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UNICEUB – Centro Universitário de Brasília Graduação em Engenharia Civil Disciplina: Hidrologia Aplicada Escoamento superficial - continuação - Prof.: Wendy F. Ataide Brasília, 09 de maio de 2018 Método do Número da Curva 𝐸𝑆 = 𝑃𝑇 − 0,2. 𝑆 2 𝑃𝑇 + 0,8. 𝑆 ⇒ 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑃𝑇 > 𝐼𝑎 𝐸𝑆 = 0 ⇒ 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑃𝑇 ≤ 𝐼𝑎 𝐼𝑎 = 0,2. 𝑆 𝑆 = 25400 𝐶𝑁 − 254 Chuva efetiva (ou lâmina de escoamento superficial) pelo método SCS (número da curva) para chuva de intensidade variável O método pode ser utilizado para calcular o escoamento superficial durante um evento de chuva complexo. Deve-se primeiramente calcular os valores acumulados de chuva. Posteriormente, são calculados os valores acumulados de escoamento superficial. Exemplo 1: qual é a chuva efetiva durante um evento de precipitação dado na tabela abaixo numa bacia com solo do tipo C e cobertura de pastagem em estado normal? Tempo (min) Precipitação (mm) Precipitação acumulada (mm) ES acumulado (mm) ES em cada intervalo (mm) 10 5 20 6 30 14 40 11 Método do Número da Curva, CN em bacias rurais Campos permanentes Método do Número da Curva, CN em bacias rurais Chuva efetiva pelo método SCS (número da curva) para bacias heterogêneas O método pode ser utilizado quando uma bacia não tem cobertura vegetal homogênea, ou quando existem dois ou mais tipos de solos na bacia. Nesse caso, o valor de CN é calculado como uma média ponderada. Bacia experimental do Córrego Capão Comprido Exemplo 2: qual a lâmina de escoamento superficial para uma bacia em que 30% da área é urbanizada (zona industrial) e 70% é rural (plantação de cereal em curva de nível)? Considere que os solos são extremamente argilosos e rasos. A precipitação total é de 60 mm. Método do Número da Curva Tipo SCS Características Textura A Solos com baixo potencial de geração de escoamento superficial: solos arenosos ou siltosos, profundos e de alta capacidade de infiltração Arenosa; Areia Franca; Franco Arenosa B Solos com pouco teor de argila, menos profundos ou com mais argila do que os solos do tipo A e de média capacidade de infiltração Franco Siltosa; Franca C Solos com mais teor de argila do que os solos do tipo B, com uma camada mais impermeável abaixo da superfície ou pouco profundos Franco Argilo Arenosa D Solos com alto potencial de escoamento superficial: solos argilosos, solos rasos sobre rochas impermeáveis, solos com lençol freático próximo à superfície, solos com capacidade de infiltração muito baixa Franco Argilosa; Franco Argilo Arenosa; Argilo Arenosa; Argilo Siltosa; Argilosa P o te n c ia l d e e s c o a m e n to Método do Número da Curva, CN em bacias urbanas Método do Número da Curva, CN em bacias urbanas Exemplo 3: para as condições abaixo, determine a lâmina de escoamento superficial pelo Método do Número da Curva. A precipitação total é de 130 mm. Uso do solo % de ocupação da área Tipo de solo 1. Milho (cereal) em fileiras retas 20 A 2. Pastagens boas com curva de nível 30 B 3. Florestas normais 50 C A lâmina de escoamento superficial independe da duração da chuva. A estimativa das perdas iniciais (Ia = 0,2 . S) não tem base física. Os valores de CN foram obtidos com base em trabalhos realizados apenas nos Estados Unidos. Aspectos negativos do método do número da curva É o método mais utilizado na Engenharia Hidrólogica em todo o mundo. É um método simples, que permite o cálculo da chuva efetiva utilizando apenas um parâmetro. O método foi desenvolvido a partir de dados experimentais. Aspectos positivos do método do número da curva Fração da chuva que gera o escoamento superficial. É responsável pelo aumento rápido da vazão de um rio durante e após a chuva. Nem toda a chuva efetiva gerada chega imediatamente ao curso d’água. O escoamento percorre um caminho com velocidades variadas (declividade e comprimento). Chuva efetiva Hidrograma Representação gráfica da variação da vazão de escoamento superficial (medida no exutório) com o tempo. A resposta de uma bacia a um evento de chuva depende das características físicas da bacia e das características do evento, como duração e intensidade da chuva. Hidrograma Ascenção: relacionada a intensidade de precipitação; Pico: quando o hidrograma muda de inflexão; Recessão: o escoamento subterrâneo contribui para a vazão do rio. Hidrograma Hidrograma Hidrograma Hidrograma Hidrograma Hidrograma Hidrograma Hidrograma Hidrograma Hidrograma Hidrograma Escoamento superficial Escoamento superficial Escoamento subterrâneo 1 2 5 3 4 6 1 – Início do escoamento superficial 2 – Ascensão do hidrograma 3 – Pico do hidrograma 4 – Recessão do hidrograma 5 – Fim do escoamento superficial 6 – Recessão do escoamento subterrâneo Hidrograma O que define a forma do hidrograma? Forma do hidrograma tempo Q Bacia circular ou semi-circular Bacia alongada Forma da bacia Forma do hidrograma tempo Q Bacia montanhosa Bacia plana Relevo Forma do hidrogramaOcupação Chuvas de mesma intensidade e mesma duração tender a gerar hidrogramas semelhantes. Chuvas mais intensas tendem a gerar mais escoamento, enquanto chuvas menos intensas geram menor vazão de pico. É comum admitir-se que existe uma relação linear entre a chuva efetiva e a vazão no exutório. Para prever o hidrograma gerado por uma chuva é utilizada a teoria do hidrograma unitário. Exemplo 4: qual é a lâmina escoada superficialmente a cada intervalo de tempo durante o evento de chuva dado na tabela abaixo numa bacia rural (plantações de cereais em curva de nível) com solos com alta capacidade de infiltração? Qual é o intervalo de tempo em que é gerado o máximo escoamento superficial? Tempo (min) Precipitação (mm) Precipitação acumulada (mm) ES acumulado (mm) ES em cada intervalo (mm) 10 5 20 16 30 14 40 11 50 5
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