Introdução ao Estudo da Motivação

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Introdução ao Estudo da Motivação
O que é motivação?
Estudar a motivação é abordar as questões relacionadas:
O QUE QUEREMOS?
POR QUE QUEREMOS?
O QUE ACARRETA NAS ATITUDES E COMPORTAMENTOS DAS PESSOAS?
	
	O estudo da motivação propicia a compreensão teórica de como funcionam a motivação e a emoção no que se refere ao conhecimento prático que nos permite conquistar nossos objetivos considerados importantes.
	O estudo da motivação procura fornecer a resposta a 2 questões:
O que causa o comportamento?
Por que o comportamento muda de intensidade?
O que causa o comportamento?
Por que o comportamento inicia?
Por que o comportamento se mantém durante um tempo?
Por que o comportamento se direciona a algumas metas e se afasta de outras?
Por que o comportamento muda de direção?
Por que o comportamento termina?
Por que o comportamento muda de intensidade?
Por que a motivação muda de intensidade num mesmo indivíduo em momentos diferentes?
E por que a motivação é diferente em indivíduos diferentes se todos compartilhamos das mesmas motivações básicas (fome, sede, necessidade de filiação, raiva)?
ANÁLISE MOTIVACIONAL
	A ANÁLISE MOTIVACIONAL permite e tem como objetivo compreender de que modo a motivação participa, influencia e ajuda a explicar o fluxo comportamental de uma pessoa.
	As motivações básicas são compartilhadas por todos, o que muda é O QUE MOTIVA cada pessoa.
	MOTIVO muda		comportamento 
							varia
						1) Em pessoas diferentes
						2) Na mesma pessoa em momentos 					 diferentes
	O estudo da MOTIVAÇÃO refere-se aos processos que fornecem ao comportamento sua ENERGIA e sua DIREÇÃO.
Quanto à ENERGIA implica que o comportamento é dotado de FORÇA, podendo ser FORTE, INTENSO, PERSISTENTE;
Quanto à direção, quer dizer que o comportamento possui um OBJETIVO/ PROPÓSITO (resultado/ consequência da ação).
Quanto à ENERGIA:
Os PROCESSOS que energizam e direcionam um comportamento originam-se:
		1) Do interior do indivíduo (motivos)
		2) Do ambiente externo (eventos externos)
Os MOTIVOS
É um processo interno que energiza e direciona o comportamento. Refere-se:
COGNIÇÕES
NECESSIDADES 
 
EMOÇÕES
Os EVENTOS EXTERNOS
	Eventos externos são incentivos ambientais que tem a capacidade de energizar e direcionar um comportamento. 
	Exemplo: 	
		Dinheiro (energiza um comportamento de aproximação)
		
		Mal odor (energiza um comportamento de afastamento)
	OBS: Os incentivos precedem o comportamento e levam a uma ação de aproximação de acordo com a possibilidade de satisfação OU a um comportamento de afastamento se prometem experiências desagradáveis. 
MOTIVOS internos
Necessidades (físicas ou psicológicas): condições internas ao individuo que são essenciais e necessárias à manutenção da vida, promoção de seu crescimento e bem-estar (fome, sede, pertencimento, etc.)
Cognições: referem-se a eventos mentais, como crenças, as expectativas e o auto-conceito. Relacionam-se com o pensar e a aprendizagem do indivíduo/ sua experiência social no mundo.
Emoções: são fenômenos subjetivos, fisiológicos, funcionais e expressivos que organizam a maneira como agimos/reagimos adaptativamente aos eventos importantes de nossa vida. As emoções organizam quatro aspectos da nossa vida: 
a. Sentimentos: descrições subjetivas e verbais da experiência emocional;
b. Prontidão fisiológica: como o nosso corpo fisicamente se mobiliza para atender às demandas situacionais;
c. Função: o que especificamente queremos realizar naquele momento;
d. Expressão: como comunicamos nossa experiência emocional aos outros.
As expressões da MOTIVAÇÃO
De que modo a motivação de expressa? 
Como sabermos que alguém está motivado? 
Como é possível verificar a intensidade e a qualidade da motivação de outra pessoa?
Manifestações comportamentais
Há sete aspectos do comportamento que nos ajudam a identificar a presença, intensidade, qualidade do comportamento:
1 ) O esforço – quantidade de energia empregada na tentativa de execução de uma tarefa;
2) A latência – tempo de adiamento de uma resposta após ter sido estimulada;
3) Persistência – tempo decorrido entre o início e o fim da resposta;
4) Escolha – preferência entre duas possibilidades de comportamento diante de um determinado estímulo;
5) Probabilidade de resposta – número (ou porcentagem) de ocasiões em que ocorre uma determinada resposta, mesmo em situações de estímulos diversos;
6) Expressões faciais – movimentos faciais (torcer o nariz, levantar o lábio superior, baixar as sobrancelhas etc.)
7) Sinais corporais – postura, mudança no apoio do peso, movimentos das pernas ou dos pés, braços e mãos etc.
A Fisiologia
Quando as pessoas se preparam para realizar uma determinada ação, há a produção de diversas substâncias que darão apoio (sustentação biológica) para os estados motivacionais e emocionais:
Serotonina (estado de bem-estar), 
Adrenalina (estado de disposição para agir), 
Dopamina (depressor) 
OBS.: Entretanto, para mensurar estas alterações é necessário utilizar uma série de exames (sangue, EEG - eletro encefalograma, batimento cardíaco, pressão sanguínea, taxa respiratória etc.) para poder predizer o estado motivacional do indivíduo.
O auto relato
É o relato da própria pessoa sobre seu estado motivacional a partir de uma entrevista ou questionário. Há controvérsias quanto à fidedignidade de observação da motivação a partir do auto-relato, pois é possível perceber, muitas vezes, a dissonância entre o relato do entrevistado, seu estado fisiológico e seu comportamento.
	
	Conhecimento dos antecedentes do comportamento (história anterior que levou ao mesmo) 
Aspectos relacionados à MOTIVAÇÃO
A Motivação beneficia a adaptação – a motivação facilita a adaptação às mudanças sociais, porque os estados motivacionais tornam as pessoas sistemas adaptativos complexos. Os indivíduos que têm alta qualidade motivacional são mais bem adaptáveis na lida com situações adversas (flexibilidade/ resiliência).
	 Ou seja, sempre que ocorre uma discrepância entre as demandas momentâneas e nosso bem-estar, experimentamos estados motivacionais que prontamente nos levam a tomar ações corretivas (ex. fome, sede, etc) 
	
	Quando a motivação diminui a adaptação fica prejudicada.
 
	Exemplo: as pessoas que se sentem impotentes no controle do próprio destino, tendem a desistir rapidamente quando desafiadas; pessoas que são controladas por outros/ coagidos, tendem a perder a capacidade de automotivação.
Os motivos direcionam a atenção – os ambientes exigem nossa atenção de diversas maneiras e, neste sentido os motivos afetam nosso modo de agir porque direcionam nossa atenção com o propósito de selecionar determinados comportamentos e ações para alcançarmos o objetivo. Neste sentido, os motivos influenciam o comportamento prendendo a nossa atenção, fazendo-nos interromper o que estávamos fazendo, distraindo-nos de fazer outras coisas e impondo-nos prioridades sobre o nosso comportamento.
Os motivos variam no tempo e influenciam o fluxo do comportamento – a motivação é um processo dinâmico porque está sempre mudando (aumentando ou diminuindo), porque vivemos em um mundo de circunstâncias complexas e portanto necessitamos ser sistemas motivacionais complexos para sermos melhor adaptáveis.
Existem tipos de motivação: motivação intrínseca (ocasionada pela própria curiosidade ou interesse) e motivação extrínseca (ocasionada por um evento externo, por exemplo, medo de ameaças físicas ou imposição de prazos a serem cumpridos).
A motivação inclui tendências de aproximação quanto as de afastamento.
Os estudos sobre a motivação revelam aquilo que as pessoas querem – pois revelam o desejo das pessoas, dizem respeito aos nossos anseios, expectativas, vontades e temores, ou seja, permite acessar a nossa subjetividade.
É preciso haver situações favoráveis para que a motivação floresça – não se pode separa a motivação do indivíduo do contexto social de onde ele se situa.
Neste sentido, os indivíduos inseridos em contextos sociais que os apóiam e que favorecem as suas necessidades e seus esforços apresentam maior vitalidade e maior crescimento pessoal, mais flexibilidade e adaptabilidade as diversidades do mundo.