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12/03/16 1 Interações MedicamentosasInterações Medicamentosas Profa. Dra. Caroline Teixeira VARIÁVEIS PREDISPONENTESVARIÁVEIS PREDISPONENTES Fatores Ligados ao Paciente üEstados Patológicos üFunção Renal e Hepática üNíveis Séricos de Proteínas üpH Urinário üIngestão de Alimentos üFatores Ambientais üIdade üSequência, Via e Tempo de Administração üDuração do Tratamento üDose do Medicamento üForma Farmacêutica Fatores Ligados à Administração de Medicamentos Fatores Ligados à Administração de Medicamentos INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ÍNDICE DE RISCO ÍNDICE DE GRAVIDADE ÍNDICE DE CONFIABILIDADE Leva em conta a intensidade dos resultados farmacinéticos e/ou farmacodinâmicos esperados ou prováveis. Leva em conta a intensidade relatada ou possível, fornecendo resultado da interação quer seja o resultado farmacocinético ou farmacodinâmico. Visa avaliar a qualidadee a quequantidade das citações compõem a monografia. ÍNDICE DE RISCO RISCO A – Nenhum interação conhecida Os dados conhecidos não demostram interações farmacodinâmica e farmacocinéticas entre os agentes especificados. RISCO B – Nenhuma ação necessária Os dados conhecidos demostram que os agentes especificados podem interagir entre si, mas existe pouca ou nenhuma evidência de preocupação clínica como resultado de seu uso concomitante. RISCO C – Monitorizar a terapia Os dados conhecidos demostram que os agentes especificados podem interagir entre si de uma maneira clinicamente significativa. Os benefícios do uso concomitante desses dois medicamentos geralmente superam os riscos. Um plano adequado de monitorização deve ser suplementado para se identificar os possíveis efeitos negativos. Ajustes na dosagem de um ou de ambos os agentes podem ser necessários num pequeno grupo de pacientes. ÍNDICE DE RISCO 12/03/16 2 RISCO D – Considerar a modificação da terapia Os dados demostram que os agentes especificados podem interagir entre si de uma maneira clinicamente significativa. Uma avaliação específica do paciente deve ser realizada para se determinar os benefícios da terapia concomitante superam os riscos. Ações específicas devem ser instituídas para se obter os benefícios e/ou minimizar a toxicidade resultante do uso concomitante dos agentes. Essas ações podem incluir a monitorização agressiva, alterações empíricas das dosagens ou a escolha de agente alternativos. ÍNDICE DE RISCO RISCO X – Evitar a combinação Os dados demostram que os agentes especificados podem interagir entre si de uma maneira clinicamente significativa. Os riscos associados ao uso concomitante desses agentes superam os benefícios. Geralmente, esses agentes são considerados contra-indicados. ÍNDICE DE RISCO ÍNDICE DE GRAVIDADE MENOR (efeitos são considerados toleráveis na maioria - intervenção médica desnecessária). MODERADA (intervenção médica necessária para tratar os efeitos; os efeitos não satisfazem os critérios da categoria MAIOR) MAIOR (os efeitos podem acarretar morte, hospitalização, lesão permanente ou fracasso terapêutico) ÍNDICE DE CONFIABILIDADE Indicadores fornecem informações ao usuário sobre o volume e a natureza dos relatos disponíveis para a criação damonografia de interação. EXCELENTE:Múltiplos relatos de Estudos Clínicos Randomizados Controlados (ECR) e mais de dois relatos de casos. BOM: Um único ECR mais dois ou menos relatos de casos. REGULAR: Mais de dois relatos de casos ou menos de dois relatos de casos mais outros dados de suporte ou uma interação teórica baseada na farmacologia conhecida dos medicamentos. RUIM: Menos de dois relatos de casos sem qualquer outro dado de suporte. INTERAÇÃO MEDICAMENTO/MEDICAMENTO INTERAÇÃO MEDICAMENTO/MEDICAMENTO (CLASSIFICAÇÃO) üFarmacocinéticas üFarmacodinâmicas üAlteração no Esvaziamento Gástrico üModificação na Motilidade Gastrintestinal üFormação de Quelatos üEfeito do pH üAlteração na Circulação Local ABSORÇÃOABSORÇÃO 12/03/16 3 CONSEQUÊNCIASCONSEQUÊNCIAS ↑ Absorção do Fármaco ↑ Efeito Farmacológico ↑ Toxicidade ↓ Eficácia Terapêutica ↓ Absorção do Fármaco MEDICAMENTO 1 MEDICAMENTO 2 MECANISMO DE AÇÃO Alcalinizantes Anticolinérgicos; antidepressivos; antiparkinsonianos Sorbitol Paracetamol, vit. B12 Vários (exceto digoxina e sais de ferro) Medic. básicos Imipramina, Anfetamina, Aceleração da absorção intestinal do medicamento 2 - ↓ tônus intestinal - ↑ do ritmo de absorção ↑ Absorção do medic. 2 INTERAÇÕES POR AUMENTO DA ABSORÇÃO DOS MEDICAMENTOS INTERAÇÕES POR AUMENTO DA ABSORÇÃO DOS MEDICAMENTOS MEDICAMENTO 1MEDICAMENTO 2 MECANISMO DE AÇÃO Medic. contendo (Ca, Mg, Al, Fe); antiácidos Adrenalina Metoclopramida Digoxina Anestésicos locais Tetraciclinas -↓ da absorção do medicamento 2 - ↑ do esv. gástrico Vasoconstrição, alteração na circulação local - ↓ Absorção do medicamento 2 -Formação de quelatos INTERAÇÕES POR INIBIÇÃO DA ABSORÇÃO DOS MEDICAMENTOS INTERAÇÕES POR INIBIÇÃO DA ABSORÇÃO DOS MEDICAMENTOS DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO Ligação com as Proteínas Plasmáticas üpH do Plasma üestrutura e [ ] do fármaco ü[ ] da proteína no plasma üafinidade do fármaco pelos sítios de ligação da proteína CONSEQUÊNCIASCONSEQUÊNCIAS DESLOCAMENTO DO FÁRMACO ↑ FRAÇÃO LIVRE NO PLASMA ↑ EFEITO Fenilbutazona Salicilatos Sulfonamídicos Tetraciclina, Cloranfenicol hormônios tireoidianos; salicilatos; warfarina; hipoglicemiantes orais; sulfonamídicos; metotrexato acetazolamida; sulfonamídicos; anticoagulantes orais; hipoglicemiantes; penicilinas; antidepressivos; corticosteróides; metotrexato metotrexato; hipoglicemiantes; tiazídicos; digoxina metotrexato DESLOCAMENTO DE FÁRMACOS DE SEUS SÍTIOS DE LIGAÇÃO PROTÉICA DESLOCAMENTO DE FÁRMACOS DE SEUS SÍTIOS DE LIGAÇÃO PROTÉICA 12/03/16 4 BIOTRANSFORMAÇÃOBIOTRANSFORMAÇÃO üIndução Enzimática üInibição Enzimática INDUTORES ENZIMÁTICOSINDUTORES ENZIMÁTICOS üBarbitúricos üHidantoínas üCarbamazepina üClorpromazina üRifampicina üGriseofulvina üÁlcool üInseticidas INIBIDORES ENZIMÁTICOSINIBIDORES ENZIMÁTICOS üMetronidazol üCloranfenicol üDissulfiram üCimetidina üIsoniazida üFenilbutazona üAlopurinol üClorpropamida Fenobarbital, fenitoína, carbamazepina Rifampicina Álcool Inseticidas Griseofulvina; glicocorticóides; DAINES; antidepressivos; digitoxina; anticoag. orais; hipoglicemiantes orais Hipoglicemiantes; anticoagulantes orais; digitoxina;anticoncepcionais; glicocorticóides Isoniazida; anticoagulantes orais Analgésicos; anti-inflamatórios INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS POR INDUÇÃO ENZIMÁTICA INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS POR INDUÇÃO ENZIMÁTICA Dissulfiram; isoniazida Cloranfenicol Aspirina; dicumarol; fenilbutazona Dissulfiram Fenitoína ( ↑toxicidade) Anticoagulantes orais; hipoglicemiantes Tolbutamida Warfarina; álcool INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS POR INIBIÇÃO ENZIMÁTICA INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS POR INIBIÇÃO ENZIMÁTICA Medicamento Penicilina G Clorpropamida Antibióticos básicos (aminoglicosídios) Antibióticos ácidos (tetraciclinas) Secreção ou Reabsorção Tubular Probenecide; fenilbutazona Anticoagulantes orais Alcalinizantes ( bicarbonato) Acidificantes (Probenecide, Cl. de Amônio Efeito da interação ↓ secreção tubular da penicilinahipoglicemia por ↓ secreção tubular da clorpropamida ↓ excreção renal; alcalinização da urina ↓ excreção renal; acidificação da urina INTERAÇÕES NA EXCREÇÃOINTERAÇÕES NA EXCREÇÃO 12/03/16 5 INTERAÇÃO FARMACODINÂMICAINTERAÇÃO FARMACODINÂMICA üSoma (ex: piramido+fenacetina) üSinergismo (ex: ACh+Anti-ChE) INTERAÇÃO FARMACODINÂMICAINTERAÇÃO FARMACODINÂMICA ANTAGONISMO QUÍMICO (Cianeto+tiossulfato→ tiocianato) FISIOLÓGICO (Adrenalina+ACh) FARMACOLÓGICO (Histamínicos + Antihistamínicos) INTERAÇÃO MEDICAMENTO/ALIME NTO INTERAÇÃO MEDICAMENTO/ALIME NTO Indireta ou Fisiológica Alteração nos Parâmetros Fisiológicos Ex: Alimentos pH gástrico Direta ou fisico- química Fármaco + constituintes do alimento Ex: Tetraciclina + leite FisiológicaFisiológica üEsvaziamento Gástrico üSecreção üFluxo Sanguíneo ClassificaçãoClassificação üAceleradoras üRetardadoras ↑ a absorção do fármaco não alteram a eficiência final do processo ↓ a absorção do fármacoüRedutoras ↓ DA ABSORÇÃO INTESTINAL DE FÁRMACOS POR INFLUÊNCIA DE ALIMENTOS ↓ DA ABSORÇÃO INTESTINAL DE FÁRMACOS POR INFLUÊNCIA DE ALIMENTOS AAS, AMOXICILINA, AMPICILINA, CEFALOSPORINAS, CIMETIDINA, DICLOFENACO, FUROSEMIDA, LEVODOPA, PARACETAMOL, RIFAMPICINA, TETRACICLINAS GLICÍDIOS LIPÍDIOS PROTEÍNAS RETARDO DA LIBERAÇÃO E DISSOLUÇÃO *INTERVALAR POR 2-3h Medicamento Alimento Efeito 12/03/16 6 ↓ DA ABSORÇÃO INTESTINAL DE FÁRMACOS POR INFLUÊNCIA DE ALIMENTOS ↓ DA ABSORÇÃO INTESTINAL DE FÁRMACOS POR INFLUÊNCIA DE ALIMENTOS Medicamento Alimento Efeito CEFALEXINA, ERITROMICINA, TETRACICLINAS DIETA HIPERPROTÉICA, LEITE E DERIVADOS ↓ SOLUBILIDADE FORMAÇÃO DE COMPLEXOS/ QUELATOS *INTERVALAR POR 3h ↓ DA ABSORÇÃO INTESTINAL DE FÁRMACOS POR INFLUÊNCIA DE ALIMENTOS ↓ DA ABSORÇÃO INTESTINAL DE FÁRMACOS POR INFLUÊNCIA DE ALIMENTOS Medicamento Alimento Efeito PENICILINA V DIETA HIPERLIPÍDICA ↑ OCORRÊNCIA DA INATIVAÇÃO (abertura do anel β-lactâmico) *Intervalar por 2h ↓ DA ABSORÇÃO INTESTINAL DE FÁRMACOS POR INFLUÊNCIA DE ALIMENTOS ↓ DA ABSORÇÃO INTESTINAL DE FÁRMACOS POR INFLUÊNCIA DE ALIMENTOS Medicamento Alimento Efeito LEVODOPA, METILDOPA DIETA HIPERPROTÉICA ↑ BIOTRANSFORMAÇÃO INTESTINAL Competição com AA pelo transporte central ↓ DA ABSORÇÃO INTESTINAL DE FÁRMACOS POR INFLUÊNCIA DE ALIMENTOS ↓ DA ABSORÇÃO INTESTINAL DE FÁRMACOS POR INFLUÊNCIA DE ALIMENTOS Medicamento Alimento Efeito LÍTIO JEJUM PASSAGEM GASTROINTESTINAL RÁPIDA ↑ Peristaltismo Causa efeitos laxativos FÁRMACOS REFEIÇÃO FÁRMACOS CUJA ABSORÇÃO É AUMENTADA PELA PRESENÇA DE ALIMENTOS dicumarol metoprolol nitrofurantoína propranolol diazepam propoxifeno citrato de lítio ref. normal ref. normal ref. normal c/ teor lipíd. ref. normal ref. normal ref. rica em carboid. ref. rica em carboid. Fármacos Barbitúricos Clorpropamida Dicumarol Warfarina Alimentos Dieta Hiperglicídica Dieta Hipoglicídica Couve, Ervilha, Repolho, Nabo, Rabanete Mecanismos ↓ Ativ. do Cit. P-450 Antag. bioq. na síntese dos fatores da coagulação (II,VII,IX,X) ↑ Ativ. do Cit. P-450 Efeitos ↑ Tempo de efeito depressor ↓ Tempo de efeito ↓ Efeito anticoagulante Alterações na Biotransformação de Fármacos por Influência de Alimentos 12/03/16 7 Fármacos Alimentos Mecanismos Efeitos Alterações na Biotransformação de Fármacos por Influência de Alimentos Fenitoína Fenobarbital Propranolol Pargilina Tranilcipromina Carnes e peixes, salsicha, queijos fermentados, iogurte, chocolate, vinho tinto, cerveja. Fígado, Banana, Espinafre. Dieta Hiperprotéica ↑ Biotransf. ↓ Biotransf. Inibição da MAO; Ação adrenérgica indireta da tiramina ↓ Efeito anticonvulsivo ↑ Tempo de efeito Crise Hipertensiva Taquicardia Alimentos que modificam o pH urinário Acidificam a Urina Aves, carnes, crustáceos, milho, lentilhas, pão, peixes, queijos, uvas Alcalinizam a Urina Frutos (exceto uvas) Legumes (exceto milho e lentilhas) leite, natas, manteiga INTERAÇÃO MEDICAMENTO-BEBIDAS INTERAÇÃO MEDICAMENTO-BEBIDAS ÁGUA Medicamentos que devem ser ingeridos com bastante água üAAS üAmoxicilina üClindamicina üCiclofosfamida üFenilbutazona üSais de Ferro üTeofilina üTetraciclina CHÁ E CAFÉ Chá - 50mg de cafeína/100g de chá Café - 60mg de cafeína/100g de café ↑ Solubilidade Efeito diurético, ↑Acidez Gástrica Efeito excitante → Altera a vigília CAFEÍNA LEITE Medicamentos que não devem ser tomados com leite ou derivados lácteos üCefalexina üBisacodil üFluoreto de Sódio üTetraciclinas üPenicilina V üSais de Ferro üSais de Potássio 12/03/16 8 SUCOS Bebidas Ácidas (>250mL) üAlteram as substâncias em meio ácido ü↑ Solubilidade de Fármacos üAlteram pH urinário → Excreção Ex: Quinidina, procainamida OBRIGADA
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