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Resumo sobre Gliconeogênese 1 4 Bioquímica Metabólica Gliconeogênese Síntese de Glicose por compostos diferentes do carboidrato, fundamental para a manutenção da glicose em nosso corpo, mesmo em jejum ( 4 horas em jejum). Usado também após uma atividade física intensa Alimentação = liberação de insulina = que inibe o processo de gliconeogênese Os compostos que podem sofre gliconeogênese são: aminoácidos (com exceção da lisina e leucina), glicerol, lactato. Obs.: ácidos graxos não são precursorres da gliconeogênese e sim fonte de energia para a reação Aminoácidos: Nem todos os aa participam da formação de PTN, e o seu excesso pode sofre a gliconeogênese. Lactato: oriundo da fermentação. Encontramos em abundância em músculo e células que não tem mitocôndria, ex.: hemácia. Tanto o glicerol, aa e lactato são moléculas intermediárias no processo de respiração celular, para tomar uma via contrária e produzir a molécula de glicose. Os tecidos gliconeogênicos são: fígado, córtex renal e a depender do tempo do jejum, o intestino delgado também. Glicerol: Forma a molécula de triglicerídeos (lipídeo), junto com os ácidos graxos (usado no processo de beta oxidação, transformado em ATP após sua oxidação. O glicerol através da enzima glicerol cinase usa o ATP, que cede uma molécula de fósforo e forma glicerol 3 fosfato que é transformado em Diidroxiacetona foafato pela redução do NAD+ para NADH, através da enzima glicerol 3 fosfato desidrogenase Glicólise x gliconeogênese Existem reações reversíveis em comum entre ambas as vias e reações irreversíveis que são distintas e que consequentemente usam enzimas diferentes. Glicose em glicose 6 fosfato: Glicólise = hexoquinase Gliconeogênese = glicose 6 fosfatase (retira fósforo) Frutose 6 fosfato em frutose 1,6 bifosfato Glicólise = fosfofrutoquinase gliconeogênese = frutase 1,6 bifosfatase Fosfoenolpiruvato em piruvato Glicólise = piruvato quinase gliconeogênese = priruvato carboxilase (piruvato em oxalocetato) PEP (fosfoenolpiruvato) carboxiquinase (oxalocetato em fosfoenolpiruvato). Conversão de piruvato em oxaloacetato Para que ocorra esta conversão necessita de 3 compostos: enzima Piruvato carboxilase (na mitocôndria) que está associada a vitamina biotina, ATP e a participação do bicarbonato. Saldo: 2 ATP e 2 GDP (levando em conta duas moléculas de piruvato) A biotina se liga ao bicarbonato e cede para o mesmo um grupamento carboxila, ocorrendo assim uma carboxilação da biotina . E este por sua vez, libera o grupamento carboxila para o piruvato originando oxaloacetato, que não pode sair da mitocôndria, pois não há transportadores. Uma molécula de NAD+ é reduzida a NADH e o oxaloacetato vira malato, que pode sair da mitocôndria Ao sair da mitocôndria o malato é oxidado pela enzima malato desidrogenase citosólica e se transforma em oxaloacetato, que perde o grupamento carboxila e se torna o fosfoenol piruvato. O lactato pode ser oxidado pela lactato desidrogenase se transformando em piruvato, que segue o mesmo caminho descrito acima, só que o oxaloacetato proveniente do lactato pode perder o CO2 e se transformar o PEP (ou seja descarboxilado e depois fosforilado), que sai da mitocôndria Levando em consideração duas moléculas de ATP temos um saldo de 2 ATP e 2 GTP (gasto pela PEP carboxinase quinase) Considerando a reação de transformação de oxaloacetato em malato, e de malato para oxaloacetato, temos que este mecanismo mantém equilibrado a quantidade de NAD reduzido e oxidado dentro e fora da mitocôndria – mecanismo de lançadeira – pois os NAD não consegue passar na membrana e para resolver o problema do excesso de NAD reduzido ( NADH) dentro da mitocôndria ela converte oxaloacetato em malato e usa o transportador de malato para jogar o mesmo para fora; no citosol como tem Nad reduzido de menos, esse malato é convertido em oxaloacetato produzindo NADH OBS.: Acetaldeído Desidrogenase Álcool Desidrogenase O álcool inibe a gliconeogênese, pois o malato e o álcool compete com o NAD e em caso de jejum e uso de bebida alcoólica em excesso, o corpo prioriza a detoxificação do mesmo. Por isso, há queda de glicose e pode levar ao coma alcoólico E é o acetaldeído que gera a resseca Fosfofrutoquinase x Frutose 1,6 Bisfosfatase Fosfofrutoquinase (glicólise) catalisa: Frutose – 6 – P + ATP -> frutose – 1,6 – bisP + ATP Frutose 1,6 Bisfosfatase (gliconeogênese) catalisa; Frutose – 1,6 – bisP + H20 -> Frutose – 6 – P + Pi Quebra da molécula e liberação do Pi Hexoquinase x glicose-6-fosfatase Hexoquinase (glicólise) catalisa Glicose + ATP -> Glicose – 6 – fosfato + ATP Glicose-6-fosfatase (Gliconeogênese) catalisa Glicose – 6 – fosfato + H20 -> Glicose + Pi Essa etapa ocorre no retículo endoplasmático, das células hepáticas e do córtex Renal, que são as únicas células que possui a enzima glicose – 6 – fosfatase, a qual Glicose – 6 – fosfato entra pelo canal T1 e dentro do RE ocorre a clivagem da molécula, e o Pi sai do RE pelo canal T2 e a glicose pelo canal T3 em direção ao citosol da célula e para sair da mesma a glicose sai pelo canal Glut-2 da membrana plasmática. Observações Músculo: Durante a realização do exercício ocorre a liberação de lactato, que pode gerar câimbra, dores e até acidose láctica e para evitar este quadro o lactato segue para a corrente sanguínea e depois para o fígado, onde e é convertido inicialmente em piruvato e, então, em glicose pela gliconeogênese. Assim, o fígado restaura o nível de glicose necessário para as células musculares ativas, que derivam o ATP da conversão glicolítica de glicose a lactato. Estas reações constituem o ciclo de Cori. Porém, precisa de Oxigênio para produzir energia o suficiente para esta conversão NADH + H+ NAD+ Exercício físico sem se alimentar ocasiona uma competição de duas rotas, pois tanto o malato, tanto o lactato irá competir com NAD+. A ingestão de PTN após o exercício recupera o músculo e não inibe a gliconeogênese. No fígado Alanina Aspartato Devido a conversão desses aa no fígado os exames de TGO e TGP são usados para indicar se houve ou não lesão hepática, caso encontre as enzimas responsáveis por estas conversões Todavia, como a atividade física lesa as células musculares e consequentemente há liberação de aspartato e alanina no sangue (que será convertido no fígado) pode ocasionar um falso positivo no exame de TGO e TGP.