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ASSOCIAÇÃO PIRIPIRIENSE DE ENSINO SUPERIOR
CHRISTUS FACULDADE DO PIAUÍ
AMANDA HELLEN DE SOUSA AMARAL
ÉRICA RAYANE MENESES DE ARAÚJO
IANNA PAULA MIRANDA ESCÓRCIO
JOANA D’ARC LEITE CORREIA
JOÃO ALBERTO BARROS JÚNIOR
NAYANNA DE MELO NEVES
NEILIANA MACHADO PONTES
THIAGO RODRIGUES DE SOUZA
ISOLAMENTO DE COCOS GRAM+ DO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR
	
PIRIPIRI – PI
2018
AMANDA HELLEN DE SOUSA AMARAL
ÉRICA RAYANE MENESES DE ARAÚJO
IANNA PAULA MIRANDA ESCÓRCIO
JOANA D’ARC LEITE CORREIA
JOÃO ALBERTO BARROS JÚNIOR
NAYANNA DE MELO NEVES
NEILIANA MACHADO PONTES
THIAGO RODRIGUES DE SOUZA
ISOLAMENTO DE COCOS GRAM+ DO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR
Relatório apresentado à Christus Faculdade do Piauí, como requisito para obtenção de nota na disciplina de Microbiologia Clínica do curso Bacharelado em Farmácia.
Professor Orientador: Dr. Guilherme Antônio Lopes de Oliveira.
PIRIPIRI – PI
2018
RESUMO
As infecções do trato respiratório superior são as mais comuns que ocorrem no ser humano. A maioria das infecções de vias aéreas superiores são autolimitadas, de etiologia viral, porém, outras são provocadas por bactérias e exigem tratamento antimicrobiano. São consideradas IVAS (infecções de vias aéreas superiores) infecções da laringe, nasofaringe, orofaringe, nariz, seios paranasais e ouvido médio. Na prática realizada, foi utilizado o meio de cultura Ágar sangue e coletado uma amostra com o auxílio de um swab na região da orofaringe, depois foi incubado por 24hrs, e pode-se perceber que houve crescimento de patógenos identificados na cultura semiquantitativa testada, apresentando apenas bactérias da microbiota normal.
Palavras-chave: Infecção. Patógeno. Cultura.
SUMÁRIO
	1
	INTRODUÇÃO.......................................................................................................
	 4
	2
	OBJETIVOS............................................................................................................
	 5
	2.1
2.2
	Objetivo Geral.........................................................................................................
Objetivo Específico.................................................................................................
	 5
 5
	3
	MÉTODOS..............................................................................................................
	 6
	3.1
	Materiais..................................................................................................................
	 6
	3.2
	Procedimento Experimental..................................................................................
	 6
	4
	RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................
	 7
	5
	CONCLUSÃO.........................................................................................................
	 11
	
	REFERÊNCIAS......................................................................................................
	 12
1 INTRODUÇÃO
Dentre todos os processos infecciosos, os respiratórios são os que com maior frequência acometem o homem. A maioria das infecções do trato respiratório superior é de origem viral, embora uma fração significante seja causada por bactérias (MURRAY, 2009).
A microbiota normal do trato respiratório superior inclui Neisseria spp., não patogênicas, estreptococos alfa-hemolíticos e não-hemolíticos, Haemophilus spp., Corynebacterium spp. e bactérias anaeróbias. Também que podem ser isolados Streptococcus pneumoniae e estafilococos, e um pequeno número de bacilos gram-negativos ou leveduras, que costumam ser mais comuns em pacientes alcoólatras, diabéticos ou hospitalizados.
Infecções nasais são raras. Embora o nariz seja um sítio comum de colonização do Staphylococcus aureus, uma infecção local não é tão frequente quanto as que ocorrem nos sítios vizinhos (seios paranasais e nasofaringe) (OPLUSTIL et al.,2010).
Já a nasofaringe é frequentemente colonizada por bactérias de importância epidemiológica. A secreção local é utilizada para o diagnóstico da coqueluche e a cultura de swabs pode ser feita para detectar portadores de Neisseria meningitidis, Corynebacterium diphtheriae, Streptococcus pyogenes e Staphylococcus aureus.
Os agentes causais mais comuns de sinusites agudas nos adultos são o Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae; nas crianças, além destes, há também a Branhamella catarrhalis. Nas sinusites crônicas, os agentes predominantes em adultos são os germes anaeróbios e o Staphylococcus aureus; nas crianças, são os mesmos encontrados na forma aguda, somados ao Staphylococcus aureus e aos estreptococos do grupo viridans. Os pacientes com sinusite crônica ou aguda que não respondem ao tratamento empírico necessitam da identificação do agente infeccioso no aspirado sinusal (BRASIL, 2013).
Grande parte das faringites bacterianas é autolimitada e não deixa sequelas. Os swabs de orofaringe para diagnóstico de Streptococcus pyogenes devem ser testados para detecção de antígenos e pela cultura, já que a sensibilidade do primeiro exame é inferior ao segundo (BRASIL, 2013).
A invasão de microrganismos no trato respiratório superior pode provocar abscessos peritonsilares e retrofaríngeos, causados principalmente por Streptococcus pyogenes e microrganismos anaeróbios. Não é raro o envolvimento da laringe nos casos de formas disseminadas de histoplasmose, blastomicose e na tuberculose. Mas para se estabelecer um diagnóstico correto, é necessária a cultura para estes agentes.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Isolar culturas puras de cocos Gram+ das regiões do trato respiratório superior (orofaringe, faringe, amigdala e nasofaringe).
2.2 Objetivo Específico 
Realizar cultura em meio ágar sangue e interpretar os resultados após a semeadura do material coletado da orofaringe;
Isolar microrganismos patogênicos ou não do trato respiratório superior. 
3 MÉTODOS
3.1 Materiais 
Alça bacteriológica;
Álcool;
Algodão;
Bico de Bunsen;
Abaixador de língua;
Placa de Petri – Ágar sangue;
Swab estéril;
Procedimento Experimental
Primeiramente realizou-se a assepsia da bancada e em seguida, ligou-se o bico de Bunsen.
Usou-se o abaixador de língua, pressionou-se e rolou-se o swab sobre as amígdalas e faringe posterior, principalmente se tiver uma área hiperemiada, evitando tocar as bochechas e língua.
Esgotou-se o swab numa pequena área da placa de Petri contendo o meio ágar sangue.
Estriou-se com auxílio de uma alça bacteriológica em três direções próximas uma das outras para obter colônias isoladas e para semiquantificação.
Levou-se a placa semeada para estufa por 24h para avaliação posterior do crescimento ou não de microrganismos.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O crescimento dos microrganismos nos diferentes meios de cultura utilizados em microbiologia fornece as primeiras informações para a sua identificação. É importante conhecer o potencial de crescimento de cada meio de cultura e adequar ao perfil bacteriano esperado para cada material. No experimento atual o meio de cultura utilizado foi o Ágar Sangue (AS). Este é um meio rico, não seletivo, diferencial para a hemólise e nele crescem a maioria de bactérias Gram-negativas e Gram-positivas, além de fungos filamentosos (bolores) e leveduras, exceto algumas espécies de hemófilos e outros fastidiosos.
Para a maioria das culturas não se padroniza o volume do inóculo e semeia-se o swab e/ou o material mais representativo com a alça, com a finalidade apenas de obter colônias isoladas para posterior identificação (secreções cutâneo-mucosas, fezes, etc.). Para esses materiais o objetivo pode ser encontrar um patógeno específico entre bactérias da microbiota considerada normal na área de onde foi obtida a amostra clínica (S. pyogenes em orofaringe, Salmonella e Shigella em fezes, N. gonorrhoeae em secreção uretral,etc).
No experimento realizado, usou-se um abaixador de língua, pressionou-se e rolou o swab sobre a faringe posterior, principalmente se houver uma área hiperemiada, evitando tocar a língua e as bochechas. Evita-se que o swab toque a língua, pois a saliva é rica em micróbios da microbiota normal, que prejudicam o isolamento dos patogênicos.
Em seguida foi colocado o swab em contato com o meio ágar sangue em uma pequena região. Estriou-se com auxilio de uma alça bacteriológica em três direções próximas uma da outra para obter colônias isoladas e para a semiquantificação. Após 24h de incubação, foi realizada a primeira leitura das placas para verificar a presença de microrganismos, considerados os mais importantes naquele material clínico e suspeita diagnóstica.
Com o resultado final após a incubação, pode-se perceber que houve crescimento de patógenos (pequenas colônias) identificados na cultura semiquantitativa testada na bancada (Figura 1.0).
Figura 1.0 – Meio Ágar Sangue em cultura semiquantitativa de secreção orofaríngea.
Fonte: AEINT (2018)
AEINT
 Laboratório Clínico 
Nome: Lanna Alves 
Convênio: Amizade
Solicitante: Dr. Guilherme Lopes
OS Nº: 151150
Página: 1/2
CULTURA DO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR 
MÉTODO: Semeadura em ÁGAR SANGUE
MATERIAL: Swab com amostra da orofaringe 
COLETA: 30/05/2018
LIBERADO EM: 06/06/2018
RESULTADO(S): Semeadura em ágar sangue, apresentou pequenas colônias de bactérias.  Microbiota normal do trato respiratório superior. 
Amostras analisadas por Farmacêuticos.
Farmacêutico(a)
Farmacêutico(a)
Farmacêutico(a)
Farmacêutico(a)
Página: 2/2
Farmacêutico(a)
Farmacêutico(a)
Farmacêutico(a)
Farmacêutico(a)
5 CONCLUSÃO
Conclui-se que o experimento com a técnica de esgotamento e semiquantificação de crescimento em placa é útil para a elucidação de possíveis infecções do trato respiratório superior.
Portanto, para se obter um resultado adequado do experimento no laboratório de microbiologia, todos os alunos devem seguir os passos para se evitar contaminação do material e realizar da maneira mais asséptica a coleta microbiológica.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Microbiologia Clínica para o Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Módulo 4 : Procedimentos Laboratoriais: da requisição do exame à análise microbiológica e laudo final. Brasília: Anvisa, 2013.
MURRAY, P. R.; ROSENTHAL, K. S.; PFALLER, M. A. Microbiologia Médica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
OPLUSTIL, C.P., ZOCCOLI, C.M., TOBOUTI, N.R., SINTO, S.I. Procedimentos Básicos em Microbiologia Clínica: Sarvier, São Paulo, 2010.

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