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MANEJO FLORESTAL José Roberto S. Scolforo UFLA - Universidade Federal de Lavras FAEPE - Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão LAVRAS(MG)..J997 Ficha Catalográfica preparada pela Seção de Classificação e Catalogação da Biblioteca Central da UFLA Scolforo, José Roberto Soares Manejo florestal / José Roberto Soares Scolforo. - Lavras : UFLA/FAEPE, 1997. 438 p . : il. Bibliografia. 1. Floresta - Manejo. 2. Ciência florestal. 3. Silvicultura. 4. Floresta nativa. 5. Floresta plantada. 6. Essência florestal. 7. Manejo sustentado. I. Universidade Çederal de Lavras. II. Titulo. CDD-634.92 TEXTO REVISADO PELO AUTOR © 1997 FAEPE - Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão PROIBIDA A REPRODUÇÃO DO TODO OU PARTE, POR QUALQUER MEIO, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DA FAEPE. Curso de Especialização - Pós-Graduação Tato Sertsu" por Tutoria à Distância PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO FLORESTAL Convênio: UFLA - Universidade Federa! de Lavras FAEPE - Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão Reitor da UFLA: FABIANO RIBEIRO DO VALE Presidente do Conselho Deliberativo da FAEPE: DOUGLAS ANTÔNIO DE CARVALHO Chefe do Departamento de Engenharia Florestal: ANTÔNIO DONIZETE DE OLIVEIRA Coordenador do Curso: JOSÉ ROBERTO SOARES SCOLFORO Digitação e Editoração Eletrônica: CENTRO DE EDITORAÇÃO ELETRÔNICA - FAEPE Impressão: GRÁFICA UNIVERSITÁRIA - UFLA ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO 1 2. MANEJO DE FLORESTAS NATIVAS Revisão sobre Manejo Florestal 3 2.1. MANEJO FLORESTAL NÂ ÁSIA 6 2.2. MANEJO FLORESTAL NA ÁFRICA 14 2.3. MANEJO FLORESTAL NA AMÉRICA 18 2.4. MANEJO FLORESTAL NO BRASIL . . 28 2.4.1. Experiências de Manejo Florestal realizadas'' no Brasil 32 3. MANEJO DE FLORESTAS NATIVAS Pontos Críticos no Manejo Florestal 51 3.1. CRESCIMENTO DAS ESPÉCIES SOB REGIME DE MANEJO 52 3.2. EFICIÊNCIA DO PROCESSO TECNOLÓGICO NO BENEFICIAMENTO DA MADEIRA E NO ASPECTO SILVICULTURAL 57 3.3. EFEITOS DA EXPLORAÇÃO E DO TRANSPORTE NA REGENERAÇÃO NATURAL E ESTRUTURA REMANESCENTE 72 3.4. A ECONOMICIDADE DO PROCESSO QUE ENVOLVE A ATIVIDADE DE MANEJO FLORESTAL SUSTENTADO 76 3.4.1. O Uso da Floresta comparado a Outros Usos da Terra na Região de Taiiândia-PA 76 iii UFLA/FAEPE - Manejo Florestal 3.4.2. Custos e Lucros na Exploração de Madeira em Paragominas-PA 79 3.4.3. Análise de Investimento: Comparação entre o Manejo Florestal, Pecuária e Agricultura na Região de Paragominas-PA 82 3.4.4. Custos e Benefícios da Atividade de Manejo Florestal 98 3.4.5. O Manejo Florestal Sustentado visto como um Investimento 100 3.4.6. A Comercialização Clandestina de Madeira . 101 3.4.7. Viabilidade Econômica do Manejo Florestal Sustentado 102 3.5. SUSCEPTIBIUDADE DAS ESPÉCIES FLORESTAIS ÀS PRÁTICAS DE EXPLORAÇÃO 113 4. SISTEMAS SILVICULTURAIS 117 4.1. MÉTODO DE SUBSTITUIÇÃO 122 4.1.1. Sistema Agro Florestal 123 ^ 4.1.1.1. Sistemas Silvipastoris 126 4.1.1.2. Sistemas Agrossilvipastoris 127 4.2. MÉTODO DE TRANSFORMAÇÃO DO POVOAMENTO OU CONVERSÃO 128 4.2.1. Corte de Melhoramento 130 4.2.2. Método de Enriquecimento 131 4.2.2.1. Métodos de Enriquecimento de Anderson 135 4.2.2.2. Método de Enriquecimento Mexicano 136 4.2.2.3. Método de Enriquecimento Caimital (Venezuela) 136 índice 4.2.3. Método de Transformação por Via da Sucessão Dirigida 137 4.2.3.1. Sistema de Corte Raso 137 4.2.3.2. Sistema de Seleção ou Sistema de Corte Seletivo 145 4.2.3.3. Sistema de Floresta de Cobertura (Shelterwood system) 151 4.2.3.4. Sistema de Talhadia 173 4.2.3.5. Sistema Celos de Manejo 185 5. MODELAGEM DA PRODUÇÃO, IDADE DAS FLORESTAS NATIVAS, DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS ESPÉCIES E A ANÁLISE ESTRUTURAL 189 5.1. MODELO DE PRODUÇÃO BASEADO NA RAZÃO DE MOVIMENTAÇÃO DOS DIÂMETROS 190 5.1.1. Equações para Gerar o Modelo de Prognose 197 5.1.2. Modelo de Produção 205 5.2. O MODELO DE PRODUÇÃO ATRAVÉS DA MATRIZ DE TRANSIÇÃO 210 5.2.1. Matriz de Transição e a Prognose 211 5.2.2. Aplicação do Procedimento 213 5.2.3. Estado Estável ou de Equilíbrio da Floresta . 216 5.2.4. Estados Absorventes 217 5.3. IDADE DA FLORESTA NATIVA 218 5.4. DEFINIÇÃO DO PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS ESPÉCIES DE UMA FLORESTA NATIVA 225 5.5. A ANÁUSE DA VEGETAÇÃO 230 5.5.1. Estrutura Horizontal 231 5.5.2. Estrutura Vertical 236 UFLA/FAEPE - Manejo Florestal 5.5.3. Regeneração Natural 239 5.5.4. índice de Valor de Importância Ampliado e Econômico (MEAi) 242 5.5.5. índice para Avaliar a Similaridade entre Tipos Fisionômicos 244 6. OPÇÕES PARA O MANEJO SUSTENTADO DA FLORESTA NATIVA 247 6.1. O MANEJO EM FLORESTA NATIVA 248 6.2. O MANEJO DA VEGETAÇÃO NATIVA ATRAVÉS DE CORTES SELETIVOS 264 6.21 Geração do Plano de Manejo Propriamente Dito 279 7. ESTUDO DA REGENERAÇÃO NATURAL VISANDO A RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS E O MANEJO FLORESTAL 299 7.1. INTRODUÇÃO 299 7.2. O MANEJO FLORESTAL E A REGENERAÇÃO NATURAL 3 0 1 7.3. METODOLOGIA PARA ESTUDO DA REGENERAÇÃO NATURAL 304 7.3.1. Parâmetros Fitossociológicos da Regeneração Natural 304 7.3.2. Exemplos de Estimativas de Parâmetros . . . 308 8. O MANEJO DE FLORESTAS PLANTADAS 313 8.1. O SETOR FLORESTAL NO SUL 316 8.2. PRODUTOS FLORESTAIS - TORAS/TORETES . . 317 8.3. O MANEJO FLORESTAL 320 8.3.1. Ferramentas do Manejo Florestal 320 índice 8.3.2. Regimes de Manejo de Rnus 324 8.3.3. Considerações Finais 327 8.3.4. Comparação entre os Regimes 333 8.4. O MANEJO DE FLORESTAS DE Eucalyptus . . . . 336 8.4.1. Implicações dos Desbastes em Eucalyptus . 340 8.4.2. Manejo em Sítios pouco Produtivos 344 8.4.3. Desbastes com Remanescentes 345 8.5. O USO DE MODELOS DE PRODUÇÃO COMO ELEMENTO DE TOMADA DE DECISÃO 346 8.5.1. Prognose e Avaliação Econômica da Produção de Madeira de Rnus caríbaea var. hondurensis em Sistema de Corte Raso . . . 347 9. ESPAÇAMENTO : . . . . - 381 9.1. FATORES DETERMINANTES DO ESPAÇAMENTO DE PLANTIO 382 9.1.1. Qualidade do Sítio 383 9.1.2. Espécie 384 9.1.3. Objetivos de Manejo e Condições de Mercado 385 9.1.4. Método de Colheita 387 9.2. OS EFEITOS DO ESPAÇAMENTO 387 9.2.1. Número de Tratos Culturais 388 9.2.2. Taxa de Mortalidade e Dominância 388 9.2.3. Volume / Sortimento de Madeira 389 9.2.4. Idade de Estagnação / Ciclo do Corte . . . . 394 9.2.5. Qualidade da Madeira 396 9.2.6. Desenvolvimento Radicial e da Copa 398 9.2.7. Custos de Produção 399 UFLA/FAEPE - Manejo Florestal 9.3. DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL 401 9.3.1. Espaçamento Regular 401 9.3.2. Espaçamento Semi Regular 403 9.3.3. Espaçamento Irregular 403 9.4. CONSIDERAÇÕES GERAIS 404 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 407 ANEXOS 427 viii 1 INTRODUÇÃO De maneira geral, o Manejo Florestal está centrado no conceito da utilização de forma sensata e sustentada dos recursos florestais, de modo que as gerações futuras possam usufruir pelo menos os mesmos benefícios da geração presente. Esta terminologia, pode ser abordada segundo dois enfoques. Manejo Florestal é visto como uma prática em que o objetivo maior é aumentar a qualidade do produto final, sua dimensão e se possível a sua quantidade, observando em todas as fases a viabilidade sócio-econômica e ambiental do processo produtivo. Um segundo enfoque, considera Manejo Florestal como um processo de tomada de decisão. Neste contexto o profissional florestal necessita ter uma visão global de planejamento florestal, utilizando-se para tal, modelos matemáticos que possibilitem a previsão da produção, assim como gerenciar toda esta gama de informações através de planos de manejos em que a otimização seja a tônica do processo.