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Apostila Logística LOG I

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Prof. Pâmella Pugas 
 
 
 
 
 
 
 
 
Divinópolis 
Março, 2017 
Engenharia de Produção 
LOGÍSTICA I 
Instituto de Ensino Superior e Pesquisa - INESP 
 
1 
SUMÁRIO 
PLANO DE ENSINO 
PROPOSTA PARA O TIM 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO CONCEITUAL ........................................................................... 6 
1. Conceitos e histórico da Logística e Cadeia de Suprimentos ...................................................... 6 
Praticando 1: O que faz o profissional de Logística? ..................................................................... 11 
2. Nível de Serviço aos clientes ..................................................................................................... 14 
Praticando 2: Nível de Serviço ....................................................................................................... 16 
3. Processamento de Pedidos – ciclo de pedido do cliente ............................................................ 17 
Praticando 3: Pesquisa dos sistemas e tecnologias de informação aplicados à logística. .............. 20 
4. Sistemas de Informações Logísticas .......................................................................................... 22 
UNIDADE 2 – LOGÍSTICA REVERSA ...................................................................................... 24 
Praticando 4: Artigos para leitura .................................................................................................. 24 
Exercícios de Revisão I .................................................................................................................. 32 
UNIDADE 3 – PROCESSO DE SUPRIMENTOS ....................................................................... 33 
1. Compras Empresariais ............................................................................................................... 33 
2. Fases do Processo de Compra .................................................................................................... 35 
Praticando 5: Elaborando um processo de compra ........................................................................ 36 
3. Situações especiais em compras ................................................................................................ 38 
UNIDADE 4 – DISTRIBUIÇÃO E TRANSPORTE .................................................................... 42 
1. Planejamento da Distribuição Física .......................................................................................... 42 
Praticando 6: Estudo de Caso – Canais de Distribuição Empresa Bomfrio ................................... 44 
2. Localização das Instalações ....................................................................................................... 46 
2.1 Ponderação dos fatores ............................................................................................................. 46 
Praticando 7: Exercícios Ponderação de fatores ............................................................................ 49 
2.2 Centro de gravidade (centróide) ............................................................................................... 50 
2.3 Ponto de Equilíbrio Locacional ................................................................................................ 54 
Praticando 8: Exercícios Centro de Gravidade e Ponto de Equilíbrio ........................................... 56 
 
2 
Exercícios de revisão II .................................................................................................................. 58 
3. Sistemas de Transporte .............................................................................................................. 60 
4. O transporte Inter e Multimodal ................................................................................................. 65 
5. Prestadores de Serviços logísticos ............................................................................................. 67 
6. Modais de Transporte................................................................................................................. 70 
Praticando 9: A matriz de transporte brasileira .............................................................................. 70 
6.1 Modal Rodoviário .................................................................................................................... 71 
6.2 Modal Dutoviário ..................................................................................................................... 73 
6.3 Modal Aéreo ............................................................................................................................ 75 
6.4 Modal Fluviolacustre ............................................................................................................... 78 
6.5 Modal Ferroviário .................................................................................................................... 81 
6.6 Modal Marítimo ....................................................................................................................... 86 
REFERENCIAL............................................................................................................................. 90 
 
 
3 
 
Plano de Ensino – Logística I 
Carga Horária: 72 Aulas semanais: 4 
Ano: 2017 Semestre: 1º 
Turma: 4º ENG. Produção Professor: Pâmella Gabriela Oliveira Pugas 
EMENTA 
Logística e Cadeia de Suprimentos. Nível de Serviço e Processamento de Pedidos. Sistemas de 
Informações Logísticas. Estratégias de localização. Suprimentos: fornecedores, obtenção e 
negociação. Distribuição e transporte. Logística reversa. 
OBJETIVOS 
Trazer aos alunos os principais conceitos relacionados à logística e cadeia de suprimentos, 
capacitando-os a participarem de equipes de trabalho nas áreas de suprimentos e distribuição, bem 
como explorando conhecimentos do nível de serviço ao cliente, localização das instalações e 
logística reversa. 
PROGRAMAS DA DISCIPLINA 
Unidade 1 – Introdução conceitual 
- Conceitos e histórico da Logística e Cadeia de Suprimentos 
- Nível de serviço aos clientes 
- Processamento de pedidos 
- Sistemas de Informações Logísticas 
 
Unidade 2 – Logística reversa 
 
Unidade 3 – Processo de suprimentos 
- Compras Empresariais 
- Fases do Processo de Compra 
- Situações especiais em compras 
 
Unidade 4 – Distribuição e transporte 
- Planejamento da distribuição física 
- Localização das Instalações 
- Sistema de transporte 
- Modais de Transporte 
METODOLOGIA 
Aulas expositivas; Leituras e pesquisas; Apresentação e discussão de vídeos; Exercícios práticos; 
Debate de atualidades; Estudos de Caso; Trabalho Interdisciplinar; Palestra. 
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 
NOTA 1 = Prova 20 pontos, Exercícios 10 pontos. 
NOTA 2 = Prova 20 pontos; Exercícios 15 pontos. 
NOTA 3 = TIM 15 pontos, Prova 10 pontos, Trabalho 10 pontos. 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
 
4 
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e 
logística empresarial. 4.ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. (7) 
BALLOU, Ronald H.. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição 
física. São Paulo: Atlas, 1993. (5) 
BOWERSOX, Donald J.. Gestão da cadeia de suprimentos e logística. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2007. (1) 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
COUGHLAN, A. T. et al. Canais de Marketing e Distribuição. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. 
461 p. (3) 
FLEURY, P. F. WANKE, P.; FIGUEIREDO, K. F. Logística empresarial: a perspectiva brasileira. 
São Paulo: Atlas, 2000. 376 p. (2) 
NOVAES, Antônio Galvão. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, 
operação e avaliação. 2.ed. Rio de Janeiro:Elsevier; 2004. (2) 
POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 3. ed. São 
Paulo: Atlas, 2004. 203 p. (3) 
SLACK, Nigel ; CHAMBERS, Stuart ; JOHNSTON, Robert. Administração da produção. 2. ed. 10. 
reimp. São Paulo: Atlas, 2009. 747 p. (5) 
 
 
ATENÇÃO: 
 
1 – Atividades reconhecidas como plágio (tanto de colegas quanto da internet) serão zeradas, sem 
direito à reposição e com comunicação à coordenação do curso. 
 
2 – A presença de notebooks e celulares só será aceita com autorização do professor, para 
acompanhamento das aulas. 
 
3 – Reposição de exercícios apenas para aqueles feitos em sala e com justificativa plausível. O 
aluno deverá procurar o professor e solicitar a reposição. 
 
 
5 
PROPOSTA PARA O TRABALHO INTEGRADOR MULTIDISCIPLINAR (TIM) 
 
DISCIPLINA: Logística I 
PROF: Pâmella Pugas 
 
Objetivo: Descrever o processo logístico da empresa, dando ênfase à logística de distribuição. 
 
1. Representar por meio de uma figura, como ocorre o processo logístico da empresa 
desenvolvida no TIM (ciclo do pedido do cliente). Os processos representados na figura devem 
vir acompanhados de uma breve explicação. 
 
2. Representar por meio de uma figura, como ocorre o processo logístico reverso da empresa 
desenvolvida no TIM (pós-venda e pós-consumo). Os processos representados na figura devem 
vir acompanhados de uma breve explicação. 
 
3. Apresentar como será o processo de distribuição da empresa, indicando quais os canais 
utilizados e os agentes envolvidos neste processo. Indicar ainda qual o modal que irá utilizar 
para a distribuição dos produtos, justificando sua escolha de acordo com a característica do 
modal. 
 
4. Fazer o estudo da localização da Fábrica utilizando o método da ponderação de fatores. 
 
 
6 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO CONCEITUAL 
 
1. Conceitos e histórico da Logística e Cadeia de Suprimentos 
 
Texto de apoio 1 – A era da logística 
Os estilistas da espanhola Zara, fabricante e rede de varejo de roupas que rapidamente está se 
tornando uma marca de moda globalizada, descobriram um jeito de lançar coleções numa 
velocidade maior do que a da maioria de seus concorrentes. Mais da metade da produção da 
empresa é confeccionada na sede de La Coruña, na Espanha. A fabricação é própria ou fica a cargo 
de pequenos parceiros instalados nos arredores da unidade. As roupas são feitas em pequenos lotes 
e distribuídas por caminhão para entrega na Europa ou por avião para as lojas que a rede possui 
mundo afora, inclusive no Brasil. Ao contratar pequenos fornecedores que atuam vizinhos à fábrica 
mãe, a Zara ganhou um tempo precioso e tempo é quase tudo numa economia viciada em 
velocidade. 
 
Enquanto uma empresa que produz roupas na Ásia leva até nove meses para colocar um novo 
modelo nas lojas, a Zara faz isso em pouco mais de um mês. O efeito desse processo é visível. 
Como a rede evita a produção em massa, a renovação dos modelos é intensa. Para o consumidor, a 
impressão que fica (uma expressão da verdade, por sinal) é a de uma marca vibrante, com energia 
suficiente para apresentar novidades não a cada verão ou inverno, mas sempre. A estratégia só 
funciona graças à eficiência logística da Zara, que permite que um vestido fabricado em La Coruña 
apareça poucas semanas depois na vitrine de uma loja como a do Morumbi Shopping, na zona sul 
de São Paulo. 
 
Poucos conceitos são tão mal compreendidos no mundo dos negócios quanto a logística. A 
experiência da Zara descrita acima poderia ser, para muitos, apenas um exemplo do bom uso de 
instrumentos de marketing. Também é isso. Mas o coração do sucesso da empresa é sua grande 
capacidade de despachar seus produtos. Isso envolve fatores como inteligência estratégica, 
administração da produção, gestão de parceiros e controle de estoques. Ao contrário da visão 
tradicional, logística é muito, muito mais que o transporte de mercadorias. Sua importância na 
última década tornou-se tão vital para a produtividade, a eficiência e a rentabilidade dos negócios 
que logística virou espertamente slogan de uma série de companhias que nada mais fazem que 
carregar caminhões. Mas, numa simplificação, pode-se dizer que contar com uma boa logística 
significa colocar o produto no lugar certo, na hora e na quantidade certa, a preços competitivos. "A 
logística está presente em praticamente todas as atividades empresariais", diz Adalberto Panzan, 
presidente da Associação Brasileira de Logística (Aslog). 
 
Estima-se que os custos logísticos movimentem 3,2 trilhões de dólares ao ano em todo o mundo. 
Nos últimos anos, a globalização colocou a logística em um novo patamar. Com o aumento brutal 
da circulação de mercadorias e a pressão incessante por reduzir custos e aumentar as vendas, as 
empresas voltaram os olhos para a importância de desenvolver uma cadeia de suprimentos eficiente. 
Isso implica a coordenação das diversas partes envolvidas num processo produtivo do fornecedor da 
matéria prima aos parceiros responsáveis pelo desenvolvimento do projeto, passando pela operação 
de frotas de transporte, pelo recebimento de encomendas e até pelo recolhimento de pagamentos. 
Em certo sentido, é possível comparar os bens que circulam no mundo com a avalanche de 
informações presentes na internet. Tanto as mercadorias "físicas" como as "virtuais" estão se 
tornando cada vez mais abrangentes, exigindo das empresas uma rápida adaptação para atender a 
um mercado em permanente mudança. 
 
7 
 
Para tornar sua cadeia de suprimentos mais ágil e competitiva e dedicar mais tempo ao próprio 
negócio, empresas como a Cisco Systems, maior fabricante mundial de equipamentos de rede para 
internet, terceirizam grande parte de sua produção. Esse processo exige elevado grau de 
planejamento logístico, já que envolve parceria com dezenas de outras empresas. A própria Cisco 
admite que a terceirização lhe permitiu crescer mais depressa do que se operasse as próprias 
unidades de montagem de equipamentos. Na indústria automobilística, com suas centenas de 
fornecedores, a sofisticação da logística é vital. Em sua fábrica em Bangalore, na Índia, a japonesa 
Toyota exige que a entrega de peças seja feita Just in time na quantidade necessária e no momento 
certo. As entregas na fábrica de Bangalore acontecem a cada 2 horas e com um índice de falhas 
próximo de zero. 
 
No mundo globalizado, as operadoras de transportes expressos estão se tornando gigantes dos 
negócios, empresas com enorme potencial e com grande capacidade de interferência para o bem e 
para o mal no dia a dia de seus clientes. Nos Estados Unidos, a UPS, que transporta 14 milhões de 
pacotes por dia, criou uma facilidade para quem precisa consertar computadores laptop da marca 
japonesa Toshiba. Quando o laptop chega a um de seus centros de distribuição, é levado para um 
armazém onde o reparo não é feito pela Toshiba, mas pela própria UPS. Seus técnicos são treinados 
por profissionais da Toshiba. Mas não deixa de ser surpreendente o fato de que uma empresa de 
entregas expressas realize reparos em equipamentos eletrônicos. Nesse caso, UPS e Toshiba 
entraram em acordo para tornar a vida do cliente mais fácil. Por que envolver duas companhias 
gigantes em um processo que, na prática, poderia ficar sob a responsabilidade de apenas uma delas? 
 
No Brasil, os serviços logísticos sofrem com os gargalos históricos que impedem que o país cresça 
no mesmo ritmo de emergentes como a China. Rodovias precárias, linha ferroviária ultrapassada, 
aeroportos insuficientes, portos defasados são obstáculos à expansão acelerada e à sofisticação do 
negócio. Mesmo com todas as deficiências estruturais, o setor vemregistrando bons índices de 
crescimento. Em 2005, a logística movimentou aproximadamente 214 bilhões de reais no país, valor 
que deverá ser 20% maior neste ano. Mas há muito para ser feito, especialmente no 
desenvolvimento tecnológico. Segundo um estudo da Escola de Administração de Empresas da 
Fundação Getulio Vargas, 4% de todas as empresas instaladas no Brasil empregam alguma 
tecnologia em logística. Nos Estados Unidos, esse percentual é quase duas vezes maior. "Um país 
só se desenvolve de verdade se concentrar esforços para modernizar suas operações logísticas", diz 
Panzan, da Aslog. "Sem isso, ficará relegado a um segundo plano no cenário econômico 
internacional." 
(Segalla e Caires, para Exame.com, 2006) 
 
 
Faça a leitura do Texto de apoio 1 e responda as seguintes questões: 
 
O que é logística? 
O que é cadeia de suprimentos? 
Qual a importância de ambas para as organizações? 
 
 
 
8 
De acordo com Machline (2011) o desenvolvimento da logística no Brasil ocorreu de forma 
semelhante aos Estados Unidos, porém com alguns anos de defasagem. O foco de interesse nas 
décadas de 1950 e 1960 era o transporte, que foi ampliado para a função administrativa ‘logística 
empresarial’ nas décadas de 1970 e 1980. Essa função administrativa, numa visão mais abrangente, 
incorporava ao transporte a gestão dos estoques, o armazenamento, os depósitos, a informação e a 
comunicação. 
 
A partir dos anos 1990, prevaleceu a visão da cadeia de suprimentos, que constituía um alargamento 
(e também um alongamento) da noção de logística empresarial, estendendo essa última a toda a 
cadeia de fornecedores, a montante, e a toda a cadeia de clientes, a jusante da empresa. 
 
Os tópicos de logística e cadeias de suprimentos estão entre os que mais têm recebido atenção por 
parte dos gestores. Nas universidades, assuntos tradicionalmente ensinados sob os nomes de gestão 
de materiais, armazenamento, administração de almoxarifados, transportes, hoje são englobados sob 
a denominação genérica de logística e/ou cadeias de suprimento. 
Figura 2: Eras da Logística. Fonte: Machline (2011) 
 
Muitos estudiosos consideram que os novos termos não passam de uma criação semântica, que a 
expressão cadeia de suprimento é apenas um elegante sinônimo de logística e que logística, por sua 
vez, é um lindo modismo para dizer transporte. Outros, esquecidos de que a logística abrange a 
entrada de materiais na empresa (inputs), o transporte interno (material handling), a saída (outputs) 
e a reversa, ou seja, a reciclagem (reverse), reduzem a logística à distribuição dos bens finais. 
Portanto, torna-se importante destacar que os nomes de logística e cadeia de suprimento não 
constituem apenas modas terminológicas, mas encerram conceitos inovadores de integração de 
funções e interligação entre empresas (MACHLINE, 2011). 
 
9 
 
O que é logística? 
 
“As atividades logísticas são a ponte que faz a ligação entre locais de produção e mercados 
separados por tempo e distâncias” (BALLOU, 2006). Ou seja, logística é a essência do comércio, 
ela liga produção e mercado = todos os bens de consumo utilizam de processos logísticos. 
 
Termo tem origem francesa, do verbo “loge”, que significa alojar 
 
“a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: projeto e desenvolvimento, 
obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material 
para fins operativos ou administrativos” 
Dicionário Aurélio 
 
“Logística é o processo de planejamento, implantação e controle do fluxo eficiente e eficaz de 
mercadorias, serviços e das informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo 
com o propósito de atender às exigências dos clientes” 
Ballou (2006) 
 
 
 
Figura 3: Processo Logístico direto e reverso. 
 
10 
 
 O canal físico de suprimento: lacuna em tempo e espaço entre as fontes materiais imediatas 
de uma empresa e seus pontos de processamento. 
 O canal físico de distribuição: lacuna de tempo e espaço entre os pontos de processamento 
da empresa e seus clientes. 
 Canal de logística reverso 
 
 
 
 
 
O que é Supply Chain Management?? 
 
Gestão da Cadeia de Suprimentos = “Administração sinérgica dos canais de abastecimento de todos 
os participantes da cadeia de valor, através da integração de seus processos de negócios. Envolve o 
conjunto de processos e organizações desde a fonte de matéria-prima até o cliente final” 
(RAZZOLINI FILHO, 2001). 
 
 
 
Porque a logística é tão importante para as empresas?? 
 
Criação de valor = tempo e lugar certo 
 
 Custos são significativos; 
 Expectativas do cliente estão aumentando; 
 Linhas de suprimento e distribuição se tornam mais complexas (Ex: Toyota); 
 Logística como estratégia (Ex: Zara); 
 Agrega valor ao cliente - clientes querem respostas rápidas e padronizadas (Ex: UPS). 
 
Assim a empresa que planejar corretamente seu processo logístico alcançará: 
• Redução de custos 
• Redução de capital (investimentos) – just in time, terceirização. 
• Melhoria de serviço (além da concorrência) 
• 
 
Atividades Primárias: 
- Transportes 
- Manutenção de estoques 
- Processamento de pedidos 
Atividades de apoio: 
- Armazenagem 
- Manuseio; Embalagem 
- Obtenção (Compras) 
- Manutenção da Informação 
 
11 
Praticando 1: O que faz o profissional de Logística? 
 
a) ENTREVISTA COM ISRAEL GRUDTNER 
 
Na busca por ilustrar da melhor maneira possível as diferentes possibilidades profissionais para a 
área de logística, temos visto uma série de matérias sobre carreira e profissão. Dentre elas, 
entrevistamos profissionais da área para entender melhor a área, as responsabilidades e quais as 
sugestões que eles fazem para aqueles que desejem entrar nesse mercado. 
 
Hoje entrevistaremos Israel Grüdtner, Engenheiro de Produção da Petrobras, atuando na área de 
Suprimentos. Ele tem experiência como analista de logística de uma grande rede de supermercados 
e já atuou como consultor e professor na área de sistemas de armazenagem e estoques. Israel é 
graduado em Engenharia de Produção Elétrica e possui mestrado em Engenharia de Produção na 
área de logística e transportes, ambos pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente 
cursa especialização em Administração de Empresas pelo ISAE/FGV. 
 
Na entrevista ele destaca que o profissional de logística deve ter a visão sistêmica, analisando custos 
e processos. Ele destaca ainda que o profissional deve ter o CHA (se você não sabe o que é o CHA, 
leia a entrevista na íntegra abaixo e confira também a matéria O que você precisa saber para 
conseguir um estágio ou emprego onde este assunto é recorrente). 
 
Israel, como é o seu trabalho e as atividades que são sua responsabilidade como Engenheiro de 
Produção na área de suprimentos? 
 
A área em que trabalho é responsável pela aquisição e manutenção dos estoques de materiais 
necessários ao funcionamento da planta de produção. Especificamente, atuo na análise de reposição 
de materiais, visando manter o nível de estoque de insumos e sobressalentes adequado ao nível de 
serviço exigido, buscando a melhor relação custo x benefício possível. 
 
Qual a sua formação e como ela ajuda na execução de suas tarefas? 
 
Sou formado em Engenharia de Produção Elétrica e Mestre em Engenharia de Produção, ambos 
pela UFSC. No meu dia a dia utilizo principalmente conhecimentos em logística, estatística e 
análise de custos e de processos, todos abordados no curso de Engenharia de Produção. 
 
Em quais outros cargos/atividades na área logística você atuou antes da sua atual ocupação? O 
que você destaca destas experiências?Atuei como Consultor tendo desenvolvido projetos em empresas do setor industrial, atacadista e 
varejista. Neste período aprendi muito sobre a cadeia de suprimento, conhecendo a nível macro os 
processos e interfaces entre os elos da cadeia. Posteriormente, atuei como Analista de Logística em 
uma empresa do setor varejista, onde aprendi bastante sobre as atividades de planejamento de 
estoques e armazenagem e movimentação de materiais. Considero que estas experiências 
complementam-se no que diz respeito a minha formação profissional, pois como consultor atuei nos 
níveis estratégico e tático, enquanto que como analista estive mais próximo do operacional. 
Acredito que a visão sistêmica necessária ao profissional de logística é construída a partir de 
experiências diversas como estas. 
 
Que tipo de cursos você recomenda que sejam feitos para alguém que deseje ingressar neste setor? 
 
 
12 
O profissional que atua na área de logística deve ter, no mínimo, conhecimentos sobre análise de 
custos e processos e estatística. Além do conhecimento, ele deve desenvolver visão sistêmica, ou 
seja, analisar as situações sempre pensando além do que está sendo visto momentaneamente. Esta 
visão é fundamental quando fazemos parte da cadeia de suprimento; uma decisão equivocada pode 
impactar significativamente outros elos da cadeia. Destaco ainda, que a tecnologia da informação 
tem importante papel nos processos logísticos e está em constante evolução; desta forma, este 
profissional tem que estar sempre se atualizando, acompanhando a mídia especializada (como o 
Logística Descomplicada, por exemplo), realizando cursos, assim como participando de congressos 
ou outros eventos. 
 
Para seguir com sucesso nesta carreira, o que você sugere aos leitores do Logística 
Descomplicada? 
 
Assim como para várias outras carreiras, entendo que o profissional deve desenvolver as 
competências necessárias a realização das atividades logísticas. Em resumo, deve-se estar 
fundamentado em 3 pilares: (1) Conhecimento (buscar sempre saber mais); (2) Habilidade (saber 
como colocar em prática o conhecimento adquirido); (3) Atitude (colocar em prática o 
conhecimento adquirido). 
 
 
b) Profissão e carreira em logística: o que faz o profissional de logística? 
 
Tradicionalmente, formados em administração, economia e engenharia atuam na área. Hoje, com a 
popularização dos cursos de tecnologia em logística, o número de profissionais no mercado 
aumentou. 
* Por Fernanda Nogueira 
 
Um profissional flexível, disposto a trabalhar em horários alternativos e interessado no 
funcionamento de outras áreas da empresa é a pessoa ideal para atuar no setor de logística de 
fábricas, distribuidoras, atacadistas e varejistas do país. 
 
O especialista em logística é responsável pela administração de materiais e recursos usados em uma 
empresa. Controla o estoque e a armazenagem, planeja a movimentação interna e a distribuição 
entre fábricas, centros de distribuição e varejo. Comunica-se com fornecedores e clientes e opera 
sistemas eletrônicos. 
 
Com o mercado aquecido devido ao crescimento da economia, profissionais formados em 
administração, economia e engenharias em geral são procurados para a função. O objetivo é usar os 
espaços de armazenagem de materiais da melhor forma possível, planejar o transporte desses 
produtos, tudo de forma rápida e com custo baixo. 
 
Segundo o gerente de operações logísticas da DHL Express, Amaury Vitor, indústrias 
farmacêuticas, o setor ferroviário e empresas de comércio eletrônico são algumas das áreas que 
mais recrutam especialistas em logística atualmente. “Essas são áreas que buscam profissionais 
especializados”, disse. 
 
Quem entra na área em uma função especializada, no caso de conhecer um material, um processo 
industrial ou um produto, por exemplo, como os engenheiros, ganha mais no início de carreira. 
Enquanto um técnico e os formados em administração e economia entram na função com ganhos de 
dois a três salários mínimos, um engenheiro ganha de seis a oito salários mínimos, segundo Vitor. 
 
 
13 
Quem pretende trabalhar na área precisa ter conhecimentos em informática, para trabalhar com 
bancos de dados e sistemas, e tem de saber falar outras línguas, para se comunicar com 
fornecedores e clientes de várias partes do mundo. 
Na DHL Express, Vitor é responsável pela distribuição interna de produtos entre os centros de 
distribuição da empresa. Trabalha em parceria com outros profissionais, como a gerente de 
engenharia e projetos especiais Roberta Zerbini, formada em engenharia de alimentos. 
 
Roberta desenvolve projetos para clientes que precisam de soluções customizadas e cuida ainda do 
planejamento de rotas de distribuição e do tamanho das filiais e de espaços em aeroportos. Outra 
profissional que atua na área de logística da empresa é Diana Oliveira, formada em direito, e 
responsável pela regularização dos serviços da empresa perante órgãos públicos, como a Receita 
Federal e a Infraero. 
 
O que faz o profissional de logística? 
É o responsável pela administração de materiais e recursos numa empresa, para otimizar o uso dos 
espaços e reduzir o tempo e o custo de cada processo. Controla o estoque e a armazenagem, planeja 
a movimentação interna e a distribuição entre fábricas, centros de distribuição e varejo. Comunica-
se com fornecedores e clientes e opera sistemas eletrônicos. 
 
Qual o perfil do profissional de logística? 
Ser flexível, ter disponibilidade de horários e para viajar, gostar de trabalhar em equipes, saber 
outras línguas e ter conhecimentos de informática. 
 
Onde atua o profissional de logística? 
Atua em fábricas, canais de distribuição, como portos, aeroportos, empresas de transporte, 
atacadistas e varejistas. 
 
O que estudar para ser um profissional de logística? 
Hoje existem cursos técnicos em logísticas, tecnólogos (graduação tecnológica) ou mesmo 
bacharelados na área. Ainda é possível estudar Engenharias, Administração ou Economia. 
 
Qual o salário inicial médio de um profissional de logística? 
O salário varia com a região, o porte da empresa e a qualidade do profissional. Em termos gerais, 
para nível técnico, formados em cursos tecnólogos, administração ou economia o salário inicial será 
entre 2 e 4 salários mínimos (menor para cursos mais básicos, maior para os cursos mais 
avançados). Para graduados em engenharias, o salário inicial chega a ser de 6 a 8 salários mínimos. 
 
* Fonte: G1 Guia de Carreiras, por Fernanda Nogueira 
 
 
Relacionando os dois textos, discuta as questões abaixo: 
 
1 – Indique qual a função do profissional de logística. 
2 – Apresente as áreas de atuação do profissional de logística. 
3 – É uma área promissora para o engenheiro de produção? Por quê? 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
2. Nível de Serviço aos clientes 
 
“Quem pensa que o cliente não é importante deveria tentar sobreviver sem ele durante 90 dias.” 
 
 
 
“O nível de serviço é definido como sendo a qualidade (prazo combinado/atendido, confiabilidade, 
integridade da carga, atendimento, etc) do serviço prestado na ótica do cliente”. 
 
 
 Propósito de atender as exigências dos clientes 
 Difícil de explicar, pois cada cliente tem uma expectativa 
 Sempre atentar-se para a relação custo-benefício 
 A satisfação transcende o desempenho operacional e inclui aspectos dos relacionamentos 
pessoais e interpessoais. 
 
 
Etapas do nível se serviço 
 
1. Pré-transação: conhecer o tipo de serviço que será prestado - negociação 
2. Transação: processo logístico realmente se realiza 
3. Pós-transação: suporte ao produto em campo (montagem, reparos,reclamações) 
 
 
Vídeo Inicial – Sobre o ‘Customer Service’ 
 
 
 
15 
 
 
Figura 3: Elementos do Nível de Serviço. Fonte: Adaptado de Ballou (2006) 
 
Capacidade de oferecer os 7 R’s (C’s): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Necessidade de “todos” os serviços serem bem prestados, senão todo o nível é comprometido. 
 
 
 Right Product 
 Right Place 
 Right Price 
 Right Customer 
 Right Condition 
 Right Time 
 Right Quantity 
 Produto certo, 
 Local certo, 
 Preço certo, 
 Cliente certo, 
 Condições certas, 
 Tempo certo, 
 Quantidade certas. 
 
16 
Custos x Serviços 
 
De acordo com Ballou (2006) os serviços prestados aos clientes são resultados do estabelecimento 
de níveis de atividades logísticas, assim, cada nível de serviço tem seu próprio custo. 
 
A medida que os níveis das atividades são incrementados para dar conta do crescimento dos níveis 
de serviço ao cliente, os custos aumentam em ritmo igualmente rápido. 
 
Desta forma a empresa deve criar valor para o cliente, levando em consideração não apenas os 
benefícios alcançados com um ótimo nível de serviço, mas também com o custo relacionado a este 
nível. 
 
 
Figura 4: Logística e Valor para o Cliente. Fonte: Adaptado de Christopher (1999) 
 
Inicialmente é preciso identificar a receita e os custos logísticos de cada nível de serviço. Com essas 
informações, o lucro máximo será concretizado no ponto em que a variação das receitas for maior 
que a variação nos custos. 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 
 
Praticando 2: Nível de Serviço 
A Cleanco Chemical Company vende compostos de limpeza num cenário altamente competitivo 
para restaurantes, hospitais e escolas. O prazo de entrega dos pedidos determina a viabilidade de 
uma venda. O sistema de distribuição pode ser projetado de maneira a proporcionar deferentes 
níveis médios de prazos de entrega conforme número e localização dos armazéns, níveis de estoque 
e processamento de pedidos. O gerente da distribuição física fez as estimativas a seguir a respeito 
da maneira de como o serviço afeta as vendas e o custo de fornecer os níveis de serviço: 
 
 Percentual dos pedidos entregues no mesmo dia 
 50 60 70 80 90 95 100 
Vendas anuais 
estimadas (em milhões) 
4,0 8,0 10,0 11,0 11,5 11,8 12,0 
Custo de Distribuição 
(em milhões) 
5,8 6,0 6,5 7,0 8,1 9,0 14,0 
 
a) A partir dos dados apresentados na tabela, qual o nível de serviços a companhia deveria 
proporcionar? 
b) Que influência a concorrência teria na decisão sobre o nível de serviço? 
 
 
17 
 
3. Processamento de Pedidos – ciclo de pedido do cliente 
 
O tempo do ciclo de pedido é definido como o tempo transcorrido entre o momento do pedido do 
cliente (ordem de compra ou requisição do serviço) até a entrega do produto ou serviço ao cliente. 
Abrange todos os eventos mensuráveis em tempo do prazo total para a entrega de uma encomenda 
(BALLOU, 2006). 
 
 
Figura 5: Componentes do ciclo de pedidos do cliente. Fonte: Ballou (2006) 
 
O processamento de pedidos é representado por uma variedade de atividades incluídas no ciclo de 
pedido do cliente. Ele demonstra o fluxo logístico interno de um pedido, refere-se ao processo de 
transação, especificado no tópico sobre nível de serviço. Portanto, compreende-se da venda à 
entrega final ao cliente. 
 
Entender o processamento de pedidos aumenta o nível de serviço ao cliente e irá depender do tipo 
de pedido que estaremos tratando. 
 
Processamento de Pedidos – Vídeo Logística da Natura Cosméticos 
 
18 
Etapas do processamento 
 
 
Figura 6: Elementos típicos do processamento de pedidos. Fonte: Ballou (2006) 
 
1. Preparação (Emissão) 
- Após a negociação, faz-se a formalização do pedido: dados do produto; dados do cliente. 
- Coleta das informações necessárias sobre produtos pretendidos e a requisição formal dos produtos 
a serem adquiridos. 
- Atualmente, as tecnologias têm facilitado essa preparação. 
 
2. Transmissão 
- Transferência dos documentos do pedido do seu ponto de origem para aquele em que pode ser 
manuseado, pode ser feito de forma manual ou eletrônica. 
 
3. Recebimento (verificação) 
- Verificar a exatidão das informações (descrição, quantidade, preço...) 
- Conferir a disponibilidade dos itens encomendados 
- Preparar documentação de pedidos (atrasados/cancelados) 
- Verificar a situação de crédito do cliente 
- Transcrever informações ao pedido e fazer o faturamento 
 
19 
 
4. Atendimento dos pedidos (expedição) 
- Adquirir itens mediante retirada de estoque, produção ou compra 
- Embalar os itens para embarque 
- Programar embarque de entregas (consolidação da carga) 
- Preparar documentação para embarque 
 
5. Relatório da situação atual do pedido 
- Acompanhar e localizar o pedido ao longo de todo o seu ciclo 
- Comunicar ao cliente a localização exata do pedido no ciclo e previsão de entrega 
 
O que pode influenciar a forma e o tempo do processamento de pedidos? 
 
a) Tipo da Empresa: 
- Pedido Industrial 
- Pedido do Cliente 
- Pedidos de varejo 
- Pedidos via web 
Exemplo: Processamento de Pedidos Industriais 
A Samson-Packard Company produz mangueiras, válvulas e conectores para uso industrial de 
acordo com as especificações do cliente, processa 50 pedidos por dia, tem um tempo de ciclo 
total entre 15 e 25 dias e um tempo de ciclo de processamento entre 4 e 8 dias. O seu sistema de 
processamento de pedidos foi projetado da seguinte forma: 
 Os pedidos do cliente são remetidos via postal ou telefone para a sede da empresa pelo 
vendedor ou diretamente pelo cliente. Os pedidos não são feitos pela internet porque os 
clientes têm receio que os detalhes de encomenda sejam vistos pela concorrência. Em 
alguns casos, poucos, é usado o sistema EDI. 
 Quando a sede recebe um pedido, este é transcrito resumidamente por um funcionário 
para um formulário. Os pedidos são encaminhados diariamente para o gerente de vendas. 
 O gerente de vendas analisa os pedidos e redige instruções para os pedidos dos clientes 
com necessidades diferenciadas. 
 Os pedidos são enviados para os funcionários encarregados de preparar as encomendas, 
que transcrevem as informações do pedido para os formulários da empresa. 
 Os pedidos são enviados para o departamento de contabilidade, onde se analisam os 
créditos, passando de seguida para o departamento de vendas para conferir os preços. 
 O departamento de dados codifica as informações dos pedidos no computador para serem 
transmitidas à fábrica, que faz uma verificação geral do pedido. 
 O representante do serviço ao cliente confere o pedido, transmitindo-o à fábrica 
adequada. Uma notificação é enviada ao cliente por e-mail conferindo o recebimento do 
pedido (Ballou, 2006) 
 
 
20 
 
b) Procedimentos operacionais - qual a prioridade? 
- Prioridade ao consumidor 
- Data prometida 
- Lifo (Último a entrar, Primeiro a sair) 
- Fifo (Primeiro a entrar, Primeiro a sair) 
- Pedidos menores primeiro 
- Pedidos maiores primeiro 
 
c) Políticas de serviço ao cliente 
d) Políticas de transporte 
e) Processamento paralelo x sequencial 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Praticando 3: Pesquisa dos sistemas e tecnologias de informação aplicados à logística. 
 
Cada grupo será responsável por um sistema ou tecnologia e deverá apresentar para a turma um 
resumo de no máximo uma página respondendo as seguintesquestões: 
 Quais as principais funções do sistema ou tecnologia 
 Quais os principais ganhos para a empresa (pontos positivos) 
 Existem restrições para sua implantação? Quais? (pontos negativos) 
 
1. ERP (enterprise resource planning) 
2. WMS (warehouse management system) 
3. TMS (transportation management system) 
4. CRM (customer relationship management) 
5. EDI (eletronic data interchange) 
6. DRP – Planejamento das necessidades de distribuição 
7. RFID (radio frequency identification) 
8. Código de Barras 
9. Internet 
10. GPS 
11. Computador de Bordo 
12. Roteirizador 
 
 
Obs: Seguir o modelo especificado na página 21 para o resumo 
 
 
21 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MINAS GERAIS 
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR E PESQUISA - INESP 
 
SISTEMAS E TECNOLOGIAS E INFORMAÇÃO APLICADOS À LOGÍSTICA 
(INSERIR TEMA DO GRUPO) 
 
 
Nome dos Componentes: 
Disciplina: Logística I Professora Pâmella Pugas 
 
FUNÇÕES: 
 
 
 
 
 
 
PONTOS POSITIVOS: 
 
 
 
 
 
 
 
PONTOS NEGATIVOS: 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
 
 
 
 
22 
 
4. Sistemas de Informações Logísticas 
 
Os sistemas de informações logísticas funcionam como elos que ligam as atividades logísticas em 
um processo integrado, combinando hardware e software para medir, controlar e gerenciar as 
operações logísticas. 
 
Estas operações podem ocorrer tanto dentro de uma empresa específica, bem como ao longo de toda 
cadeia de suprimentos. 
 
É importante que se tenha conhecimento dos processos logísticos, sabendo quais são as melhores 
práticas a serem utilizadas em cada momento 
 
 
Alguns benefícios para os processos logísticos: 
 
- Redução do valor do estoque e da falta de material 
- Melhoria do nível de serviços e no atendimento aos clientes 
- Aumento da eficiência operacional - melhor utilização dos recursos 
- Agiliza processo de tomada de decisões 
- Disponibilidade de dados 
- Aumento da velocidade de localização das informações e diminuição da manipulação de 
documentos 
- Informações on-line 
 
O sistema de informação precisa ser abrangente e ter a capacidade suficiente para permitir a 
comunicação não apenas entre as áreas funcionais da empresa, mas também entre os membros do 
canal de suprimentos. São três os principais sistemas utilizados pela logística: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema de Gerenciamento de pedidos (SGP ou OMS) 
Sistema de Gerenciamento de armazéns (SGA ou WMS) 
Sistema de Gerenciamento de Transporte (SGT ou TMS) 
 
23 
 
Figura 7: Sistemas de informação logística. Fonte: Ballou (2006) 
 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
24 
 
UNIDADE 2 – LOGÍSTICA REVERSA 
 
Praticando 4: Artigos para leitura 
Texto de Apoio 2. DESAFIOS DA LOGÍSTICA REVERSA DE PÓS-CONSUMO NO BRASIL 
Paulo Roberto Leite - Presidente do CLRB Logistica Reversa 
 
Afirmar que vivemos em um mercado crescentemente competitivo é cair em lugar comum, pois as 
evidencias estão por toda parte. O nível de informações permitido pelos atuais meios de 
comunicação sobre todas as atividades humanas tem se traduzido em impactos importantes sobre 
as atitudes e expectativas das empresas e de seus clientes, sejam clientes nas cadeias de 
suprimentos ou consumidores finais. 
 
A discutida globalização, característica marcante das décadas subsequentes aos anos 80, 
decorrente de melhorias nos transportes, tecnologia e comunicações, entre outros aspectos, 
contribuiu para o aumento exponencial das quantidades de produtos fabricados e distribuídos em 
todos os micro segmentos de mercados em todas as partes do mundo. Da mesma forma criou 
uma busca incansável por inovações e diversificação dos produtos, resultando em ciclos de vida 
mercadológica cada vez menores. E, embora isto se observe principalmente nos itens de 
tecnologia de informática e comunicações o fenômeno ocorre, em maior ou menor grau, em todos 
os setores do consumo. Como resultado, tem-se um volume cada vez maior de produtos 
retornados, seja para remanufatura e reuso, seja para a correta destinação final. 
 
A logística reversa é a área da logística empresarial que fecha o ciclo dos fluxos logísticos 
empresariais tradicionais da chamada logística direta: de suprimentos, internos à organização e 
de distribuição de mercadorias na direção do mercado, ocupando-se com os diversos fluxos de 
retorno de mercadorias, sob a forma de produtos de pós-venda ou de pós-consumo. 
 
Embora utilizando as mesmas técnicas e ferramentas da logística direta, mas por tratar de retorno 
de produtos a Logística Reversa tem sua atividade relacionada com a satisfação dos clientes e 
com garantia de sustentabilidade empresarial. Empresas estrategicamente perspicazes percebem 
o seu impacto no relacionamento com os clientes e com o público em geral, e pelo reflexo em sua 
imagem. 
 
A experiência tem mostrado que as empresas se posicionam de forma diferente ao tratar do 
retorno de produtos ainda não usados (defeitos em geral, assistência técnica, legislação, recall, 
etc.) e do retorno de produtos já usados (fim de vida útil, obsoletos, etc.) denominados as 
operações voltadas a cada um deles, respectivamente, Logística Reversa de pós-venda e de pós-
consumo conforme LEITE (2003). 
 
As condições peculiares do retorno de produtos usados ou Logística Reversa de pós-consumo 
justificam de certa forma esta diferença de comportamento. Algumas delas podem assim ser 
destacadas: 
• O tempo decorrido entre a transação de venda e o retorno do produto usado é em geral longo 
para produtos duráveis. 
• Os produtos ou matérias primas recuperados concorrem no mercado, direta ou indiretamente, 
com os produtos ou matérias primas originais, evidenciando conflitos de interesses de intensidade 
variada dependendo do setor. 
• A responsabilidade pelo equacionamento da Logística Reversa do retorno destes produtos é 
“difusa” entre o fabricante, os distribuidores e os varejistas. 
Vídeo Logística Reversa – Globo Ecologia 
 
25 
• O retorno de produto usado que possui componente de valor agregado alto tem interesse 
diferenciado daquele que não o possui, gerando condições de retorno radicalmente diferentes. No 
primeiro caso existe necessidade de um fator modificador de mercado pois o retorno, mesmo que 
não organizado eficientemente, acontecerá pela remuneração natural dos participantes das 
cadeias reversas. 
• O retorno de produtos usados cujo valor agregado de um de seus componentes não justifica 
economicamente uma cadeia reversa organizada requer um fator modificador de mercado que 
vem em forma de uma legislação. 
• Os custos das operações de retorno de produtos usados são geralmente relevantes, pelas 
características dos produtos, pela rede logística reversa que não aproveita a sinergia da rede de 
ida para o mercado, pela necessidade de processamentos intermediários ou embalagens 
especiais, pela eficiência operacional baixa, etc. 
 
A “difusa responsabilidade” entre os agentes envolvidos com a Logística Reversa de pós-
consumo, assim como o impacto causado no mercado pelos produtos ou matérias primas 
reaproveitados, parece justificar a demora observada na implantação de alguns programas 
organizados de Logística Reversa no país. 
 
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS - lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010) e sua 
regulamentação (decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010), coloca o ônus do 
equacionamento da Logística Reversa dos produtos usados sobre as empresas das cadeias de 
suprimentos que levam os produtos ao mercado, enfatizando um dos aspectos acima 
mencionados, o compartilhamento de responsabilidades. 
 
Dos produtos relacionados naPNRS: I - agrotóxicos, II - pilhas e baterias; III - pneus; IV - óleos 
lubrificantes, seus resíduos e embalagens; V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e 
mercúrio e de luz mista; VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes, somente os dois 
últimos não apresentavam legislação própria à época da promulgação da PNRS. Para todos estes 
produtos foi previsto na lei a obrigação de retorno de suas embalagens. 
 
Deixar às empresas e seus órgãos associativos a organização dos planos setoriais de Logística 
Reversa a serem transformados posterirormente em Acordos Setoriais foi a solução adotada, no 
entanto a heterogeneidade de produtos a serem logisticamente tratados e a experiência 
acumulada diferem entre os diversos setores. 
 
Vale lembrar que os setores de Agrotóxicos, Pneus e Óleos Lubrificantes, com programas de 
Logística Reversa implantados há mais de 10 anos, embora com desempenhos diferentes entre si 
apresentam avanços interessantes. O caso das embalagens de Agrotóxicos pode ser considerado 
um benchmark nacional e internacional, caracterizando-se por uma legislação especifica em seu 
acordo setorial que o distingue pela participação de todos os elos da cadeia. 
 
De uma forma geral os desafios da Logística Reversa são relevantes pelas características dos 
produtos retornados e pelas condições gerais de heterogeneidade dos produtos, que determinam 
soluções logísticas adequadas a cada caso. Citemos somente como lembrança a forma de 
coletar, transportar, armazenar, consolidar, processar industrialmente, selecionar e destinar os 
produtos ou materiais constituintes, que exigirão diferentes soluções. 
 
Aspectos como localizações das fontes de entrada do produto na cadeia reversa, dimensões 
físicas e peso do produto; densidade; estado físico; periculosidade, fragilidade, valor agregado do 
produto; quantidades disponíveis nos locais de coleta; necessidade de embalagem; 
processamentos prévios para movimentação; etc., exigirão igualmente soluções adaptadas a cada 
caso. 
 
Portanto a identificação e equacionamento de todos estes aspectos citados, bem como as 
informações correspondentes entre os diversos elos das cadeias reversas são vitais para a sua 
eficiência. 
 
 
26 
A execução da PNRS oferece adicionalmente desafios próprios de diversas naturezas que 
examinamos sucintamente. 
 
1) Conflito de interesses 
Duas categorias de conflito podem ser lembradas: entre empresas produtoras originais e 
empresas de reaproveitamento de resíduos e entre os elos das cadeias diretas. 
O reaproveitamento inteligente de matérias primas e componentes podem ser inseridos nas 
estratégias empresariais, evitando o que Christensen e Raynor (2003) chamam de “disruptura” de 
mercado, ou seja, a criação de concorrentes com qualidade de produto equivalente e com preços 
reduzidos, gradativamente aceitos pelo, pela redução de preconceitos e existência de 
certificações de qualidade. 
Ações colaborativas, inovadoras e pragmáticas entre fabricantes, distribuidores, comerciantes e 
inter setoriais, poderão transformar problemas de compartilhamento de responsabilidades em 
oportunidades de negócios. 
 
2) Divulgação da PNRS 
Pesquisas confirmam e a observação permite identificar a falta absoluta de notícias e informações 
na mídia em geral acerca da PNRS. O público consumidor não está absolutamente informado e os 
principais agentes envolvidos com a Logística Reversa estão pouco informados acerca das 
resoluções e dos objetivos principais da PNRS. 
Torna-se imperativo melhorar este cenário através de divulgação, por parte de governo e 
empresas responsáveis e envolvidas na PNRS, de forma a dar ciência e permitir a consecução de 
ações e obtenção de resultados. Informações sobre as resoluções e discussões realizadas nos 
comitês da PNRS deveriam vir a público com alguma frequência, permitindo que aquele agentes 
diretamente interessados nos programas futuros possam assegurar e avaliar os recursos 
necessários para sua consecução. 
É de conhecimento geral a existência de preconceitos sobre os produtos reaproveitados ou com 
conteúdo de reciclados, que poderiam ser bem entendidos e aceitos através de divulgação 
adequada, além do que poderiam incentivar a certificação de qualidade destes processos e dos 
itens deles resultantes. 
 
3) Desafios dos Transportes 
A logística reversa e a PNRS sofrem as dificuldades geradas atualmente pela distorção na matriz 
de transporte brasileira, que tem uma predominância de mais de 60% do modal rodoviário. Como 
característica, os produtos de pós-consumo apresentam valor agregado e relação peso/volume 
baixos, exigindo modais de baixo custo. Os mais indicados nestes casos são os de cabotagem e 
fluviais, que sabemos serem pouco disponíveis e incentivados no país. Muitos são os exemplos 
de cadeias reversas de produtos usados, embora com tecnologia disponível e processos 
dominados, que não são factíveis devido aos custos de transporte nas enormes distancias 
brasileiras. Este cenário não será resolvido em curto prazo e, será necessário conviver com ele 
por muito tempo, além de representar um desafio futuro. 
 
4) Desafios no Reaproveitamento 
O parque industrial das cadeias reversas de reaproveitamento de produtos usados no Brasil 
caracteriza-se pela sua dispersão geográfica e por ser constituído por micro ou pequenas 
empresas, com intensivo uso de mão de obra e baixa tecnologia, redundando em produtividade 
também baixa. As estimativas mais recentes para o Brasil revelam que as capacidades existentes 
não serão suficientes para o tratamento das quantidades previstas pela PNRS. Processos de 
reaproveitamento com tecnologia e normas de trabalho adequadas, tanto quanto outros processos 
industriais, podem ser realizados com produtividade e sucesso empresarial. Normalmente os 
produtos que tiveram sua reciclagem ou remanufatura realizadas com rigor de processos e em 
condições corretas, apresentam custos inferiores aos produtos ou matérias primas originais e sua 
reintegração ao processo produtivo é o objetivo principal da PNRS. 
Deveríamos portanto estar presenciando um avanço importante nesta área, inclusive com 
incentivos de diversas naturezas, para a adequação do parque industrial de reaproveitamento no 
Brasil. 
 
27 
Será necessário o aumento de escala e melhoria significativa de tecnologia para a garantia de 
sistemas organizados de reaproveitamento. Torna-se necessário, outrossim, a geração de 
empresas de porte maior que trabalhem com normas e certificações, que possam garantir um 
trabalho racional e profissional nesta área e para que haja consistência de produção e qualidade 
nos resultados. Ainda encontra-se em estágio embrionário a normatização e certificações que 
possam garantir consistência em qualidade nesta área. Leite (2013), baseado em estudos 
brasileiros, menciona que no caso dos eletroeletrônicos as condições industriais estão aquém das 
necessidades futuras possíveis para o reaproveitamento mesmo que parcial do “lixo eletrônico” 
brasileiro. 
 
5) Custos gerais de Logística Reversa 
Embora os custos de reaproveitamento, realizados com escala, qualidade e com processos 
adequados sejam compensadores de uma forma geral, os custos de Logística Reversa 
propriamente dita, ou seja, os custos operacionais de coleta, transporte, manuseio, etc., são por 
natureza altos, quando comparados com a logística direta. 
 
Neste sentido, embora se saiba que alguns dos desafios acima mencionados sejam de longo 
prazo, algumas oportunidades existem, como por exemplo: 
• Adequação dos projetos dos produtos às necessidades de reaproveitamento reduzindo os 
custos envolvidos. Isto envolve uniformização de materiais, redução de soldas e ligações 
permanentes, identificação das partes, uso dos conceitos de rastreabilidade, etc. 
• Organização eficiente da rede de atividades da Logística Reversa: formas de coleta, transportes, 
localizaçãodestas atividades, processamentos intermediários, etc. 
• Aumento das escalas de atividades em todas as áreas das cadeias reversas de pós-consumo 
propiciando melhores tecnologias, consistência e qualidade nas atividades. 
• Implantação tecnologias de tratamento de resíduos sólidos com alto desempenho para escalas 
maiores. 
• Destinação de recursos adequados para capacitação de mão de obra qualificada e recursos em 
equipamentos. 
• Adequação de soluções e incentivos governamentais para áreas industriais e comerciais que 
estejam envolvidas com a execução de programas de Logística Reversa. Este aspecto é de vital 
importância na medida em que, além das conhecidas tributações redundantes que oneram muito 
os produtos reaproveitados e o seu uso posterior, seriam necessários incentivos em forma de 
financiamentos para melhorias tecnológicas, condições especiais de transporte, entre outras 
providencias e inovações necessárias a esta área, que poderá gerar um PIB de economia reversa 
considerável, além de apreciável quantidade de empregos. 
 
Planos de Logística Reversa referindo-se à PNRS têm sido apresentados com certa frequência, 
principalmente na esfera estadual, através de chamamento para “compromissos setoriais” 
estaduais, provavelmente com a intenção de intensificar ações e reduzir os prazos de instalação 
de programas de Logística Reversa nas unidades da Federação. No entanto, é baixa a percepção, 
da sociedade e dos envolvidos com estas áreas, de ações efetivas de implantação destes 
programas de Logística Reversa. 
 
Embora as dificuldades para a implantação de programas de logística reversa apresentadas 
acima sejam muitas, os prazos estipulados pelos responsáveis do governo já foram há muito 
superados. Aguardamos esperançosos que sejam postos em prática. 
 
Referências bibliográficas 
CHRISTENSEN, CALYTON M. E RAYNOR MICHAEL E. – O Crescimento pela Inovação – editora 
Campus , São Paulo, 2003. 
 
LEITE, PAULO ROBERTO – Logística Reversa – Meio Ambiente e Competitividade – editora 
Pearson Education Selo Prentice Hall , São Paulo, 2003. 
 
LEITE,PAULO ROBERTO - Peculiaridades Da Logística Reversa De REEE (Resíduos de 
Equipamentos Elétricos e Eletrônicos)- Revista Tecnologistica abril 2013. 
 
28 
Texto de Apoio 3. LOGÍSTICA REVERSA [DE PÓS-VENDA] EFICAZ EM CINCO ATITUDES 
Ciashop - (fevereiro de 2012) 
 
A logística do e-commerce é muito discutida atualmente e, por mais que se fale em entregas de 
encomendas, há sempre o que discutir e rever sobre o assunto. Isso porque um processo logístico 
eficiente é muito cobrado das empresas virtuais, pelos próprios consumidores adeptos do 
comércio eletrônico. Ao se tratar, especificamente, de logística reversa há muito a ser analisado, 
pois apesar de ser bom para o cliente (afinal receberá outro produto, caso o seu esteja com algum 
problema), e bom para o lojista (que terá a oportunidade de provar ser uma empresa 
comprometida), ninguém quer passar pelos transtornos de realizar um processo logístico ao 
contrário. No entanto, é preciso estar sempre preparado. Fazendo essas considerações, 
separamos algumas atitudes que, certamente, serão úteis na preparação de uma logística reversa 
mais eficaz, quando esta se fizer necessário: 
 
1. Faça um atendimento de primeira. Não passe a tratar o cliente com desprezo quando o mesmo 
solicitar que o produto seja trocado ou devolvido para a loja. Lembre-se que falhas acontecem e 
que o consumidor tem o direito de fazer essa solicitação segundo o artigo 49 do Código de Defesa 
do Consumidor. Portanto, atenda bem, acalme o cliente, analise o caso e trace os próximos 
procedimentos; 
 
2. Tenha uma equipe preparada para reverter a situação. Na web, a velocidade das ações é 
fundamental, por isso, é importante contar com pessoas preparadas para receber tais solicitações 
e providenciar o processo de troca/devolução de maneira rápida e profissional. Pois, tanto a 
logística tradicional quanto a reversa engloba níveis de serviço, armazenagem, transporte, 
estoque, fluxo de materiais e sistema de informação; 
 
3. Providencie pontos de troca. Para lojas virtuais que possuem filiais físicas ou conveniadas, é 
interessante oferecer a possibilidade de o cliente entrar em contato com um ponto de troca mais 
próximo, para realizar a troca por um novo produto ou fazer a devolução do mesmo, facilitando o 
processo logístico e tornando-o mais rápido; 
 
4. Combine as condições de entrega. Um processo já adotado por algumas empresas virtuais é 
combinar a retirada do produto em uma data programada e enviar o outro item para que seja 
entregue no ato da retirada do primeiro. Dessa forma, uni-se o fluxo logístico de entrega com a 
logística reversa; 
 
5. Foque a satisfação do consumidor. Além de a concorrência ser grande nas vendas virtuais, 
uma falha pode representar um motivo justo para o cliente mudar de loja. Por isso, ao receber a 
solicitação de troca ou devolução é preciso ter o foco na satisfação do cliente, ou seja, ser 
eficiente ao ponto de o consumidor reconhecer que sua loja é realmente comprometida e 
responsável ao solucionar um problema. 
 
Empresas online que não possuem um processo logístico reverso bem elaborado perdem clientes 
pela falta de uma solução ao lidar com situações inesperadas. Na mesma proporção, preparar a 
loja virtual para atender solicitações de troca e devoluções quando preciso, faz com que a 
organização conquiste mais credibilidade e reconhecimento no comércio eletrônico. 
 
Faça a leitura dos Textos de apoio e responda as seguintes questões: 
– Como é o cenário do mercado atual com relação a logística reversa? 
– Qual o conceito de logística reversa? Quais os tipos de logística reversa? 
– Por que as empresas se posicionam de forma diferente com relação a logística reversa? 
– O que é a Política Nacional de Resíduos Sólidos? 
– Quais os desafios para a logística reversa de pós-consumo? 
– Como organizar uma logística reversa de pós-venda de forma eficaz? 
– Qual a relação da logística reversa com o sistema de e-commerce? 
 
 
29 
O que é Logística Reversa? Como ela se subdivide? 
 
O aumento de interesse na logística reversa ocorre principalmente devido a: 
 
 Legislação e Questões Ambientais 
 Benefícios econômicos do reaproveitamento 
 Razões competitivas – Diferenciação por serviço; 
 
“Em uma perspectiva de logística de negócios, o termo refere-se ao papel da logística no retorno de 
produtos, redução na fonte, reciclagem, substituição de materiais, reuso de materiais, disposição de 
resíduos, reforma, reparação e remanufatura....” 
STOCK (1992:73) 
 
“Processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de materiais do ponto de consumo 
ao ponto de origem, com o objetivo de recapturar valor ou realizar um descarte adequado” 
LACERDA (2009) 
 
Um planejamento de Logística Reversa envolve praticamente os mesmos elementos de um plano 
logístico convencional: nível de serviço, armazenagem, transporte, nível de estoques, fluxo de 
materiais e sistema de informações. 
 
 
Figura 8: Representação Esquemática dos Processos Logísticos Direto e Reverso: Fonte: Lacerda (2009). 
 
Processo envolve uma estrutura para recebimento, classificação e expedição de produtos 
retornados, bem como um novo processo no caso de uma nova saída desse mesmo produto. Irá 
depender do tipo de material e do motivo pelo qual eles entram no sistema. Assim a Logística 
reversa pode ser dividida em Logística Reversa de Pós-Venda e Logística Reversa de Pós-
Consumo. 
 
 
30 
Logística Reversa de Pós-Venda 
 
O ciclo de vida do produto não termina mais ao chegar no consumidor final. Parte dos produtos 
necessita retornar aos fornecedores por razões comerciais, garantias dadas pelos fabricantes, erros 
no processamento de pedidos e falhas de funcionamento. 
 
 
Figura9: Logística reversa de Pós-venda: Fonte: Leite (2009). 
 
Logística Reversa de Pós-Consumo 
 
Administrar não somente a entrega do produto ao cliente, mas também o seu retorno, direcionando-
o para ser descartado ou reutilizado. 
 
 
Figura 10: Logística reversa de Pós-consumo: Fonte: Leite (2009). 
 
31 
 
 
Figura 11: Atividade Típica do Processo Logístivo Reverso. Fonte: Lacerda (2009). 
 
 
“A Logística Reversa não serve necessariamente para aprimorar a produtividade logística. No 
entanto, o movimento reverso é justificado sobre uma base social e deve ser acomodado no 
planejamento do sistema logístico. [...]. O ponto importante é que a estratégia logística não poderá 
ser formulada sem uma consideração cuidadosa dos requerimentos da logística reversa”. 
Bowersox et al (2001). 
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32 
 
Exercícios de Revisão I 
1. Defina, com suas palavras, os conceitos de logística e cadeia de suprimentos (supply chain 
management). Apresente sua importância para as organizações. 
2. Cite quais são as atividades primárias e de apoio da logística. 
3. Discorra sobre o desenvolvimento do termo logística. 
4. Para o desenvolvimento de um bom nível de serviços é necessário que a empresa observe 
algumas etapas. Que etapas são essas? 
5. A Cia. Alonso de Auto Peças Ltda. distribui peças para oficinas de reparo de automóveis 
localizadas em grande área metropolitana. Embora se trate de um mercado competitivo, a Cia. 
Alonso gostaria de oferecer níveis de estoque adequados às oficinas atendidas, ao mesmo tempo em 
que deseja maximizar seus lucros. Ela é sabedora de que, à medida que aumenta a percentagem 
média de atendimentos aos clientes (nível de serviço), maior é seu custo de estoques. A fim de 
determinar a influência dos níveis de estoque no percentual de atendimento aos clientes, a Alonso 
fez um levantamento dos principais itens de seu estoque nos últimos seis meses. A seguinte tabela 
foi preparada: 
 
 
A partir dos dados apresentados nessa tabela, pode-se concluir que o maior lucro ocorrerá quando o 
nível de serviço for equivalente a: 
(A) 80%. (B) 85%. (C) 90%. (D) 95%. (E) 98%. 
 
6. Qual a importância dos Sistemas de Informações para a Logística? Cite no mínimo três 
benefícios para o processo logístico com a implantação de sistemas de informações. 
7. Aponte quais os três principais sistemas de informação utilizados pela logística, falando 
resumidamente de suas principais funções. 
8. O que é logística reversa? Como ela se subdivide? Exemplifique. 
9. Por que as empresas começaram a se preocupar com a logística reversa? 
 
 
 
33 
UNIDADE 3 – PROCESSO DE SUPRIMENTOS 
1. Compras Empresariais 
 
“Compra empresarial é a função do sistema de suprimentos responsável pela aquisição de bens e 
serviços necessários para a empresa cumprir seus objetivos relacionados com produção, venda, 
operação, distribuição, manutenção, transporte, administração e prestação de serviços” (MONTE 
ALTO, PINHEIRO e ALVES, 2011). 
 
Objetivos: 
 
 Obter um fluxo contínuo de suprimentos a fim de atender aos programas de produção 
 Coordenar esse fluxo de maneira que seja aplicado um mínimo de investimento que afete a 
operacionalidade da empresa 
 Comprar materiais e insumos aos menores preços, obedecendo a padrões de quantidade e 
qualidade definidos 
 Procurar dentro de uma negociação justa e honrada as melhores condições para a empresa, e 
em bons termos de pagamento 
 
Para determinar a quantidade a ser comprada, é necessária uma previsão da necessidade de 
suprimentos, que será desenvolvida de acordo com as necessidades da produção (ou, no caso de 
prestação de serviços, necessidades operacionais). 
Figura 8: Relacionamento entre Programação da produção e suprimento de materiais. Fonte: Ballou (2006) 
 
34 
 
O Comprador 
 
 Seleciona e qualifica fornecedores 
 Avalia desempenho de fornecedores 
 Negocia contratos e programa as compras 
 Compara preço, qualidade e serviço 
 Pesquisa bens e serviços e avalia o valor recebido 
 Mensura a qualidade recebida 
 Prevê mudanças de preços e às vezes de demanda 
 Especifica a forma que os produtos devem ser recebidos 
 
Função do comprador é muito sensível e está sujeita a princípios de conduta nos negócios, já que 
ele lida com grandes somas de dinheiro. Ele chega a alcançar grande poder e prestígio com os 
fornecedores e mesmo com o pessoal da própria empresa - princípios de Conduta nos negócios - 
Ética 
 
 
Quadro 1: Atitudes antiéticas. Fonte: (MONTE ALTO, PINHEIRO e ALVES, 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
Dinâmica: Laranjas Ugli 
 
35 
2. Fases do Processo de Compra 
 
a) Fase de análise da solicitação de compra 
 
Possibilita o esclarecimento de todos os detalhes para que se realize uma boa compra. Necessário 
uma análise criteriosa: 
- Qualidade Adequada 
- Descrição 
- Unidade de compra 
- Quantidade 
- Embalagem 
- Prazo de entrega ao cliente interno 
- Condições de pagamento 
- Aplicação 
- Garantia 
 
b) Fase de seleção de fontes de fornecimentos 
 
Busca dos fornecedores aptos a participar da próxima fase (licitação) 
 
Eficiência de Compras está diretamente ligada ao grau de atendimento e ao relacionamento entre o 
comprador e o fornecedor 
 
Departamento de Compras deve manter em seu cadastro um registro de no mínimo três 
fornecedores para cada tipo de material. Não é recomendado uma empresa depender do 
fornecimento de apenas uma fonte, sem qualquer alternativa. 
 
c) Fase de solicitação de propostas aos fornecedores (cotação) 
 
Apresentam suas propostas procurando informar preços, prazos e condições de pagamento. 
Consulta pode ser: 
- Verbal 
- Escrita 
- Eletrônica 
 
 
d) Fase de análise e julgamento de propostas 
 
Fase mais crítica e complexa – efetua-se o exame, a comparação e a escolha das condições técnicas 
e comerciais oferecidas. Perguntas a serem feitas: 
- As especificações foram atendidas? A qualidade é adequada? 
- Será necessário interação com outras áreas? 
- Como está o mercado ofertado? (preços) 
- Quais as condições de entrega e de pagamento? 
 
Sugestão: fazer um quadro comparativo 
 
Fornecedor: toda empresa interessada em suprir as necessidades de outra empresa (matéria-
prima, serviços e mão-de-obra) 
 
36 
Praticando 5: Elaborando um processo de compra 
- Escolher um produto para compra. Fazer uma requisição de compra que aponte: descrição, 
unidade de compra, quantidade, embalagem, qualidade, prazo de entrega, condições de 
pagamento, aplicação e garantia desejada. 
 
- Escolher três fornecedores potenciais e fazer o seu cadastro. 
 
- Fazer cotação com os três fornecedores escolhidos, indicando a forma de contato 
 
- Fazer quadro comparativo e indicar o fornecedor escolhido, justificando esta escolha 
 
 
 
e) Fase de negociação 
 
Saber negociar é uma das habilidades mais exigidas de um comprador. Importante que o negociador 
conheça as características do bem ou do contrato negociado. Importante ter conhecimento 
interpessoal dos negociadores. Normalmente o comprador negocia: 
 
Condições de pagamento: comprador procura sempre melhorar a condição de pagamento ou obter 
descontos no preço sem que outras condições sejam afetadas. É fundamental a avaliação das 
diferenças de preços à vista e com parcelamento. Esta avaliação deve ser feita em conjunto com o 
departamento financeiro. 
 
Preço: é importante que o comprador conheça e utilize a análise preço-custo e tenha conhecimentodos sistemas de custos, especialmente na formação dos preços e impacto dos impostos. 
 
Prazos: os prazos para recebimento da mercadoria são fixados de acordo com as necessidades da 
produção. Embora Compras não defina prazos, deve trabalhar para que os mesmos sejam cumpridos 
pelos fornecedores, pois o não cumprimento desses prazos normalmente implicam em custos 
adicionais. 
 
Condições de descontos: no caso de descontos em função da quantidade comprada, a análise é vital, 
pois é preciso determinar se a redução no preço compensa os custos operacionais devido a maiores 
níveis de estoque. 
 
Frete: Com maior abrangência geográfica dos negócios, o frete representa uma parcela muito maior 
do custo dos produtos. Atentar-se para se o frete é tipo: 
FOB (free on board) = comprador assume todos os riscos e custos com o transporte da mercadoria. 
CIF (cost, insurance & freight) = o fornecedor é responsável por todos os custos e riscos com a 
entrega da mercadoria. 
 
 
 
 
 
 
 
Dinâmica: balas 
 
37 
Texto de Apoio 2: 7 características essenciais de um bom negociador 
 
Comunicar-se bem e falar 'não' na hora certa são atributos dos negociadores profissionais 
Priscila Zuini, de 
São Paulo – Todo mundo já nasce sabendo negociar. Esta é a visão dos especialistas no assunto. A grande 
diferença, no entanto, é saber fazer este processo de forma consciente. “O negociador profissional tem 
consciência de todo o processo de influência, de convencimento e de abordagem”, diz Mário Rodrigues, 
diretor do Instituto Brasileiro de Vendas (IBVendas). Ser um negociador melhor inclui entender que esta não 
é uma situação de conflito. “A negociação só acontece porque existem partes com ideias distintas. Se não 
tiver tensão, não precisa negociar”, indica Rodrigues. Isso não significa que toda negociação deve ser uma 
batalha. “Não é uma luta. Os dois lados têm que sair felizes”, diz Ortega. 
1. Busque a objeção 
Tendo em vista que a negociação é uma situação de tensão, é preciso enxergar a objeção do cliente como um 
sinal de compra. “Gostar de objeção e do questionamento é negociar bem. Quando a pessoa propõe uma 
barreira, ela quer um convencimento e indica que quer comprar com você”, ensina Ortega. Falta de objeção 
indica falta de interesse do cliente. 
2. Estar pronto para o “não” 
Para Ortega, saber dizer 'não' é essencial para ser um negociador que tem lucros. “Quando aprende a dizer 
não, passa a ser mais comandante da negociação”, explica. Segundo ele, os empreendedores não podem se 
intimidar e nem se omitir durante a negociação. Mesmo negando um desconto maior, por exemplo, é preciso 
propor algo para agradar o cliente. 
3. Criar empatia 
A empatia é uma das qualidades indispensáveis, segundo Rodrigues. “O bom negociador está acostumado a 
lidar com gente. É capaz de se colocar no lugar do outro”, explica. As pessoas gostam de se sentir 
confortáveis na hora da venda. “Negociação se faz com clima empático e não trágico. Tem que criar sintonia 
com o cliente para evitar conflito”, diz Ortega. 
4. Ter calma 
Não se mostrar muito ansioso ou afobado é importante. “É preciso calma. Cale-se e venda. Meça a opinião 
do cliente conforme as respostas dele”, diz Ortega. Ouvir o cliente é essencial para conduzir a negociação. 
Usando os argumentos do próprio consumidor fica mais fácil entender o que ele quer e auxiliar na tomada de 
decisão. 
5. Ser comunicativo e criativo 
A comunicação também é uma característica comum aos empreendedores que negociam bem. “É uma coisa 
mais natural, mas existem técnicas que ajudam a desenvolver. É fundamental passar claramente sua posição 
para mostrar detalhes que o cliente talvez não tenha visto”, indica Rodrigues. 
6. Ter capacidade investigativa 
Faça perguntas. Este é o conselho para quem quer aprender a negociar melhor. Ter capacidade investigativa 
para descobrir o que o cliente quer de verdade com a compra é bastante relevante. “Não se dar por satisfeito 
com as primeiras respostas ajuda muito”, afirma Rodrigues. 
7. Ter tino comercial 
Pode parecer óbvio que os empreendedores precisam de tenacidade comercial, já que seu objetivo é vender 
algo. Mas Rodrigues explica que esta habilidade vai além disto. “É a capacidade de fazer acontecer, um 
senso de urgência, de não perder oportunidades”, diz. 
 
38 
f) Fase de contratação: colocação da ordem de compra 
Definição das condições de contratação – evitar problemas e custos posteriores 
 
g) Fase de Administração do fornecimento 
 
Garantir que as condições contratadas sejam efetivamente cumpridas pelo fornecedor = 
acompanhamento, avaliação e controle 
 
ATENÇÃO PARA: 
 
 Solicitação de compra: recomendações, identificação, padrões e unidades de fornecimento 
devem estar claros e definidos. 
 Seleção e Avaliação de fornecedores: encontrar fornecedores que possuam condições de 
fornecer os materiais necessários dentro das quantidades, dos padrões de qualidade, no prazo 
determinado, com preços competitivos e com as melhores condições de pagamento. 
 Relacionamento com fornecedores: confiança mútua como instrumento eficaz. Quanto mais 
clara e aberta a negociação, maiores são as chances de boa compra. 
 Princípio da Alavancagem em compras: Pequena redução de custo na aquisição gera um 
impacto mais do que proporcional nos lucros da empresa. Para conseguir alavancagem os 
compradores: renegociam contratos, oferecem ajuda, mantém pressão, reduz número de 
fornecedores (escala). 
 
 
3. Situações especiais em compras 
 
Compras no setor público 
 
Aquisições de qualquer natureza obedecem à lei 8.666/93. 
 
Licitações – procedimento administrativo para compras e contratações no serviço público; propicia 
igualdade de oportunidades entre os participantes. As modalidades de licitação são: 
 
- Concorrência: contratos de grande porte - compras e serviços acima de R$ 650 mil; obras e 
serviços de engenharia acima de R$ 1,5 milhão. 
 
- Tomada de preço: compras e serviços de R$ 80 mil até R$ 650 mil. Obras e serviços de 
engenharia de R$ 150 mil até R$ 1,5 milhão. 
 
- Convite: solicitação escrita a pelo menos três interessados. Compras e serviços de R$ 8 mil até R$ 
80 mil, obras e serviços de engenharia de R$ 15 mil até R$ 150 mil 
 
- Concurso: escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou 
remuneração aos vencedores 
 
- Leilão: venda de bens móveis inservíveis ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, 
ou para a alienação de bens imóveis. 
 
Processos licitatórios 
 
 
39 
Dispensa e Inexigibilidade: é inexigível e dispensada à licitação quando houver inviabilidade de 
competição, ou seja, para aquisição de materiais, equipamentos e prestação de serviços exclusivos 
de um fornecedor ou empresa. Necessária comprovação de um órgão competente, sindicato ou 
entidades equivalentes. 
 
Pregão: lei 10.520/02 para aquisição de bens e serviços comuns, independente do valor estimado da 
contratação, em que o fornecimento é feito por meio de propostas e lances. Existe o Pregão 
Presencial em que é aberto a Seção frente participação dos interessados e Pregão Eletrônico onde é 
feito a compra por meio eletrônico, computador e internet. 
 
 
Compras eletrônicas 
 
“Compra eletrônica é todo o processo de aquisição de bens e serviços utilizando a internet como 
meio para selecionar a proposta mais vantajosa para atender as necessidades da empresa” (MONTE 
ALTO, PINHEIRO e ALVES, 2011). Tipos mais comuns no Brasil: 
 
B2B – Business to Business - Transações de comércio entre empresas 
 
B2C – Business to Consumer - Comércio entre empresa e consumidor 
 
B2G – Business

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