Buscar

controle de doenças de plantas aula 10

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
*
*
CONTROLE DAS DOENÇAS DE PLANTAS
 Métodos de exclusão:
-. Quarentena, Inspeções
-. Evasão do patógeno
-. Uso de material de propagação livre do patógeno
 Métodos de erradicação:
-. Métodos culturais que erradicam ou diminuem o inóculo
-. erradicação do hospedeiro (remoção de plantas infectadas)
-. rotação de culturas
-. limpeza da plantação (remoção das vassouras de bruxa, folhas, etc...)
 
*
*
*
Métodos biológicos que erradicam ou reduzem o inóculo
-. solos supressivos
-. uso de organismos antagonistas
-. plantas armadilhas – nematóides
-.plantas antagonistas – nematóides
 
Métodos físicos que erradicam ou reduzem o patógeno
-. tratamento de sementes
-. tratamento do solo pelo calor ou solarização
-. tratamento de órgãos de propagação
-. luz UV e radiações
-. secagem de sementes
-. refrigeração (pós-colheita)
 
*
*
*
Métodos Químicos para erradicar ou diminuir o inóculo
-. Pesticidas químicos
-. Fumigação
-. Tratamento do solo com pesticidas
-. Desinfestação dos silos de estocagem
-. Controle dos insetos vetores com inseticidas
 
Controle por imunização e melhoramento da resistência do hospedeiro
-. Variedades resistentes
 
Proteção direta das plantas contra o patógeno
-.Aplicação de fungicidas
*
*
*
Com Gliocladium spp. 
Micoparasita facultativo, habitante natural do solo, tem sido observado parasitando inúmeros fungos como Botrytis spp., Eutypa armeniaceae , Ceratocystis fimbriata , e Fusarium spp. 
Aplicações desse fungo no solo para controle do mofo cinzento causado por B. cinerea são uma maneira de aumentar a população desse antagonista. 
Vários isolados de G. roseum de diferentes regiões geográficas têm mostrado eficácia no biocontrole do mofo cinzento, diminuindo a incidência do mofo cinzento de 90-100% (tão efetivo quanto o fungicida Clorotalonil). 
Antibiose e hiperparasitismo não parecem ser os mecanismos comuns de controle de B. cinerea por G. roseum e que a competição por substrato é o principal mecanismo pelo qual G. roseum inibe B. cinerea em morango.
Controle biológico de doenças de plantas
*
*
*
Com Trichoderma spp.
É um fungo de solos orgânicos, vivendo saprofiticamente ou parasitando outros fungos. 
É um antagonista eficaz no controle de inúmeros fungos fitopatogênicos.
Várias espécies tem sido utilizadas em biocontrole, entretanto, Trichoderma harzianum é a espécie mais bem estudada. 
Elas tem sido utilizadas tanto para patógenos radiculares (Rhizoctonia solani, Fusarium spp., Armillaria spp.), como da parte aérea (Venturia spp., Botrytis spp, etc). 
Trichoderma pode atuar, através de um ou da associação dos seguintes mecanismos: parasitismo, antibiose e competição. 
Muitas espécies já estudadas possuem a capacidade de produzir metabólitos secundários tóxicos, como antibióticos e enzimas líticas capazes de inibir e destruir propágulos de fungos fitopatogênicos.
 
Não se conhece, no entanto, o papel desses antibióticos in situ . Em condições de laboratório, Trichoderma produz uma gama de antibióticos com efeitos pronunciados contra fungos e bactérias, tanto de interesse agrícola como de interesse na medicina.
*
*
*
Doenças de plantas, agentes causais e antagonistas estudados para o controle biológico. 
*
*
*
Alguns produtos biológicos comercializados para o controle de fitopatógenos
Produto(s) 	 Antagonista formulado 	 Patógeno(s) controlado(s) 	
	
Kodiak 	 Bacillus subtilis 	 Rhizoctonia spp. e Pythium spp. 	
Blue Circle; Intercept 	 Pseudomonas cepacia 	 Rhizoctonia spp. e Pythium spp. 	
Dagger 	 Pseudomonas fluorescens 	 Rhizoctonia spp. e Pythium spp. 	
Polygandron 	 Pythium oligandrum 	 Pythium ultimum 	
Binab-T 	 Trichoderma harzianum 	 Verticillium malthousei 	
Trichodex 	 Trichoderma harzianum 	 Rhizoctonia spp., Pythium spp. e 	 						Slerotium rolfsii 
Mycostop 	 Streptomyces griseovirides 	 Alternaria sp. e Fusarium spp. 	
Coniothyrin 	 Coniothyrium minitans 	 Sclerotinia sclerotiorum 	
Glio Gard 	 Gliocladium virens 	 Rhizoctonia spp. e Pythium spp 	
*
*
*
Trichoderma harzianum
Trichoderma em antagonismo a um outro fungo
*
*
*
Manejo integrado de doenças
	Foi definido a partir da década de 70 - a utilização de todas as técnicas disponíveis para manter a população de patógenos abaixo do limiar de dano econômico e minimizar os efeitos deletérios ao meio ambiente. E surgiu em consequencia das freqüentes contaminações e desequilíbrios ambientais, presença de resíduos nos produtos e intoxicação de aplicadores pelo uso indiscriminado de defensivos agrícolas como única opção no controle de doenças. 
	O manejo integrado de doenças preconiza controle de epidemias de doenças, maior estabilidade da produção, qualidade dos produtos agrícolas, menor agressão ao meio ambiente e conservação de áreas agricultáveis. Manejo: Processo contínuo de Controle da doença
	As estratégias que podem ser utilizadas incluem:
o controle biológico, 
Controle cultural, físico e químico,
legislação fitossanitária,
resistência genética e pré-imunização
	Cada estratégia pode ser utilizada isoladamente ou em combinação, para o controle de uma doença de planta. 
	Para a escolha é necessário primeiramente identificar o agente causal, conhecer suas características e as condições ambientais que favorecem seu desenvolvimento. 
	A maioria dos produtores tem o hábito de perguntar “que veneno eu uso para esta doença?”. 	Existem mais de 100 princípios ativos de fungicidas registrados no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, porém não há registro para todas as doenças e nem todas as culturas é preciso um trabalho contínuo por parte das instituições ligadas á área rural no sentindo de orientar os produtores quanto ao uso de estratégias alternativas de controle tendo como objetivo a implantação do manejo integrado de doenças de plantas. 
*
*
*
Entraves Pesquisa e informação técnica limitada; 
• Influência dos vendedores de defensivos agrícolas; 
• Serviço de Extensão Rural deficiente;
• Falta de apoio dos Governos; 
• Complexidade dos programas de controle; 
• Receio de correr riscos;
• Falta de compreensão dos problemas e anseios do produtor; 
• Descapitalização dos produtores; Ventura (1999) 
*
*
*
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS DO CACAUEIRO (fonte http://www.ceplac.gov.br/radar/Artigos/artigo16.htm
Exclusão – Compreende o uso de medidas imperativas para evitar que doenças inexistentes sejam introduzidas em uma dada região. Este é o caso da monilíase na Bahia, no momento, como foram os casos da vassoura-de-bruxa e do mal-do-facão, no passado. Pressupõe a adoção de medidas restritivas quanto à movimentação de materiais botânicos (mudas, sementes, etc.) e a necessidade de observação da legislação quarentenária.
Erradicação - Abrange desde a eliminação apenas das plantas infectadas ou mortas até a erradicação da cultura na região afetada. Tal medida é fundamental, por exemplo, no controle do mal-do-facão causado pelo fungo Ceratocystis fimbriata e das doenças de raiz ocasionadas por Rosellinia spp. e Ganoderma philippii.
Proteção – Compreende a interposição de barreiras, química ou biológica, por exemplo, entre o patógeno e a planta hospedeira. Este é o princípio mais utilizado no controle da podridão-parda do cacaueiro. A adoção de defensivos químicos hoje em dia, em função das preocupações com o meio ambiente, envolve a escolha criteriosa de produtos eficazes e com baixa persistência no ambiente, bem como, a utilização de métodos de aplicação adequados, além de cuidados quanto à proteção do aplicador. A legislação fitossanitária obriga
o uso de receituário agronômico, vedando a utilização de produtos não registrados para a cultura alvo. Os conhecimentos epidemiológicos sobre cada doença são indispensáveis na definição do período de aplicação, otimizando as épocas de início e conclusão das aplicações.
*
*
*
Resistência - Seria a medida ideal de controle das doenças de plantas, por ser mais durável, eficiente e de baixo custo para o produtor. É a base do atual manejo integrado da vassoura-de-bruxa. Por outro lado, o desenvolvimento de variedades resistentes requer grandes investimentos em pesquisa, tanto em instalações e equipamentos quanto em recursos humanos, demandando bastante tempo na condução das pesquisas. Na cacauicultura existe grande necessidade de realização de pesquisas visando a seleção e desenvolvimento de variedades com resistências à monilíase, ao mal-do-facão e à podridão parda. Algumas pesquisas já em curso precisam ser mais estimuladas.
Terapia - consiste na remoção cirúrgica das partes afetadas da planta. É eficiente no controle dos cancros causados por Phytophthora spp. e Lasiodiplodia theobromae. O uso de fungicidas sistêmicos com a finalidade de interromper o processo infeccioso se enquadra neste princípio. O fungicida sistêmico Folicur recomendado no controle da vassoura-de-bruxa, por exemplo, atua como protetor e como sistêmico (erradicante).
A sanificação é uma prática muito importante no manejo integrado consistindo na eliminação dos restos vegetais e partes mortas ou doentes das plantas que vão servir como fontes de inóculo para o surgimento das epidemias de doenças, como são os casos dos casqueiros para a podridão parda e das vassouras secas para a vassoura-de-bruxa. A aplicação de uréia nos casqueiros impede a esporulação de C. perniciosa e Phytophthora spp. , mas também atrasa a decomposição da matéria orgânica pela eliminação/diminuição dos microorganismos decompositores. O manejo deste material através da compostagem seria o mais indicado, não tendo contra - indicações.
*
*
*
O controle biológico, consistindo na utilização de microrganismos antagonistas atuando sobre o patógeno, reduz as fontes de inóculo e pode proteger o hospedeiro contra as infecções. É um método que pode ser incluído no manejo integrado, exigindo porém, conhecimento suficiente do modo de ação, sobrevivência e persistência do antagonista no ambiente. É o caso do TRICOVAB, fungicida biológico desenvolvido pela CEPLAC, contendo o fungo Trichoderma stromaticum, que vem sendo usado com sucesso para reduzir o potencial de inóculo de C. perniciosa nas plantações de cacau.
O controle cultural corresponde àquelas práticas que visam a sanificação das plantações. Deve fazer parte da rotina das propriedades agrícolas.
Assim o modelo geral do manejo integrado das principais doenças do cacaueiro abrangeria:
1- Plantio do melhor material botânico disponível, respeitando-se as medidas exclusionárias; 2- Solo, sombreamento e adubação adequados; 3- Controle das plantas invasoras; 4- Condução apropriada das plantas: formação da copa e eliminação de chupões; 5- Sanificação da plantação; 6- Utilização dos princípios fitopatológicos adequados a cada situação, inclusive os controles biológico e cultural; 7- Inspeção fitossanitária sistemática e permanente na plantação; 8- Treinamento da mão-de-obra.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais