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PROC CIVIL 20 09 17

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PROCESSO CIVIL II
20-09-17
DA CONTESTAÇÃO 
- PRELIMINARES: P.P e C.A
- DAS PREJUDICIAIS DE MÉRITO – MÉRITO INDIRETO
É qualquer alegação de fato que impede, modifica ou extingue o direito do autor. Pagamento da obrigação (extingue o direito), pagamento parcial ou transação de acordo (modifica o direito de exigir o devido). Fatos impeditivas do direito: cláusulas resolutiva e suspensivas, prescrição e decadência. 
- MÉRITO: Artigo 487, CPC
Por fim cumprirá ao réu, após realizar suas defesas de índole processual (preliminares peremptórios e dilatórias) e realizado a sua defesa de mérito indireta, que consiste na alegação de FATO impeditivo, modificativo, extintivo do direito do autor. Caberá ao réu realizar a sua defesa de mérito direta e Mutatis Mutandi seria o equivalente a um processo penal a negativa da autoria e materialidade do fato, ou seja, é a negativa praticada pelo réu, quanto aos fatos alegados pelo autor.
OBS 1: Como já dito à curadoria especial, é permitido a chamada contestação por negativa geral que consiste em um simples “negar o próprio mérito”.
OBS 2: Após todas as alegações, cumpre ao réu realizar os seus requerimentos. A começar pelas preliminares peremptórias, que conduzem a extinção do feito sem resolução de mérito, artigo 485 CPC, depois as dilatórias, que conduzem ao retardo na marcha processual, e, após, cumprirá depois realizar os requerimentos de mérito a começar pelas defesas de mérito indiretas e depois as defesas de mérito diretas, cumprindo assim o artigo 341, CPC.
- DA RECONVENÇÃO
É a espécie do gênero defesa do réu e consiste segundo a doutrina em verdadeiro contra-ataque, ou seja, a reconvenção é verdadeira demanda (exercício do direito de ação), realizada pelo réu em face do autor. A reconvenção nada mais é que uma ação que o réu propõe em face do autor, contudo, o faz no corpo da contestação, desde que seja conexa a ação e que o juiz seja competente para conhecê-la.
Acidente de carros onde o veículo A diz que foi batido pelo B e o B diz que a culpa é do A. Um irá propor a ação e o outro poderá propor reconvenção. Em verdade, a reinvenção é uma ação que por questões de economia processual e celeridade (instrumentalidade das formas) é proposta pelo réu no corpo da contestação tendo os seus próprios pedidos em face do autor.
Segundo o artigo 343, CPC, o código seguindo com sua simplicidade, determinou que a contestação também abarca-se à reconvenção, de forma que hoje a reconvenção se tornou um tópico da contestação que dá ensejo ao chamado pedido reconvencional. Observe que o prazo para apresentação da reconvenção é o da contestação e o veículo é a própria peça contestatória, ou seja, o réu não pode apresentar em peça apartada a reconvenção, devendo esta integrar o corpo da contestação. Observe-se que a natureza jurídica da reconvenção é de ação, tanto é que se o autor desistir da ação a reconvenção pode prosseguir. Observe-se também que a reconvenção é admissível inclusive em litisconsórcio com terceiro. Por fim, deve-se deixar claro alguns pontos:
1º Nomenclatura: Na reconvenção o réu vira reconvinte e o autor reconvindo.
2º Com a apresentação da reconvenção, caberá ao juiz intimar de imediato o autor para apresentar resposta. A resposta à reconvenção abordará as mesmas matérias da contestação, ou seja, preliminares prejudiciais e mérito propriamente dito. Sob pena de não o fazendo, incorrer ao autor em revelia.
3º Afirma o parágrafo 6º do artigo 343 que o réu pode propor reconvenção independente de contestação. Quer dizer que o réu pode apresentar somente pedido reconvencional, mas arcando ele com o ônus de sua inação (omissão).
O código promoveu o sincretismo das peças de defesa, acabando com o formalismo exacerbado do código de 73, admitindo assim que as antigas impugnações a gratuidade de Justiça e ao valor da causa fossem deduzidas como preliminares, artigo 337. Assim como a exceção de incompetência relativa. E, ainda, fundiu a reconvenção à contestação. Entretanto, manteve por fora a suspeição e impedimento. A suspeição e o impedimento não são defesas do réu, são garantias ao próprio poder judiciário, pois o exercício da jurisdição deve se dar de maneira imparcial, logo, tanto uma quanto a outra, dizem respeito à parcialidade do juiz, razão pela qual o código admitiu que a sua alegação se dê em qualquer momento processual e por simples petição dirigida ao juízo informando os motivos pelos quais impugna a sua imparcialidade. Artigo 146, CPC.
DA AUSENCIA DE RESPOSTA
No processo civil, por ser um processo dispositivo (à disposição das partes) é admissível que o réu citado nada faça, ou seja, a sua resposta é uma inação, nestes casos, caso o réu citado não apresente contestação, ocorrerá a chamada revelia artigo 344, primeira parte.
Os efeitos da revelia, caso seja verificada pelo juiz, é a presunção relativa da veracidade dos fatos alegados pelo autor, podendo ou não importar em julgamento antecipado da lide.
Observe-se que a revelia uma vez reconhecida, não opera por si só, o julgamento dos pedidos do autor, ou seja, não é porque o réu não contestou que o juiz julgará procedente os pedidos do autor. Isto porque, como já dito, O RECONHECIMENTO DA REVELIA SÓ IMPORTA EM PRESUNÇÃO RELATIVA. Assim, e entendido isto, vejamos o artigo 345.
Único efeito real da revelia é o artigo 346.

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