Mudanças no Simples Nacional

Prévia do material em texto

O regime tributário Simples Nacional, conhecido por sua alíquota única sob a receita bruta (até determinado valor), sofreu alterações a partir do início de 2018, como, por exemplo: limites de faturamento, inclusão de novas ocupações e exclusão de outras, novas alíquotas e anexos.
Estas mudanças afetam o MEI, os micro e pequenos empresários. Portanto, este público deve estar atento as principais mudanças para que não tenham problemas com o Fisco e com os custos de tributação em sua empresa:
Sobre o faturamento:
Novo limite de faturamento que, antes era até R$ 60 mil e agora é R$ 81 mil, para o MEI. Já para as microempresas permanecem com o mesmo teto (R$ 360 mil) e as pequenas empresas passam de R$ 3,6 milhões para R$ 4,8 milhões.
Sobre as novas alíquotas, houve alterações consideráveis e esta, é a mudança mais impactante, de acordo com Torres (2017). Por que? Mudança nas tabelas de tributação:
A maioria das atividades do anexo VI mudou para o anexo V;
Anexo V será totalmente modificado. Suas atividades passaram para o anexo III e o V contemplará as atividades do anexo VI antigo.
Além disto, Torres (2017), aponta que a mudança estabeleceu uma nova relação entre a faturamento e folha de pagamento, isto é:
“Para atividades que até 2017 foram tributadas nos anexos V e VI, o fator R terá uma grande importância: definir qual será o novo anexo desta atividade. No Novo Simples Nacional, cria-se uma nova relação entre folha de pagamento e faturamento, ambos relativos aos últimos 12 meses. A partir de 2018, se a folha de pagamento for maior ou igual a 28% do faturamento, sua empresa será tributada no “novo” anexo III. Agora, se esta conta resultar em uma porcentagem menor do que 28%, a empresa ficará no “novo” anexo V.”
O campo da tributação é repleto de burocracias, regras e complexidade. É capaz de deixar um ótimo administrador confuso e induzí-lo a erros por desconhecimento ou impaciência para fazer o correto, na melhor das hipóteses.
É necessário estar atento as mudanças, considerar expectativa de faturamento da empresa, margem de lucro, gastos e custos. Pois, caso o empresário queira continuar no Simples Nacional, por exemplo, é interessante que ele esteja atento a isto, segundo o site Rede Jornal Contábil:
“Os MEIs devem estar atentos para as novidades no Simples Nacional. Com o aumento do limite de faturamento do MEI para R$ 81 mil, haverá uma regra excepcional de transição em 2017. Caso ele fature até R$ 72 mil este ano, permanecerá enquadrado no regime automaticamente em 2018.
A partir de 2018, se o faturamento ficar até 20% acima de R$ 81 mil, isto é, até R$ 97,2 mil, o MEI será desenquadrado do regime em janeiro de 2019 e deverá recolher o imposto na modalidade do Simples Nacional para microempresa ou empresa de pequeno porte (4% comércio, 4,5% indústria e 6% serviços) apenas sobre o excesso até 20%. Caso fature mais que R$ 97,2 mil o desenquadramento ocorrerá de maneira retroativa e o recolhimento do imposto na modalidade Simples Nacional para microempresa e empresa de pequeno porte incidirá sobre o total do faturamento observado em 2018.”
Buscar ajuda de um especialista é fundamental para que as empresas tenham sucesso no seu regime de tributação. Desta forma, os profissionais qualificados, contadores, devem estar atenados as mudanças que acontecem no Brasil e no mundo para que possam auxiliar o empresário a fazer um bom planejamento tributário e orientá-los quantos as mudanças no regime atual da empresa.
Referências bibliográficas
TORRES, Victor. O novo Anexo V e a extinção do Anexo VI. Contabilizei, 2017. Recuperado em 28 de maio de 2018, de: < https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/novo-anexo-v-e-vi/>.
TORRES, Victor. O novo Simples Nacional foi aprovado em 2018: veja o que muda para sua empresa. 2017. Disponível em: < https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/novo-simples-nacional/>. Acesso: 28/05/2018.
O que muda no Simples Nacional a partir de 2018. 2017. Disponível em: < https://www.jornalcontabil.com.br/o-que-muda-no-simples-nacional-partir-de-2018-2/>. Acesso: 28/05/2018.