Buscar

EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

Prévia do material em texto

TRANSCRIÇÃO AULA LEO – EMBRIO 31/08 
...E coincide com a formação do 4º somito, lembram? Então quando a gente olha pra essa imagem, só pra lembrar, vai mostrar pra gente então: a letra a, um embrião de aproximadamente 20 a 23 dias. E aqui a gente já vai tá visualizando, todo mundo tá vendo a setinha lá, uma quantidade de somitos e o fechamento do tubo neural. E a gente não pode esquecer então que esse tubo neural fecha sempre do meio pras 2 extremidades, e, nas 2 extremidades a gente vai encontrar os neurópodos, tanto o neurópodo rostral lá na parte de cima igual aparece aqui, quanto o neurópodo caudal, e é justamente essa diferenciação do tubo neural que vai fazer com que a gente entenda tanto a formação da medula espinhal e agora a gente trabalha principalmente com o nosso encéfalo. Então a gente vai trabalhar com as vesículas encefálicas primárias, vesículas encefálicas secundárias e o que cada uma delas vai formar no embrião ou no adulto. 
Bem, lembram que eu disse pra vocês que quando a gente pensa no nosso sistema nervoso central, a gente tá pensando em cérebro, mesencéfalo, ponte, bulbo, cerebelo e depois a medula espinhal. E o que separa a medula espinhal de todo esse encéfalo, é justamente uma é uma curvatura que a gente chama de curvatura ou flexura cervical. Então, a medida em que o cérebro vai crescendo, existe uma curvatura da cabeça pra região ventral. Essa curvatura na região do pescoço a gente chama de curvatura cervical e é essa flexura cervical que separa todo o encéfalo da nossa medula espinhal. hoje nós sabemos que essa flexura cervical coincide com a primeira vértebra cervical. Então, lá no forame magno, o nervo que passa pelo forame magno delimita, separa, anatomicamente a medula do encéfalo. Então se você lembrar disso que a gente tava discutindo aula passada, nós vamos ver basicamente 3 flexuras: cervical, mesencefálica e pontinha. 3 flexuras importantes que a gente não pode esquecer. Então a gente tem a flexura mesencefálica, a flexura cervical e do outro lado a flexura pontina. E são essas flexuras que vão separar as vesículas encefálicas primárias das secundárias. Independente se a gente tá trabalhando com medula espinhal ou se a gente tá trabalhando com encéfalo, e aí com as diferentes regiões do encéfalo, todas essas regiões serão provenientes do tubo neural.
Se a gente lembrar, nosso tubo neural vai ser dividido em placa alar e placa basal. E essas placas são formadas por neuroblastos e esses neuroblastos serão responsáveis pela formação dos neurônios e pela formação das células da glia. E é justamente uma reorganização desse epitélio neuronal, desses neuroblastos é que vão se diferenciar nas vesículas encefálicas primárias ou secundárias etc. Se a gente visualizar aqui nesse esquema, se você comparar a letra A com a letra C, nós vamos perceber o seguinte. Quando falamos vesículas encefálicas primárias, a gente vai ter o prosencéfalo, depois o mesencéfalo e por fim o rombencéfalo. Esses 3 são as flexuras encefálicas primárias. Percebam que o prosencéfalo, ou chamado encéfalo anterior ele separa do mesencéfalo a partir da flexura mesencefálica, o mesencéfalo separa do rombencéfalo a partir da flexura pontina e o rombencéfalo separar da medula espinhal a partir da flexura cervical. (Alguém pede pra repetir e ele zoa que vai ser uma questão da prova e as pessoas imploram pra que ele não cobre peça anatômica, mas ele zoa sobre perguntar onde tá o 3º e 4ª ventrículos - ATENTA). 
Então olha só, quando a gente pensa nas vesículas encefálicas primárias, a gente tem 3 vesículas encefálicas: o prosencéfalo, mesencéfalo e o rombencéfalo. O prosencéfalo separa do mesencéfalo a partir da flexura mesencefálica, é o que a setinha tá mostrando lá pra gente. Depois o mesencéfalo separa do rombencéfalo a partir da flexura pontina. Na verdade você isso você vai colocar em anotaçõezinhas, alguns detalhes a serem discutidos. O rombencéfalo separa a medula espinhal a partir da flexura cervical. Isso é basicamente o que tá acontecendo. E olha só, deixa eu já adiantar, quando a gente tava estudando a medula espinhal,, se vocês lembrarem, tinha lá a massa branca e a massa cinzenta. A massa cinzenta era a borboletinha que a gnt desenhou lá, bem isso isso significa que a massa cinzenta tava na medula e a massa branca no córtex, certo?
Por que? A gente percebeu que tava acontecendo lá era simplesmente uma diferenciação do nosso tubo neural, o que você ta visualizando aqui é exatamente isso. Então esse é o nosso tubo neural se você ver ali bonitinho. Então esse conjunto de células aqui a gente vai chamar de neuroepitélio, esse é o canal central. Envolvendo esse canal central, onde a setinha tá lá passando, a gente tem as células ependimárias, lembram delas? Ficam lá no canal central. E ai a gente vai ter então, essa aqui é a placa alar e do outro lado a placa basal. Bem, a placa alar, é aferente e a placa basal é eferente. Então as informações chegam por aqui, pela placa alar e ela é retornada pela placa basal. Então aqui são os nervos sensitivos, que estão chegando e aqui os nervos motores que estão saindo. Não é isso que a gente visualizou? Maravilha. Significa então que quando a gente trabalha com a medula, é justamente essa região aqui da placa alar e da placa basal que vão formar os cornos na nossa medula. Agora vocês vão perceber que quando a gente passa pro encéfalo, nós falamos que a massa cinzenta fica cortical e a massa branca fica medular. Isso vai acontecer na verdade porque a gente vai ter a partir da flexura pontina, vamos perceber que isso aqui que é a placa no teto mais a placa alar, vai literalmente descer. Imaginem que temos o tubo neural e aí a flexura pontina faz isso com o tubo neural. Então, ele não fica mais em tubo, a parte do teto do tubo ele vai descer. Acontece graças a flexura pontina, ela que faz isso acontecer no rombencéfalo em especial e um pouquinho do mesencéfalo.
Alguém pergunta: Mas vai ser assim medialmente? Sim, imagina que é um tubo, o tubo neural, e aí ela vai fazer isso. A gente fala que faz uma “adelgação”. Mas olha só, qual a ideia? Olha esse vídeo, que é isso que a gente estuda a partir de agora. Uma animação em 3D do desenvolvimento do nosso encéfalo. Então a gente tá visualizando o fechamento do nosso tubo neural, no meio. Perceba que isso tá coincidindo (..?) com o fechamento do tubo neural e coincide com 4 pares de somitos, tem 3 aqui, mas na verdade são 4 na pontinha ali do dedo da seta. E aqui isso então está aberto. A medida que vai tendo a formação dos somitos vai fechando e formando o neurópodos rostral e caudal. Então é isso que a gente tá visualizando lá, fechamento de neurópodos rostral e caudal. Agora,o que você tá vendo é justamente o nosso sistema nervoso central. Então os coloridinhos lá em cima ó, são as vesículas encefálicas primárias. 
Alguém perguta: Leo, é neurópodo basal e caudal? Não, tem rostral e caudal. Então aqui a gente tem o nosso encéfalo ou vesícula encefálica anterior que é o prosencéfalo, aqui vai ser o nosso mesencéfalo e tudo isso o nosso rombencéfalo e depois a nossa medula espinhal. Então aqui a gente tá visualizando as nossas vesículas encefálicas primárias. Dessas, você vai perceber que um monte acontece ao mesmo tempo pra formar as secundárias. Tá lá o mesencéfalo e o rombencéfalo e depois a medula espinhal. E agora o que a gente vai perceber de forma bastante rápida é o desenvolvimento do nosso prosencéfalo, do nosso mesencéfalo. Perceba isso aqui, isso que to passando na setinha é a flexura pontina. Tá acontecendo um achatamento do nosso rombencéfalo. Isso é importante porque do achatamento desse rombencéfalo a gente vai ter uma separação importante do rombencéfalo em ponte, cerebelo e depois medula espinhal. Vou voltar o vídeo agora mesmo pra encaixar a discussão de desenvolvimento do tubo neural pra gente entender a formação de sulcos e enfim, terminar o sistema nervoso central. Vou colocar mais uma vez pra gente estudar sempre começando da nossa medula espinhal, a gente vai subindo na nossa discussãoaté chegar no encéfalo. Perceba que no desenvolvimento embrionário, todas as vesículas encefálicas primarias se desenvolvem ao mesmo tempo. Por questão didática a gente vai subindo bulbo, ponte, cerebelo, mesencéfalo, telencéfalo e diencéfalo pra gente ver de baixo pra cima. 
O que você precisa entender? Olha só, quando a gente pega o embrião de 30 dias aproximadamente, o que a gente visualiza, as 3 vesiculas encefálicas. Isso você precisa saber a relação tempo e o que tá acontecendo no desenvolvimento do encéfalo. 
Então no primeiro mês, aprox.. 30 dias, o que você visualiza? 3 vesículas encefálicas primárias, prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Depois de 10 dias, graças as flexuras, o prosencéfalo vai formar 2 vesiculas encefálicas secundárias, o telencéfalo e o diencéfalo. O prosencéfalo forma agora o telencéfalo e o diencéfalo. O telencéfalo vai formar os hemisférios cerebrais e o diencéfalo forma o tálamo, epitálamo, hipotálamo, corpos mamilares, enfim, infundíbulo, etc. O mesencéfalo é a única vesícula primaria que continua. E o rombencéfalo vai se transformar em metencéfalo e mielencéfalo. O metencéfalo separa do mielencéfalo a partir da flexura pontina. Por isso eu falei que a gente precisava de algumas observações. Então o que a gente vai perceber, o mielencéfalo é a parte do encéfalo logo adjacente a medula espinhal e ela será responsável pela formação do nosso bulbo. Já o metencéfalo vai formar o cerebelo e a ponte. O mesencéfalo continua sendo ele mesmo e agora o telencéfalo e o diencéfalo vão formar o hemisfério cerebral e além disso forma o tálamo, hipotálamo, epitálamo, corpo caloso etc. Essa é a ideia inicial.
Num embrião de 40 dias a gente já consegue diferenciar as vesículas encefálicas secundarias. Depois, disso, quase 100 dias, vocês conseguem perceber o que as vesículas encefálicas secundarias vão compor. No embrião de 3 meses, olha o aparecimento dos sulcos e giros e até os 9 meses esses sulcos e giros já estarão quase todos prontos, formados bonitinhos. Então essa ideia de relação dia/o que acontece no desenvolvimento embrionário você tem que saber. Porque por exemplo, na prova passada, sem ser essa agora, a gente fez uma questão aberta em que era pra você relacionar vesículas encefálicas primarias, secundárias o órgão e os dias do desenvolvimento embrionário. Isso é prova antiga (ATENTOS EIN). Ai a pessoa punha lá, ah, prosencéfalo, aparece aprox. no 20- 25 dia, forma telencéfalo e diencéfalo isso tá no quadragésimo dia, forma isso e isso. Essa relação que a gente tá passando aqui pra vocês. Aí mandei essa mesma questão lá pro Prof. Alexandre, não sei se ele vai colocar essa questão, porque eu mando as questões e ele seleciona. 
Tá, aqui então a gente vê o encéfalo de um embrião de aprox.. 6-7 meses. 
Alguém pergunta: Então mesencéfalo continua? E o rombencéfalo dá origem ao...? Leo: Mesencéfalo é o único que não muda. Rombencéfalo forma mielencéfalo e metencéfalo.
Alguém: O que o metencéfalo forma mesmo? Forma ponte e cerebelo e mielencéfalo forma bulbo. 
Alguém: Leo, então só os nomes que vão tá 100%? Tem aquele trem lá, até x meses se pegar zica retarda o desenvolvimento? Leo: mas isso é por conta da formação da barreira hematoencefálica. Deixa o vírus passar, a partir do 3º mês a barreira ainda não tá 100% formada. 
Aí a gente vai visualizar que do final do 1ª mês até a metade do 2º mês, vai formar o plexo coroide do 4º ventrículo. Pra inicio da formação do liquido cefalorraquidiano. Aí depois a gente vai ter a formação de outros plexos coroides nos ventrículos letrais e do 3º ventrículo. Na verdade os ventrículos laterais é que tá no interior dos nossos hemisférios cerebrais, como se fossem o primeiro e o segundo ventrículos. 
Ai o diencéfalo forma o 3º ventrículo e o nosso rombencéfalo vai formar o quarto ventrículo. Dai existe plexo coroide em todos esses ventrículos pra formação de LCR. Isso ta acontecendo já na metade do segundo mês; Significa que quem forma esse LCR, o plexo coroide, ele é a partir da pia máter. O plexo coroide surge a partir da pia máter. Isso significa que já temos a formação das nossas membranas encefálicas.
Alguém pergunta sobre o que origina a partir das vesículas encefálicas primárias e dúvida nas secundárias. Leo: Então ó, as 3 vesículas encefálicas primarias, o rombencéfalo, mesencéfalo e o prosencéfalo, vão formar essas 5 vesículas, que são secundárias, certo? 
Prosencéfalo – forma o diencéfalo e o telencéfalo
Mesencéfalo – continua ele mesmo
Rombencéfalo – forma metencéfalo e mielencéfalo 
– que são vesículas encefálicas secundárias. E ai cada uma dessas vesículas encefálicas secundárias no embrião de aprox.. 60-70 dias, começam a se diferenciar em órgãos cerebrais do encéfalo. Por ex: bulbo, que vem do mielencéfalo, ponte e cerebelo do metencéfalo, o mesencéfalo continua sendo mesencéfalo e tá formando lá o aqueduto cerebelar.
E o que é esse aqueduto cerebral? (primeiro ele diz cerebelar e dps cerebral). É a região que liga o nosso 3º ventrículo ao nosso 4º ventrículo, literalmente um tubo. E depois a gente tem o diencéfalo que forma tálamo, epitálamo, hipotálamo e várias outras coisinhas , corpo caloso etc; e depois o telencéfalo que vai formar os hemisférios cerebrais. Basicamente não podemos esquecer essa ordem evolutiva, de jeito nenhum.
Alguém: O que forma o 3º e 4º ventrículo? Leo: vou te mostrar agora mesmo, mas em verdade você vai perceber que a flexura pontina, que vai fazer isso ó, imagina isso, no tubo neural. Isso aqui lá no nosso rombencéfalo vai ser o 4º ventrículo. Entendeu? E ai os outros ventrículos são formados de outra forma, você vai entender agora mesmo. 
Quando você visualiza o embrião, esse aqui de aprx. 28 dias e aqui um de aprox.. 50 dias onde a gente tá visualizando as vesículas cerebrais primárias e aí as secundárias, tudo bem? Se a gente tá pensando nessas vesículas secundárias e primarias, eu quero ver uma coisa que é importante aqui pra gente. Então aqui o prosencéfalo, o rombencéfalo e o mesencéfalo, esse H, N em inglês. Perceba que nosso rombencéfalo vai se diferenciar em mielencéfalo e metencéfalo. Perceba que entre o metencéfalo e o mielencéfalo, existe um achatamento do SN, isso é a flexura pontina e aqui vai ser justamente o nosso 4º ventrículo.
Mas depois que o cérebro foi formado a gente não consegue visualizar externamente o 4º ventrículo. Porque? Uma, porque os hemisférios cerebrais vão crescer de forma rostro-caudal, então vai tampar os outros órgãos encefálicos e além disso, vai perceber que nosso bulbo vai ter uma parte fechada, e o 4º ventrículo fica ali no interior. Então ele faz isso, que vai ser a flexura pontina e depois os 2 lados fecham, e aí você vai ter um buraquinho no meio que é o ventrículo e ele vai ficar pequenininho lá. Então é isso que a gente vai visualizar, as flexuras encefálicas e o nosso rombencéfalo.
Agora, as flexuras encefálicas vocês já sabem que a gente não vai mais falar sobre isso. Mas o que vai acontecer. Na letra “a”, a gente vai ver o rombencéfalo e ele vai sofrer influência da flexura pontina separando-o em mielencéfalo e metencéfalo. 
O que vai acontecer com a flexura pontina? Olha só, se eu tivesse visualizando aqui um corte transversal na região do mielencéfalo, eu estaria visualizando uma região do encéfalo que ainda não tem influência da flexura. E aqui na letra “c”, perceba, é o local onde a flexura pontina está exercendo o achatamento. E é justamente esse achatamento que a gente vai chamar de 4º ventrículo. Então o que vai acontecer? Se a gente lembrar lá do nosso tubo neural, tem a placa alar e a basal. A placa alar fica na região dorsal e graças ao achatamento do teto, essa placa alar é direcionada pra margem do nosso mielencéfalo. Então a gente vai falar que o neuroepitélio da placa alar vai ficar externo ao epitélio da placa basal, esse azul escurinho. Isso vai acontecer graças ao achatamento devido a flexura pontina. Então existe uma redistribuição da placa alar comparada com a placa basal. E aí, o neurônios da placa alare da basal, vão formar literalmente conglomerados de neurônios; formando regiões aferentes, que são provenientes da placa alar e regiões eferentes da placa basal. Então a gente vai ter, aferente somático especial, aferente somático geral, aferente visceral especial, aferente visceral geral. Os eferentes, a gente vai ter, eferente visceral especial e o eferente visceral geral; agora mesmo vou falar pra que cada um serve. Além disso, perceba o seguinte, que quando a gente pega a placa do teto, visualizamos uma membrana, em rosa, que recobre todo nosso SNC que nada mais são do que as nossas meninges, em especial a nossa pia máter, e aí no nosso 4º ventrículo essa pia máter começa a sofrer um processo de invaginação formando os plexos corioides e a partir desses plexos corioides no quarto ventrículo que a gente vai ter a formação do líquido ventricular. Esse liquido ventricular + substâncias provenientes do neuroepitélio vão formar o LCR. Então o LCR é formado a partir de substâncias produzidas nos plexos corioides. Perceba que aki falamos do 4º ventrículo.
Quando a gente pensa nas pirâmides, e aqui tem outra coisa que eu acho importante você pensar, veja. Você vai perceber que a maioria das coisas aferentes está relacionado com a nossa placa alar, eles vão ficar como se fosse na parte dorsal do cérebro, é como se as informações chegassem por cima do cérebro, fossem assim processadas e voltassem pela placa basal, formando a parte de baixo do cérebro, ou do encéfalo. Isso vai acontecer principalmente quando a gente trabalha as vesiculas encefálicas mesencéfalo e rombencéfalo, isso é detalhe. Então tanto o mesencéfalo quando o rombencéfalo, se você comparar tubo neural com essas duas vesiculas encefálicas, a região da placa alar, a aferente, vai formar a parte de cima desses órgãos e a parte basal, vai formar literalmente a parte de baixo. Então é como se as informações chegassem pela parte de cima, fossem processadas e voltassem pela parte de baixo. Isso é verdade, acontece então no nosso mesencéfalo e no nosso rombencéfalo. Você vai perceber agora mesmo que no nosso rombencéfalo, em especial no nosso metencéfalo, que o cerebelo vai ser formado principalmente pela placa alar e a ponte pela placa basal. Então é como se a informação chegasse pelo cerebelo, fosse processada no encéfalo, na parte cortical do encéfalo e aí a gente tá pensando nos hemisférios cerebrais, no diencéfalo neh, tálamo e hipotálamo etc; e aí a informação volta pela nossa ponte, que é a parte eferente, de baixo. E aí, ela tem uma quantidade tão grande de nervos passando que ela fica conhecida literalmente como a porte que é o conjunto de todos os nervos cerebrais , que vão pra ponte pra depois chegar na medula espinhal e dar a resposta motora.
Tá então quando a gente pensa nas pirâmides e na aurícula, isso lá no nosso cérebro , a gente tá visualizando isso . Então a gente tem as pirâmides... 
E isso aqui nada mais é que o nosso Bulman, então perceba que ele vai ter uma região mais caudal, mais próxima da medula espinhal, não sofre influencia da flexura pontina e uma região mais encefálica que sofre influência da flexura pontina. Vamos falar que essa parte não sofreu influência e essa parte sofreu. A parte que sofreu influência, significa que as partes da célula do epitélio da nossa placa alar(?) formou as regiões aferentes e as regiões da placa basal formou as regiões eferentes. Além disso a oliva e as pirâmides e lá dentro os conglomerados tanto da placa basal e da placa alar. O que temos que visualizar, quando estamos pensando nos neurônios eferentes nós vamos ter três: somático geral, que vai ser representado pelos neurônios do nervo hipoglosso. Os eferentes viscerais, que representam neurônios que inervam músculos derivados dos arcos faríngeos, de todos os três. Os neurônios eferentes viscerais gerais que representam alguns neurônios do nervo vago. Quando a gente pega os neurônios aferentes gerais, recebem o impulso das vísceras, o visceral especial recebe impulso das papilas gustativas, os aferentes somáticos gerais recebem impulso da superfície da cabeça e o somático especial, impulso da orelha interna, principalmente do vestíbulo da orelha, isso vai se associar com uma parte do cerebelo.
Isso aqui é importante principalmente na anatomia. Percebemos que é justamente no quarto ventrículo, então se estivéssemos observando o cérebro e retirássemos essa região, estaríamos observando o quarto ventrículo e nele temos o plexo corióide que será responsável pela formação do nosso líquido céfalo raquidial. Estamos pensando nessa região do nosso encéfalo que é o bulbo. Quando a gente passa pro cerebelo e abaixo do cerebelo, quando a gente visualiza a ponte, estamos visualizando a flexura pontina que está formando o quarto ventrículo, continua na região do metencéfalo, que será responsável pela formação tanto do cerebelo, quanto da ponte. O que estamos visualizando que é justamente esse espaço graças ao processo de flexura pontina que a gente chama de quarto ventrículo e aqui estamos visualizando o plexo corióide, responsável pela formação do nosso liquido céfalo raquidiano. Na verdade, vamos falar que o plexo corióide produz os líquidos ventriculares, o líquido ventricular + estruturas provenientes do neuroepitélio forma o líquido céfalo raquidiano. Bem, isso aqui é um corte transversal da região do nosso metencéfalo, aonde temos a placa alar e a placa basal. 
Perceba que a placa alar, graças à flexura pontina faz exatamente o mesmo movimento que a gente entende do nosso bulbo e aí graças à isso vamos perceber que a substancia cinzenta vai fazer parte do assoalho do bulbo, na hora que você está visualizando o nosso cerebelo + ponte, graças à migração de células provenientes da placa alar, fica parecendo com que todo o córtex fica preenchido por neuroepitélio, e esse neuroepitélio é responsável pela substância cinzenta, então na verdade essa substancia cinzenta não está mais no centro graças à flexura pontina. O que vai acontecer, é justamente o neuroepitélio da placa alar, que é esse azul mais intenso, que vai desenvolver no cerebelo e o neuroepitélio da nossa bplaca basal será responsável pela formação da ponte. Se isso é verdade, os neuroepitélios da placa alar serão responsáveis pela formação do cerebelo, isso são nervos aferentes, significa que a informação está passando para cá, no sentido de ir para o restante do meu encéfalo e aí quando ela é processada no prosencefalo e no mesencéfalo, ela volta pela ponte e chega até na medula espinal, significa que essa região da ponte é uma região motora. Perceba que essa região da ponte vai ficar bem entumecida, e essa tumefação, esse conjunto de células na verdade são conjuntos de neurônios que servem para processar a informação que estava no meu prosencefalo e mesencéfalo, levando até lá. Uma outra coisa importante, quando a gente pensa no cerebelo, ele vai ser dividido em 3 regiões que a gente chama de arco cerebelo, que é essas duas partes aqui, que vai ter uma função de codificar informações do nosso vestíbulo auditivo, então tem a ver com a audição. Depois a gente tem o papa cerebelo e o neocerebelo. Evolutivamente pensando, o papa cerebelo é o mais letivo e o neocerebelo é o mais recente. Tanto o papa cerebelo quanto o neocerebelo têm função de movimento. E o arco cerebelo com a função vestibular. É isso que visualizamos aqui. 
Ai acontece o seguinte, os plexos corioides secretam o líquido ventricular, o qual se torna o líquido cefalorraquidiano, (...) são feitas a ele a partir da superfície do encéfalo e da medula que são os neuroepitélios. O teto delgado do quarto ventrículo se invagina em 3 locais, que é o que a gente está visualizando aqui. Essas invaginações se rompem formando aberturas, que formam a meninge. 
Uma outra coisa que já falei é que no cerebelo vamos ter o núcleo denteado, esse núcleo denteado é proveniente que migram da placa alar e formam esse núcleo denteado que fica na base do nosso cerebelo. Quando a gente pensa no nosso mesencéfalo, estamos pensandonessa região, e ai o que vai acontecer? Nessa região temos um espaço chamado aqueduto cerebelar. Esse aqueduto cerebelar serve para ligar o quarto ventrículo, que está entre o mielencéfalo e o metencéfalo, com o terceiro ventrículo, que está no nosso diencéfalo. Então, o mesencéfalo tem o canal que liga os dois ventrículos. Muitas vezes existem problemas no aqueduto cerebelar devido a um monte de patologias associadas. O que estamos visualizando? Se fizéssemos um corte no nosso mesencéfalo é isso que estaríamos visualizando. 
E aí, a nossa placa alar seria responsável pela formação do que chamamos de colículos. Nós teremos 2 pares de colículos, o anterior e o posterior, e ficam um na frente do outro ao invés de ficarem um embaixo do outro. Então se a gente tivesse indo das nossas vesículas encefálicas primárias, ou seja, do nosso romboencéfalo em direção ao mesencéfalo, nós íamos perceber que a nossa placa alar iria formar duas entumecências de células, que são os colículos. E esses colículos seriam responsáveis pela audição e pela visão. Colículo inferior audição e colículo superior visão. E isso é formado a partir da migração de células da nossa placa alar. Na nossa placa basal, nós vamos ter a produção dessa substância negra, e essa substância negra vai formar justamente essa linha negra aqui, e elas vão servir para o processamento motor de coisas que são processadas no nosso telencéfalo e diencéfalo. E existe também os pilares do cérebro. Nesses pilares do cérebro até hoje não se saber ao certo qual a origem embrionária. Tem gente que fala que são provenientes de células da placa alar e tem gente que fala que é da placa basal. O mais comum nos livros, é que esses conjuntos de células que formam os pilares de cérebro, são formados a partir da placa basal, mas recentemente estão falando que é da placa alar. E esses pilares do cérebro se comunicam diretamente com a nossa ponte. E ai vamos perceber que o nosso canal central da medula espinal ou do tubo neural que irá formar o aqueduto cerebelar para ligar o quarto ventrículo ao terceiro ventrículo do nosso diencéfalo. Quando a gente chega no prosencéfalo a gente está chegando no que entendemos por diencéfalo e telencéfalo. O diencéfalo ele é teoricamente o que vai sofrer mais modificações. E aí acontece o seguinte, no nosso diencéfalo é onde vamos visualizar o terceiro ventrículo. Nesse terceiro ventrículo o diencéfalo vai se diferenciar em 3 coisas praticamente, que é o nosso epitálamo, tálamo e hipotálamo. O epitálamo separa do tálamo a partir do sulco epitalâmico. O tálamo separa do hipotálamo a partir do sulco hipotalâmico. Esses sulcos são diferentes daqueles sulcos marginais que vimos lá no tubo neural, que separavam região aferente da eferente. Além disso, temos a presença do infundíbulo e do quiasma óptico, isso tudo está no nosso diencéfalo. O infundíbulo serve para a formação da nossa glândula chamada de hipófise. E do outro lado, estamos visualizando a glândula pineal. Até recentemente não se sabia a função da glândula pineal. Descobriu-se recentemente que ela está relacionada com o sono. Vou até deixar com vocês esses slides para vocês estudarem, mesmo não podendo, mas acho essa matéria mais complicada.
O tálamo se desenvolve rapidamente de cada lado do terceiro ventrículo e forma uma protuberância em direção ao inferior da cavidade. O hipotálamo surge pela proliferação de neuroblastos da zona intermediária da parede diencefálica. E o epitálamo se desenvolve a partir do teto da parede lateral do diencéfalo. Maravilha! 
Quando a gente pensa na nossa hipófise você sabe que ela é dividida em duas: na neurohipófise e na adenohipófise. Bem, eu disse para vocês agora mesmo que vamos ter o seguinte. O infundíbulo será responsável por auxiliar na formação de parte da nossa hipófise, em especial da nossa neurohipófise. Quando a gente está estudando o sistema digestório, na placa do assoalho vamos ter o divertículo hipofisário, que fica literalmente na nossa boca, ectoderma de revestimento. É justamente esse divertículo que vai formar a nossa adenohipófise. Então ele vai migrar do céu da nossa boca indo em direção ao infundíbulo. E aí esse conjunto de massa proveniente do ectoderma de revestimento que estava lá no nosso estomodeu (boca) que vai formar a parte da adenohipófise ou hipófise anterior. E a parte do infundíbulo vai formar a nossa neurohipófise. 
Na nossa hipófise temos origens embriológicas distintas. A neurohipófise é a partir do infundíbulo e a adenohipófise é a partir de células ectodérmicas do nosso estomodeu. Por isso que embriologicamente elas sendo distintas, funcionalmente e histologicamente elas também serão distintas. 
Estamos visualizando no telencéfalo agora, quando a gente pensa nos hemisférios cerebrais. Então olha, isso é o nosso terceiro ventrículo e aqui são os nossos ventrículos laterais, e tem gente que chama de primeiro e segundo ventrículos. Perceba que envolvendo os hemisférios cerebelares nós vamos ter o plexo corióide. Esse plexo vai justamente produzir o líquido cefalorraquidiano, que é o líquido ventricular. Entre o terceiro ventrículo, se comunica com os ventrículos laterais a partir do forame interventricular. Isso aqui significa o nosso diencéfalo, estamos visualizando então o nosso tálamo, epitálamo e hipotálamo, e aqui é o nosso telencéfalo mostrando o nosso hemisfério cerebelar. Esse hemisfério cerebelar vai crescer de forma contínua. Aa, eu tenho uma coisa importante para lembrar vocês. No nosso tálamo pode se unir um lado a outro por uma ponte aqui. Em quase 80% das pessoas existe essa união e em aproximadamente 20% essa união não acontece de forma eficiente ou de forma correta. Quando a gente pensa no crescimento do nosso telencéfalo, esse crescimento vai formar os dois hemisférios, e eles crescem de uma forma que a gente chama de um. E o córtex vai crescer mais do que a medula, o que vai formar um corpo estriado e depois corpo caloso. 
Quando a gente está pensando no nosso telencéfalo, estamos pensando nos ventrículos laterais. E se a gente estivesse pensando no nosso diencéfalo estaríamos pensando no nosso terceiro ventrículo. E aí o nosso ventrículo lateral se comunica com o nosso terceiro ventrículo a partir do forame interventricular. 
Uma outra coisa importante é o seguinte, na base do nosso hemisfério cerebelar a gente tem o corpo estriado, e esse corpo estriado será responsável agora mesmo pela formação do núcleo lentiforme e da cabeça do núcleo caudado (vão permitir que a parte esquerda se comunique com a parte direita corretamente). E aí percebemos que está acontecendo um processo de diferenciação do tubo neural, isso internamente, e externamente o aparecimento dos nossos sulcos e giros, e ai você tem que decorar lá na anatômica cada sulco, cada giro e pra que serve cada um deles. Então já no final do nosso período embrionário, com quase 37 semanas, já temos um encéfalo praticamente resolvido, com praticamente todos os sulcos e giros. 
Aí olha só o que tenho que mostrar para finalizarmos nossa aula. Quando a gente estava discutindo a nossa medula espinal acontece o seguinte. Quando a gente pensa nas meninges, elas são formadas pela parte marginal do nosso neuroepitélio mais o mesênquima adjacente (forma a dura-máter, a aracnoide e a pia-máter). Esse espaço ssubdural da aracnoide não existe de verdade, isso é um artifício da técnica, significa que esses dois estão grudadinhos. E agora, o espaço subaracnóide ele existe, que é entre a aracnoide e a pia-máter. E você vai perceber que existe aqui umas trabéculas que ligam a aracnoide com a pia-máter. É a pia-máter que fica literalmente em contato com as nossas células neuronais. É a pia-máter por exemplo que vai envolver os vasos sanguíneos que ficam no nosso SNC. E é ela que vai selecionar as substâncias que podem ou não entrar no nosso SNC. Então a gente pensa que a pia-máter é responsável por selecionar aquilo que é tóxico e o que não é, o que entra e o que não entra no SNC. A junção da pia-máter, dura-máter e aracnoide é a barreirahematoencefálica, sendo que com as substâncias tóxicas o nosso SNC é invadido por vasos sanguíneos que têm além das túnicas, vão ter na adventícia um conjunto de membranas da pia-máter para selecionar o que vai sair e o que vai entrar no SNC. O mesênquima adjacente forma principalmente a dura-máter e a zona longitudinal vai formar a aracnoide e a pia-máter. Quando tomamos anestesia geral, o fármaco é depositado no espaço subaracnoide (local onde passam os vasos sanguíneos).
A ideia geral é essa.

Continue navegando