatório segue através da parte inferior desse grupo de linfonodos. 
Os vasos linfáticos derivados do fundo do útero e das tubas podem acompanhar a drenagem 
linfática dos ovários para os linfonodos para-aórticos. 
A região que circunda o istmo da tuba pode ser drenada ao longo do ligamento redondo para os 
linfonodos inguinais superficiais. 
INERVAÇÃO 
O suprimento nervoso para o útero é predominantemente derivado do plexo hipogástrico inferior. 
Alguns ramos sobem com as artérias uterinas no ligamento largo, ou próximo a estas. 
Eles suprem o corpo do útero e as tubas uterinas, e se conectam com nervos tubários derivados 
do plexo hipogástrico e com o plexo ovariano. 
Os nervos uterinos terminam no miométrio e no endométrio, e usualmente acompanham os vasos. 
Os nervos para a cérvice formam um plexo que contém pequenos gânglios paracervicais. 
As fibras simpáticas eferentes pré-ganglionares são derivadas de neurônios nos últimos segmentos 
torácicos e no primeiro segmento lombar; os locais de suas sinapses pós-ganglionares são 
desconhecidos. 
As fibras parassimpáticas pré se originam de neurónios do segundo ao quarto segmentos espinais 
sacrais, e fazem sinapse com os gânglios paracervicais. 
A atividade simpática pode produzir contrações uterinas e vasoconstrição, e a atividade 
parassimpática pode produzir uma inibição uterina e vasodilatação; entretanto, essas atividades 
são complicadas pelo controle hormonal das funções uterinas. 
 
 
TUBAS UTERINAS (TROMPAS DE FALÓPIO) 
As tubas uterinas estão presas à parte superior do corpo do útero e seus óstios se abrem na 
cavidade uterina. 
A tuba segue lateral e superiormente, e consiste em quatro partes principais: 
1. Segmento intramural; 
2. Istmo; 
3. Ampola; 
4. Infundíbulo. 
O segmento intramural tem 0,7 mm de largura, 1 cm de comprimento e se localiza em meio ao 
miométrio. 
Ele é contínuo lateralmente com o istmo, o qual tem 1,5 mm de largura e 3 cm de comprimento, 
tem contorno arredondado e consistência muscular firme. 
O istmo é contínuo lateralmente com a ampola, a porção mais larga da tuba, com um diâmetro 
luminal máximo de 1 cm. 
A ampola tem 5 cm de comprimento e apresenta parede delgada e superfície luminal tortuosamente 
pregueada. Tipicamente, a fertilização ocorre em seu lúmen. 
A ampola se abre no infundíbulo, em forma de trompete ou funil, no óstio abdominal. 
As fímbrias, numerosas pregas digitiformes da mucosa, com 1 mm de largura, estão presas às 
extremidades do infundíbulo e se estendem a partir de sua circunferência interna para além da 
parede muscular da tuba. 
Uma dessas fímbrias, a fímbria ovariana, é mais longa e mais profundamente ramificada do que as 
outras, e encontra-se tipicamente aplicada ao polo tubário do ovário. 
SUPRIMENTO VASCULAR E DRENAGEM LINFÁTICA 
Artérias 
O suprimento arterial para as tubas uterinas é derivado das artérias ovariana e uterina. 
O terço lateral da tuba é suprido pela artéria ovariana. 
Os dois terços mediais da tuba são supridos pela artéria uterina. 
Veias 
A drenagem venosa é similar ao suprimento arterial. 
A drenagem venosa dos dois terços laterais da tuba uterina ocorre através do plexo pampiniforme 
das veias ovarianas, que se abrem na veia cava inferior do lado direito, e na veia renal do lado 
esquerdo. 
Os dois terços mediais da tuba drenam através do plexo uterino para a veia ilíaca interna. 
 
 
INERVAÇÃO 
A tuba uterina é inervada por fibras autônomas que estão distribuídas principalmente com as 
artérias ovariana e uterina. 
A maior parte da tuba tem um duplo suprimento, simpático e parassimpático. 
Fibras parassimpáticas pré-ganglionares são derivadas do nervo vago para a metade lateral da 
tuba e de nervos esplâncnicos pélvicos para a metade medial. 
O suprimento simpático é derivado de neurônios do décimo segmento torácico até o segundo 
lombar espinais. 
As fibras aferentes viscerais seguem com os nervos simpáticos e entram na medula através das 
raízes dorsais correspondentes. 
A mucosa da ampola contém corpúsculos de Pacini modificados. 
OVÁRIOS 
Os ovários se localizam a cada lado do útero, próximos à parede pélvica lateral e suspensos na 
cavidade pélvica por uma dupla prega de peritônio, o mesovário. 
Eles são de tonalidade branca pardacenta e consistem em tecido conjuntivo fibroso denso no qual 
os ovócitos estão embebidos. 
Antes que a ovulação regular se inicie, eles apresentam uma superfície lisa; porém, logo em 
seguida, suas superfícies são distorcidas por causa da formação de tecido cicatricial que se segue 
à degeneração de sucessivos corpos lúteos. 
A superfície lateral do ovário se encontra em contato com o peritônio parietal na fossa ovariana. 
A superfície medial está voltada para o útero e para os vasos uterinos no ligamento largo, e o 
recesso peritoneal aqui é denominado de bursa ovariana. 
Acima da extremidade superior estão as fímbrias e a porção distal da tuba uterina. 
A borda anterior está voltada para o folheto posterior do ligamento largo e contém o mesovário. 
O mesossalpinge se localiza abaixo da tuba uterina. 
O ligamento ovariano está inferior e medialmente. 
O mesovário e o ovário se localizam inferiormente em sua extremidade fimbrial. 
LIGAMENTO INFUNDIBULOPÉLVICO (SUSPENSOR) 
O ligamento suspensor ou infundibulopélvico do ovário é uma prega peritoneal que está presa à 
parte superior da superfície lateral do ovário. 
Ele contém os vasos e nervos ovarianos. 
LIGAMENTO OVARIANO 
O ligamento ovariano prende a extremidade uterina (inferomedialmente) do ovário ao ângulo lateral 
do útero, posteroinferiormente à tuba uterina. 
 
Ele se localiza no folheto posterior do ligamento largo e contém algumas células musculares lisas. 
Ele é contínuo com a borda medial do ligamento redondo, ambos remanescentes do gubernáculo. 
MESOVÁRIO 
O mesovário é uma curta prega peritoneal que prende o ovário à parte dorsal do ligamento largo. 
Ele conduz vasos sanguíneose nervos para o hilo do ovário. 
SUPRIMENTO VASCULAR E DRENAGEM LINFÁTICA 
Artérias 
As artérias ovarianas são ramos da aorta abdominal e se originam abaixo das artérias renais. 
Veias 
As veias ovarianas emergem do ovário como um plexo (plexo pampiniforme) no mesovário e no 
ligamento suspensor. Duas veias emergem do plexo e sobrem com a artéria ovariana e 
desembocam na veia cava inferior, do lado direito, ou na veia renal, do lado esquerdo. 
Drenagem linfática 
A principal drenagem linfática dos ovários ocorre ao longo de vasos que seguem as veias ovarianas 
para os linfonodos para-aórticos localizados próximos à origem das artérias renais. 
INERVAÇÃO 
A inervação ovariana é derivada de plexos autônomos. 
A parte superior do plexo ovariano é formada por ramos dos plexos renal e aórtico, e a parte inferior 
é reforçada pelos plexos hipogástricos superior e inferior. 
Esses plexos consistem em fibras simpáticas e parassimpáticas pós-ganglionares, e fibras 
aferentes viscerais. 
As fibras simpáticas eferentes são derivadas dos 10º e 11º segmentos espinais torácicos e são 
provavelmente vasoconstritoras, ao passo que as fibras parassimpáticas, derivadas dos plexos 
hipogástricos inferiores, são provavelmente vasodilatadoras.

Mais conteúdos dessa disciplina