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12 A RELIGIÃO DO CRISTIANISMO

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CRISTIANISMO
 
 Introdução. 
A maior de todas as grandes Religiões. Jesus surpreendeu com sua mensagem. Uma proposta de vida nova para seus seguidores. Uma esperança ligada não somente a esta vida, mas também para a eternidade. É difícil falar do Cristianismo sem vivê-lo. Quem vê de fora muitas vezes não compreende o quanto ele pode mudar a vida de alguém. Isto porque ser cristão exige fé acima de tudo. Neste texto você vai ler um pouco sobre a história do Cristianismo. Mas, apesar de todos os dados históricos, é fundamental entender a essência desta religião. 
CONHECER JESUS É FUNDAMENTAL. 
 
Note como são interessantes as anotações do historiador Huston Smith, um dos grandes estudiosos das religiões no mundo. Retiramos estas frases do seu livro “As Religiões do Mundo”.
- Jesus convidou o povo a ver as coisas de um modo diferente, certo de que, se elas o fizessem, seu comportamento mudaria de acordo com a nova visão;
- Jesus usou particularidades que fazia parte do mundo das pessoas: grão de mostarda e solo rochoso, servos e senhores, casamentos e vinhos. Essas particularidades deram aos seus ensinamentos um toque de realidade; ele estava falando de coisas que realmente faziam parte do mundo de seus ouvintes.
- Nós vimos a sua glória. Existe no mundo, escreveu Dostoiévsky, somente uma figura de beleza absoluta: Cristo. Essa figura infinitamente bela é um milagre infinito.
- Toda a sua vida foi de humildade, doação de si e de um amor totalmente altruísta. A prova suprema de sua humildade é a impossibilidade de descobrirmos exatamente o que Jesus pensava de si mesmo..
- Jesus gostava das pessoas e elas, por sua vez, gostavam dele. Elas o amavam; amavam-no intensamente, e eram muitas.
- Chegou um momento em que eles sentiram que, olhando para Jesus, olhavam para algo semelhante a Deus em forma humana. Nós vimos a sua Glória (...) cheio de graça e verdade.”(João 1:14).
 
O Amor Ágape.
 
- Uma das primeiras observações sobre os cristãos feitas por um estranho é
“Veja como esses cristãos se amam uns aos outros”. 
 
 - Uma parte integrante dessa atenção mútua era a ausência total de barreiras sociais; tratava-se de uma confraria de iguais, como definiu uma estudiosa do Novo testamento. Ali estavam homens e mulheres que não só diziam que todos eram iguais aos olhos de Deus, mas também viviam de acordo com essa afirmação.
- Ficar triste na presença de Jesus era uma impossibilidade existencial. Esta era uma qualidade dos cristãos. Também as palavras de Jesus foram claras “que a minha alegria esteja convosco e a vossa alegria seja completa. ( João 15:11).
- Os estranhos ficavam perplexos. Aqueles cristãos, espalhados aqui e ali, não eram numerosos. Não eram ricos nem poderosos. Na verdade, enfrentavam mais adversidades do que o indivíduo médio. Porém, em meios às provações, haviam encontrado uma paz interior que se expressava numa alegria que parecia exuberante.
- O único poder capaz de realizar transformações como essa que descrevemos é o amor.
- O amor só cria raízes nas crianças quando chega até elas. É um fenômeno reativo. É, literalmente, uma resposta.
- Deus amou primeiro. Não é difícil imaginar a mudança que teria se processado nos primeiros cristãos ao se saberem amados por Deus.
- O amor que as pessoas aprenderam com Cristo envolvia pecadores e marginais, samaritanos e inimigos.
- Completamente convencidos disso, os discípulos saíram para conquistar um mundo que, conforme creditavam, Deus já conquistara para eles.
 
NO ISLAMISMO = Movidos pela lei, pela revelação no Alcorão. Precisam fazer por merecer.
No CRISTIANISMO = Movidos pelo verdadeiro amor de Deus. Jesus fez por todos. Ele é quem nos dá a alegria de viver. (Smith, Huston, As religiões do mundo, Cultrix, São Paulo, 1991). 
 
Minha sugestão é que você faça uma leitura de um dos evangelhos. É o relato fiel do nascimento, vida e morte de Jesus. A fé do cristão está baseada nestes relatos. A Igreja Cristã acredita que estes textos são revelados por Deus. Por isso também são inquestionáveis. Pegue uma Bíblia, abra no Novo Testamento e escolha entre os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas ou João.
Não podemos esquecer que a história do cristianismo é uma continuação da História do povo Judeu. Jesus é o Messias prometido pelos profetas já no Antigo Testamento e suas características fecham com os textos de Isaías, por exemplo.
 
A BÍBLIA O LIVRO SAGRADO DO CRISTIANISMO!
A palavra Bíblia significa conjunto de livros, o que ela na verdade é, sendo que a mesma divide-se em dois grandes blocos, o Antigo (AT) e o Novo (NT) Testamentos. A palavra testamento lembra aliança ou acordo, estabelecidos entre Deus e os seres humanos. No caso do AT, o mesmo refere-se a Abraão que recebeu a promessa de vir a ser uma grande nação, de onde viria o Messias, o Redentor de todos os homens. Também lembra a libertação da escravidão do Egito através do sangue do cordeiro. Quanto ao NT, é lembrado o cumprimento da promessa, a saber, que o Messias veio na pessoa de Jesus, que ele salva os homens da morte eterna com o derramar do seu sangue, o sangue da nova aliança, e envia seus mensageiros ao mundo para pregar seu evangelho. Para facilitar a sua leitura, a Bíblia foi dividida em capítulos e versículos.
Dados do AT:
Formado por 39 livros, escrito em hebraico e aramaico pelos profetas; +- 1260 até 400 a.C.
 Livros da Lei (Pentatêuco);
Históricos – Josué até Éster;
Poéticos – Jó até Cantares de Salomão;
Profetas maiores – Isaías até Daniel;
Profetas Menores – Oséias até Malaquias; 
Conteúdo do AT. Destacamos:
Criação do mundo em seis dias;
Queda em pecado pelos primeiro homens;
Promessa do Messias, Redentor;
Formação e história do Povo de Israel;
Profecias sobre Jesus Gn 3.15; Gn 12.2; Is 7.14; Mq 5.2; Is 53.4-11; Sl 16.10 
Dados do NT:
 Formado por 27 livros, escrito em grego pelos evangelistas e apóstolos entre 50 até 100 d.C. 
Conteúdo do NT. Destacamos:
 4 Evangelhos que narram vida, ensinos, milagres, sofrimento, morte, ressurreição e ascensão de Jesus.
Atos dos Apóstolos: iniciando pela ascensão, narra o Pentecostes, formação da 
Igreja Cristã, seu desenvolvimento, suas atividades, perseguições que sofreu.
Cartas: Paulo (13), Pedro, Judas, Tiago; Hebreus (não se sabe o autor), João.
Profecia: Livro de Apocalipse - Revelação 
A Bíblia contém duas grandes doutrinas, a Lei e o Evangelho, Veja as suas diferenças no quadro abaixo:
A Lei. 
1) Ensina o que nós devemos fazer ou deixar de fazer.
2) Manifesta o nosso pecado e a ira de Deus.
3) Exige, ameaça e condena eternamente quem não cumpre os mandamentos.
4) Provoca a ira no homem e o afasta de Deus.
5) Deve ser pregada aos impenitentes.
6) A lei serve como freio (impedindo que o mal tome conta do mundo), espelho (revelando os erros humanos) e norma (mostrando ao ser humano como agir). 
O Evangelho
 1) O que Deus fez e ainda faz pela nossa salvação. 
2) Manifesta o nosso Salvador e a graça de Deus. 
3) Promete, dá e sela o perdão, vida e Salvação ao que crê em Jesus. 
4) Chama e atrai para Cristo, opera a fé. 
5) Anuncia-se aos atemorizados. 
6) O Evangelho é a boa nova da graça, do amor de Deus em Cristo Jesus (João 3.16) e motiva o cristão à prática das ações que agradam. 
Este é o livro sagrado do Cristianismo, a Bíblia. Os cristãos a lêem e nela meditam porque a aceitam como a Palavra de Deus. Eles o crêem porque:
 a) Ela diz de si mesma que é a Palavra de Deus (2 Tm 3.16 Toda a Escritura é inspirada por Deus);
b) Ela não se contradiz, pois sempre apresenta o mesmo remédio para a enfermidade chamada pecado: a fé em Cristo;
c) Suas profecias se cumpriram e cumprem. Exemplos: Queda em pecado – conseqüências; Dilúvio; Cativeiro e desterro de Israel; a vinda do Salvador Jesus;destruição de Jerusalém (Tito, ano 60); perseguições; fim dos tempos - Mc 13.31: “Passarão céus e terra, mas as minhas palavras não passarão´;
d) Ela dá uma explicação às perguntas como: Donde vim, para onde vou, por que vivo? Efésios 2.8-10;
e) Seu estudo convence da verdade, de que Jesus é o caminho que conduz à vida eterna (João 14.6). Lema da ULBRA: VERITAS VOS LIBERABIT! João 8.31-32: “Se vós permanecerdes na minha palavra, conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
 
 
CRISTIANISMO
 A História. 
 
No início do século I, quando surge o Cristianismo, toda a região do mar Mediterrâneo estava sob o poder de Roma. A história desta religião está ligada à história do Império Romano e à do povo hebreu. Aliás, para se conhecer a história do Cristianismo é necessário também um bom conhecimento do Judaísmo. Os profetas do Antigo Testamento já anunciaram muitos anos antes a vinda do Messias, de um libertador. A Palestina, terra Prometida por Deus aos hebreus, sofreu, ao longo dos anos, um enfraquecimento político e social. O povo, que havia passado por anos de prosperidade e de unidade sob os reinados de Davi e Salomão, estava abalado pelas disputas internas entre diversas tribos. Após a morte do Rei Salomão, em 931 a.C., a Palestina foi dividida em reino do norte (Israel) e do sul (Judá) e sofreu sucessivas invasões até cair em poder dos romanos, por volta de 60 a.C. 
 
O NASCIMENTO DE JESUS. 
Os evangelhos relatam que Jesus foi concebido pela força do Espírito Santo e foi dado à luz por Maria, uma jovem virgem pertencente à tribo de Judá e à descendência de Davi. O menino-Deus dos cristãos nasceu na cidade de Belém quando Herodes governava a Judéia ( antigo reino de Judá). Ele cresceu em Nazaré, pequena cidade da região da Galiléia, na atmosfera simples de uma casa de carpinteiro. Não encontramos nos evangelhos um relato sobre a juventude de Jesus. O último relato acontece no templo, em Jerusalém, quando Jesus, aos 12 anos, é encontrado conversando com os doutores da lei. Depois disso o evangelho resume: “E crescia Jesus em sabedoria e graça diante de Deus e dos homens”. 
A PREGAÇÃO. 
Jesus começa a pregar após ser batizado por João Batista. A sua pregação é o anúncio de um novo reino. Ele chama o povo ao arrependimento e anuncia o perdão de Deus. Arrependimento significa transformação. É mudança de vida. O Cristão que se arrepende dos seus pecados muda a sua forma de viver. Vive para o próximo, vive pela fé em Deus, o Criador e ama como Deus ama o seu povo. 
O Objetivo dos evangelhos não era a veracidade histórica, e sim a proclamação de uma mensagem. Eles explicam o sentido da morte de Jesus, do seu sacrifício e da sua ressurreição. Os evangelhos mostram que Jesus de fato tinha autoridade divina e que de fato ressuscitou. A fé cristã não pode ser justificada por meios científicos, nem refutada com base nesses métodos.
 
 JESUS, O Mestre 
 
Jesus era chamado rabi – “mestre” ou “professor”. Gostaria de ter vivido os seus dias para ouvi-lo falar . Não foi por acaso que ele reuniu multidões de pessoas. Suas parábolas (analogias, comparações, através das quais se apresentava um fato do cotidiano com significado celeste) e sermões eram preciosos. Falava por meio de máximas, através de conversas com os discípulos ou com pessoas que encontrava. Anote aí e leia posteriormente a conversa que Jesus teve com o jovem rico. Está no evangelho de Mateus capítulo 19, versículos 16 a 26. Outro método de pregar era através de sermões. O mais interessante é o sermão da Montanha, que vamos deixar disponível para leitura numa página adicional. 
As Parábolas se constituíram numa das melhores formas de ensinar. As histórias de Jesus sempre foram usadas para dar um sentido às perguntas dos discípulos e demais seguidores. Para que vocês tenham uma idéia dos ensinos de Jesus, queremos apresentar-lhes três parábolas que resumem de modo magistral o seu ensino a respeito do amor de Deus para com a humanidade, do amor que seus seguidores têm ao ponto de perdoar seus ofensores e do amor que olha para o lado e o move a assistir quem dele necessita.
Ensinos de Jesus e a sua prática entre os cristãos
SOBRE O AMOR PARA COM O QUE RETORNA ARREPENDIDO,
A Parábola do Filho Pródigo (Lc 15.11-32).
Para muitos ao invés de O Filho Pródigo, a parábola deveria receber o título de “O Pai que espera” ou “O Pai amoroso”, porque na verdade retrata o amor de Deus Pai para com aqueles que se afastam dele e retornam arrependidos.
A parábola nos apresenta 3 personagens que queremos analisar:
1ª O Filho mais moço: Pede ao pai a sua parte da herança (de acordo com os costumes de então 1/3 dos bens do pai. Depois de recebê-la não teria mais direitos sobre aquilo que o pai viesse a adquirir) que este não tinha obrigação nenhuma de lhe dar.
O jovem parte e gasta tudo de maneira dissoluta, extravagante e imoral. Quando o dinheiro acaba, por coincidência surge grande fome. Procura empregos e o que lhe sobra é tornar-se porqueiro. Aceita o emprego porque imagina que ali pudesse alimentar-se com alfarrobas - vagens gigantes, que eram dadas para os porcos comer. Ninguém, no entanto, lhe dá alguma coisa.
Caindo em si lembra-se da casa do pai, onde a situação dos escravos era melhor que a sua. Resolve voltar, pedir-lhe desculpas e suplicar-lhe que o aceite de volta como escravo.
2ª O Pai: Algo interessante Jesus registra: o Pai estava aguardando a volta do filho. Ao vê-lo vindo pela estrada o reconhece, vai ao seu encontro. Compadece-se dele, o abraça e beija.
O filho reconhece sua situação: não tinha nenhum direito, nada para exigir. Só uma súplica: aceita-me como um dos teus escravos.
Aí vem a surpresa: O pai reintegra o filho na família: Melhor roupa, anel no dedo, sandálias nos pés, novilho cevado, música, danças, festa. Por quê? Este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.
3ª O irmão mais velho: Este volta do campo depois de uma jornada de trabalho. Ouve o som da música, gritos de alegria. Intrigado, pergunta o que estava acontecendo. Ao saber do que se tratava, uma reação estranha para aquele momento: Indignado não quer entrar nem participar da festa. O pai o procura e o irmão mais velho quer repreender o pai: Estou a tanto tempo contigo e nem um cabrito preparas para festejar comigo. Mas este teu filho (não é seu irmão), que foi embora e gastou tudo, volta e é recebido com festas? Até o novilho cevado (engordado na estrebaria) é abatido para festejar?
O pai então o chama à realidade: Tudo isso aqui é teu. Nada perdeste; a herança continua sendo tua. Mas era preciso que nos alegrássemos pois este teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.
O ensino desta parábola:
Jesus, na presente parábola, narra de uma maneira bem clara que Deus é o Pai que recebe o pecador que o busca em arrependimento sincero. Os que retornam, por piores que tenham sido as suas ações do ponto de vista humano, serão por ele recebidos (Quem vem a mim, de modo algum o lançarei fora). Ele, porém, aponta para as atitudes, por vezes hipócritas, de quem se julga de sua família e que se dá o direito de discriminar quem errou e que, arrependido, deseja voltar a este convívio. Ao invés de lamentar que alguém volta arrependido e é aceito por Deus em sua família, cristãos deveriam alegrar-se, pois o que Deus mais deseja é que todos se arrependam dos seus pecados e vivam.
SOBRE O PERDÃO AO PRÓXIMO.
4.2.1 O credor incompassivo, sem misericórdia (Mt 18.21-35)
Jesus é colocado diante de uma questão intrigante: quantas vezes alguém deve perdoar ao seu próximo? Alguns admitiam até 7 vezes. Jesus porém diz que deve ser 70 x 7, com o que deseja mostrar que seus seguidores perdoam sempre. É neste contexto que ele conta a parábola do credor incompassivo para ensinar a sua vontade a respeito do perdão.
Na parábola Jesus conta que um rei ajusta contas com os seus servos. Um deles lhe deve10 mil talentos, o equivalente a 480 mil quilos de ouro. Isso hoje representariam no mínimo um valor de 5,5 bilhões de Reais. Como o devedor não tem com que pagar, o rei manda que seja vendido tudo que ele tem, bem como ele próprio e seus familiares. Desesperado este lança-se aos pés do rei e suplica por misericórdia. E não é que o rei o atende e perdoa?
Depois de tamanha generosidade, o perdoado sai aliviado da presença do rei e encontra um conservo seu que lhe devia 100 denários. Um talento, 48 quilos de ouro, equivalia a 10 mil denários. Cada denário por sua vez correspondia a 4,8 gramas de ouro, o que resultaria num valor de cerca de + ou – R$ 5.500. Que diferença. O que podia se esperar? Que o que fora perdoado também perdoasse. E aí a surpresa: Ele lança seu companheiro na prisão de onde só sairia depois de haver pago a dívida.
Os amigos deste por sua vez o delatam ao rei que agora, irado, o chama de servo malvado e o lança na prisão, entregando-o aos verdugos (carrascos ou algozes).
Através desta parábola Jesus quer ensinar que a nossa dívida (de pecados, de erros) diante de Deus é tão grande que não podemos resgatá-la. É verdade, muitos o querem fazer. No entanto, segundo Jesus isso é impossível. Eis porque o apóstolo Paulo ensinou que é por graça que se é salvo ( Efésios 2.8-9).
O que fazer com os nossos pecados? Apelar para o amor de Deus que, por causa de Cristo, nos perdoa. O apóstolo João recomenda em 1º João 1.9: Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar e purificar de toda a injustiça.
Assim como Deus nos perdoa devemos também perdoar aqueles que pecam contra nós, que nos ofendem. É fácil? Não é não. Mas esta é a vontade de Deus e seu amor, somente ele, pode mover-nos a agir em amor.
Alguns motivos que podem levar alguém a não perdoar:
a) falta de humildade diante de Deus;
b) desejo de vingança (o outro tem que pagar – muitos casais estragam sua vida por esta causa);
c) desconhecimento da enormidade do amor divino que sempre está pronto a perdoar.
Recomendamos que leiam na Bíblia, Efésios 4.31-5.2, através do site da Sociedade Bíblica do Brasil.
 
Sobre o amor ao próximo
O bom samaritano (Lc 10.25-37)
Um intérprete da lei perguntou certo dia a Jesus o que deveria fazer para herdar a vida eterna. Jesus lhe disse: o que está escrito na lei? Ele respondeu: Ama a Deus de todo o coração, alma e entendimento e ama ao próximo como a ti mesmo. Jesus, por sua vez falou: Faze isto e viverás. Como que se desculpando, o intérprete da lei perguntou: Quem é o meu próximo? Foi aí que Jesus lhe contou a parábola do bom samaritano.
Um homem fora assaltado, deixado semi-morto na estrada. Na estrada de Jerusalém a Jericó passam pelo assaltado um sacerdote e um levita. Nenhum o assiste. Finalmente Jesus diz que também veio um samaritano, inimigo de Israel. E este, cuida do homem ferido, leva-o até um pequeno hotel onde paga o atendimento que lhe é prestado e promete voltar para pagar todo o tratamento.
É então que Jesus pergunta quem foi o próximo do que fora assaltado? E o intérprete da lei, muito contrariado precisa reconhecer que fora o que usara de misericórdia com ele. Diante disso Jesus lhe diz: Vai e procede tu de igual modo.
O amor ao próximo foi uma das características dos cristãos da Igreja Primitiva. Havia entre eles, especialmente em Jerusalém, muitos pobres. A Igreja, através de ofertas voluntárias, sustentava seus pobres. Especialmente as viúvas recebiam seu rancho semanal.
De repente surge um problema. As viúvas de origem grega sentem-se prejudicadas. Começam a receber menor auxílio que as de origem judaica. Reclamam. Pedro então convoca as lideranças e ordena que sejam eleitos 7 diáconos, 7 homens fiéis que cuidem a distribuição do alimento entre os pobres. Ele e os demais apóstolos iriam dedicar-se ao que foram incumbidos pelo Senhor Jesus: O ofício da oração e da pregação do evangelho.
A diaconia, é o serviço amoroso que o cristão presta ao seu próximo em resposta ao amor de Deus. Ela lida com as conseqüências e causas do pecado: doenças, sofrimentos, pobreza, miséria, ganância, preguiça, exploração, luto, solidão, violência (assaltos, estupros, homicícios), guerra, catástrofes naturais, fome, vícios, insensibilidade, solidão, morte.
Sugestões de como se pode demonstrar amor ao próximo:
a) visitando doentes em seus lares e hospitais (câncer, AIDS, lepra)
b) visitando idosos (nossos avós ou pais) para conversar, passear (asilos, casas-lares, creches, orfanatos);
c) visitando os que sofrem (enlutados, órfãos);
d) visitando os presos;
e) auxiliando os pobres (alimentos, roupas, remédio, estudo, emprego);
f) encaminhando dependentes de drogas ou de álcool às instituições especializadas;
g) olhando pelos portadores de deficiências físicas (hospitais), mentais (APAE), visuais (doação de córneas), auditivas, etc.
h) lutando contra a poluição, preservando a natureza (lixo, inseticida, biodegradáveis) rios, ar, florestas, solo;
i) lutando pela justiça social e contra qualquer tipo de discriminação (igualdade no trato com a lei);
j) lutando pelo direito à vida (contra o aborto);
k) apoiando o pacifismo (não à violência, à guerra);
l) lutando contra a corrupção – não sendo corruptor nem corrupto;
m) ajudando e orientando migrantes e desempregados;
n) organizando palestras sobre higiene, saúde, drogas em associações de bairros.
o) participando da vida política do País.
Como um Universitário pode participar?
a) Através do Diretório Acadêmico. Levantamento de dados junto à Prefeitura catalogando bairros onde mora o maior número de necessitados:
b) Pedágio, gincana, noitada artística, festa junina, campeonato de vôlei, futebol de salão (arrecadação de víveres não perecíveis, agasalhos), etc.
 
O cristão busca inspiração em Jesus e no seu amor. Ele ensinou no evangelho de João 15.12: Amai-vos como eu vos amei. No evangelho de Mateus 25.31-46 é mostrado que os que creram e produziram os frutos terão a vida eterna.
No Livro “O Homem e o Sagrado”, o professor Jonas Dietrich descreve a pessoa de Jesus e o seu ensino. Diz: “No ensino de Jesus, encontramos a expressão mais íntima de seu extraordinário sentimento de amor para com todas as pessoas. Este amor (agape) é, sem dúvida, a lição mais dura e dasafiadora que Deus, na pessoa de Jesus, deixou como exemplo aos seus discípulos, para que estes atuassem como instrumentos retransmissores deste sentimento às demais pessoas em palavras, pensamentos e atos”. 
A morte de Jesus 
 
A ação de Jesus, sua mensagem, a maneira de lidar com as pessoas, seus milagres, ao mesmo tempo que o tornaram conhecido, também criaram sentimento de ódio aos opositores. Ele oposição de muitos, principalmente por quebrar as tradições do Templo. As críticas de Jesus não eram baseadas em questões econômicas ou políticas; sua preocupação maior e fundamental estava na autencidade das relações humanas e na sinceridade de propósitos com as quais as pessoas esperavam cultuar a Deus. Por isso criticou o templo, os sacerdotes, os mestres de lei, os escribas. Poucas pessoas compreenderam a essência da sua mensagem. Por isso também foi levado à morte de cruz. Foi considerado um desordeiro, um perigo para a sociedade e para os interesses dos governantes e religiosos.
O que precisamos compreender é que a morte de Jesus, para os cristãos, era algo anunciado pelos profetas no Antigo Testamento. Ele é visto como verdadeiro homem, mas também como verdadeiro Deus. Segundo a Bíblia, Jesus assumiu a forma de homem para sofrer e morrer, pagando a culpa pelos pecados de toda a humanidade. Ao que crer nele, é assegurado o perdão de pecados, a ressurreição do seu corpo para a vida eterna.
A Ressurreição. 
 
Este é o ponto chave a mensagem cristã. Jesus morreu, mas ressuscitou dentre os mortos. Um simples homem não faria isso. É algo racionalmente impossível para qualquer ser mortal, masnão para Deus. Deus mostra à humanidade que é maior do que a morte. Jesus venceu a morte e está na presença do Pai. A ressurreição é que dá legitimidade ao Cristianismo. Sem ela, a vida e a obra de Jesus não fariam sentido. Por isso os cristãos anunciam que “Cristo vive”. 
Uma das piores coisas do mundo é perder alguém que se ama. A morte é cruel, é dura. Ela ceifa a vida de pessoas idosas, de meia-idade, de jovens e de crianças através de doenças incuráveis como o câncer ou a AIDS, infartos, acidentes e assim por diante.
Ela liquida com sonhos de trabalho, estudo, namoro, casamento, viagens, etc.
Deus não a criou. Ela é conseqüência direta da desobediência dos primeiros homens, Adão e Eva. É o salário do pecado (Rm 6.23). E como cada ser humano tem cometido pecados por meio de pensamentos, desejos, palavras e ações, todos, dia mais, dia menos, morrerão.
Para muitos a morte é o fim de todas as coisas. Contudo, a Bíblia Sagrada diz que tudo não termina com ela, que existe a ressurreição. E a ressurreição de Lázaro (João 11.1-46) é prova disso,
Certa vez este amigo de Jesus, Lázaro, estava doente. Suas irmãs, Maria e Marta, imediatamente mandam avisá-lo, dizendo: “Está enfermo aquele a quem amas”. Jesus não sai imediatamente do lugar em que se encontrava para auxiliá-lo. Lázaro morre e é sepultado.
Quatro dias depois de ter sido sepultado, Jesus chega a Betânia. Marta vem ao seu encontro e lhe diz: “Se estivesse aqui, meu irmão não teria morrido.” Jesus retrucou dizendo que ele iria ressuscitar. Maria o crê, só que para o fim dos tempos, no último dia. Jesus porém afirma: “Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim, ainda que morra, viverá.” O que Jesus estava dizendo era que ele era Senhor sobre a morte, e que ele ressuscitaria a seu amigo Lázaro. E de fato, aquilo que parecia impossível aos olhos de todos, aconteceu: Lázaro ressuscitou depois de 4 dias de sepultamento.
Jesus ressuscitou a Lázaro, ao filho de uma viúva da cidade de Naim, a filha de Jairo. Ele próprio ressuscitou ao 3º dia e prometeu que no último dia todos ressuscitarão.
Todos cristãos sabem que irão morrer. O que eles não sabem é quando isso acontecerá. Talvez dentro em breve, repentinamente. Talvez depois de doença prolongada. Talvez depois de atingirem uma idade avançada. Vivendo pouco ou muito, eles crêem que ressuscitarão e isso os consola. Para eles, esta é a mensagem central da Igreja Cristã: Existe ressurreição porque Cristo ressuscitou. Ele, Jesus, vive; portanto, eles também viverão. E é esta a mensagem que tem consolado cristãos de todas as idades quando precisam se despedir de alguém que amam.
Obs. Com certeza poderemos conversar sobre isso durante as nossas aulas. O texto termina aqui. Mas reiteramos a sugestão da leitura de um dos evangelhos para compreender melhor sobre a essência do cristianismo.

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